terça-feira, 13 de setembro de 2011

Clipping sobre Mudanças Climáticas.


Fonte: Wilson S. Andrade - Assessoria Técnica - Comissao Mista de Mudancas Climáticas
Senado Federal. 


Clipping CMMC 13.09.2011



AC reduz foco de queimadas; situação ainda preocupa – Agência Estado



De janeiro a 10 de setembro, o Acre registrou mais de 551 dos 28.035 focos de calor registrado no País. No último fim de semana, o Estado registrou entre os dias 9 e 10, 187 focos. De acordo com o quadro comparativo dos focos de calor dos anos de 2010 e 2011, houve uma queda significativa de 59% do início do ano até hoje, com 34% só no mês de setembro, segundo dados atualizados da Secretaria de Estado do Meio Ambiente.



A situação, contudo, ainda é muito preocupante. O secretario de Estado, Edegard de Deus, explicou que as mudanças climáticas extremas que o planeta está atravessando - naturais, mas bastante potencializadas pela pressão que empreendimentos humanos não-sustentáveis ocasionam ao meio ambiente -, o tradicional período de estiagem amazônico está se alongando além do previsto, com a umidade relativa do ar em apenas 37% em setembro, sendo que o normal, para a região é, em média, 80%.



A falta de umidade compromete lençóis freáticos e nascentes, o que na prática tem diminuído muito o nível dos rios acreanos. Segundo a assessoria de imprensa da secretaria de estado do meio ambiente, além dos mais de 551 focos de calor - em todo Estado, já é possível observar a fumaça tomar conta dos campos e espaços urbanos - o nível do rio Acre é o pior em 40 anos. ***



Rio+20 precisa 'desambientalizar' o discurso, diz embaixador brasileiro – The Guardian

Foco da conferência de 2012 deve ser a sustentabilidade. Diplomata André do Lago quer que países assumam responsabilidades.



A conferência Rio+20 deve abandonar temas comuns nos encontros mundiais sobre o meio ambiente. O foco das discussões do evento, que reunirá mais de 180 representantes de países no Rio de Janeiro, em 2012, deve voltar-se para a economia verde.



O tema vai ser tratado através de debates tanto sobre o uso da água quanto sobre a sustentabilidade nas cidades e a geração de energia. “Estamos fatigados das conferências. Já tivemos o suficiente”, disse um dos organizadores da Rio+20, o diplomata André Corrêa do Lago,  em entrevista ao jornal inglês "The Guardian". “A economia verde pode ajudar a erradicar a pobreza”.



O sucesso das discussões da Rio+20 vai depender do sucesso da próxima Conferência do Clima, em dezembro de 2011, em Durban, na África do Sul. Segundo o diplomata, caso a conferência de Durban termine sem acordos significativos para a redução de gases que aquecem o planeta, os negociadores podem chegar à Rio+20 desacreditados. “Durban vai ter um impacto sobre o Rio. Se for tudo bem, as pessoas vão chegar ao Rio acreditando no sistema multilateral”, disse Corrêa.



Tendência
A mudança de foco da Conferência seria uma tendência. Em 1992, quando ocorreu a Eco-92, o Brasil foi palco do primeiro grande acordo mundial em prol da conservação da biodiversidade e do combate às mudanças climáticas.



A conferência também pode ser um marco para os países em desenvolvimento. Segundo o diplomata, na Rio+20 essas nações devem assumir uma posição de liderança nos acordos mundiais sobre meio ambiente. “Mas isso não deve ser mal interpretado, por alguns países, como um momento em que devemos assumir mais obrigações.



China, Índia, África do Sul e o Brasil estão conscientes de que são países em desenvolvimento. Estamos convencidos de que não podemos ser comparados a países que possuem tecnologia e condições financeiras melhores”, concluiu. ***



Alemães registram dia com recorde negativo de gelo marítimo no Ártico

Quantidade chegou a 4,24 milhões de km² em 8 de setembro. Medida em 2007, marca anterior era de 4,27 milhões de km².




Regiões no Ártico tornam-se navegáveis conforme gelo marítimo reduz desde 32 anos atrás.(Foto:Martin Bureau / AFP Photo)



A quantidade de gelo disponível na região do Ártico - no norte da Terra - chegou a 4,24 milhões de quilômetros quadrados no dia 8 de setembro de 2011, atingindo um recorde mínimo segundo medições feitas pela Universidade de Bremen, na Alemanha.



A marca anterior havia sido registrado em 17 de setembro de 2007, quando o derretimento causado - explicado pelos cientistas como uma consequência da ação humana no aquecimento global - deixou a região com apenas 4,27 milhões de quilômetros quadrados de gelo.



Medições do nível de gelo no mar local são realizadas desde 1972. Desde aquele ano, o recuo do gelo marítimo no Ártico já atingiu 50%. O montante de gelo no extremo norte do globo normalmente varia entre 15 milhões de quilômetros quadrados em março e 5 milhões em setembro, todos os anos.



O derretimento do gelo marítimo não pode aumentar o nível dos oceanos, mas os pesquisadores alertam para os efeitos do aquecimento nas camadas localizadas na Groelândia - este sim com chance de elevar a altura dos mares em até 7 metros. Para os especialistas, o problema não está somente no fato da marca mínima ter sido atingida, mas também na tendência para a redução do gelo no local - algo que já dura 32 anos.



Períodos de insolação elevados durante o mês de julho já eram tidos pelos cientistas como prováveis causas para a redução do gelo no futuro. Há quem defenda que o gelo marítimo no Ártico possa desaparecer por completo daqui a 30 anos, com graves consequências para a Terra, apesar de abrir a oportunidade de exploração de petróleo na área desocupada pelo gelo.



A navegação foi possível pelas rotas Noroeste e Nordeste durante o ano de 2011 por conta da ausência de gelo - a última pode virar rota comercial já que permite a conexão entre os oceanos Pacífico e Atlântico. O degelo já havia deixado as passagens livres duas vezes desde 2008.



A temperatura no Ártico subiu duas vezes mais rápido que a média global nos últimos 50 anos. O ano de 2010 empatou com 2005 como o ano mais quente da história, desde que institutos começaram a fazer medições. Ainda que a agência norte-americana ainda reconheça o ano de 2005 como recordista, as Nações Unidas atestaram o empate. ***



Prevenção às recorrentes tragédias das chuvas – Jornal do Senado

Senado aprova projetos de lei que estabelecem medidas para evitar vítimas em enchentes e deslizamentos, como os que atingem Santa Catarina

Mais de 175 mil pessoas tiveram que deixar suas residências em Santa Catarina, onde chove forte há uma semana

Para evitar tragédias como a enfrentada desde a semana passada por Santa Catarina — onde, devido às chuvas, pelo menos três pessoas morreram e mais de 175 mil tiveram que abandonar suas residências —, o Senado tem debatido projetos de lei sobre construção em áreas de risco, que são encontradas em, aproximadamente, 450 dos 5.565 municípios brasileiros, segundo o Ministério das Cidades.


O Projeto de Lei (PLS) 116/11 estabelece que cidades cujos planos diretores foram elaborados sem a orientação da carta geotécnica têm dois anos para se adaptar. Aprovado no dia 30 de agosto em decisão terminativa na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), segue para análise da Câmara, caso não haja recurso para apreciação do Plenário.



— Resta torcer para que os deputados aprovem com rapidez. A questão é tão grave, que o Senado criou a Comissão Especial de Defesa Civil, presidida por Jorge Viana (PT-AC) — informou Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), autor da proposta.


No mesmo dia, também foi aprovado em decisão terminativa na CDR o PLS 23/11, de Lindbergh Farias (PT-RJ), que altera o Estatuto da Cidade (Lei 10.257/01) para tornar obrigatória a elaboração do plano diretor dos municípios com áreas de risco até dezembro de 2016. Lindbergh é também autor de outros dois projetos sobre o assunto: o PLS 27/11, pelo qual os municípios vão direcionar ações do programa Minha Casa, Minha Vida às famílias em áreas de risco ou desabrigadas, e o PLS 26/11, que obriga o setor público a fazer um mapeamento.


— Acho importante uma avaliação conjunta dessas proposições e a Comissão Especial de Defesa Civil do Senado é o local adequado — sugere o diretor do Departamento de Assuntos Fundiários Urbanos e Prevenção de Riscos do Ministério das Cidades, Celso Carvalho.

Segundo ele, existem no Brasil 251 municípios onde há áreas com risco de deslizamento de encostas e 205 com pontos sujeitos a enxurradas e inundações bruscas. A Secretaria Nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional está fazendo pesquisa para uma reavaliação.


O governo federal prevê, no Plano Plurianual 2012-2015, a criação do Sistema Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, que será comandado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. A instalação total será concluída em quatro anos, quando serão investidos R$ 250 milhões. ***



Desastres nos mesmos lugares e mesma época – Jornal do Senado




Inundações e deslizamentos repetem-se ano após ano, geralmente na mesma época e nos mesmos lugares. No Rio de Janeiro, em 1565 (ano de fundação da cidade) o padre jesuíta José de Anchieta anotou: "¿choveu tanto que se encheu e rebentaram as fontes". Desde então, as tragédias foram registradas em jornais como Última Hora, em 12 de janeiro de 1966 (acima). São afetadas principalmente comunidades pobres nas várzeas e favelas em morros com desmatamentos.


O presidente do Serviço Geológico do Estado do Rio, Flavio Erthal, reconhece que as cidades fluminenses não têm conseguido se planejar, mesmo com as exigências recentes.

— Essa é uma realidade nacional, mas a situação se agrava no nosso estado pelas suas características geomorfológicas e pela grande ocupação decorrente da urbanização acelerada dos últimos 50 anos — explicou Erthal.


Em Santa Catarina, as inundações também são recorrentes, principalmente no Vale do Itajaí, conforme ressalta o presidente do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), Marcos Túlio de Melo.


— As prefeituras precisam retirar as famílias e ocupar as áreas de risco com lazer ou prevenção ambiental — afirmou Marcos Túlio.


No início de 2011, milhares de pessoas ficaram desabrigadas não só no estado do Rio, onde houve mais de 900 mortes na Região Serrana, mas também em Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Alagoas, Pernambuco, Goiás, Piauí e Sergipe. No réveillon do ano anterior, foram 53 mortes e 1.230 famílias desabrigadas em Angra dos Reis (RJ).


Em abril de 2010, morreram 47 pessoas e mais de 3 mil ficaram desabrigadas no morro do Bumba, em Niterói (RJ). A comunidade surgiu sobre montanha de lixo de um antigo aterro sanitário, desativado em 1981, mas a ocupação irregular recebeu da prefeitura asfalto, água, luz, escola e médico de família. ***

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