
CABUL - A região central de Cabul é atacada nesta terça-feira por talibãs, que têm entre seus alvos prédios do governo do Afeganistão, a embaixada dos EUA no país e a sede local da Otan. Segundo o governo americano e a aliança militar, nenhum funcionário ficou ferido, mas autoridades afegãs informaram que pelo menos um policial e dois insurgentes morreram. No início da tarde (manhã no horário de Brasília), ainda havia confrontos.
- Os alvos principais dos atiradores são o prédio da agência de inteligência e um ministério - disse por telefone Zabihullah Mujahid, porta-voz dos insurgentes, acrescentando que eles tomaram posições em Cabul para realizar os ataques e também atingiram uma estrada perto do aeroporto.
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O Talibã, que reivindicou a autoria dos ataques, afirmou que há diversos combatentes armados com fuzis AK-47, lançadores de granadas e explosivos para atacar prédios perto da região que concentra as embaixadas em Cabul. Fortes explosões e som de intensos disparos foram ouvidos na área.
A embaixada dos EUA foi alvo de foguetes lançados pelos terroristas. Segundo o policial Mohammed Zahir, um grande grupo de atiradores está fazendo disparos do alto de um prédio de escritórios em construção perto da embaixada, na área de Wazir Akbar Khan.
A polícia isolou a região ao redor da representação americana e de outras missões diplomáticas. Imagens de TV mostraram também uma van incendiada, uma bicicleta abandonada no meio da rua, e pessoas correndo.
A ação foi o quarto grande ataque em Cabul desde junho e a segunda grande incursão do Talibã na cidade em menos de um mês, levantando dúvidas sobre o cronograma para a retirada de tropas estrangeiras, prevista para terminar em 2014. Em agosto, homens-bomba atingiram a sede do British Council, matando nove.
Os novos episódios lembram que ainda são altos os níveis de violência no país quase dez anos depois da invasão americana, motivada pelos ataques de 11 de setembro de 2001.
Desde sua eleição, o presidente Barack Obama tenta concentrar os esforços dos EUA no Afeganistão, onde a atual estratégia americana está destinada a conter o crescimento da insurgência talibã e abrir caminho para a futura retirada das tropas.
Fonte: Agencia O Globo
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