domingo, 13 de março de 2016

Tudo Sobre Carros

g1 > Carros

Na China, Tesla suspende venda de carros importados dos EUA


Medida veio após Pequim anunciar tarifas de 125% sobre a importação de produtos norte-americanos, em nova resposta às taxas impostas por Donald Trump. Elon Musk em um evento de luta livre que aconteceu na Filadélfia, nos Estados Unidos. Matt Rourke/ AP Foto A fabricante de veículos elétricos Tesla parou de aceitar, na China, novos pedidos de compra para dois modelos de carros que a empresa importa de uma fábrica nos Estados Unidos. A companhia do bilionário Elon Musk não detalhou os motivos da suspensão nas vendas. A medida veio, no entanto, logo após Pequim anunciar tarifas de 125% sobre a importação de produtos norte-americanos, em nova resposta às taxas impostas pelo presidente Donald Trump. O site da Tesla na China deixou de ter o botão "pedido" do sedan Model S e do utilitário esportivo Model X já nesta sexta-feira (11). Os clientes ainda têm, no entanto, a opção de comprar um desses modelos produzidos em sua fábrica em Fremont, Califórnia, caso haja estoque. O Model S, um sedã de luxo, é vendido nos EUA por US$ 81.630, o que equivale a R$ 480 mil sem as taxas de importação e custos de transporte. Já o Model X, um SUV médio, é vendido por US$ 86.630, ou R$ 510 mil, também sem os custos envolvidos para importação. LEIA MAIS: Shineray aposta na Storm 200 para peitar Honda e Yamaha; g1 testou moto chinesa Royal Enfield Shotgun 650 é opção mais barata entre as rivais estradeiras e é alternativa à Super Meteor; veja teste Yamaha Ténéré 700 volta este mês ao Brasil; veja preços Novo Tesla Model S 2021 Divulgação Guerra tarifária A mais nova escalada da guerra tarifária entre EUA e China teve início no dia 2 de abril, quando Donald Trump detalhou seu "tarifaço" que atingiu mais de 180 países. Após o anúncio, a China respondeu com tarifas de 34%, em retaliação às taxas de mesma magnitude impostas pelos norte-americanos. Começaram, então, réplicas e tréplicas entre os países. Na quinta-feira, a Casa Branca confirmou que as taxas cobradas sobre produtos importados da China chegaram a 145%. O gigante asiático, então, respondeu com novas tarifas, elevando a 125% a cobrança sobre itens dos EUA que entram no país. O aumento passa a valer neste sábado (12). Tesla Model X Tesla/Divulgação Produção da Tesla na China A Tesla opera uma fábrica de automóveis e uma planta de baterias em Xangai. A Gigafactory, inaugurada em 2020, foi a primeira fábrica de carros da Tesla fora dos EUA. Na instalação de Xangai, a empresa produz o sedã médio Model 3 e o utilitário esportivo Model Y para venda na China e para exportação. Em março, as vendas de carros fabricados na China pela Tesla caíram 11,5% em comparação com o ano anterior, de acordo com a Associação Chinesa de Carros de Passageiros. A Tesla tem lutado para se defender de concorrentes chineses que estão reduzindo sua participação de mercado na China. O principal concorrente da empresa, a BYD, registrou um aumento de 23% nas vendas durante o mês. Tesla tem queda global de vendas As vendas mundiais da fabricante de veículos elétricos Tesla caíram mais do que o previsto no primeiro trimestre, um impacto causado pelo papel de seu proprietário, Elon Musk, no governo de Donald Trump. Musk é conselheiro do governo para a realização de cortes de gastos e diminuição do Estado, no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês). A marca, então, tem sido alvo de críticas, atos de vandalismo, protestos e pedidos de boicote nos EUA e em outros países. As vendas da Tesla caíram 13% no trimestre encerrado em 31 de março, com 336.681 automóveis vendidos contra 386.810 no mesmo período de 2024. Foi o menor volume de vendas da empresa em quase três anos, abaixo da faixa entre 355 mil e 360 mil estimada pela empresa Wedbush. A fabricante ainda faz esforços para atualizar seus modelos, entre eles o popular Model Y, de 2020. As vendas da picape Cybertruck, lançada no fim de 2023, não atenderam às expectativas do mercado. Em 20 de março, a Tesla fez um 'recall' de mais de 46 mil caminhonetes Cybertruck, cujos painéis da carroceria corriam o risco de cair por causa de um defeito no adesivo usado em sua fabricação, segundo a Agência americana de Segurança Viária (NHTSA). g1 testou: a primeira Tesla Cybertruck que veio para o Brasil A Tesla no mercado europeu O grupo não publicou a queda das vendas por países, mas os dados das autoridades locais mostram um retrocesso durante vários meses em várias nações, particularmente na Europa. Só no mês de março, as vendas da empresa caíram 36,8% na França e 63,9% na Suécia. Na Dinamarca, a queda foi de 56% no primeiro trimestre. A Tesla reduziu seus emplacamentos em 49% acumulados nos meses de janeiro e fevereiro na União Europeia, caindo para 19.046 veículos e 1,1% da cota de mercado, segundo dados publicados em 25 de março pela Associação de Construtores (ACEA). Paralelamente, a marca, pioneira em veículos elétricos, enfrenta com sua linha já envelhecida uma enxurrada de novos modelos lançados por concorrentes, tanto europeus quanto asiáticos. *Com informações da AFP.

Tarifaço de Trump: VW, Audi e Jaguar suspendem exportações para os EUA; veja reação das marcas


Algumas marcas suspenderam 900 funcionários em fábricas no México, Canadá e até dentro dos Estados Unidos, enquanto outras interromperam completamente a exportação de veículos para o país. -HN- Carros no pátio da montadora Volkswagen em São José dos Campos, no interior de São Paulo Roosevelt Cassio/Reuters Apesar da presença de grandes marcas nacionais, como GM e Ford, 46% dos 16,03 milhões de veículos vendidos nos Estados Unidos em 2024 foram importados. Os dados são da agência de classificação de risco Standard & Poor's. O México lidera as exportações de veículos para os Estados Unidos. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), 76% da produção mexicana é destinada ao mercado americano. Segundo a S&P, a Coreia do Sul foi o segundo maior exportador de veículos para os Estados Unidos em 2024, seguida por Japão, Canadá e Alemanha. As primeiras reações ao aumento de tarifas imposto por Donald Trump vieram justamente da Alemanha. A Audi, pertencente ao grupo Volkswagen, suspendeu as exportações de veículos produzidos no México. Outra montadora europeia, a Jaguar Land Rover, também interrompeu temporariamente os envios ao mercado americano, pelo menos durante o mês de abril. A Stellantis, grupo responsável por marcas como Jeep, Fiat, RAM paralisou a produção em fábricas no Canadá e no México, e suspendeu 900 funcionários em diversas unidades, incluindo algumas localizadas nos estados americanos de Michigan e Indiana. Tarifaço de Donald Trump faz preço internacional do petróleo cair LEIA MAIS LISTA: vendas de motos registram o melhor trimestre dos últimos 60 anos; veja as mais vendidas Produção de veículos tem alta de 8% no 1º trimestre, com destaque para exportações para Argentina ‘Tarifaço’ de Trump: setor automotivo mostra preocupação com aumento de importados da China e México O que dizem as maiores exportadoras para os Estados Unidos O g1 entrou em contato com todas as empresas listadas pela S&P Global. As montadoras manifestaram preocupação com as tarifas dos EUA, destacando impactos negativos na produção, cadeias de suprimento e inovação. Algumas, como Stellantis, já anunciaram ajustes operacionais, enquanto outras ainda avaliam os efeitos. Todas defendem o livre comércio e a estabilidade nas relações comerciais. Veja todas as respostas, na íntegra: Stellantis “A Stellantis continua avaliando os efeitos das tarifas recentemente anunciadas pelos Estados Unidos sobre veículos importados e continuará a se envolver com a administração norte-americana sobre essas mudanças de política. As ações imediatas que devemos tomar incluem a pausa temporária da produção em algumas de nossas plantas de montagem no Canadá e México, o que terá um impacto em várias de nossas instalações de motores e estamparia dos EUA que dão suporte a essas operações.” Toyota “Nesta fase, as implicações práticas dessas medidas permanecem incertas — e ainda não está claro se algum impacto concreto se materializará.” BMW “O livre comércio sempre foi um princípio orientador para o BMW Group: é um dos motores mais importantes do crescimento e do progresso. Tarifas, por outro lado, dificultam o livre comércio, desaceleram a inovação e desencadeiam uma espiral negativa. No fim das contas, tornam os produtos mais caros e menos inovadores.” Mercedes-Benz “Estamos acompanhando a situação e avaliando as opções. Certamente iremos nos adaptar à evolução do mercado e ao cenário competitivo, caso seja necessário. E em função das leis de concorrência, não podemos fornecer mais detalhes.” Grupo Volkswagen “O Grupo Volkswagen tomou conhecimento da decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas de 25% sobre todas as importações de automóveis de passeio e veículos comerciais leves para os Estados Unidos. O Grupo Volkswagen está acompanhando de perto os desdobramentos e fará uma avaliação abrangente, internamente, sobre o possível impacto nas cadeias de suprimentos e na nossa rede de produção, entre outros aspectos. Os Estados Unidos são uma região importante para o Grupo Volkswagen. Recentemente, investimos mais de US$ 14 bilhões no mercado, apoiando milhares de empregos bem remunerados e contribuindo para a prosperidade e o crescimento. Compartilhamos da avaliação da maioria dos especialistas de que as tarifas dos EUA e quaisquer contra-tarifas terão um impacto negativo sobre o crescimento e a prosperidade tanto nos EUA quanto em outras regiões econômicas. Toda a indústria automotiva, bem como as cadeias globais de suprimentos, empresas e também os consumidores, terão que arcar com as consequências negativas. Continuamos defendendo um intercâmbio de bens baseado em regras, mercados abertos e relações comerciais estáveis. Esses são elementos essenciais para uma economia competitiva, especialmente para a indústria automotiva. Ao mesmo tempo, contamos com conversas construtivas entre os parceiros comerciais para garantir segurança no planejamento, estabilidade econômica e evitar um conflito comercial.” Ford, GM (Chevrolet), Subaru, Hyundai, e Mazda não enviaram nota até o fechamento desta reportagem. Honda, Volvo e Nissan disseram não ter posicionamento para compartilhar.

CCJ da Câmara aprova PEC que acaba com IPVA para veículos com mais de 20 anos

Proposta deve beneficiar proprietários de MG, PE, TO e SC. Texto seguirá para análise em comissão especial, que ainda não tem data para ser criada. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (9) uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com a cobrança do IPVA para veículos com 20 anos ou mais de fabricação. O texto da PEC insere os automóveis antigos na lista de exceções das cobranças do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), mantido e cobrado por estados e o Distrito Federal. A mudança, se promulgada pelo Congresso, terá de ser aplicada em todo o Brasil. Na prática, a proposta uniformiza a isenção — a maior parte dos estados já zera o IPVA para veículos com mais de duas décadas. Carros que vão pagar mais de R$ 1 milhão de IPVA Segundo as regras aplicadas em 2025, quatro estados não isentam o IPVA para veículos a partir de 20 anos de fabricação. São eles: Minas Gerais, Pernambuco, Tocantins e Santa Catarina. O "sinal verde" da CCJ envia a proposta para a análise de uma comissão especial, que não tem prazo para ser criada e que poderá fazer eventuais mudanças no teor da PEC. 🔎Depois de a PEC ser aprovada pela comissão especial, o texto ainda precisará ser votado no plenário da Câmara. Por lá, o texto precisará ser aprovado por, no mínimo, 308 deputados, em dois turnos de votação. A proposta já foi aprovada pelo Senado e, se for confirmada pelos deputados sem alterações, poderá ser promulgada diretamente pelo Congresso. Direito à isenção De acordo com o atual texto da PEC, a isenção não valerá para todos os tipos de veículos terrestres. Se a mudança na Constituição for promulgada pelo Congresso, não terão direito à isenção de IPVA por idade: micro-ônibus; ônibus; reboques; e semirreboques. O relator da proposta na CCJ, deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG), afirmou que a PEC "coroa uma série de benefícios ao contribuinte, objetivando um sistema tributário mais justo e menos oneroso àqueles que mais precisam". "Os princípios da justiça fiscal e da capacidade econômica requerem deste Congresso a tomada de medidas para assegurar a manutenção da propriedade dos veículos de uma parcela da população menos abastada, que são os proprietários de veículos mais antigos, fato esse que será corrigido pela presente proposição", escreveu.

‘Tarifaço’ de Trump: setor automotivo mostra preocupação com aumento de importados da China e México


Segundo a Anfavea, acordo de livre comércio com o México pode fazer produção de lá chegar ao Brasil com custo competitivo, como consequência das tarifas de Donald Trump. Linha de montagem da fábrica da Volkswagen em Taubaté (SP) divulgação/Volkswagen A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) expressou preocupação com a nova dinâmica do mercado automotivo na América do Sul, em função do "tarifaço" impostos por Donald Trump aos parceiros comerciais dos Estados Unidos. Um dos principais efeitos é a redução no volume de exportação de veículos produzidos no México para o mercado norte-americano. “Uma vez que a queda acontece, o México vai enviar as unidades para outros países com os quais ele tem algum acordo comercial, como é o caso do Brasil. Muitos investimentos que seriam realizados no Brasil ou Argentina, deixarão de ser feitos para utilizar a capacidade ociosa das fábricas mexicanas, por conta dessa tarifa extra", diz Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea. A produção mexicana de 3,2 milhões de veículos para exportação direta aos EUA, segundo a Anfavea, deve ser reduzida nos próximos meses. A entidade acredita que o excedente será direcionado para outros mercados, especialmente aqueles que possuem algum acordo de livre comércio com o México — caso do Brasil. "Com isso, investimentos que seriam realizados aqui e na Argentina deixarão de ser aplicados, para utilizar a capacidade ociosa que será criada no México devido ao aumento das tarifas", revela o executivo. Para a entidade, os investimentos para a construção ou ampliação de plantas fabris na América Latina podem ser direcionados ao México, que terá parte das fábricas sem operar como operavam até 2024. "Pegando uma empresa B, ela tem produção no México, Estados Unidos e Brasil. Se ela tiver que investir nos Estados Unidos, ela vai usar a capacidade ociosa do México e vai deixar de investir em outros países. O Brasil pode ser um dos impactados. Esse efeito acaba prejudicando países, como o Brasil e que têm acordo de livre comércio com o México ", complementa Márcio. Márcio também destaca que as tarifas de Donald Trump podem reduzir a demanda global por veículos, aumentar a capacidade ociosa em vários países e diminuir os investimentos de algumas montadoras. Apesar do cenário pouco positivo, Lima Leite destacou que podem surgir vantagens competitivas para o Brasil ao explorar novas rotas de produção que devem ser criadas devido às tarifas impostas pelos Estados Unidos. Para os Estados Unidos, a Anfavea prevê uma queda no mercado de aproximadamente 1 milhão de veículos em um ano, com estimativa de aumento no preço para o consumidor (de US$ 3 mil a US$ 12 mil), alta da inflação e atraso na transição energética para carros elétricos e híbridos. TOP 5 carros usados mais vendidos em fevereiro LEIA MAIS LISTA: vendas de motos registram o melhor trimestre dos últimos 60 anos; veja as mais vendidas Montadora de luxo suspende envio de carros para os EUA em resposta a 'tarifaço' de Trump LISTA: Fiat Strada vende mais que o dobro da VW Saveiro; veja as 10 picapes mais vendidas em 2025 Importações da China ameaçam empregos, diz Anfavea O presidente da Anfavea também ponderou que as importações de carros chineses podem afetar negativamente o bom momento para a geração de empregos. Isso pode ocorrer devido à provável revisão dos cerca de R$ 180 bilhões investidos no país por diversas empresas do setor automotivo. A entidade informou que, em um ano, foram criados 8,1 mil postos de trabalho diretos. Em março de 2024, havia 101,4 mil pessoas empregadas, e no mês passado, esse número subiu para 109,5 mil. Outra ameaça é a redução fiscal solicitada por empresas chinesas para a produção em esquema de montagem dos carros no país, sem a fabricação completa do veículo. Conhecidos como esquemas CKD e SKD, a Anfavea aponta que esses métodos são altamente prejudiciais aos fabricantes, empregos e investimentos em toda a cadeia automotiva. “Esses impasses podem comprometer parte dos investimentos anunciados, sobretudo num momento de grande tensão global, com as tarifas impostas pelo governo norte-americano impactando negativamente toda a geopolítica econômica global, inclusive o setor automotivo nacional e sua longa cadeia de suprimentos”, diz Márcio de Lima Leite. Produção de veículos tem alta de 8%, mesmo com queda em março No primeiro trimestre de 2025, houve um aumento de 8,3% na produção de veículos no Brasil, passando de 538 mil para 582,9 mil unidades fabricadas. Mesmo com aumento da produção próximo aos 10%, o mês de março registrou a maior queda na quantidade de carros fabricados desde a pandemia. O tropeço foi de 12,6% no mês, quando saíram 190 mil veículos das plantas no Brasil, contra 217,4 mil em fevereiro. Segundo a Anfavea, a queda na produção de automóveis aconteceu principalmente por ajuste no nível de estoques, da ordem de 8 mil veículos. Outro fator preponderante foi uma desaceleração nas exportações de março. No mês passado a exportação de veículos caiu 19%, com 38,9 mil unidades vendidas em março, contra 48 mil em fevereiro. A entidade também anunciou que a exportação de carros novos atingiu 115,6 mil unidades no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 40,6% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram exportados 82,2 mil veículos. A recuperação da Argentina foi o principal fator que contribuiu para o aumento significativo nas exportações de carros fabricados no Brasil. Houve crescimento dos mercados da Colômbia e do Chile. "A Argentina registrou crescimento de 120% e isso acaba impactando as exportações brasileiras, mesmo com uma queda de 19% em março. Junto dela, Colômbia e Chile crescendo também ajudaram nas exportações", diz Márcio. Segundo Lima Leite, o mercado argentino tem capacidade para receber cerca de 500 mil unidades, e o Brasil é o principal país em participação nos emplacamentos no país vizinho. Veja quais são os países que mais compraram carros fabricados no Brasil: Importações registram alta vindo de China e Argentina As importações de veículos aumentaram 25,1% no primeiro trimestre deste ano, totalizando 112,8 mil unidades, principalmente da China e Argentina, em comparação com 90,2 mil unidades importadas nos três primeiros meses de 2024. Veja quais são os países que mais enviam carros para o Brasil: Argentina: 47%; China: 28%; México: 7%; Alemanha: 5%; Uruguai: 4%; Tailândia: 2%. Importações da China ameaçam empregos, diz Anfavea

Produção de veículos tem alta de 8% no 1º trimestre, com destaque para exportações para Argentina


Segundo a Anfavea, envio de veículos teve aumento de 40,6% no período, com o país vizinho retornando às compras. Tarifaço de Trump preocupa o setor, com o possível aumento de importações. Produção e exportação de carros dispara em um trimestre, segundo a Anfavea. Divulgação/Volkswagen No primeiro trimestre de 2025, houve um aumento de 8,3% na produção de veículos no Brasil, passando de 538 mil para 582,9 mil unidades fabricadas. Os dados foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), nesta terça-feira (8). Mesmo com aumento da produção próximo aos 10%, o mês de março registrou a maior queda na quantidade de carros fabricados desde a pandemia. O tropeço foi de 12,6% no mês, quando saíram 190 mil veículos das plantas no Brasil, contra 217,4 mil em fevereiro. Segundo a Anfavea, a queda na produção de automóveis aconteceu principalmente por ajuste no nível de estoques, da ordem de 8 mil veículos. Outro fator preponderante foi uma desaceleração nas exportações de março. No mês passado a exportação de veículos caiu 19%, com 38,9 mil unidades vendidas em março, contra 48 mil em fevereiro. A entidade também anunciou que a exportação de carros novos atingiu 115,6 mil unidades no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 40,6% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram exportados 82,2 mil veículos. A recuperação da Argentina foi o principal fator que contribuiu para o aumento significativo nas exportações de carros fabricados no Brasil. Houve crescimento dos mercados da Colômbia e do Chile. "A Argentina registrou crescimento de 120% e isso acaba impactando as exportações brasileiras, mesmo com uma queda de 19% em março. Junto dela, Colômbia e Chile crescendo também ajudaram nas exportações", diz Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea. Segundo Lima Leite, o mercado argentino tem capacidade para receber cerca de 500 mil unidades, e o Brasil é o principal país em participação nos emplacamentos no país vizinho. Veja quais são os países que mais compraram carros fabricados no Brasil: LEIA MAIS LISTA: vendas de motos registram o melhor trimestre dos últimos 60 anos; veja as mais vendidas Montadora de luxo suspende envio de carros para os EUA em resposta a 'tarifaço' de Trump LISTA: Fiat Strada vende mais que o dobro da VW Saveiro; veja as 10 picapes mais vendidas em 2025 TOP 5 carros usados mais vendidos em fevereiro Importações registram alta vindo de China e Argentina As importações de veículos aumentaram 25,1% no primeiro trimestre deste ano, totalizando 112,8 mil unidades, principalmente da China e Argentina, em comparação com 90,2 mil unidades importadas nos três primeiros meses de 2024. Veja quais são os países que mais enviam carros para o Brasil: Argentina: 47%; China: 28%; México: 7%; Alemanha: 5%; Uruguai: 4%; Tailândia: 2%. Tarifaço de Trump preocupa o setor A Anfavea expressou preocupação com a redução do volume de exportação do México para os Estados Unidos, devido às tarifas impostas por Donald Trump. “Uma vez que a queda acontece, o México vai enviar as unidades para outros países com os quais ele tem algum acordo comercial, como é o caso do Brasil. Muitos investimentos que seriam realizados no Brasil ou Argentina, deixarão de ser feitos para utilizar a capacidade ociosa das fábricas mexicanas, por conta dessa tarifa extra", apontou o executivo. A entidade afirma que o Brasil pode ser pouco afetado de forma direta, considerando a produção local de carros, pois o país exporta principalmente máquinas de construção para os Estados Unidos. Estes são os maiores exportadores de automóveis para os Estados Unidos, segundo a Anfavea: México: 3,2 milhões de unidades para os Estados Unidos; Coreia do Sul: 1,6 milhão de unidades para os Estados Unidos; Japão: 1,4 milhão de unidades para os Estados Unidos; Canadá: 900 mil unidades para os Estados Unidos; Alemanha: 400 mil unidades para os Estados Unidos. A entidade também destaca que as tarifas de Donald Trump podem reduzir a demanda global por veículos, aumentar a capacidade ociosa em vários países e diminuir os investimentos de algumas marcas. Apesar do cenário pouco positivo, Lima Leite destacou que podem surgir vantagens competitivas para o Brasil ao explorar novas rotas de produção que devem ser criadas devido às tarifas dos Estados Unidos. Importações da China ameaçam empregos, diz Anfavea O presidente da Anfavea também ponderou que as importações de carros chineses podem afetar negativamente o bom momento para a geração de empregos. Isso pode ocorrer devido à provável revisão dos cerca de R$ 180 bilhões investidos no país por diversas empresas do setor automotivo. A entidade informou que, em um ano, foram criados 8,1 mil postos de trabalho diretos. Em março de 2024, havia 101,4 mil pessoas empregadas, e no mês passado, esse número subiu para 109,5 mil. Outra ameaça é a redução fiscal solicitada por empresas chinesas para a produção em esquema de montagem dos carros no país, sem a fabricação completa do veículo. Conhecidos como esquemas CKD e SKD, a Anfavea aponta que esses métodos são altamente prejudiciais aos fabricantes, empregos e investimentos em toda a cadeia automotiva. “Esses impasses podem comprometer parte dos investimentos anunciados, sobretudo num momento de grande tensão global, com as tarifas impostas pelo governo norte-americano impactando negativamente toda a geopolítica econômica global, inclusive o setor automotivo nacional e sua longa cadeia de suprimentos”, diz Márcio de Lima Leite.

LISTA: vendas de motos registram o melhor trimestre dos últimos 60 anos; veja as mais vendidas


Segundo a Fenabrave, foram emplacadas mais de 473 mil motos zero km no país nos três primeiros meses do ano. Segmento cresce quase 10% no período e projeção é de alcançar 2 milhões de unidades em 2025. Honda CG 160 2025 Titan sai por R$ 19.230 Divulgação | Honda Em a, foram 32.989 novos emplacamentos do modelo. O mercado de motos zero km parecia estar no auge, mas 2025 chegou para desafiar os números. No primeiro trimestre deste ano, foram 473.927 emplacamentos de motocicletas no país, segundo os dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). De acordo com a entidade, esse é o melhor desempenho já registrado nos 60 anos da série histórica, ultrapassando a marca do primeiro trimestre de 2008, quando foram vendidas 435.789 motocicletas. Comparando com o mesmo período de 2024, a alta é de 9,63% nas vendas, quando o Brasil registrou 432.293 emplacamentos. Veja as 10 motos mais vendidas no primeiro trimestre de 2025. Honda CG 160: 104.216 unidades; Honda Biz: 62.370 unidades; Honda Pop 110i: 53.063 unidades; Honda NXR 160 Bros: 40.692 unidades; Honda CB300F: 15.352 unidades; Mottu Sport 110I: 13.306 unidades; Honda PCX 160: 12.808 unidades; Yamaha YBR 150: 12.420 unidades; Yamaha XTZ 250: 9.811 unidades; Honda XRE 300: 9.584 unidades. "O segmento de motocicleta teve o melhor trimestre da história. No pós-pandemia, as motos vêm ocupando mais espaço por conta do [maior uso de] aplicativos [de entrega] e pela má qualidade do transporte público. Vamos bater mais de dois milhões de unidades este ano, diz Marcelo Franciulli, diretor executivo da Fenabrave Apesar de um mercado feroz de novas motos a combustão, as vendas de modelos elétricos seguem sem muita energia no Brasil. Neste primeiro trimestre foram emplacadas 3.452 unidades eletrificadas, que representam apenas 0,7% de todos os modelos comercializados. Mesmo assim, o mercado deste tipo de moto cresceu 104,74% em um ano, quando passou de 1.686 unidades emplacadas em 2024, para 3.452 modelos vendidos no primeiro trimestre de 2025. LEIA MAIS Yamaha Ténéré 700 volta este mês ao Brasil; veja preços Royal Enfield Shotgun 650 é opção mais barata entre as rivais estradeiras e é alternativa à Super Meteor; veja teste Shineray aposta na Storm 200 para peitar Honda e Yamaha; g1 testou moto chinesa As motos mais vendidas de março Em março, foram 166.014 emplacamentos de motocicletas, 6,45% acima de fevereiro, que teve 155.957 unidades comercializadas. Contra o mesmo período do ano passado, a alta foi de 8,74%. A Honda CG 160 continua sendo a moto mais vendida do mercado, como acontece desde 1976. Em março, foram 35.423 novos emplacamentos do modelo. A moto é também o veículo mais vendido do Brasil, à frente de carros e comerciais leves, como a líder Fiat Strada, que vendeu "apenas" 29.298 unidades — em comparação, a CG 160 vendeu 3,5 vezes mais que a Strada. Em segundo lugar, ficou a Honda Biz. A cub vendeu 21.367 unidades em março. Veja as 10 motos mais vendidas em março. Honda CG 160: 35.423 unidades; Honda Biz 125: 21.367 unidades; Honda Pop 110i ES: 18.586 unidades; Honda NXR 160 Bros: 14.244 unidades; Mottu Sport 110I: 8.004 unidades; Honda CB 300F Twister: 5.448 unidades; Yamaha YBR 150: 4.574 unidades; Honda PCX 160: 4.342 unidades; Yamaha Fazer 250: 3.509 unidades; Honda XRE 300: 3.436 unidades. 2 pontos positivos e negativos da Honda CG 160 Veja as 10 marcas mais vendidas no acumulado de 2025, por fatia de mercado.

Montadora de luxo suspende envio de carros para os EUA em resposta a 'tarifaço' de Trump


A Jaguar Land Rover vende, anualmente, 400 mil modelos para os Estados Unidos, o que representa quase 25% das exportações globais da montadora. A Land Rover RRS D350 LE custa cerca de R$ 966.185. Divulgação/Land Rover A Jaguar Land Rover anunciou neste sábado (5) que pausará os envios de seus carros fabricados na Grã-Bretanha para os Estados Unidos por um mês, enquanto considera como mitigar o custo da tarifa de 25% imposta pelo presidente Donald Trump. "Enquanto trabalhamos para ajustar os novos termos comerciais com nossos parceiros de negócios, estamos tomando algumas ações de curto prazo, incluindo a pausa nas remessas em abril, enquanto desenvolvemos nossos planos de médio e longo prazo", disse a JLR em um comunicado por e-mail. A indústria automobilística britânica, que emprega 200.000 pessoas diretamente, tem exposição ampla às novas tarifas. Os Estados Unidos são o segundo maior importador de carros fabricados na Grã-Bretanha, depois da União Europeia, com quase 20% de participação, conforme dados da entidade do setor SMMT. A Jaguar Land Rover, um dos maiores produtores britânicos em volume, disse em seu comunicado que os EUA são um mercado importante para suas marcas de luxo. A empresa vende, anualmente, 400.000 modelos Range Rover Sport, Defender, de maneira que as exportações para os EUA representam quase 25% do total de vendas. A tarifa de 25% sobre carros e caminhões leves importados para os Estados Unidos entrou em vigor em 3 de abril, no dia seguinte ao anúncio de Trump sobre tarifas sobre outros bens de países de todo o mundo. g1 testou: a primeira Tesla Cybertruck que veio para o Brasil LEIA MAIS LISTA: Fiat Strada vende mais que o dobro da VW Saveiro; veja as 10 picapes mais vendidas em 2025 Vendas da Tesla caem 13% no 1º trimestre, com redução da demanda e reação a Elon Musk 'Tesla está em colapso e pode ser que não se recupere': vendas e preços de ações da montadora despencam ainda mais O Reino Unido afirmou que está focado em tentar garantir um acordo comercial com Washington. 'Segurem firme' Em meio a medidas de contenção já anunciadas por empresas para 'contornar' o tarifaço, Trump fez um pedido aos americanos que "segurem firme" o período de turbulência. "Estamos trazendo de volta empregos e empresas como nunca visto. Esta é uma revolução econômica, e nós venceremos. Aguentem firme, não será fácil, mas o resultado será histórico", disse. Trump anunciou tarifaço: todas as exportações brasileiras destinadas aos Estados Unidos serão taxadas em 10% Reuters via BBC Taxas recíprocas de Trump passam a valer a partir deste sábado (5) As tarifas recíprocas detalhadas por Donald Trump contra países que possuem relações comerciais com os Estados Unidos entram em vigor hoje. A medida inclui alíquotas de 10% sobre todas as importações do Brasil. Ao todo, o "tarifaço" de Trump atinge mais de 180 países e regiões, incluindo a União Europeia (20%), China (34%), Coreia do Sul (25%) e Japão (24%). O anúncio foi feito pelo republicano na última quarta-feira (2), com o discurso de que os EUA ficariam "livres" de produtos estrangeiros. "É a nossa declaração de independência econômica", afirmou o líder americano. No entanto, Trump e integrantes de sua administração são vozes minoritárias a favor do tarifaço. Em geral, especialistas atribuem à medida uma série de efeitos negativos — tanto para a economia dos EUA quando para o resto do globo.

LISTA: Fiat Strada vende mais que o dobro da VW Saveiro; veja as 10 picapes mais vendidas em 2025


Strada segue com folga na liderança entre as mais vendidas do Brasil no primeiro trimestre de 2025, segundo a Fenabrave. Fiat Strada divulgação/Fiat O líder em emplacamentos no segmento de picapes no Brasil é a Fiat Strada. Nenhuma surpresa, afinal, ela também é o carro mais comercializado do país, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores divulgados na última quinta-feira (3). No total, foram 29.298 unidades da Fiat Strada emplacadas desde o começo do ano. A segunda colocada entre os comerciais leves é a Volkswagen Saveiro, que teve 13.303 unidades emplacadas nos três primeiros meses de 2025. Outro modelo que vai bem nas vendas e ficou na terceira posição geral do ano foi a Fiat Toro. Foram, no acumulado, 10.727 unidades comercializadas durante o mesmo trimestre. Veja a lista das picapes mais vendidas no 1º trimestre. Fiat Strada: 29.298 unidades; Volkswagen Saveiro: 13.304 unidades; Fiat Toro: 10.727 unidades; Toyota Hilux: 10.216 unidades; Ford Ranger: 7.363 unidades; Chevrolet S10: 5.704 unidades; Ram Rampage: 5.259 unidades; Chevrolet Montana: 4.865 unidades; Nissan Frontier: 2.889 unidades. Renault Oroch: 2.862 unidades. LEIA MAIS Shineray aposta na Storm 200 para peitar Honda e Yamaha; g1 testou moto chinesa Royal Enfield Shotgun 650 é opção mais barata entre as rivais estradeiras e é alternativa à Super Meteor; veja teste Yamaha Ténéré 700 volta este mês ao Brasil; veja preços Vendas de março No mês a mês, a Fiat Toro superou a Toyota Hilux na preferência do consumidor de picapes médias, sobretudo quando comparada com as rivais diretas, como Ford Ranger, Chevrolet S10 e RAM Rampage. No restante, sem novidades. Veja abaixo a lista mensal. Fiat Strada: 10.256 unidades; Volkswagen Saveiro: 5.692 unidades; Fiat Toro: 3.629 unidades; Toyota Hilux: 3.413 unidades; Ford Ranger: 2.497 unidades; Chevrolet S10: 2.330 unidades; Ram Rampage: 1.819 unidades; Chevrolet Montana: 1.744 unidades; Renault Oroch: 1.189 unidades; Nissan Frontier: 944 unidades. Linha 2025 da Ram Rampage ganha versão de entrada

'Tesla está em colapso e pode ser que não se recupere': vendas e preços de ações da montadora despencam ainda mais


Para especialistas, desempenho não é apenas reflexo da concorrência cada vez maior da empresa chinesa BYD, mas também do papel controverso de Elon Musk no governo Trump. Atuação de Elon Musk no governo de Donald Trump é alvo de crítica de investidores no mercado de ações Getty Images via BBC As vendas de carros da Tesla, empresa chefiada por Elon Musk, despencaram para o menor nível dos últimos três anos. A fabricante de veículos elétricos entregou quase 337 mil unidades nos primeiros três meses de 2025 — uma queda de 13% em relação ao mesmo período do ano passado. Após a divulgação dos baixos números de vendas, as ações da empresa recuaram no início do pregão de quarta-feira (2/4). Os carros da companhia enfrentam uma competição cada vez maior da empresa chinesa BYD, mas especialistas acreditam que o papel controverso de Musk na administração Donald Trump também tem uma influência nesse fenômeno. A empresa atribuiu a queda nas vendas à transição para uma nova versão de seu carro mais popular. No entanto, alguns analistas apontam o dedo para o próprio Musk. g1 testou: a primeira Tesla Cybertruck que veio para o Brasil LEIA MAIS Vendas da Tesla caem 13% no 1º trimestre, com redução da demanda e reação a Elon Musk Renault Kwid tem aumento de quase R$ 3 mil e parte de R$ 78.410 na linha 2026 LISTA: veja os carros elétricos e híbridos mais vendidos do Brasil em 2025 "Esses números são péssimos", escreveu no X (antigo Twitter) Ross Gerber, um dos primeiros investidores da Tesla, do grupo Gerber Kawasaki Wealth and Investment Management. "A Tesla está em colapso e pode ser que não se recupere", acrescentou ele, que já foi um apoiador de Musk, mas recentemente pediu que o conselho da empresa removesse o bilionário do cargo de CEO. A 'queda da Tesla' O ativismo político de Musk gerou uma onda de protestos e boicotes ao redor do mundo. Ele atualmente lidera a iniciativa do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês) do presidente Donald Trump, criada com o objetivo de cortar gastos e reduzir o volume de servidores federais. Na quarta-feira (2/3), o site Politico relatou que Trump teria dito a pessoas de seu círculo íntimo que Musk se afastaria do governo nas próximas semanas. Logo após a publicação da notícia, o preço das ações da Tesla voltou a subir. A Casa Branca, no entanto, refutou a reportagem, classificando-a como "lixo". Por ser considerado um funcionário especial do governo, por lei Musk só pode servir no governo por 130 dias durante o ano, o que significaria que ele teria de deixar o posto até meados de junho. O chefe da Tesla é o homem mais rico do mundo e contribuiu com mais de US$ 250 milhões (R$ 1,4 bi) para ajudar Trump a ser eleito nas eleições de novembro de 2024. Nas últimas semanas, ele investiu mais dinheiro em uma corrida para a Suprema Corte de Wisconsin, ao apoiar o ex-procurador-geral republicano Brad Schimel — que acabou derrotado na terça-feira (1/4). Loja da Tesla em Berlim: concessionárias em várias partes do mundo foram vandalizadas Getty Images via BBC A reação contra Musk incluiu protestos em concessionárias da Tesla nos Estados Unidos e na Europa. Veículos da empresa também foram vandalizados — e Trump chegou a dizer que o governo acusaria pessoas que atacassem carros da montadora de "terrorismo doméstico". O gerenciamento de Musk sobre seus negócios, incluindo a Tesla, recebeu uma série de questionamentos. Em uma entrevista recente, ele admitiu que administra seus empreendimentos "com grande dificuldade". "Francamente, não acredito que estou aqui fazendo isso [em referência ao seu trabalho na atual administração Trump]", acrescentou ele. As ações da Tesla perderam mais de um quarto de seu valor desde o início deste ano, segundo os índices registrados na quarta-feira (2/4). "Não vamos olhar para esses números com falso otimismo... Eles representam um desastre", avalia o analista Dan Ives, da empresa de serviços financeiros Wedbush, em nota divulgada na quarta-feira. "Quanto maior o envolvimento político [de Musk] com a Doge, mais a marca sofre. Não há discussão sobre isso", pontuou ele. A Tesla não respondeu aos pedidos de comentários da BBC, mas declarou em um documento protocolado na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA que os números divulgados recentemente "representam apenas duas medidas" do desempenho da empresa e "não devem ser considerados como um indicador de resultados financeiros trimestrais". Esses resultados mais detalhados serão divulgados no dia 22 de abril em um relatório financeiro completo com dados do trimestre. Eles "dependerão de uma variedade de fatores, como preço médio de venda, custos, movimentos cambiais, entre outros", detalhou a Tesla. O texto também observa que a empresa suspendeu temporariamente a produção de veículos utilitários esportivos do chamado Model Y a partir de janeiro. Após a divulgação dos números na quarta-feira, Randi Weingarten, presidente da Federação Americana de Professores — um dos sindicatos trabalhistas mais poderosos dos EUA — escreveu a dezenas de fundos de pensão públicos sobre a situação da Tesla. Afirmou que os últimos números de vendas da empresa estavam "se tornando abismais", instou os fundos de pensão a analisarem de perto as participações que possuem na empresa e questionou o que gestores financeiros estão fazendo para "proteger ativos de aposentadoria". "Essas quedas parecem ser, em parte, motivados pelo fato de Musk gastar seu tempo em atividades políticas, algumas das quais parecem estar em conflito com a marca e os interesses comerciais da Tesla", afirmou Weingarten. A Controladoria da cidade de Nova York (New York City Comptroller) já anunciou que estuda processar a Tesla em nome dos enormes fundos de pensão ligados ao órgão. Na terça-feira (1/4), a instituição divulgou uma perda de mais de US$ 300 milhões (R$1,6 bi) em três meses por causa da queda do preço das ações da empresa. "Elon Musk anda tão distraído que está levando a Tesla para um precipício financeiro", afirmou em comunicado o atual controlador da cidade, Brad Lander.

LISTA: venda de carros híbridos cresce 70% no 1º trimestre; veja as marcas mais vendidas


Segundo a Fenabrave, foram mais de 37 mil veículos híbridos vendidos no primeiro trimestre de 2025. As marcas que mais emplacaram foram BYD, Fiat e GWM. Dois BYD e dois Fiat ocupam a lista dos carros eletrificados mais vendidos de 2025 g1 A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) aponta que 37.197 veículos híbridos foram vendidos no primeiro trimestre de 2025. O salto foi de 70,5% em relação aos 21.814 veículos vendidos no mesmo período do ano passado. “O bom desempenho mostra que a demanda segue aquecida. Apesar dos desafios no crédito, há um ritmo sustentado de crescimento”, disse Arcelio Junior, presidente da Fenabrave. Juntando as tecnologias de eletrificação foram 50.074 emplacamentos de veículos elétricos e híbridos. A alta foi de 39,6% ante os 35.861 emplacamentos de 2024. “O resultado acumulado indica a chegada de novas marcas e reforça o interesse dos consumidores por novas tecnologias”, comentou o executivo. Os preferidos são os híbridos, que vendem quase três vezes mais que os totalmente elétricos. A Fenabrave não divulga lista com os modelos mais vendidos, mas divide por marcas. Veja as marcas que mais venderam carros híbridos no 1º trimestre. BYD: com 11.706 unidades; Fiat: com 7.502 unidades; GWM: com 5.879 unidades; Toyota: com 4.277 unidades; Mercedes Benz: com 1.727 unidades; Honda: com 1.207 unidades; Caoa Chery: com 1.203 unidades; Volvo: com 901 unidades; BMW: com 692 unidades; Land Rover: com 627 unidades. O principal destaque da lista é a Fiat, que assume a segunda colocação entre as mais vendidas. A marca do grupo Stellantis tem apenas dois veículos com um sistema híbrido leve e que entram na lista: Pulse e Fastback. Os dois carros foram lançados em novembro do ano passado e, comparados com os outros modelos disponíveis no Brasil, oferecem pouca economia de combustível. Porém, a dupla aparece como opção de baixo custo para quem deseja entrar no mundo da eletrificação. A diferença de um Fiat Pulse convencional para um modelo híbrido é de R$ 2 mil. A variação é tão pequena, que a fabricante descontinuou os modelos equivalentes e que utilizam apenas tração por combustível. Detalhes sobre o motor híbrido leve da Fiat Veja as marcas que mais venderam carros elétricos no 1º trimestre. BYD: com 9.678 unidades; Volvo: com 1.196 unidades; GWM: com 814 unidades; BMW: com 219 unidades; Renault: com 176 unidades; Porsche: com 155 unidades; Zeekr: com 141 unidades; Mini: com 124 unidades; JAC: com 107 unidades; Mercedes Benz: com 38 unidades. Entre os elétricos, chama atenção o domínio da chinesa BYD. A família de modelo BYD Song aparece como o 20º carro mais vendido entre todos no primeiro trimestre, com 8.650 emplacamentos. A seguir está o BYD Dolphin Mini, na 23ª colocação ao marcar 6.554 vendas. LEIA MAIS Renault Kwid tem aumento de quase R$ 3 mil e parte de R$ 78.410 na linha 2026 Fiat Strada é o veículo novo mais vendido do 1º trimestre; veja a lista Volkswagen T-Cross é o SUV mais vendido no 1º trimestre de 2025; veja a lista Nem todo híbrido é igual Carro eletrificado inclui tanto o totalmente elétrico quanto o híbrido. Mas os híbridos são separados em diferentes tecnologias que ajudam a reduzir o consumo de combustível — ou mesmo para eliminá-lo em alguns momentos. No mercado, temos os seguintes modelos híbridos: PHEV: veículos movidos pela junção de bateria com motor a combustão, e precisam de recarga em tomada ou eletropostos, mas podem também utilizar o sistema tradicional de motores como gerador para recarga da energia elétrica. Nesses casos, o consumo de combustível pode variar entre 20 e 40 quilômetros por litro. Em praticamente todos os automóveis dessa categoria é possível dirigir alguns quilômetros sem consumir uma gota de gasolina. HEV: veículos movidos pela junção de bateria com motor a combustão, mas com recarga da energia ocorrendo por meio do funcionamento do próprio carro — sem uso de tomada ou eletroposto. Neste caso, podem não conseguir andar apenas com tração elétrica, e a autonomia geral (bateria + combustível) é menor que os PHEV. HEV Flex: funciona exatamente como um HEV, com opção de utilizar etanol como alternativa à gasolina. MHEV: veículos movidos exclusivamente por motor a combustão, com sistema elétrico adicionando pouca potência em alguns momentos ou reduzindo consumo de combustível.

Volkswagen T-Cross é o SUV mais vendido no 1º trimestre de 2025; veja a lista


Liderança é acompanhada de perto pelo segundo lugar, o Hyundai Creta. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (3) pela Fenabrave. Volkswagen T‑Cross Comfortline 2025 divulgação/Volkswagen O Volkswagen T-Cross foi o SUV mais vendido do primeiro trimestre de 2025. De janeiro a março, foram emplacados 18.379 mil unidades do modelo, segundo dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) nesta quinta-feira (3). O SUV da Volkswagen está 3.851 emplacamentos acima do segundo colocado, o Hyundai Creta. No acumulado do ano, o SUV da marca coreana registrou 14.528 unidades emplacadas. O Honda HR-V ultrapassou o Chevrolet Tracker e assumiu a terceira posição, fechando o pódio dos três mais vendidos até agora. Veja a lista dos SUVs mais vendidos no 1º trimestre. Volkswagen T-Cross: 18.379 unidades; Hyundai Creta: 14.528 unidades; Honda HR-V: 14.160 unidades; Chevrolet Tracker: 13.619 unidades; Toyota Corolla Cross: 13.011 unidades; Jeep Compass: 12.757 unidades; Nissan Kicks: 12.194 unidades; Fiat Fastback: 10.746 unidades; Jeep Renegade: 10.235 unidades; Fiat Pulse: 9.949 unidades. LEIA MAIS Fiat Strada é o veículo novo mais vendido do 1º trimestre; veja a lista Vendas de março O T-Cross também foi o primeiro colocado no balanço para o mês de março. Vendeu 2.106 mais unidades que o Toyota Corolla Cross, que ficou na segunda posição. Veja a lista dos SUVs mais vendidos em março. Volkswagen T-Cross: 6.512 unidades; Toyota Corolla Cross: 5.834 unidades; Honda HR-V: 5.095 unidades; Nissan Kicks: 4.519 unidades; Hyundai Creta: 4.418 unidades; Chevrolet Tracker: 4.170 unidades; Jeep Compass: 4.018 unidades; VW Nivus: 3.792 unidades; Fiat Fastback: 3.551 unidades; Fiat Pulse: 3.048 unidades. LEIA MAIS Shineray aposta na Storm 200 para peitar Honda e Yamaha; g1 testou moto chinesa Royal Enfield Shotgun 650 é opção mais barata entre as rivais estradeiras e é alternativa à Super Meteor; veja teste Yamaha Ténéré 700 volta este mês ao Brasil; veja preços Sucesso dos SUVs O segmento dos SUVs é dominante no Brasil, com 47,57% de todos os carros zero km vendidos no ano. O sucesso dos SUVs vem desde meados de 2020, quando ultrapassaram o total de emplacamentos dos hatches pequenos, como Volkswagen Polo, Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e Fiat Argo. Veja a evolução abaixo. Resultados do setor No primeiro trimestre de 2025, os brasileiros compraram 551.655 veículos novos, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Somando motos e implementos rodoviários, o setor ultrapassou a marca de 1 milhão de veículos zero km comercializados, melhor resultado em 17 anos. Com 1.080.884 de emplacamentos, o aumento foi de 8,03% contra o primeiro trimestre de 2024, quando foram firmadas 1.000.562 vendas. "O crescimento dos emplacamentos de todos os segmentos, à exceção dos implementos rodoviários, mesmo com menos dias úteis, demonstra a resposta positiva do mercado, mesmo frente às incertezas econômicas. Seguimos atentos aos desafios, mas o comportamento do consumo do setor tem se mostrado positivo", disse Arcelio Junior, presidente da Fenabrave. ⚡O cenário para carros eletrificados (elétricos e híbridos) continua favorável, pois registrou aumento de 40,4% no período. No primeiro trimestre de 2024, foram 36.074 unidades vendidas. Neste ano, 50.640 vendas (sendo 37.650 híbridos e 12.990 elétricos). Veja abaixo os resultados por segmento. AUTOMÓVEIS 399.704 emplacamentos em 2025, aumento de 6,12% contra 2024. 141.561 emplacamentos em março, aumento de 5,03% contra fevereiro; Comparado a março de 2024, houve alta de 2,68% (137.867 unidades) COMERCIAIS LEVES 118.034 emplacamentos em 2025, aumento de 10,73% contra 2024. 42.507 emplacamentos em março, aumento de 8,88% contra fevereiro; Comparado a março de 2024, houve alta de 11,61% (106.600 unidades) CAMINHÕES E ÔNIBUS 33.917 emplacamentos em 2024, aumento de 8,75% contra 2024. 11.430 emplacamentos em março, aumento de 2,73% contra fevereiro; Comparado a março de 2024, houve queda de 2,57% (11.731 undidades) Projeções para 2025 A projeção da Fenabrave é de um crescimento menor para 2025, marcado em 5%. Alcançando um total de 2.765.906 veículos vendidos. Automóveis e comerciais leves: alta de 5% (de 2.484.740 para 2.608.977); Caminhões: alta de 4,5% (de 122.099 para 127.593); Ônibus: alta de 6% (de 27.675 para 29.336). A redução no crescimento esperado para 2025 está ligada em preocupações com os cenários internacional e nacional. Porém, se essa alta se confirmar, serão registrados 124.037 veículos a mais que em 2024. Origem do Kadett de Ainda Estou Aqui

Fiat Strada é o veículo novo mais vendido do 1º trimestre; veja a lista


Segundo os dados da Fenabrave, venda de veículos novos teve alta de 8% no período, passando dos 551 mil emplacamentos. Fiat Strada divulgação/Fiat A Fiat Strada foi o veículo novo mais emplacado do Brasil no primeiro trimestre, segundo dados da Federação Nacional Distribuição Veículos Automotores (Fenabrave) publicados nesta quinta-feira (3). Nos três primeiros meses de 2025, foram emplacadas 29.298 unidades da picape em todo o país. O vice-líder foi o hatch Volkswagen Polo, que emplacou 21.881 unidades. Veja a lista de mais vendidos do 1º trimestre de 2025: Fiat Strada: 29.298 unidades; Volkswagen Polo: 21.881 unidades; Fiat Argo: 19.724 unidades; Volkswagen T-Cross: 18.379 unidades; Chevrolet Onix: 16.037 unidades; Hyundai Creta: 14.528 unidades; Hyundai HB20: 14.361 unidades; Fiat Mobi: 14.255 unidades; Honda HR-V: 14.160 unidades; Chevrolet Tracker: 13.619 unidades. LEIA MAIS Yamaha Ténéré 700 volta este mês ao Brasil; veja preços BYD quer dobrar vendas no exterior em 2025; marca já figura entre as 10 mais vendidas do mundo VÍDEO: o g1 deu uma volta no Opel Kadett de ‘Ainda Estou Aqui’, que foi leiloado por R$ 215 mil Vendas de março Em março, a Strada também liderou o ranking, com mais de 10.256 emplacamentos. A grande surpresa foi o Fiat Argo, que saltou da oitava posição em fevereiro para a segunda em março, com 8.247 carros comercializados. O Polo vem na cola, com 8.120 mil unidades vendidas no mês. Veja abaixo a lista mensal. Fiat Strada: 10.256 unidades; Fiat Argo: 8.247 unidades; Volkswagen Polo: 8.120 unidades; Volkswagen T-Cross: 6.512 unidades; Hyundai HB20: 6.122 unidades; Toyota Corolla Cross: 5.834 unidades; Chevrolet Onix: 5.748 unidades; Honda HR-V: 5.095 unidades; Renault Kwid: 4.955 unidades; Fiat Mobi: 4.682 unidades. Andamos no Kadett de 'Ainda Estou Aqui' Resultados do setor No primeiro trimestre de 2025, os brasileiros compraram 551.655 veículos novos, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Somando motos e implementos rodoviários, o setor ultrapassou a marca de 1 milhão de veículos zero km comercializados, melhor resultado em 17 anos. Com 1.080.884 de emplacamentos, o aumento foi de 8,03% contra o primeiro trimestre de 2024, quando foram firmadas 1.000.562 vendas. "O crescimento dos emplacamentos de todos os segmentos, à exceção dos implementos rodoviários, mesmo com menos dias úteis, demonstra a resposta positiva do mercado, mesmo frente às incertezas econômicas. Seguimos atentos aos desafios, mas o comportamento do consumo do setor tem se mostrado positivo", disse Arcelio Junior, presidente da Fenabrave. ⚡O cenário para carros eletrificados (elétricos e híbridos) continua favorável, pois registrou aumento de 40,4% no período. No primeiro trimestre de 2024, foram 36.074 unidades vendidas. Neste ano, 50.640 vendas (sendo 37.650 híbridos e 12.990 elétricos). Veja abaixo os resultados por segmento. AUTOMÓVEIS 399.704 emplacamentos em 2025, aumento de 6,12% contra 2024. 141.561 emplacamentos em março, aumento de 5,03% contra fevereiro; Comparado a março de 2024, houve alta de 2,68% (137.867 unidades) COMERCIAIS LEVES 118.034 emplacamentos em 2025, aumento de 10,73% contra 2024. 42.507 emplacamentos em março, aumento de 8,88% contra fevereiro; Comparado a março de 2024, houve alta de 11,61% (106.600 unidades) CAMINHÕES E ÔNIBUS 33.917 emplacamentos em 2024, aumento de 8,75% contra 2024. 11.430 emplacamentos em março, aumento de 2,73% contra fevereiro; Comparado a março de 2024, houve queda de 2,57% (11.731 undidades) Projeções para 2025 A projeção da Fenabrave é de um crescimento menor para 2025, marcado em 5%. Alcançando um total de 2.765.906 veículos vendidos. Automóveis e comerciais leves: alta de 5% (de 2.484.740 para 2.608.977); Caminhões: alta de 4,5% (de 122.099 para 127.593); Ônibus: alta de 6% (de 27.675 para 29.336). A redução no crescimento esperado para 2025 está ligada em preocupações com os cenários internacional e nacional. Porém, se essa alta se confirmar, serão registrados 124.037 veículos a mais que em 2024.

Vendas da Tesla caem 13% no 1º trimestre, com redução da demanda e reação a Elon Musk


Queda nas vendas ultrapassa 20% desde 2023, ano em que a Tesla registrou o maior número de emplacamentos de sua história. Tesla Model Y foi o carro mais vendido em 2024 Divulgação | Tesla As vendas da Tesla caíram 13% no primeiro trimestre, seu desempenho mais fraco em quase três anos, em reação à adesão do presidente-executivo da montadora, Elon Musk, às políticas de extrema direita e com os consumidores buscando modelos mais novos de outros fabricantes de veículos elétricos. As ações da montadora recuavam cerca de 6% no início do pregão desta quarta-feira (2), quando a empresa divulgou uma queda maior que o esperado nas vendas. Nos três primeiros meses deste ano foram comercializados 336.681 veículos, contra 386.810 emplacamentos durante o mesmo período de 2024. O pico de vendas de veículos da Tesla aconteceu em 2023, quando o primeiro trimestre marcou 422.875 carros elétricos vendidos ao redor do mundo. Comparando com os números divulgados pela companhia nesta semana, a queda é de 20,27%. LEIA MAIS Como híbridos ajudaram BYD a superar Tesla no mercado global LISTA: veja os carros elétricos e híbridos mais vendidos do Brasil em 2025 Conheça a Cyber Campo, primeira picape híbrida nacional, da Lecar A expectativa de 15 analistas da Visible Alpha para este trimestre não era das maiores, com 372.410 veículos comercializados. Com a queda, os números oficiais divulgados pela Tesla foram 9.59% menores que a previsão da consultoria. As vendas da montadora na Europa e na China caíram, mesmo com mais pessoas comprando veículos elétricos, enquanto carros e concessionárias da Tesla em todo o mundo se tornaram alvos de vandalismo. "Não vamos olhar para esses números com lentes cor-de-rosa... eles foram um desastre em todas as métricas. Wall Street e nós sabíamos que um primeiro trimestre ruim estava por vir, mas isso foi ainda pior do que o esperado", disse o analista Dan Ives, da Wedbush Securities. No ano passado, Musk previu um crescimento de 20% a 30% nas vendas em 2025, prometendo lançar um veículo acessível no primeiro semestre do ano. Mas seu papel de consultor do presidente dos EUA, Donald Trump, por meio do qual ele foi fundamental na demissão de milhares de funcionários federais e no corte de ajuda humanitária, gerou descontentamento entre alguns clientes. g1 testou: a primeira Tesla Cybertruck que veio para o Brasil "No curto prazo, é compreensível a preocupação com a queda nas margens e nas vendas ao mesmo tempo, impactando o crescimento dos lucros e das receitas", disse Brian Mulberry, gestor de portfólio de clientes da Zacks Investment Management, acionista da Tesla. Protestos em lojas da Tesla nos EUA e na Europa aumentaram. Alguns dados indicam um crescimento de proprietários de Tesla negociando seus veículos. Investidores estão esperando para ver se modelos renovados como o Model Y e os incentivos ajudaram a conter a fraca demanda e a disputa com rivais chineses, incluindo a BYD e concorrentes europeus como a Volkswagen e a BMW . A BYD deve desbancar a Tesla como a maior vendedora global de veículos elétricos pela primeira vez neste ano, com uma participação de mercado de 15,7%, à frente dos 15,3% da Tesla, de acordo com a Counterpoint Research. As vendas da Tesla nos principais mercados europeus caíram novamente em março, com as vendas na França e na Suécia recuando pelo terceiro mês consecutivo. A marca começou a oferecer o Model Y renovado com estilo atualizado e interiores aprimorados na China no final de fevereiro e nos EUA e Europa no mês passado. Dados de associações da indústria automobilística e estimativas de analistas apontam para declínios notáveis nas vendas da Tesla durante os dois primeiros meses do ano nos EUA, Europa e China. A Tesla indicou planos de lançar um modelo de menor preço baseado em sua plataforma existente neste ano, mas ainda não divulgou detalhes específicos sobre o veículo. Sua picape cara Cybertruck, lançada no final de 2023, teve demanda limitada devido ao seu design e preocupações com a qualidade. A Tesla recentemente fez recall de quase todos os Cybertrucks para resolver um possível problema no painel externo. Embora a Tesla possa sofrer menos com as novas tarifas de 25% sobre veículos importados devido à sua fabricação baseada nos EUA, Musk disse que as implicações de custo são "significativas". A companhia também alertou sobre potenciais tarifas retaliatórias em resposta às taxas.

Renault Kwid tem aumento de quase R$ 3 mil e parte de R$ 78.410 na linha 2026


Compacto da Renault teve aumento de preço em todas as versões e perdeu equipamentos, como rádio na versão de entrada. Veja lista completa de configurações e equipamentos. Renault Kwid fica ao menos R$ 2.320 mais caro na linha 2026 Divulgação | Renault A Renault apresentou a linha 2026 do Renault Kwid, hatch subcompacto que compete com o Fiat Mobi na categoria de veículos de entrada. Em todas as configurações, o Kwid ficou mais caro e perdeu equipamentos. O Kwid era vendido em três versões com uma variante de cor (Zen, Intense, Intense Biton e Outsider). Agora, a Renault aposentou a configuração com duas cores (Intense Biton) e adicionou a versão Iconic, já presente no SUV Duster. Os preços das versões aumentaram na linha 2026: a Zen ficou R$ 2.320 mais cara; a Intense, R$ 2.530; a Iconic, R$ 3.030; e a Outsider, R$ 3.050. Veja abaixo a mudança de preços da linha 2025 para a 2026: Zen 2025: R$ 76.090 | Zen 2026: R$ 78.410; Intense 2025: R$ 79.090 | Intense 2026: R$ 81.620; Intense Pack Biton 2025: R$ 81.990 | Iconic 2026: R$ 85.020; Outsider 2025: R$ 82.090 | Outsider 2026: R$ 85.140. Assim, o Fiat Mobi volta a ser o carro mais barato do país, pois custa R$ 77.990 na versão de entrada Like e R$ 80.990 na versão Trekking. No entanto, há boas notícias. O Kwid ganhou uma tomada USB-C, substituindo a antiga tomada de 12V no console central (totalizando duas) e um sistema de som com mais dois alto-falantes na coluna C, beneficiando os passageiros do banco traseiro. Na linha 2026, o Kwid perdeu o rádio com Bluetooth na versão de entrada Zen. Agora, essa versão só tem preparação para rádio, e a tela multimídia de oito polegadas está disponível apenas na versão Intense. Resumindo: a versão Zen ficou sem rádio e a versão Outsider ficou sem rodas de liga-leve. Versão Itense Biton foi substituída pela Iconic Divulgação | Renault LEIA MAIS: VÍDEO: o g1 deu uma volta no Opel Kadett de ‘Ainda Estou Aqui’, que foi leiloado por R$ 215 mil Yamaha lança novas MT-03 e MT-07 para disputar mercado com Honda CB 300 e CB 650R; veja preços Yamaha Ténéré 700 volta este mês ao Brasil; veja preços Central multimídia só está disponível a partir da configuração Intense Divulgação | Renault O que se manteve? Os quatro airbags continuam sendo um atrativo do Kwid. Seu principal rival, o Mobi, só tem airbags frontais. O conjunto mecânico permanece o mesmo, com o motor 1.0 de três cilindros que entrega 71 cv com etanol e 68 cv com gasolina. O torque é de 10 kgfm com álcool e 9,4 kgfm com gasolina. A transmissão é manual de cinco velocidades. Com esse motor, o consumo de combustível é o seguinte: Cidade: 10,4 km/l (com etanol) | 14,6 km/l (com gasolina); Estrada: 10,8 km/l (com etanol) | 15,5 km/l (com gasolina). As diferenças entre motos Trail, City e Crossover Design Visualmente, o Kwid mudou pouco na linha 2026. O destaque é a cor amarela Citron na parte inferior dos retrovisores externos e as rodas de liga leve de 14 polegadas. Essa é a única versão equipada com esse tipo de roda. As demais versões, incluindo a aventureira Outsider, perderam as rodas de liga leve. Agora, todas são equipadas com rodas de aço e calotas, mesmo com o aumento de preços. A versão aventureira Outsider, que possui apliques plásticos para deixar os para-choques maiores e barras de teto (apenas como design, pois não suportam peso), perdeu os protetores laterais de porta, substituídos por adesivos simples. Externamente, a única novidade é a nova cor cinza Cassiopée (das imagens). Porta-malas continua com 290 litros Divulgação | Renault Ficha técnica: Motor: 1.0, três cilindros; Potência: 71 cv (com etanol) | 68 cv (com gasolina); Torque: 10 kgfm (com etanol) | 9,4 kgfm (com gasolina); Câmbio: manual, 5 marchas; Comprimento: 3,73 m; Largura: 1,57 m; Altura: 1,48 m; Entre-eixos: 2,42 m; Porta-malas: 290 litros. Confira a lista de equipamentos de cada versão: Zen: 4 airbags (2 frontais e 2 laterais) Controle eletrônico de estabilidade (ESP) Assistente de partida em rampa (HSA) Alerta visual e sonoro de não utilização do cinto de segurança de todos os ocupantes Sistema Start & Stop Sistema de monitoramento da pressão dos pneus (TPMS) Luzes de circulação diurna (DRL) em LED Painel de instrumentos com mostradores em LED Indicador de temperatura externa Computador de bordo Tacômetro Direção elétrica Ar-condicionado Quatro alto-falantes 2 saídas USB na frente Rodas com calotas Dark Antracite 14” Travas elétricas das portas Vidros dianteiros elétricos Adiciona-se à Intense: Maçanetas externas na cor da carroceria Retrovisores em preto brilhante Retrovisores elétricos Chave tipo canivete Câmera de ré Central multimídia de 8 polegadas Comando satélite de áudio Lanternas com assinatura em LED Adiciona-se à Iconic: Badge na grade dianteira com a legenda “ICONIC” na cor Citron Friso nos retrovisores externos na cor Citron Rodas de liga-leve 14” escurecidas Novos adesivos para as portas dianteiras e traseiras Pintura biton Adiciona-se à Outsider: Barras de teto com detalhes na cor Citron Molduras de proteção lateral com novos adesivos Skis traseiros / Skis frontais com detalhes na cor Citron Bancos exclusivos com detalhes na cor verde Citron Rodas com calotas Flexwheel 14” bíton

Lojas da Tesla, de Elon Musk, são pichadas por ativistas ambientais na Suécia; VÍDEO


Imagens mostram momento em que grupo pulverizou tinta laranja na fachada das lojas, em Estocolmo e em Malmo, nesta segunda-feira (31). Lojas da Tesla, de Elon Musk, são pichadas por ativistas ambientais na Suécia Duas lojas da Tesla na Suécia foram alvo de vandalismo nesta segunda-feira (31). Ativistas ambientais jogaram tinta laranja na fachada delas - uma na capital, Estocolmo, e outra a cidade costeira de Malmo - para protestar contra o dono da empresa de carros elétricos, Elon Musk. Segundo o grupo, que pertence à organização sueca Återställ Våtmarker, eles queriam chamar a atenção para as recentes “ações e declarações antidemocráticas” do bilionário. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Mulheres vandalizam fachada da loja da Tesla em Estocolmo, na Suécia RESTORE WETLANDS / REUTERS Na manhã desta terça-feira (1º), limpadores ainda estavam removendo restos de tinta das vitrines do showroom de Estocolmo, onde outro grupo se manifestava, do sindicato sueco IF Metall. "Estamos do lado de fora da Tesla hoje para lembrar às pessoas que a Tesla ainda não assinou um acordo de negociação coletiva, embora estejamos em greve há quase um ano e meio", disse a chefe da IF Metall em Estocolmo, Emma Hansson. Dados de registro da Mobility Sweden mostraram que as vendas de carros novos da Tesla na Suécia caíram 64% em março em relação ao mesmo mês do ano passado. Loja da Tesla em Malmo, na Suécia, é pichada por ativistas ambientais RESTORE WETLANDS / REUTERS Onda de ataques nos Estados Unidos As lojas e concessionárias da Tesla nos Estados Unidos também têm sido alvo de ataques constantes nos últimos tempos. Há uma semana, o diretor do Departamento Federal de Investigações dos Estados Unidos (FBI, na sigla em inglês) classificou a onda de ataques como "terrorismo doméstico". Porta da concessionária da Tesla pichada com palavra de protesto em Las Vegas Steve Marcus/Las Vegas Sun via AP Kash Patel também afirmou que o FBI promove uma força-tarefa para "intensificar a resposta e coordenar as ações": "O FBI está investigando o aumento da atividade violenta contra a Tesla e, nos últimos dias, tomamos medidas adicionais para intensificar nossa resposta e coordenar nossas ações. Isso é terrorismo doméstico. Os responsáveis serão perseguidos, capturados e levados à justiça". Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que pessoas que forem pegas vandalizando veículos e lojas da marca Tesla têm uma "grande chance de ir para a prisão por até 20 anos". Loja da Tesla em Las Vegas é vandalizada

Petrobras anuncia redução de R$ 0,17 no litro do diesel nas distribuidoras


Mudança entra em vigor nesta terça (1º). Litro do diesel A passa a custar, em média, R$ 3,55 – valor 4,78% menor que o atual. Bomba de combustível, em imagem de arquivo Marcelo Camargo/Agência Brasil A Petrobras vai reduzir o preço médio do diesel vendido em suas refinarias a partir de 1º de abril, disse a presidente da companhia, Magda Chambriard, no primeiro corte de valores deste combustível desde dezembro de 2023. Com a redução, segundo a companhia, o preço médio do diesel A nas distribuidoras passará a ser de R$ 3,55 por litro – uma queda de 4,78%. "Considerando a mistura obrigatória de 86% de diesel A e 14% de biodiesel para composição do diesel B vendido nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará a ser de R$ 3,05 /litro, uma redução de R$ 0,15 a cada litro de diesel B", informou a companhia. Ainda segundo a Petrobras, desde dezembro de 2022, o preço do diesel caiu 20,9% nas distribuidoras, ou R$ 0,94 por litro. Contudo, a redução anunciada nesta segunda-feira (31), ainda não reverteu completamente o aumento de R$ 0,22 por litro implementado em janeiro. Petrobras anuncia redução no preço do diesel O preço do diesel vendido nos postos é composto por: valor de venda do combustível fóssil pela Petrobras às distribuidoras impostos federais (PIS e Cofins) imposto estadual (ICMS) preço do biodiesel, que é adicionado na proporção de 14% margens de distribuição e revenda Segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o diesel vendido pela Petrobras estava acima da paridade internacional em R$ 0,08 por litro nesta segunda-feira (31). Como a grande maioria dos produtos no Brasil é transportada por caminhões, a redução no valor do diesel pode ter efeito indireto na inflação -- que é uma preocupação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 💸 Segundo especialistas, a parcela do diesel varia de acordo o valor agregado de cada produto. 💸 Ou seja, o impacto do combustível nos alimentos é maior que em eletrodomésticos, eletrônicos e carros, por exemplo.

Economia e eficiência: BYD lidera o ranking de híbridos do Brasil em 2025


A maior produtora global de veículos elétricos e super-híbridos consolida sua posição de destaque no mercado brasileiro, liderando em economia e eficiência. Veja o desempenho no infográfico. BYD King lidera entre os híbridos mais eficientes e econômicos do ano, seguido de BYD Song Pro e BYD Song Plus Divulgação Os veículos híbridos cada vez mais conquistam espaço nas ruas e no coração dos brasileiros. Além de representar um marco de sustentabilidade, eles apresentam design moderno, versatilidade e muito conforto. E quando o assunto é performance e economia, a BYD ganha destaque. Maior produtora global de veículos elétricos, a BYD lidera o ranking de híbridos mais eficientes do Brasil em 2025, ocupando as três primeiras posições (segundo dados do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veícular, o PBEV, do Inmetro 2025). Com baterias ainda mais potentes, os modelos proporcionam maior rendimento e autonomia, rodando até 80 quilômetros com uma carga. Além disso, os modelos da greentech inovam ao proporcionar uma experiência única na direção. Aliado ao excelente espaço interno e linhas modernas, os super-híbridos da BYD apresentam itens de série como assistentes de navegação, telas giratórias e flutuantes, carregadores embutidos, luzes e comando de voz, elevando a experiência e diversão à bordo. Conheça, então, os três híbridos mais econômicos do Brasil e saiba porque os modelos BYD representam a escolha mais inteligente para quem quer performance, economia e conforto. BYD no topo Divulgação

Carro zero mais caro no Brasil? Entenda os efeitos da tarifa de Trump no mercado automotivo


Brasil pode receber o excedente da produção que iria para os EUA, mas preços dos carros não devem ser alterados. Anúncio de tarifas sobre importação de carros e autopeças leva indústria automotiva ao caos A tarifa de importação sobre carros e peças automotivas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na última quarta-feira (26) deve, ter impactos indiretos no Brasil. A expectativa é que a nova taxa entre em vigor em 2 de abril e a arrecadação comece no dia 3 de abril. Além disso, Trump indicou que também deve aplicar taxas de importação para as autopeças importadas pelo país. Segundo especialistas consultados pelo g1, a taxa deve afetar o mercado brasileiro de duas formas: o país deve começar a receber o excedente da produção dos principais exportadores para os EUA, como o México, por exemplo. Isso deve afetar a indústria automotiva por aqui, podendo eventualmente impactar nos preços e nas vendas de produções locais; a cadeia brasileira de peças automotivas, que é um segmento que exporta uma quantidade significativa de produtos para os norte-americanos, pode sofrer as consequências, caso Trump estenda as taxas de importação a esses produtos. Entenda esses pontos abaixo: O presidente Trump ao lado de um Tesla em frente à Casa Branca Getty Images via BBC A Mudanças comerciais Segundo os especialistas consultados pelo g1, o Brasil não exporta carros prontos para os Estados Unidos — o que significa, em outras palavras, que não deve sentir os impactos diretos das tarifas de importação anunciadas por Trump —, mas pode acabar recebendo o excedente da produção dos países que exportam. “[Em relação às taxas], sentiremos poucos efeitos. A sobretaxa, principalmente para o México, pode fazer com que o excedente de produção tenha outros destinos, como o Brasil. Mas não vejo que isso afetará demasiadamente nosso mercado”, afirma Milad Kalume Neto, consultor independente do setor automotivo. O Brasil tem um acordo de livre comércio com o México que está em vigor desde 2019 e que permite que os países importem e exportem automóveis e comerciais leves, além de peças, sem cotas e isenções de impostos. LEIA MAIS: Yamaha Ténéré 700 volta este mês ao Brasil; veja preços; GM confirma SUV compacto para o Brasil BYD quer dobrar vendas no exterior em 2025; marca já figura entre as 10 mais vendidas do mundo Nesse sentido, a expectativa é que os impactos não demorem a aparecer. Segundo Neto, os novos produtos e versões lançados no México podem chegar ao Brasil em breve, uma vez que o país precisará desafogar sua alta capacidade produtiva com outros parceiros comerciais. Mesmo nesse cenário, no entanto, os especialistas ressaltam que o livre comércio deve respeitar um equilíbrio. “A transação com o México tem regras que precisam ser respeitadas, sobretudo quando se fala em contrapartida. Se há capacidade ociosa no México, eles precisarão encontrar outros mercados, além do Brasil, para escoar os produtos”, explica o diretor de estratégia da Bright Consulting, Cassio Pagliarini. E não é só o México que deve optar pelo Brasil como uma forma de escoar sua produção excedente: outros países também impactados pela nova taxa, como a Coreia do Sul e o Japão, também podem aproveitar o momento para diversificar suas parcerias comerciais. Para Cagliarini, no entanto, o Brasil deve sentir poucos impactos nos preços, mesmo com a maior oferta de veículos no país. "Não vejo possibilidade dos carros brasileiros subirem de preço. Só se tivesse um choque grande de demanda, que não é o caso. E os chineses estão desesperados para vender aqui, só que o mercado só cresceu 2,9% até agora", afirma o executivo, reforçando que esse número era de 12% no mesmo período de 2023. "Como ainda podemos ter uma enxurrada de carros novos aqui, não vejo motivo para os preços aumentarem”, acrescentou Pagliarini, reforçando que a demanda limitada do país também pode impedir quedas mais bruscas de preços. Mercado de autopeças Outro ponto abordado pelos especialistas é o impacto que o mercado de autopeças brasileiro pode sentir caso Trump decida estender as taxas de importação para esse segmento. Na última quarta-feira (26), o republicano adiou em até um mês a cobrança de autopeças importadas. Em proclamação, Trump determinou que essas peças estarão sujeitas às taxas em uma data a ser especificada em aviso do Registro Federal. Segundo o presidente norte-americano, no entanto, essa data não deve ser posterior a 3 de maio deste ano. De acordo com os últimos dados disponíveis na plataforma de dados estatísticos Statista, o Brasil exportou um total de US$ 308 milhões (mais de R$ 1,5 bilhão) em peças automotivas para os Estados Unidos em 2023. O volume total de exportações colocou os EUA como o segundo maior destino das autopeças produzidas no Brasil, atrás apenas da Argentina. Assim, caso as peças também sejam sobretaxadas em 25%, a indústria nacional de peças automotivas sofrerá com a recessão, indicam os especialistas. “O Brasil é grande exportador de autopeças para o mercado norte-americano. Teríamos uma crise dos fornecedores locais instalados aqui”, alegou Kalume Neto. Segundo o consultor, as consequências para a indústria nacional podem incluir produção ociosa, desemprego e até o fechamento de algumas empresas. Quais são os principais países afetados pelas novas taxas de Trump? Segundo dados da S&P Global Mobility, o México é o país que mais envia carros e peças para os EUA, seguido pela Coreia do Sul e Japão. Completando os cinco primeiros estão Alemanha e Canadá. Portanto, esses são os cinco países que mais devem ser impactados pela tarifa de 25% imposta para carros e autopeças anunciada por Donald Trump. O anúncio não foi bem recebido pelo mercado. Fabricantes norte-americanas, europeias, japonesas e coreanas, como Ford, GM, Volkswagen e Honda, por exemplo, chegaram a apresentar quedas significativas em suas ações após o anúncio. Segundo especialistas, o cenário é negativo tanto para as indústrias dos Estados Unidos quanto para o restante do mundo. Nos EUA, diz Pagliarini, o primeiro impacto das novas taxas virá na forma de inflação. “[A tendência é que a nova taxa] aumente o preço dos veículos e das peças importadas, o que deve gerar inflação no país”, diz o executivo. Kalume Neto, consultor independente, prevê que os preços dos carros com peças importadas ou fabricados fora dos EUA devem aumentar entre 15% e 20% para os consumidores norte-americanos. O cenário, diz o especialista, também pode gerar outros efeitos econômicos que podem levar a uma recessão e afetar outros mercados de forma mais contundente. Veja quais são os países que mais exportam peças automotivas para os EUA, de acordo com a consultoria S&P Global Mobility: México: 2.459.359; Coreia do Sul: 1.399.405; Japão: 1.322.391; Canadá: 1.096.447; Alemanha: 431.354; Reino Unido: 89.914; Outros: 503.616. A exceção, nesse cenário, seria a Tesla. Isso porque os carros que a companhia vende nos EUA são produzidos localmente — o que lhe permite a vantagem de não sofrer com a taxa importa por Trump. Isso, dizem especialistas, pode mudar a participação de mercado que cada uma das fabricantes têm na região. “Essas produções locais nos EUA vão sair lucrando e haverá parte da massa de mercado saindo de produtos importados para os locais, o que pode gerar oportunidade de lucro para fabricantes que estejam nos EUA”, finalizou Pagliarini. Em pronunciamento na véspera, Trump chegou a afirmar que não recebeu conselhos do dono da Tesla, Elon Musk, sobre tarifas automotivas. Segundo ele, as novas taxas anunciadas podem ser "neutras" ou "até mesmo boas" para a fabricante de veículos elétricos. "Ele [Musk] nunca me pediu um favor", disse o republicano.

BYD quer dobrar vendas no exterior em 2025; marca já figura entre as 10 mais vendidas do mundo


Montadora chinesa também vê "grandes oportunidades" para crescer rapidamente nos países da América Latina, onde a empresa está construindo uma fábrica de carros no Brasil. Pick up Shark BYD Allma/Divulgação A montadora chinesa de veículos elétricos BYD pretende dobrar as vendas fora da China para mais de 800 mil carros em 2025, afirmou o presidente da companhia, Wang Chuanfu, nesta terça-feira (26). A ideia é que a companhia monte carros localmente para tentar superar as tarifas de importação impostas por outros países. Como o g1 já informou, a marca já figura entre as 10 mais vendidas do mundo. Veja os rankings. A BYD, que vendeu 417.204 veículos no exterior em 2024, espera ver "um aumento substancial" em sua participação de mercado na Reino Unido, que é "muito aberto" a produtos chineses competitivos, disse o Chuanfu em conferência com analistas sobre os resultados da companhia. A montadora chinesa também vê "grandes oportunidades" para crescer rapidamente nos países da América Latina, onde a empresa está construindo uma fábrica de carros no Brasil, e do Sudeste Asiático, em que governos e a população têm uma postura amigável sobre marcas chinesas, disse o executivo. LEIA MAIS: Trabalhadores resgatados em obra da BYD foram vítimas do tráfico internacional, diz MPT Conheça a Jinjiang, empreiteira da BYD, acusada no Brasil por trabalho análogo à escravidão LISTA: veja quais foram os 10 carros mais vendidos do mundo em 2024 BYD Song está na lista dos carros mais vendidos do mundo Considerando a lista dos 10 carros mais vendidos do mundo no ano passado, a BYD foi uma das grandes surpresas. A fabricante chinesa chegou ao nono lugar com o Song Plus, híbrido que também é vendido no Brasil e que possui três versões. Segundo informações da plataforma de dados Statista, foram mais de 570 mil unidades do Song vendidas globalmente. No Brasil, foram comercializadas 27.700 unidades, de acordo com dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Confira versões e preços: BYD Song Pro GL: R$ 194.800; BYD Song Pro GS: R$ 204.800; BYD Song Plus: R$ 244.800; BYD Song Plus Premium: R$ 299.800. O grupo Toyota, que também possui as marcas Lexus e Daihatsu, foi o conglomerado automotivo com o maior número de vendas de carros em 2024. É o quinto ano consecutivo de liderança. Foram vendidos 10,4 milhões de veículos, uma queda de 2,3% em relação ao mesmo período de 2023. Considerando apenas a marca principal, a Toyota vendeu 9,09 milhões de carros em todo o mundo. O grupo Volkswagen, que inclui marcas como Audi, Porsche e Bugatti, comercializou 8,48 milhões de automóveis em 2024, mantendo-se na segunda posição. Ao considerar apenas a marca Volkswagen, o número é bem menor: foram vendidos 4,93 milhões de veículos — enquanto a Toyota vendeu quase o dobro. O que manteve a Volkswagen na segunda posição foi o desempenho variado em diferentes mercados: enquanto as vendas cresceram nas Américas, a participação da marca alemã caiu na China. Na terceira posição está o conglomerado da Hyundai, que inclui as marcas Kia e a divisão de luxo Genesis. Juntas, essas marcas conquistaram 6,82 milhões de unidades vendidas. Individualmente, a Hyundai perdeu espaço e aparece apenas na sexta posição. Confira o ranking dos 10 carros mais vendidos do mundo em 2024: Tesla Model Y: 1,09 milhões de unidades; Toyota Corolla: 1,08 milhões de unidades; Toyota RAV4: 1,02 milhões de unidades; Ford F-Series: 900 mil de unidades; Honda CR-V: 740 mil de unidades; Chevrolet Silverado: 640 mil de unidades; Hyundai Tucson: 610 mil de unidades; Toyota Camry: 580 mil de unidades; BYD Song: 570 mil de unidades; Volkswagen Tiguan: 540 mil de unidades. Entre os grupos automotivos que mais venderam no mundo, a BYD aparece na nona colocação. Contudo, por marcas individuais, ela está na terceira posição geral. Foram mais de 3,80 milhões de veículos emplacados. Veja abaixo. Confira o ranking dos 10 grupos automotivos que mais venderam carros no mundo em 2024: Toyota: 10,39 milhões; Volkswagen: 8,48 milhões; Hyundai-Kia: 6,82 milhões; Renault-Nissan: 6,24 milhões; General Motors: 5,96 milhões; Stellantis: 5,32 milhões; Honda: 3,88 milhões; Ford: 3,87 milhões; BYD: 3,82 milhões; Suzuki: 3,09 milhões. Descubra os 5 carros mais vendidos em janeiro Ranking individual das marcas que mais venderam carros em 2024: Toyota: 9,09 milhões; Volkswagen: 4,93 milhões; BYD: 3,80 milhões; Honda: 3,74 milhões; Ford: 3,69 milhões; Hyundai: 3,69 milhões; Nissan: 3,13 milhões; Chevrolet: 3,03 milhões; Kia: 2,91 milhões; Mercedes-Benz: 2,18 milhões. * Com informações da agência de notícias Reuters BYD Shark: veja 3 pontos positivos e 3 negativos do lançamento

Trump anuncia tarifas de 25% sobre todos os carros importados nos EUA


Previsão é que as taxas entrem em vigor no dia 2 de abril e a arrecadação comece no dia 3. Para especialistas do setor, medida tende a aumentar os preços e prejudicar a produção. O presidente dos EUA, Donald Trump, em 25 de março de 2025 REUTERS/Evelyn Hockstein O presidente Donald Trump afirmou nesta quarta-feira (26) que os Estados Unidos vão impor taxas de 25% sobre todos os carros importados no país, em um novo capítulo da guerra comercial promovida pelo republicano. "O que vamos fazer é aplicar uma tarifa de 25% para todos os carros que não são fabricados nos EUA", disse Trump. "Começamos com uma base de 2,5%, que é o que estamos fazendo, e vamos para 25%." A previsão é que as tarifas entrem em vigor no dia 2 de abril e a arrecadação comece no dia 3. Em evento no Salão Oval, o líder norte-americano voltou a incentivar que as empresas passem a produzir dentro do país. "Se você fabricar seu carro nos EUA, não haverá tarifa", disse. LEIA TAMBÉM INFOGRÁFICO mostra movimentos e alvos do presidente dos EUA no tabuleiro global Trump muda regra eleitoral por decreto e cita Brasil como bom exemplo Trump sobe o tom por controle da Groenlândia: 'Temos que ficar com ela' Trump afirmou que não recebeu conselhos do dono da Tesla, Elon Musk, sobre tarifas automotivas. Segundo ele, as novas taxas anunciadas podem ser "neutras" ou "até mesmo boas" para a fabricante de veículos elétricos. "Ele [Musk] nunca me pediu um favor", disse o republicano. Em fevereiro, Trump já havia adiantado que poderia anunciar taxas de "cerca de 25%" para veículos. Na ocasião, ele tinha estabelecido o dia 2 de abril como prazo para determinar se, de fato, aplicaria a cobrança. Para especialistas do setor automotivo, a medida tende a aumentar os preços e prejudicar a produção. O receio é que o custo ao consumidor também suba, impactando a venda de carros novos e, consequentemente, vagas de emprego, já que o setor nos EUA depende de peças importadas. O cenário fez as ações das montadoras listadas nos EUA passarem a cair logo após o anúncio. Nesta quarta, Trump também anunciou que irá adiar em até um mês a cobrança de autopeças importadas. Em proclamação, o presidente determinou que os automóveis terão tarifa de 25% a partir de 3 de abril e, enquanto isso, as peças estarão sujeitas às taxas em uma data a ser especificada em um aviso do Registro Federal, "mas não depois de 3 de maio de 2025". As tarifas "continuarão em vigor, a menos que tais ações sejam expressamente reduzidas, modificadas ou encerradas", diz a proclamação, que não contém códigos específicos para itens sujeitos às tarifas. Outras medidas A confirmação das novas taxas ocorre uma semana antes do início da aplicação de tarifas globais recíprocas, prometidas pelo republicano para o próximo dia 2. Sobre isso, Trump afirmou nesta quarta que as taxas podem ser mais suaves do que o que se espera. "Vamos torná-las muito brandas", disse. "Acho que as pessoas ficarão muito surpresas. Será, em muitos casos, menor do que a tarifa que eles [países] vêm cobrando há décadas." Entre as mais recentes tarifas aplicadas por Trump, começaram a valer no dia 12 de março as taxas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio nos EUA, independentemente da origem. São tarifas que atingem em cheio o setor siderúrgico de grandes parceiros comerciais do país, como o Canadá e o México. O Brasil, que ocupa o posto de segundo maior fornecedor de aço dos norte-americanos, também é impactado. Também neste mês, Trump ameaçou tarifar em 200% todos os vinhos e outros produtos alcoólicos que saíssem da União Europeia caso o bloco não removesse sua taxa de 50% sobre o uísque norte-americano. Bolsas pelo mundo abrem em alta com sinais de flexibilidade de Trump sobre tarifas recíprocas Tarifaço de Trump Segundo Trump, a aplicação de tarifas visa lidar com déficits comerciais e problemas nas fronteiras, como a travessia de migrantes sem documentos e o tráfico de fentanil. Ele também afirmou que irá impor taxas de 25% sobre a União Europeia, mas não detalhou quando isso acontecerá. Medidas como o aumento de tarifas de importação e a política anti-imigração de Trump podem gerar mais inflação nos EUA. Além disso, a renúncia de impostos para favorecer as empresas norte-americanas é vista como um risco para as contas públicas do país. Esses fatores indicam que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) terá mais dificuldade em controlar a inflação, o que pode levar a instituição a manter seus juros elevados por mais tempo. Juros maiores elevam a rentabilidade dos títulos públicos dos EUA, considerados os mais seguros do mundo, o que aumenta o fluxo de investimentos nesses ativos e favorece o dólar. No Brasil, a fuga de capital e a consequente valorização da moeda americana devem fazer com que o Banco Central (BC) continue elevando a Selic, taxa básica de juros, hoje em 14,25% ao ano, impactando negativamente a atividade econômica brasileira. Além disso, o Brasil e o mundo também podem ser afetados por uma desaceleração da economia norte-americana e de outros países envolvidos na crescente guerra comercial, como a China e a União Europeia. Outro reflexo para o Brasil é o aumento de oferta de produtos chineses. Com os EUA importando menos do país, itens manufaturados asiáticos (com preços muito mais baixos) tendem a buscar outros mercados. * Com informações da Reuters

Yamaha Ténéré 700 volta este mês ao Brasil; veja preços


Clássica bigtrail da marca japonesa entra em pré-venda na próxima segunda-feira (31) e terá três opções de cor. Rivais da BMW e Triumph são mais baratas. Yamaha Teneré volta ao mercado brasileiro Divulgação | Yamaha A Yamaha Ténéré 700, a bigtrail da marca japonesa que fez sucesso no Brasil nas décadas de 1980, 1990 e 2000, já tem preço definido para o mercado brasileiro: R$ 72.990. Os interessados poderão reservar o modelo a partir da próxima segunda-feira (31). Segundo o site da Yamaha, a reserva pode ser feita mediante um sinal de R$ 7 mil. Além do valor sugerido (R$ 72.990), é preciso pagar o frete, que custa R$ 2.419. O g1 já havia antecipado que a moto deveria chegar no primeiro trimestre de 2025. O modelo é reconhecido por sua capacidade de encarar trilhas e, há 30 anos, dominava competições como o Rali Paris-Dakar. Em 2018, foi descontinuado no mercado brasileiro, e retorna com a opção de motor de 700 cilindradas (cc). Entre as principais características da moto de trilha está a roda de 21 polegadas na frente — maior que as encontradas em motos de cidade, que normalmente são de 18 polegadas. Dentre as tecnologias mais importantes estão o novo painel de TFT de cinco polegadas e a iluminação totalmente em LED. Os faróis possuem quatro projetores. Para segurança, há freios ABS com três modos, inclusive com a possibilidade de desativá-lo para uma pilotagem mais esportiva e segura no fora-de-estrada. A Ténéré 700 chega em três opções de cor: azul metálico, cinza fosco e azul sólido. Opções de cor da nova Yamaha Ténéré 700 Divulgação | Yamaha LEIA MAIS: LISTA: veja 20 lançamentos de motos que chegam às lojas em 2025 Royal Enfield Shotgun 650 é opção mais barata entre as rivais estradeiras e é alternativa à Super Meteor; veja teste Yamaha lança novas MT-03 e MT-07 para disputar mercado com Honda CB 300 e CB 650R; veja preços O motor de dois cilindros de 689 cc entrega 68,9 cv de potência a 9.000 rpm e 6,6 kgfm de torque a 6.500 rpm. Esses valores são inferiores ao modelo vendido na Europa, que possui 73 cv e 7 kgfm de torque. O motor é refrigerado a líquido — não a ar—, o que proporciona melhor desempenho e garante que ele opere sempre na temperatura ideal. Motor: 689 cm³; Potência: 68,9 cv; Torque: 6,6 kgfm; Tanque: 16,2 litros. Para segurança, além dos freios com ABS nas duas rodas, há controle de tração (TCS). Porém, tanto o ABS e o TCS podem ser desligados para uma pilotagem mais agressiva no off-road. A motocicleta possui três modos de utilização do ABS. Outras trails que devem chegar para concorrer com a Ténéré 700 ainda neste ano são a Honda Transalp 750 e a Morini X-Cape 650. Aqueles que procuram uma moto para trilhas, no entanto, conseguem encontrar opções mais baratas no mercado atualmente, como a Triumph Tiger Sport 660 (R$ 57.990) e a BMW F 800 GS (R$ 66.900). Opção nacional terá 7 cv a menos que a europeia Divulgação | Yamaha Honda NXR 160 Bros: conheça a nova trail e veja o teste do g1

Como híbridos ajudaram BYD a superar Tesla no mercado global


A empresa sediada em Shenzhen afirma que a receita do ano passado foi de US$ 107 bilhões, impulsionada pelas vendas de seus veículos híbridos. BYD Atto 2 é um dos carros lançados internacionalmente pela montadora chinesa Getty Images via BBC A fabricante chinesa de veículos elétricos BYD teve uma receita anual maior que sua principal rival, a Tesla, no ano de 2024, segundo balanço divulgado pelas próprias empresas. A montadora sediada em Shenzhen diz que sua receita aumentou em 29%, chegando a 777 bilhões de yuans (US$ 107 bilhões; R$ 616 bilhões), impulsionada pelas vendas de seus veículos híbridos. Isso supera os US$ 97,7 bilhões (R$ 563 bilhões) relatados pela Tesla de Elon Musk. A BYD também acaba de lançar um carro mais barato para rivalizar com o Model 3 da Tesla, que há muito tempo é o veículo elétrico mais vendido na China. Isso acontece no momento em que a Tesla enfrenta uma reação negativa em todo o mundo devido aos laços de seu dono, Elon Musk, com o presidente dos EUA, Donald Trump, enquanto as montadoras chinesas foram atingidas por tarifas em países ocidentais. BYD Shark: veja 3 pontos positivos e 3 negativos do lançamento LEIA MAIS LISTA: veja os carros elétricos e híbridos mais vendidos do Brasil em 2025 Primeira scooter elétrica da Yamaha custa R$ 33.990 e chega em fevereiro; veja detalhes Conheça a Cyber Campo, primeira picape híbrida nacional, da Lecar A BYD vendeu quase o mesmo número de veículos elétricos que a Tesla no ano passado — 1,76 milhão em comparação com 1,79 milhão da Tesla. Mas quando as vendas de carros híbridos da empresa chinesa são levadas em consideração, o número é muito maior, com um recorde de 4,3 milhões de veículos vendidos globalmente em 2024. No domingo, a BYD anunciou um novo modelo para competir com a Tesla. Seu modelo Qin L tem um preço inicial na China de 119.800 yuans (R$ 95 mil), enquanto uma versão básica do Model 3 da Tesla custa 235.500 yuans (R$ 187 mil). Isso ocorre em um momento em que os consumidores chineses estão cortando gastos diante de desafios econômicos no país — incluindo uma crise imobiliária, crescimento lento e alta dívida dos governos locais. Na semana passada, o fundador da BYD, Wang Chuanfu, anunciou uma nova tecnologia que, segundo ele, permite carregar a bateria de um veículo elétrico em cinco minutos. O tempo é muito menor do que os cerca de 15 minutos necessários para carregar um Tesla usando seu sistema de supercarregador. Em fevereiro, a BYD anunciou que sua tecnologia avançada de assistência ao motorista, chamada "Olho de Deus", estaria disponível gratuitamente em todos os seus modelos. As ações da empresa — que é apoiada pelo veterano investidor americano Warren Buffett — saltaram mais de 50% neste ano. A reação contra Musk e sua montadora ganhou força desde que ele foi nomeado chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês) pelo governo de Donald Trump. Musk é encarregado de cortar gastos do governo federal. Musk também fez intervenções na política no exterior, dando seu apoio ao partido de direita radical Alternative für Deutschland antes das eleições parlamentares da Alemanha e criticando políticos do Reino Unido, como o primeiro-ministro Keir Starmer. Já os fabricantes de veículos elétricos da China têm sido alvo de tarifas em grandes partes do mundo, incluindo os EUA e a União Europeia.

FBI fala em 'terrorismo doméstico' e lança força-tarefa para conter onda de vandalismo contra Teslas


O comunicado foi feito pelo diretor da instituição, Kash Patel, no X. Na última semana, o presidente Donald Trump afirmou que quem for pego danificando veículos ou lojas pode pegar até 20 anos de cadeia. Porta da concessionária da Tesla pichada com palavra de protesto em Las Vegas Steve Marcus/Las Vegas Sun via AP O diretor do Departamento Federal de Investigações dos Estados Unidos (FBI, na sigla em inglês) classificou a onda de ataques a veículos e concessionárias da Tesla como "terrorismo doméstico", na noite desta segunda-feira (24). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A declaração foi feita pelo diretor da instituição, Kash Patel, no X, antigo Twitter. Patel também afirmou que o FBI promove uma força-tarefa para "intensificar a resposta e coordenar as ações". "O FBI está investigando o aumento da atividade violenta contra a Tesla e, nos últimos dias, tomamos medidas adicionais para intensificar nossa resposta e coordenar nossas ações. Isso é terrorismo doméstico. Os responsáveis serão perseguidos, capturados e levados à justiça". Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que pessoas que forem pegas vandalizando veículos e lojas da marca Tesla têm uma "grande chance de ir para a prisão por até 20 anos". Cybertruck incendiado em ataque à concessionária da Tesla em Seattle AP Photo/Lindsey Wasson, File Episódios de ataques a carros e concessionária da Tesla têm sido frequentes nos Estados Unidos. Nesta terça-feira (18), após um novo episódio deste tipo acontecer em Las Vegas, a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, condenou os recentes ataques violentos e afirmou que o Departamento de Justiça já acusou várias pessoas pelos crimes. "O enxame de ataques violentos à propriedade da Tesla nada mais é do que terrorismo doméstico. Continuaremos as investigações que impõem consequências severas aos envolvidos nesses ataques, incluindo aqueles que operam nos bastidores para coordenar e financiar esses crimes", disse Bondi em uma declaração. Loja da Tesla em Las Vegas é vandalizada Em uma entrevista recente à rede de TV americana Fox News, o presidente dos EUA, Donald Trump, também disse que acredita que carros da Tesla incendiados podem ser um ato de terrorismo. Em publicação na rede social X, nesta terça, Elon Musk compartilhou o vídeo do ato de vandalismo registrado em Las Vegas e lamentou os ataques. "Este nível de violência é insano e profundamente errado. A Tesla só faz carros elétricos e não fez nada para merecer esses ataques malignos", afirmou o bilionário, que fez acusações durante participação em podcast no dia anterior: "Pelo menos parte disso é organizado e pago por organizações de esquerda, financiadas por bilionários de esquerda, essencialmente". O ataque mais recente O ataque em Las Vegas deixou pelo menos cinco veículos danificados - dois deles completamente consumidos pelas chamas -, informou o Departamento de Polícia Metropolitana da cidade em uma publicação nas redes sociais. Imagens tiradas por drones do centro de vendas (veja no vídeo acima) mostram alguns dos carros danificados, com pelo menos um parecendo muito destruído, e pichações nas portas do prédio com a palavra "Resist" - resistir em português - pintada com spray. Testemunhas disseram que viram um suspeito incendiando vários veículos, acrescentou a polícia. "Isso foi terrorismo? Foi outra coisa? Certamente tem algumas das marcas que poderíamos pensar: ​​a escrita na parede, potencial agenda política, um ato de violência. Nenhum desses fatores passou despercebido para nós", disse Spencer Evans, agente especial encarregado do escritório do FBI em Las Vegas em uma entrevista coletiva. Ataques desde que Musk assumiu papel na Casa Branca Protesto pacífico contra a Tesla em fevereiro, em Seattle AP Photo/Manuel Valdes, File Os ataques à Tesla tiveram um claro crescimento desde que o presidente Donald Trump assumiu seu segundo mandato como presidente e deu poder a Musk para supervisionar um novo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), que está cortando gastos do governo. Recentemente, ativistas realizaram protestos chamados "Tesla Takedown" para expressar descontentamento com o papel do CEO da empresa nos cortes radicais na força de trabalho federal e no cancelamento de contratos relacionados a programas humanitários. Manifestações pacíficas já ocorreram em concessionárias e fábricas da Tesla pela América do Norte e Europa e alguns donos de Tesla, incluindo um senador dos EUA que brigou com Musk, prometeram vender seus veículos ou colaram adesivos de protesto contra o CEO nos veículos. No entanto, nas últimas semanas, crimes de vandalismo vêm sendo registrados. Cybertruck incendiado em ataque à concessionária da Tesla em Seattle AP Photo/Lindsey Wasson, File Na sexta-feira (14), testemunhas relataram que um homem derramou gasolina em um Tesla Model S desocupado e começou um incêndio em uma rua de Seattle. No começo do mês, também na cidade, quatro Cybertrucks foram incendiados em um estacionamento da empresa. Na semana passada, agentes federais na Carolina do Sul prenderam um homem que, segundo eles, ateou fogo em estações de carregamento da Tesla perto de Charleston e que tinha mensagens críticas ao governo e ao DOGE em seu quarto e carteira. Em Portland, mais de uma dúzia de balas foram disparadas em um showroom da Tesla, danificando veículos e janelas; o segundo ataque em uma semana à loja. Em fevereiro, promotores no Colorado acusaram uma mulher por uma série de ataques a concessionárias da Tesla, incluindo coquetéis molotov atirados em veículos e as palavras "carros nazistas" pintadas com spray em um prédio.

LISTA: veja os carros elétricos e híbridos mais vendidos do Brasil em 2025


Foram mais de 32,7 mil veículos vendidos no primeiro bimestre de 2025, alta de 45% no ano, segundo a ABVE. Os campeões de vendas são os totalmente elétricos e os modelos do tipo híbrido plug-in, com mais de 60% do mercado. Dois BYD e dois Fiat ocupam a lista dos carros eletrificados mais vendidos de 2025 g1 Dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) apontam que 32.739 veículos eletrificados foram vendidos no primeiro bimestre deste ano, contra 22.477 unidades nos dois primeiros meses de 2024. O salto foi de 45,66% no período. “O crescimento constante dos veículos eletrificados segue sendo impulsionado pela maior conscientização dos consumidores sobre os benefícios ambientais e financeiros da eletrificação”, disse Ricardo Bastos, presidente da ABVE. Veja quais foram os 10 carros elétricos e híbridos mais vendidos de 2025. BYD Song Pro GS: com 3.882 unidades; BYD Dolphin Mini GS (com 5 lugares): com 3.502 unidades; Fiat Fastback Audace: com 1.697 unidades; Fiat Pulse Audace: com 1.650 unidades; BYD Song Plus GS: com 1.498 unidades; BYD King GS: com 1.383 unidades; GWM Haval H6 PHEV 19: com 1.301 unidades; GWM Haval H6 HEV: com 1.055 unidades; Toyota Corolla Cross XRX: com 1.021 unidades; Fiat Fastback Impetus: com 996 unidades; Toyota Corolla Altis: com 936 unidades. Detalhes sobre o motor híbrido leve da Fiat A lista mostra algumas alterações notáveis. A primeira é a ausência do BYD Dolphin no ranking dos 10 carros mais vendidos no primeiro bimestre de 2025. O compacto da BYD foi o quarto veículo eletrificado zero km mais vendido de 2024 e figurou em 34º na lista de todos os carros mais vendidos do Brasil naquele ano. Em 2024, o Dolphin superou nomes de peso como o Honda City em versão hatchback (35º colocado) e o Citroën C3 (37º colocado). A segunda mudança notável no ranking dos 10 eletrificados mais vendidos do primeiro bimestre de 2025 é a queda do Corolla Cross. O SUV da Toyota fechou o ano passado como o terceiro da lista e agora ocupa a nona colocação. LEIA MAIS Executivo da GM defende imposto para ‘equilibrar a competitividade’ contra importados chineses Do anonimato ao Oscar: conheça o Kadett de Fernanda Torres no filme 'Ainda Estou Aqui', que será leiloado Volkswagen apresenta o Tera, SUV de entrada para brigar no setor mais concorrido do mercado Nem todo híbrido é igual Carro eletrificado inclui tanto o totalmente elétrico quanto o híbrido. Mas os híbridos são separados em diferentes tecnologias que ajudam a reduzir o consumo de combustível — ou mesmo para eliminá-lo em alguns momentos. No mercado, temos os seguintes modelos híbridos: PHEV: veículos movidos pela junção de bateria com motor a combustão, e precisam de recarga em tomada ou eletropostos, mas podem também utilizar o sistema tradicional de motores como gerador para recarga da energia elétrica. Nesses casos, o consumo de combustível pode variar entre 20 e 40 quilômetros por litro. Em praticamente todos os automóveis dessa categoria é possível dirigir alguns quilômetros sem consumir uma gota de gasolina. HEV: veículos movidos pela junção de bateria com motor a combustão, mas com recarga da energia ocorrendo por meio do funcionamento do próprio carro — sem uso de tomada ou eletroposto. Neste caso, podem não conseguir andar apenas com tração elétrica, e a autonomia geral (bateria + combustível) é menor que os PHEV. HEV Flex: funciona exatamente como um HEV, com opção de utilizar etanol como alternativa à gasolina. MHEV: veículos movidos exclusivamente por motor a combustão, com sistema elétrico adicionando pouca potência em alguns momentos ou reduzindo consumo de combustível. Segundo a ABVE, as vendas de elétricos e híbridos ficaram divididas desta forma: Híbrido plug-in (PHEV): 12.585 unidades; Totalmente elétrico (BEV): 8.192 unidades; Híbrido leve ou micro-híbrido (MHEV): 7.195 unidades; Híbrido pleno (HEV): 2.693 unidades; Híbrido pleno flex (HEV): 2.074 unidades. Os modelos mais baratos são os híbridos leves, mas ainda assim eles não são os mais vendidos de 2025. O campeão de emplacamentos é o híbrido plug-in, com 38%. Junto com os totalmente elétricos, que representam 25% das vendas, o grupo representou 63% de todos os carros zero km eletrificados vendidos no Brasil. Nos dois primeiros meses de 2025, foram 20.777 carros híbridos plug-in e totalmente elétricos vendidos, contra 15.501 veículos no mesmo bimestre do ano passado. O crescimento é de 34% em um ano.

VÍDEO: o g1 deu uma volta no Opel Kadett de ‘Ainda Estou Aqui’, que foi leiloado por R$ 215 mil


Confira as características que fizeram desse carro um clássico do cinema nacional. Andamos no Kadett de 'Ainda Estou Aqui' Banco de couro que lembra o do sofá da casa da avó. Volante fino e um painel totalmente analógico. Quebra vento e nostalgia. As características são comuns de carros antigos, mas esse tem um Oscar® para chamar de seu. O Opel Kadett 1968 é um modelo raro no Brasil, e esse exemplar foi fundamental para a construção da atmosfera dos anos 1970 no filme ‘Ainda Estou Aqui’, a primeira produção original Globoplay que ganhou a estatueta de Melhor Filme Internacional em 2025. (veja no vídeo acima) O g1 contou a história de como o modelo saiu do Paraná, passou por um comprador de São Paulo e chegou ao Rio de Janeiro para as gravações do longa. E agora mostra como é andar nesse carro, que foi leiloado neste sábado (22), com lance mínimo de R$ 95 mil. O martelo foi batido com o lance de R$ 215 mil, segundo os ex-proprietários do Kadett, Fábio e Gabriel Martins. O carro pertencia a empresa Veículos de Cena, que alugou o carro para o filme 'Ainda Estou Aqui'. "Ficamos com o coração apertado de ver ele indo embora de fato, mas fica o sentimento de gratidão por termos feito parte dessa história", diz Gabriel Martins. LEIA MAIS: Do anonimato ao Oscar: conheça o Kadett de Fernanda Torres no filme 'Ainda Estou Aqui', que será leiloado LISTA: veja as 10 motos novas mais vendidas do Brasil em fevereiro Mulheres sobre duas rodas: número de motociclistas habilitadas cresce 70% em 10 anos; veja histórias Galerias Relacionadas O Opel Kadett O Opel Kadett L Super de 1968, utilizado na gravação do filme "Ainda Estou Aqui", pertencia à empresa Veículos de Cena, de Gabriel e Fábio Martins. Após o lançamento do filme, os empresários prepararam o carro para venda. A empresa alugava o carro para gravações, como no caso do filme vencedor do Oscar, com uma diária de R$ 3 mil. Considerando que o carro ficou locado por sete meses para a gravação de "Ainda Estou Aqui", estima-se que os valores obtidos com o aluguel, somados à venda, possam chegar a R$ 800 mil. Com 210 dias de gravações, o faturamento com a locação poderia ter chegado a R$ 630 mil. No entanto, de acordo com Gabriel Martins, o valor foi mais baixo. "Como o carro ficou muito tempo na gravação do filme, fizemos um preço mais baixo e cobramos um valor fechado mensalmente. Por isso, o valor do aluguel ficou abaixo dos R$ 3 mil por dia", explicou Gabriel Martins. Origem do Kadett de Ainda Estou Aqui Uma viagem ao passado Assim como no filme, entrar no Opel Kadett é como ingressar em uma máquina do tempo. A viagem começa ao tocar na maçaneta de ferro gelado, um item que não se vê mais nos carros atuais. Ao abrir a porta, o acabamento chama a atenção. Com bancos e forração de porta em couro legítimo, o interior nos remete a uma versão especial. A história do modelo Kadett começa na Alemanha em 1936. O carro foi criado para ser um veículo de entrada e popular. Da mesma forma, o Chevrolet Kadett de sexta geração, comercializado no Brasil do final da década de 1980 até o final da década seguinte, fez grande sucesso por aqui. Fernanda Torres dirigiu o Opel Kadett em algumas cenas de 'Ainda Estou Aqui' Globoplay O cheiro de carro antigo é inconfundível, e no Kadett essa característica é bem marcante. Os bancos, sem encosto de cabeça, são largos e têm poucos ajustes. Não há abas laterais para segurar o motorista em curvas, o que torna a experiência ainda mais curiosa. Ao fechar a porta, o som é seco e metalizado, muito diferente do som abafado das portas dos carros mais novos. O volante é bem grande, com um raio semelhante ao de um volante de ônibus dos dias atuais. Nos carros antigos, o volante era assim por uma razão simples: facilitar as manobras. Como os carros antigos não eram equipados com sistemas de auxílio à direção, como hidráulico ou elétrico, era necessário ter um volante de diâmetro maior para diminuir o esforço do motorista. Quanto maior o raio, menor o peso. O painel de instrumentos linear e analógico deixa claro que o carro de 1968 não tinha pretensões de acelerar muito: a velocidade máxima era de 160 km/h. Opel Kadett L Super 1968 g1 | Rafael Leal Nos mostradores do Kadett, por ser um carro fabricado na década de 1960, a luz indicativa de direção é apenas uma lâmpada verde, sem as tradicionais setas para a direita ou esquerda que vemos nos carros de hoje. No entanto, há um indicador de rotação do motor, um item raro nos carros fabricados no Brasil na mesma época do Opel. A idade do Kadett fica ainda mais evidente ao observar itens como o acendedor de cigarros e o cinzeiro, que já são obsoletos nos dias de hoje. E, por incrível que pareça, o painel do Kadett tem mais couro do que o novo Volkswagen Tera. Com transmissão de quatro velocidades, a manopla de câmbio é simples e não há porta-objetos no console abaixo do painel, apenas o logo da fabricante. Se não estivesse instalado em um carro, seria plausível afirmar que o banco traseiro nos convida para um cochilo. Grande, com bom revestimento e espumas confortáveis, o assento para quem vai atrás conta ainda com molas, tornando a viagem agradável.' No entanto, o espaço para as pernas, como em todo compacto, não era dos melhores. Pessoas altas sofriam ao andar como passageiros no Kadett. Dirigindo o Opel Kadett O clássico do filme "Ainda Estou Aqui" tinha um motor 1.1 de quatro cilindros sob o capô. Com esse motor a gasolina, o carro entregava 60 cv de potência e 8,6 kgfm de torque. Opel Kadett L Super 1968 g1 | Rafael Leal Atualmente, um Chevrolet Onix 1.0 aspirado entrega, também com gasolina, 78 cv e 9,6 kgfm. Com uma diferença de mais de 50 anos, os números do Kadett não eram tão ruins para a época. A chave era fina, bem diferente das que encontramos hoje, que podem ser em formato de canivete, cartão ou até mesmo apenas um sensor de presença. Ao encaixar e girar a ignição, as poucas luzes do painel acendem. Quando está quente, o carro liga com facilidade. Frio, demora um pouco mais e é preciso bombear o acelerador algumas vezes para que o motor não desligue. O Kadett possui um afogador, uma tecnologia aplicada nos carros a álcool no Brasil, que serve para acelerar o carro por alguns minutos até que o motor atinja a temperatura ideal de trabalho. Engatar as marchas não é fácil. É preciso procurar a primeira e torcer para que esteja engatada corretamente. No entanto, essa sensação desaparece após algumas voltas com o carro. O ponto positivo é que o engate é curto. Para arrancar, é necessário pisar um pouco mais no acelerador e soltar a embreagem aos poucos para o carro não morrer. Por ser carburado — e talvez não totalmente adaptado à gasolina brasileira, que contém 27,5% de etanol — aumentar a rotação é a única forma de dirigir o Kadett sem que o motor apresente falhas. Opel Kadett L Super 1968 g1 | Rafael Leal Esses pequenos cuidados e estranhamentos desaparecem após os primeiros cinco minutos, deixando apenas o prazer de estar em um clássico dos anos 1960. Andar com os vidros abertos e com o quebra-vento jogando o ar diretamente no motorista é uma das formas de escapar do calor que fazia na capital paulista durante o contato do g1 com o carro. A eficiência do quebra-vento é inegável. Que falta ele faz nos carros de hoje! O carro aparenta ser difícil de pilotar, mas não é. A direção é mais leve do que se imagina. Nas ruas estreitas e ligeiramente íngremes da zona leste de São Paulo, fica evidente que falta um pouco de fôlego para o modelo. Mas não se deve ignorar a idade do carro: são 57 anos de existência. Para tanto tempo na ativa, o Kadett está em ótima condição física e esbanja beleza por onde passa. Os olhares são atraídos pelo cupê vermelho, e dá para ver crianças boquiabertas pelo caminho. Rodar com o Opel Kadett é uma experiência inigualável, sobretudo quando se sabe da importância do carro para a família de Rubens Paiva e para o filme. Ainda bem que este carro ainda está entre nós.

Yamaha lança novas MT-03 e MT-07 para disputar mercado com Honda CB 300 e CB 650R; veja preços


Motos chegam com preços de R$ 33.990 e R$ 57.990 e passam a ser equipadas com painel digital, conectado, e embreagem mais leve. MT-03 (à esquerda) chega por R$ 33.990, enquanto a MT-07 (à direita) tem preço inicial de R$ 57.990 Divulgação | Yamaha As novas motos da Yamaha, a MT-03 e a MT-07, chegaram ao Brasil, seis meses após terem sido lançadas na Europa. O lançamento aconteceu durante um evento da empresa em São Paulo, na noite da última quinta-feira (20). As motocicletas vêm com um visual "naked" — no qual grande parte dos componentes fica exposta e sem carenagem —, e chegam para competir nos segmentos de entrada e na categoria de média cilindrada, respectivamente. Além das mudanças visuais das motocicletas, ambas oferecem conectividade com o celular e são equipadas com embreagem assistida e deslizante, que evita trancos ao engatar as marchas, mesmo que o piloto solte a alavanca com rapidez. Veja mais detalhes abaixo. LEIA MAIS: Royal Enfield Shotgun 650 é opção mais barata entre as rivais estradeiras e é alternativa à Super Meteor; veja teste Shineray aposta na Storm 200 para peitar Honda e Yamaha; g1 testou moto chinesa Honda Hornet voltará ao Brasil após mais de uma década Yamaha MT-03 A "naked" de entrada da Yamaha, que custa R$ 33.990 (sem frete), será a principal concorrente da Honda CB 300F Twister. A moto já começou a ser produzida pela fábrica da Yamaha em Manaus e deve chegar às lojas em abril, em três opções de cor: X-Black (preta fosca), Ice Fluo (cinza fosca) e Racing Blue (azul metálica). Visualmente, as "naked" (ou nua, em inglês) possuem menos carenagem, que são aquelas peças plásticas que ajudam a dar formato para a moto. As carenagens também auxiliam no efeito aerodinâmico do modelo. Por não possuírem carenagem, alguns consumidores acreditam que esse tipo de moto possui aspecto mais agressivo, com motores e partes técnicas à mostra. Galerias Relacionadas Além disso, a motocicleta ganhou novos faróis. Agora, as luzes de rodagem diurna de LED estão divididas em dois segmentos e se localizam acima do farol, que também é de LED. Outra novidade está no assento, que ficou seis milímetros (mm) mais estreito — o que proporciona um melhor encaixe na moto. Em contrapartida, o banco do garupa ficou 20 mm mais largo e com uma espuma mais espessa, para trazer mais conforto. A traseira também recebeu uma nova lanterna. Por fim, o novo painel ganhou conectividade. Sendo 100% digital com tela de LCD, as informações da velocidade, tacômetro, indicador de marcha, marcador de combustível, temperatura e relógio, entre outros, aparecem tanto no modo diurno (com tela clara) quanto no noturno (blackout). A conexão com celular se dá por Bluetooth e indica no painel o estado da bateria do smartphone. Há ainda as indicações de mensagens e chamadas recebidas e perdidas. Diferente de outros modelos que já vêm equipados com versões USB do tipo A e do tipo C, a nova MT-03 tem apenas a tomada tipo A com tampa. As diferenças entre motos Trail, City e Crossover Assim como a versão de média cilindrada, a nova MT-03 vem com embreagem deslizante e assistida, ou seja, que precisa de menos esforço para acionar o manete. O motor da MT-03 é de 321 cilindradas, que disponibiliza 41,3 cv de potência e 3 kgfm de torque. O conjunto motriz é completado por um câmbio de cinco velocidades. Os freios possuem tecnologia ABS nas duas rodas. A concorrente japonesa CB 300F Twister com freio ABS custa R$ 25.070 (sem frete), ou seja, R$ 8.920 a menos que a moto da Yamaha. Porém, a CB 300F tem uma artilharia menor: são 24,5 cv de potência e 2,5 kgfm de torque. Yamaha MT-07 Já a "naked" de média cilindrada da Yamaha, que deve chegar às concessionárias apenas em maio, vem para competir com a Honda CB 650R. O preço sugerido pela montadora, sem frete, é de R$ 57.990 — valor R$ 5.400 acima da rival, que custa R$ 52.590. A MT-07 também possui luzes diurnas de LED bipartidas, mas a diferença está na posição do farol, que fica acima das luzes diurnas. O painel da nova MT-07 é de TFT de cinco polegadas. Além de ser maior que o da MT de entrada, o painel também pode ser alterado entre os modos diurno e noturno e, como vantagem, mostra o mapa das ruas direto na tela, por meio do aplicativo Y-Connect — o que permite que o piloto se oriente olhando direto no painel. Para isso, a Yamaha alega que é preciso baixar (gratuitamente) o aplicativo da Garmin StreetCross e emparelhar o celular com o painel da motocicleta. Galerias Relacionadas O motor, de 698 cilindradas, consegue entregar 73,4 cv de potência e 6,9 kgfm de torque. Nessa categoria de média cilindrada, a moto da Honda leva a melhor na ficha técnica, pois entrega 88,4 cv de potência (15 cv a mais) e 6,1 kgfm de torque. O tanque também é menor que o da concorrente, com 13,6 litros, enquanto o da CB 650R possui 15,4 litros. A MT-07 também estará disponível em três opções de cor: X-Black (preta fosca), Ice Fluo (cinza fosca) e Racing Blue (azul metálica).

Leilão de veículos do Detran-SP tem Corolla mais barato que iPhone, e Peugeot 207 a R$ 900


Leilões públicos e privados costumam ter preços bem abaixo da tabela e podem ser oportunidade para trocar de carro, mas há pontos de atenção para que o comprador faça uma boa escolha. Veja a lista e dicas antes de dar seu lance. Leilão de veículos feito pelo Detran-SP divulgação/Governo de São Paulo O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) divulgou a agenda de próximos leilões de carros e motos, com lances iniciando em R$ 200 por uma Honda C100 Biz e alcançando R$ 55 mil para levar uma Fiat Strada Volcano. O leilão acontece a partir da próxima segunda-feira (24), na cidade de Jundiaí (SP). A oferta é de carros e motos recolhidos por infração nas vias da região. LEIA MAIS Shineray aposta na Storm 200 para peitar Honda e Yamaha; g1 testou moto chinesa Royal Enfield Shotgun 650 é opção mais barata entre as rivais estradeiras e é alternativa à Super Meteor; veja teste Yamaha lança novas MT-03 e MT-07 para disputar mercado com Honda CB 300 e CB 650R; veja preços Como funcionam os leilões Neste leilão, existem: 🚗 147 veículos aptos a circular; ⚙️ 250 sucatas com motor ainda podendo ser aproveitado; 🔧 27 sucatas com motor condenado, mas podendo servir como peças sobressalentes para outros veículos; ♻️ 7 sucatas para fundição e reciclagem. Segundo o edital do leilão, um carro apto a circular significa que ele pode retornar a andar em via pública, ficando o comprador responsável pelo registro do veículo perante o órgão ou entidade executivo de trânsito, com o pagamento das respectivas taxas. O Detran-SP não é responsável pelas peças e afirma que o comprador já está ciente da situação mecânica do veículo, não aceitando posteriores reclamações. Neste leilão, a Honda CG 150 Titan de 2006 é a moto mais barata, com lance mínimo de R$ 1.200. Já o carro mais em conta é um Chevrolet Corsa Super de 2000, com lance partindo de R$ 900. A visitação pública dos lotes de veículos está aberta até esta sexta-feira, das 9h às 16h. A sessão pública para lances acontecerá no dia 24. Toyota Corolla de 2003, com lance mínimo de R$ 12.300, mais barato que o iPhone 16 Pro Max (a partir de R$ 12.499) divulgação/Detran-SP Veja outros destaques do leilão Honda CB 1000R Lance inicial: R$ 12.600 Chevrolet Celta de 2013 Lance inicial: R$ 9.200 Fiat Strada Volcano de 2023 Lance inicial: R$ 55.000 Ford Ecosport de 2012 Lance inicial: R$ 16.000 Hyundai HB20 de 2014 Lance inicial: R$ 22.600 Mitsubishi Pajero TR4 de 2007 Lance inicial: R$ 12.000 Toyota Corolla Altis de 2012 Lance inicial: R$ 29.000 Renault Clio de 2008 Lance Inicial: R$ 3.500 Ford Edge V6 de 2012 Lance inicial: R$ 17.500 Chevrolet Vectra Elegance de 2007 Lance inicial: R$ 10.600 Fiat Strada Volcano, em leilão em Jundiaí divulgação/Detran-SP Cada leilão conta com até quatro dias de duração, sendo que o primeiro deles é reservado para veículos aptos a circulação. O lance mínimo é o valor de partida para as ofertas. A avaliação estimada para cada veículo é calculada com base nos valores praticados pelo mercado e no estado de conservação da unidade. Os leilões são abertos a todas as pessoas e empresas, mas são vedadas as participações de: Servidores do Detran-SP e parentes de servidores até o segundo grau; Leiloeiro, seus parentes até segundo grau e membros de sua equipe de trabalho; Proprietários, sócios e/ou administradores dos pátios terceirizados, licitados ou conveniados onde se encontram custodiados os veículos, seus parentes até segundo grau e os membros da equipe de trabalho; Pessoas físicas e jurídicas impedidas de licitar e contratar com a administração, sancionadas com as penas previstas nos incisos III e IV do art. 156 da Lei federal nº 14.133, de 2021 ou, ainda, no art. 7º da Lei federal nº 10.520, de 17 de julho de 2002. Veja dicas para participar de leilões Como em qualquer leilão, é preciso analisar minuciosamente cada item para saber qual faz sentido na sua garagem. Para te ajudar, o g1 reuniu as principais dicas e as opiniões de especialistas para que você tome a melhor decisão. Existem dois tipos de leilões: os particulares e os públicos. A primeira pergunta que o consumidor pode se fazer é: de onde vêm esses veículos? Os leilões públicos costumam ofertar modelos que foram apreendidos ou abandonados. De acordo com Otávio Massa, advogado tributarista, esses veículos têm origem em operações de fiscalização aduaneira e foram retidos por questões legais, fiscais ou por abandono em recintos alfandegados. Existem também os carros inservíveis de órgãos públicos, como os que já não têm mais utilidade para o propósito governamental e são vendidos para reutilização ou como sucata. “Os veículos são vendidos no estado em que se encontram, sem garantias quanto ao seu funcionamento ou condições, e o arrematante assume todos os riscos”, explica Massa. Em meio aos riscos, há excelentes preços. Porém, existe um passo a passo para verificar o estado do carro, que vamos falar adiante. Diferentemente das revendas oficiais ou multimarca, não é oferecida uma garantia para o produto. É nesse momento que o consumidor tem que ligar o alerta: produtos de leilões particulares podem ter garantia para apenas alguns itens. Os públicos, por sua vez, não têm garantia. Por isso, é importante checar se é possível fazer uma vistoria presencial no modelo antes de pensar no primeiro lance. Luciana Félix, que é especialista em mecânica de automóveis e gestora da Na Oficina em Belo Horizonte, lembra ainda que a burocracia pode ser um grande empecilho para o uso do item leiloado. Um exemplo que ela cita é o de um carro aprendido, que pode ter problemas na documentação. “Esses carros já vêm com burocracias devido ao seu histórico. (...) Às vezes, são carros que necessitam de uma assistência jurídica. Você tem que contratar um advogado para fazer toda a baixa dessa papelada”, alega a especialista. Leilões particulares De acordo com a especialista em mecânica automotiva Luciana Félix a maioria dos pregões particulares oferece carros de seguradoras (geralmente de sinistros, com perdas totais ou parciais), de locadoras, e de empresas com pequena frota, que colocam a antiga para leilão quando precisam fazer a substituição. Simplificando o conceito: 🔒Leilões particulares: frotas de empresas, devoluções de leasing, de seguradoras 🦁Leilões da Receita Federal: apreendidos, confiscados ou abandonados. Tipo de compra Segundo Ronaldo Fernandes, especialista em Leilões da SUIV, empresa que possui um banco de dados de peças automotivas, é fundamental entender que existem duas maneiras de adquirir automóveis ofertados em leilões: para restaurar ou utilização; e aqueles voltados exclusivamente para empresas de desmanche legal. “Não há um tipo específico de veículos que vai a leilão, mas é muito importante verificar qual o tipo de venda que está sendo oferecida para o veículo de interesse, pois alguns veículos poderão circular normalmente e outros servirão somente para desmonte ou reciclagem devido à sua origem”, afirma Fernandes. Nos casos em que os carros são vendidos para desmanches, a origem deles se dá por conta do tamanho do sinistro. “Dependendo do tamanho do sinistro, o automóvel só poderá ser vendido como sucata, ou seja, sem documentação para rodar novamente”, afirma Fernandes. Critérios para venda Segundo o advogado tributarista Otávio Massa, os critérios para que um carro vá a leilão incluem: Valor comercial: veículos com valor residual significativo que justifique a venda; Condição recuperável: mesmo que parcialmente danificados, se ainda tiverem peças reutilizáveis ou puderem ser reparados; Procedimento legal: veículos apreendidos ou abandonados que legalmente devem ser vendidos em leilão público. Resumindo, o que define se um veículo vai ser leiloado é o quanto ele ainda pode despertar o interesse financeiro de novos compradores. Thiago da Mata, CEO da plataforma Kwara, afirma que é feita uma avaliação prévia para determinar o valor a ser cobrado. “Normalmente, ativos que possuem débitos superiores ao seu valor de mercado são considerados sucata e vão para descarte. Da mesma forma, veículos cujo estado de conservação seja muito crítico podem ter o mesmo destino para que possam ser aproveitadas as peças”, argumenta. Otávio Massa corrobora com a visão de da Mata ao afirmar que “não há uma porcentagem mínima específica estabelecida por lei, mas o critério principal é se o veículo tem valor comercial residual. Veículos sem valor ou severamente danificados podem ser descartados”. Carros, caminhões, ônibus e outros modelos destinados a desmanche têm seus respectivos números de chassis cancelados. É como se o automóvel deixasse de existir. Prudência e dinheiro no bolso De acordo com Thiago da Mata, da Kwara, inspecionar o veículo é de suma importância. Afinal, os carros podem ter distintos estados de conservação, o que tem que entrar na lista de preocupações de quem participa de um pregão. “[Os veículos] podem tanto estar em bom estado de conservação, como também é possível que tenham ficado em pátio público durante um período de tempo importante”, afirma. Os carros podem ter marcas provocadas pelo período em que ficaram expostos ao clima: pintura queimada, oxidação da lataria, manchas provocadas pela incidência solar. E esses reparos também precisam entrar no planejamento financeiro do comprador. Idealmente, a inspeção deve ser feita de forma presencial, segundo os especialistas consultados nesta reportagem. Ao verificar um carro, por exemplo, é preciso verificar tudo: bancos, painéis de porta, console central, volante, conferir os equipamentos, a quilometragem, ligar o carro, abrir o capô, checar a existência de bateria de 12V e, se possível, levar um especialista ou mecânico de confiança para checar as partes técnicas e prever possíveis custos extras com manutenção. Luciana Félix, que é especialista em manutenção, diz que o consumidor precisa ver até o histórico de manutenção, se possível. E documentar tudo com fotos. “Comprar carros em leilão é tipo um investimento de risco, você pode se dar muito bem ou muito mal, pois você não poderá andar com o carro para saber como está o seu motor ou câmbio, pois todos os veículos estão lacrados”, argumenta a proprietária da Na Oficina. É importante ressaltar que essa é a mesma verificação que se faz ao comprar um automóvel usado, seja presencial ou via marketplace: deve ser feita uma avaliação técnica, além de checagem da quilometragem rodada e documentação do ativo. “Importante que seja feita a verificação de débitos ou algum tipo de bloqueio para venda, pois a responsabilidade por estes pagamentos pode ser diferente de leilão para leilão. Estas informações devem estar presentes no Edital, que deve ser lido com atenção antes que qualquer lance seja dado”, alerta Thiago da Mata, da Kwara. Quando a compra é feita pela internet e não existe a possibilidade de visitar o produto, é indicado solicitar uma vídeo-chamada para fazer essa inspeção. Não é o ideal, mas já ajuda a verificar o estado do carro, mesmo que seja à distância. O que verificar: Documentação: incongruências jurídicas; Custos para regularização; Estado de conservação do carro; Custos para restauro; Condições de compra; Inspeção mecânica e de equipamentos. Assim, se você vai participar de um leilão pela primeira vez, atente-se para os seguintes passos. Estude: leia o edital e entenda as regras do leilão; Verifique a procedência: se certifique que o veículo não tem pendências legais; Defina um orçamento: estabeleça um limite máximo de gastos; Inspecione: se possível, veja o veículo pessoalmente ou solicite um relatório detalhado; Experiência: participe de leilões menores para entender a lógica de funcionamento. ▶️ LEMBRE-SE: Utilize apenas canais oficiais para se comunicar com o leiloeiro e verifique sempre a autenticidade das mensagens. Evitar fraudes já é um bom começo.

Tesla convoca recall de 46 mil picapes Cybertruck, em novo baque para Elon Musk


Autoridades norte-americanas alertaram sobre risco de desprendimento de peça da lataria após vídeos nas redes sociais supostamente demonstrarem o problema. Tesla Cybertruck em exibição em showroom da Tesla em Buena Park, na Califórnia, em 3 de dezembro de 2023. AP/Richard Vogel Autoridades norte-americanas alertaram e a Tesla convocou, nesta quinta-feira (20), um recall de praticamente todos os Cybertrucks vendidos nos Estados Unidos, em um novo baque para a fabricante de carros elétricos do bilionário Elon Musk. O recall, emitido pela Administração de Segurança no Tráfego em Rodovias Nacionais (NHTSA, na sigla em inglês), afeta mais de 46 mil veículos. Segundo o órgão, um painel externo que percorre os lados do para-brisa pode se desprender durante a viagem, colocando em perigo outros motoristas e aumentando o risco de acidentes. As peças em questão são duas faixas de aço inoxidável afixadas à direita e à esquerda, entre o para-brisa e o teto do carro, com um adesivo que pode se desprender. O risco afeta os carros anos 2024 e 2025, fabricados entre novembro de 2023 e fevereiro de 2025. LEIA TAMBÉM Por que desafios da Tesla vão muito além de polêmicas em torno de Elon Musk Onda de ataques a concessionárias da Tesla cresce nos EUA Cybertruck: veja como é o modelo da Tesla que explodiu em hotel de Trump Antes do anúncio da NHTSA, foram divulgados nas redes sociais vídeos em que pessoas arrancam painéis de Cybertrucks com as mãos. O órgão contabiliza 151 queixas de proprietários do carro, mas sem registros de acidentes ou feridos. A Tesla fará a reposição do painel sem custos. As cartas de notificação começarão a ser enviadas a proprietários de veículos em 19 de maio. O g1 testou a primeira Tesla Cybertruck que veio para o Brasil. Veja no vídeo abaixo. g1 testou: a primeira Tesla Cybertruck que veio para o Brasil Novo modelo Mais novo modelo da Tesla, o Cybertruck começou a ser entregue a compradores no fim de 2023. É a oitava vez, nos últimos 15 meses, que há um recall do modelo. Em novembro de 2024, a falha dizia respeito a um inversor elétrico que podia reduzir a potência das rodas. Antes disso, em abril, outro recall visou pedais de aceleradores que poderiam travar. O recall desta quinta-feira é mais um revés para Musk e a Tesla. A montadora está sob críticas desde que Donald Trump voltou à Casa Branca e encarregou o empresário de liderar uma ofensiva para cortar gastos e funcionários do governo americano. O alinhamento de Musk com a administração do republicano tem sido associado à queda de ações e vendas de carros da companhia. Uma onda de vandalismo contra veículos, estações de recarga e concessionárias da marca tem se alastrado, inclusive na Alemanha, após Musk declarar apoio ao controverso partido de ultradireita Alternativa para Alemanha (AfD). Mesmo antes da escalada dos ataques à Tesla nos EUA nas últimas semanas, a empresa já enfrentava dificuldades, registrando queda de 42% no valor de suas ações e retração das vendas, em meio a uma concorrência cada vez mais acirrada com montadoras rivais, especialmente da China. Em meados de março, a montadora enviou carta não assinada a uma agência do governo americano para promoção do comércio exterior em que se queixa da política de tarifas de Trump, alegando que a medida poderia prejudicar a Tesla e torná-la menos competitiva dentro do país e no exterior.

Trump afirma que pessoas flagradas vandalizando Teslas podem ser presas por até 20 anos


Presidente dos Estados Unidos se pronunciou sobre os ataques em sua rede social nesta quinta-feira (21). Nesta terça-feira (18), novo ataque ocorreu em Las Vegas. Cybertruck incendiado em ataque à concessionária da Tesla em Seattle AP Photo/Lindsey Wasson, File O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que pessoas que forem pegas vandalizando veículos e lojas da marca Tesla tem uma "grande chance de ir para a prisão por até 20 anos". O comunicado foi feito através de sua rede social Truth Social, na noite desta quinta-feira (20) pelo horário local - madrugada desta sexta (21), pelo horário de Brasília. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Episódios de ataques a carros e concessionária da Tesla têm sido frequentes nos Estados Unidos. Nesta terça-feira (18), após um novo episódio deste tipo acontecer em Las Vegas, a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, condenou os recentes ataques violentos e afirmou que o Departamento de Justiça já acusou várias pessoas pelos crimes. "O enxame de ataques violentos à propriedade da Tesla nada mais é do que terrorismo doméstico. Continuaremos as investigações que impõem consequências severas aos envolvidos nesses ataques, incluindo aqueles que operam nos bastidores para coordenar e financiar esses crimes", disse Bondi em uma declaração. Loja da Tesla em Las Vegas é vandalizada Em uma entrevista recente à rede de TV americana Fox News, o presidente dos EUA, Donald Trump, também disse que acredita que carros da Tesla incendiados podem ser um ato de terrorismo. Em publicação na rede social X, nesta terça, Elon Musk compartilhou o vídeo do ato de vandalismo registrado em Las Vegas e lamentou os ataques. "Este nível de violência é insano e profundamente errado. A Tesla só faz carros elétricos e não fez nada para merecer esses ataques malignos", afirmou o bilionário, que fez acusações durante participação em podcast no dia anterior: "Pelo menos parte disso é organizado e pago por organizações de esquerda, financiadas por bilionários de esquerda, essencialmente". O ataque mais recente Porta da concessionária da Tesla pichada com palavra de protesto em Las Vegas Steve Marcus/Las Vegas Sun via AP O ataque em Las Vegas deixou pelo menos cinco veículos danificados - dois deles completamente consumidos pelas chamas -, informou o Departamento de Polícia Metropolitana da cidade em uma publicação nas redes sociais. Imagens tiradas por drones do centro de vendas (veja no vídeo acima) mostram alguns dos carros danificados, com pelo menos um parecendo muito destruído, e pichações nas portas do prédio com a palavra "Resist" - resistir em português - pintada com spray. Testemunhas disseram que viram um suspeito incendiando vários veículos, acrescentou a polícia. "Isso foi terrorismo? Foi outra coisa? Certamente tem algumas das marcas que poderíamos pensar: ​​a escrita na parede, potencial agenda política, um ato de violência. Nenhum desses fatores passou despercebido para nós", disse Spencer Evans, agente especial encarregado do escritório do FBI em Las Vegas em uma entrevista coletiva. Ataques desde que Musk assumiu papel na Casa Branca Protesto pacífico contra a Tesla em fevereiro, em Seattle AP Photo/Manuel Valdes, File Os ataques à Tesla tiveram um claro crescimento desde que o presidente Donald Trump assumiu seu segundo mandato como presidente e deu poder a Musk para supervisionar um novo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), que está cortando gastos do governo. Recentemente, ativistas realizaram protestos chamados "Tesla Takedown" para expressar descontentamento com o papel do CEO da empresa nos cortes radicais na força de trabalho federal e no cancelamento de contratos relacionados a programas humanitários. Manifestações pacíficas já ocorreram em concessionárias e fábricas da Tesla pela América do Norte e Europa e alguns donos de Tesla, incluindo um senador dos EUA que brigou com Musk, prometeram vender seus veículos ou colaram adesivos de protesto contra o CEO nos veículos. No entanto, nas últimas semanas, crimes de vandalismo vêm sendo registrados. Cybertruck incendiado em ataque à concessionária da Tesla em Seattle AP Photo/Lindsey Wasson, File Na sexta-feira (14), testemunhas relataram que um homem derramou gasolina em um Tesla Model S desocupado e começou um incêndio em uma rua de Seattle. No começo do mês, também na cidade, quatro Cybertrucks foram incendiados em um estacionamento da empresa. Na semana passada, agentes federais na Carolina do Sul prenderam um homem que, segundo eles, ateou fogo em estações de carregamento da Tesla perto de Charleston e que tinha mensagens críticas ao governo e ao DOGE em seu quarto e carteira. Em Portland, mais de uma dúzia de balas foram disparadas em um showroom da Tesla, danificando veículos e janelas; o segundo ataque em uma semana à loja. Em fevereiro, promotores no Colorado acusaram uma mulher por uma série de ataques a concessionárias da Tesla, incluindo coquetéis molotov atirados em veículos e as palavras "carros nazistas" pintadas com spray em um prédio.

Por que desafios da Tesla vão muito além de polêmicas em torno de Elon Musk


A empresa ainda está avaliada em mais de 100 vezes seus ganhos, mas enfrenta problemas que, segundo especialistas, vão além das questões relacionadas ao seu CEO. A Tesla vem enfrentando recentemente desafios cada vez maiores Getty Images via BBC "Este é o carro da nossa família há três anos, e tem sido um verdadeiro sonho", diz Ben Kilbey ao me mostrar seu reluzente Tesla Model Y branco perolizado. Ben é um defensor ferrenho dos carros elétricos. Ele dirige uma empresa de comunicação que promove negócios sustentáveis no Reino Unido. Mas diz que chegou a hora de se desfazer do Model Y — porque ele desaprova veementemente as atitudes do CEO da Tesla, Elon Musk, especialmente a maneira como ele lidou com a demissão de funcionários do governo dos EUA. "Não sou fã de polarização, nem de fazer as coisas sem benevolência", diz ele. "Há maneiras de fazer as coisas sem excluir ou menosprezar as pessoas. Não gosto de depreciação." Ben faz parte de um movimento mais amplo de reação contra o CEO da Tesla que parece ter ganhado força nas últimas semanas, desde que Musk foi nomeado chefe do controverso Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), encarregado de cortar os gastos do governo federal. LEIA TAMBÉM Elon Musk na política ameaça a Tesla e o seu império? Ações da Tesla despencam mais de 15% e perdem toda a valorização vista desde a eleição de Trump Tesla alerta gestão Trump que está 'exposta' a tarifas retaliatórias Ben Kilbey ao lado do seu Tesla — ele diz que chegou a hora de se desfazer dele porque não concorda com as atitudes de Musk BBC Musk também interveio na política no exterior, fazendo uma aparição em vídeo em um comício do partido de direita radical Alternativa para Alemanha (AfD) antes da eleição parlamentar no país, além de lançar ataques online contra políticos britânicos, incluindo o primeiro-ministro, Keir Starmer. Para alguns que não compartilham das suas opiniões, tudo isso se tornou excessivo. Houve protestos do lado de fora de dezenas de concessionárias da Tesla, não apenas nos EUA, mas também no Canadá, no Reino Unido, na Alemanha e em Portugal. Embora a maioria das manifestações tenha sido pacífica, houve casos de showrooms, estações de recarga e veículos sendo vandalizados. Em incidentes separados na França e na Alemanha, vários carros foram incendiados. Nos EUA, o Tesla Cybertruck, uma caminhonete metálica com design angular, parece ter se tornado um ímã em particular para o sentimento anti-Musk. Diversos vídeos que circularam nas redes sociais mostram veículos pintados com suásticas, cobertos com lixo ou usados como rampas de skate. O presidente Trump ao lado de um Tesla em frente à Casa Branca Getty Images via BBC O presidente dos EUA, Donald Trump, foi rápido em demonstrar seu apoio à Tesla, permitindo que a empresa exibisse seus veículos do lado de fora da Casa Branca, e prometendo comprar um. Ele disse que a violência contra os showrooms nos EUA deveria ser tratada como "terrorismo doméstico". Musk também foi categórico em sua resposta. "Esse nível de violência é insano e profundamente errado", ele afirmou em uma entrevista recente à rede americana Fox News. "A Tesla simplesmente fabrica carros elétricos, e não fez nada para merecer esses ataques do mal." O que é difícil de medir exatamente é o impacto que tudo isso teve na Tesla como negócio — e até que ponto as opiniões de Musk e o envolvimento dele no governo Trump afetaram a marca e afastaram alguns compradores tradicionais de veículos elétricos. E se for este o caso, será que a Tesla pode realmente dar continuidade à trajetória de sucesso com Musk no comando? VÍDEO: testamos a primeira Tesla Cybertruck do Brasil, ao lado de Danielzinho Grau g1 testou: a primeira Tesla Cybertruck que veio para o Brasil Uma figura de destaque Há duas décadas, a Tesla era uma pequena start-up do Vale do Silício, com um punhado de funcionários e grandes sonhos de revolucionar a indústria automotiva. Hoje, é a marca de veículos elétricos mais vendida em um mercado global em ascensão, com fábricas gigantescas ao redor do mundo. A empresa também é amplamente reconhecida por ter provado que os veículos elétricos podem ser rápidos, potentes, divertidos e práticos. Musk, a figura de proa da companhia, impulsionou tudo isso desde que entrou na Tesla em 2004 como presidente e principal financiador. Ele se tornou CEO quatro anos depois, e ocupou esta função durante toda a ascensão da empresa. "A Tesla foi a pioneira", diz Stephanie Valdez Streaty, diretora de insights de mercado na empresa de software e marketing do setor automotivo Cox Automotive. "Eles conseguiram colocar os veículos elétricos no mainstream, fizeram com que outros fabricantes começassem a investir, e realmente criaram bastante conscientização." É fácil esquecer que os carros elétricos já foram ridicularizados como lentos, sem graça e pouco práticos, com autonomia mínima entre as recargas. O Tesla Model S, que foi colocado à venda em 2012, tinha desempenho de carro esportivo, e uma autonomia de mais de 400 quilômetros. Ele teve um papel fundamental na mudança de percepção, e proporcionou um trampolim para o rápido crescimento. Atualmente, a Tesla não é apenas uma fabricante de veículos elétricos. A empresa investiu fortemente em sistemas de direção autônoma, com o objetivo de construir frotas de robôs-táxis sem motorista. Também tem uma empresa de armazenamento de energia em rápido crescimento, e está desenvolvendo um robô humanoide, conhecido como Optimus Assim como o falecido Steve Jobs na Apple, Musk se tornou a personificação da sua marca, sempre presente como o homem de frente em eventos da empresa e lançamentos de produtos, com um público fiel entre os entusiastas de veículos elétricos. Mas, recentemente, o defensor da tecnologia sustentável tornou-se igualmente conhecido por promover suas opiniões políticas, amplificando-as por meio de sua própria rede social, o X (antigo Twitter). Ao mesmo tempo, a própria Tesla vem enfrentando desafios cada vez maiores. 'As atividades de Musk de fato prejudicaram a Tesla' Embora o Model Y tenha sido o carro mais vendido no mundo todo no ano passado, as vendas gerais da empresa caíram pela primeira vez em mais de uma década, passando de 1,81 milhão de unidades para 1,79 milhão. O declínio foi relativamente pequeno, e a Tesla manteve sua posição como a marca de veículos elétricos mais vendida do mundo, mas, para uma empresa focada no crescimento, isso fez acender o sinal de alerta. O lucro anual também caiu. Este ano também começou mal, principalmente na Europa, onde houve uma queda de 45% nos novos registros em janeiro, em comparação com o mesmo mês de 2024. Houve novas quedas em fevereiro nos principais mercados europeus — embora o Reino Unido tenha sido um caso atípico, com um aumento de 21% nas vendas — e também na Austrália. Enquanto isso, as remessas de carros da Tesla de fabricação chinesa, que são produzidos para venda na China e no exterior, caíram mais de 49% no mesmo mês. O Model Y da Tesla foi o carro mais vendido no mundo no ano passado Getty Images via BBC No início de março, Joseph Spak, analista de Wall Street do banco suíço UBS, publicou uma nota de pesquisa na qual previa uma queda de 5% nas vendas mundiais da Tesla neste ano. Esta previsão, que contrariava as expectativas do mercado de um crescimento de 10%, contribuiu para que o preço das ações da Tesla despencasse. O valor caiu 15% em um único dia — colaborando para a queda geral de 40% desde o início do ano. As vendas podem cair por vários motivos, mas uma pesquisa realizada pela empresa de monitoramento de marcas Morning Consult Intelligence sugere que as atividades de Musk de fato prejudicaram a Tesla, especialmente na União Europeia e no Canadá — embora não na China, que continua sendo um de seus maiores mercados. Nos EUA, diz a pesquisa, a situação é mais matizada, com muitos consumidores aprovando os cortes do Doge nos gastos do governo. Mas acrescenta: "Musk pode estar afastando os consumidores americanos mais propensos a comprar um Tesla. Entre os consumidores de alta renda que dizem que planejam comprar um veículo elétrico no futuro, a Tesla agora está em uma posição menos favorável em comparação com os concorrentes do que há um ano". A Tesla não respondeu às perguntas da BBC sobre a queda em suas vendas. Mas os especialistas acreditam que os problemas da Tesla vão além das polêmicas relacionadas à imagem pública do CEO da empresa. Modelos 'ultrapassados' e concorrência no exterior Para começar, a atual linha de modelos, que já foi de ponta, agora parece pouco inspiradora. O Model S, outrora inovador, está à venda desde 2012, e o Model X desde 2015. Mesmo os mais recentes e mais acessíveis Model 3 e Model Y estão começando a parecer ultrapassados em um mercado cada vez mais competitivo. "Se você observar a linha de produtos deles, não teve nenhum modelo novo recentemente, exceto o Cybertruck, que é realmente de nicho", observa Valdez Streaty. "Eles atualizaram o Model Y, mas não causou um grande alvoroço. E há muito mais concorrência por aí." Peter Wells, diretor do Centro de Pesquisa do Setor Automotivo da Universidade de Cardiff, no País de Gales, faz uma observação semelhante: "Não vimos o nível de inovação em termos de linha de produtos que talvez Elon Musk devesse estar buscando. Acho que essa é uma grande parte do problema deles." A concorrência vem de várias frentes. Os fabricantes tradicionais investiram grandes quantias na transição para a produção de veículos elétricos, com empresas como a Kia e a Hyundai, da Coreia do Sul, construindo uma reputação cada vez maior na fabricação de carros movidos a bateria de boa qualidade. Ao mesmo tempo, uma série de novas marcas de veículos elétricos surgiu na China. Elas incluem empresas como a BYD, que se expandiu rapidamente fornecendo carros com bom desempenho a preços baixos, assim como as mais sofisticadas Xpeng e Nio, que se concentram no mercado de luxo e tecnologia avançada. "A China tem incentivos e subsídios incríveis para veículos elétricos", destaca Valdez Streaty. "Você pode ver como as empresas chinesas, especialmente a BYD, continuam a crescer não apenas na China, mas em outras partes do mundo. Portanto, essa é definitivamente uma grande ameaça, não apenas para a Tesla, mas também para outros fabricantes." A dimensão desta ameaça foi demonstrada em meados de março, quando a BYD anunciou que havia desenvolvido um sistema de carregamento ultrarrápido que forneceria aos carros uma autonomia de 400 quilômetros em apenas cinco minutos — significativamente mais rápido do que a própria rede de supercarregadores da Tesla. A questão do robô-táxi Os comentários de Musk durante as teleconferências de resultados da Tesla sugerem que suas prioridades estão em outro lugar, sobretudo nos veículos autônomos. Em janeiro, ele afirmou que a Tesla teria um serviço de robô-táxi operando no Texas até junho. Mas isso gerou uma resposta cínica de alguns analistas que observaram que Musk vem prometendo este tipo de coisa há muito tempo. Em 2019, por exemplo, ele disse que dentro de um ano haveria um milhão de Teslas nas ruas capazes de atuar como robô-táxi. Enquanto isso, o modo "Full Self Driving" da Tesla, disponível para os compradores da marca, continua sendo um sistema "manual" que exige que o motorista esteja sempre prestando atenção. "Todos os anos, recebemos uma nova promessa de Elon Musk de que seus carros autônomos estão chegando. O problema é que eles parecem não chegar nunca", diz Jay Nagley, da consultoria automotiva Redspy. Musk está fazendo muitas coisas ao mesmo tempo? Pode-se dizer que a Tesla precisa de uma liderança forte no momento. Mas, independentemente de suas políticas, o CEO está fazendo malabarismo com um grande número de pratos giratórios. Ele é proprietário ou dirige uma série de outras empresas, como a plataforma de rede social X; a empresa de inteligência artificial xAI; e a companhia espacial privada SpaceX, que sofreu falhas nos dois últimos lançamentos do seu foguete Starship. Perguntado em uma entrevista recente à Fox Business como ele estava conciliando tudo isso com sua nova função no governo, Musk respondeu: "Com grande dificuldade". Musk lançou o Tesla Cybertruck em 2019 Getty Images via BBC "É difícil dizer exatamente o quanto a Tesla é gerenciada na prática por Musk atualmente", diz Wells. "Se ele está tomando as principais decisões sobre coisas como posicionamento de produtos e onde as fábricas são construídas e assim por diante, então essas decisões têm que ser corretas. E eu acho que você precisa de alguém participativo, 100% comprometido, para entender o setor automotivo e tomar essas decisões corretamente." Desde que entrou para a Tesla em 2004, a posição de Elon Musk tem sido incontestável. No momento, não há nenhum sinal óbvio de que isso vá mudar. Ele continua sendo o maior acionista individual da empresa, com uma participação de 13% — que atualmente vale mais de US$ 95 bilhões. Isso corresponde mais ou menos às participações combinadas das gigantes do investimento Vanguard e Blackrock, enquanto várias outras instituições financeiras, incluindo o State Street Bank e o Morgan Stanley, detêm participações menores. Para estes investidores, as recentes quedas no preço das ações devem ter sido uma experiência desagradável. No entanto, o valor ainda está quase 30% mais alto do que estava há um ano. Na verdade, o recente declínio simplesmente anulou os efeitos de um aumento drástico que ocorreu imediatamente após a eleição, que quase dobrou o valor de mercado da Tesla. Apelos por sangue novo na liderança Hoje, a Tesla ainda é avaliada em mais de 100 vezes seus lucros — uma margem muito maior do que a de concorrentes automotivos como Ford, General Motors e Toyota, o que sugere que os acionistas continuam a depositar suas esperanças em avanços tecnológicos e crescimento rápido. "A Tesla está sendo avaliada como uma empresa que vai dominar os veículos elétricos — o que claramente não vai acontecer, dada a força dos fabricantes chineses — ou que vai dominar os robôs-táxis e os veículos autônomos", diz Nagley. Nenhum dos principais investidores parece estar se mobilizando por mudanças no momento — embora em entrevistas à imprensa nesta semana, o gerente de fundos de investimento Ross Gerber, um acionista de longa data que se tornou um crítico veemente, tenha pedido a renúncia de Musk. Mas os analistas dizem que a empresa se beneficiaria de sangue novo na liderança. "Um novo CEO para a Tesla seria, sem dúvida, a melhor coisa para a empresa neste momento", avalia Matthias Schmidt, da consultoria Schmidt Automotive Research. "Isso resolveria o contágio tóxico de Musk, ofereceria uma solução para o conflito de interesses em relação a seu cargo no Doge, e permitiria que um CEO dedicado se concentrasse inteiramente no trabalho em questão." "Acredito que essa é a direção clara a ser seguida no momento", acrescenta Wells. "Acho que eles precisam de alguém com forte experiência automotiva. Alguém que saiba como racionalizar o negócio." "É necessária uma mudança significativa de direção agora."

Mais etanol na gasolina vai reduzir preço do combustível? Essa e outras 3 perguntas sobre proposta do governo


O Ministério de Minas e Energia vai propor o aumento da mistura de etanol anidro na gasolina, dos atuais 27% para 30%, após testes bem-sucedidos. Governo diz que mudança vai tornar o combustível mais barato e reduzir a importação. Mas será que é isso mesmo? Perguntamos a especialistas. -- Getty Images via BBC O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou na segunda-feira (17/3) que a pasta vai propor o aumento da mistura de etanol anidro na gasolina dos atuais 27% para 30%. A proposta será levada ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) ainda este ano. O anúncio foi feito durante a apresentação dos resultados de testes feitos pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), que comprovaram que a mudança não prejudica o desempenho dos veículos. Segundo Silveira, o aumento da parcela de etanol na mistura da gasolina traz várias vantagens, entre elas: uma redução de preço de até R$ 0,13 por litro da gasolina, o que também contribuiria para o controle da inflação; com a mudança, o Brasil deixaria de importar 760 milhões de litros de gasolina por ano e poderia até vir a exportar o combustível; haveria um aumento de 1,5 bilhão de litros por ano na demanda por etanol; para atender a essa demanda, seriam necessários R$ 9 bilhões em investimentos no setor, que resultariam na geração de mais 25 mil empregos diretos e indiretos; e o aumento do uso de combustível renovável geraria uma redução de 1,7 milhão de toneladas nas emissões de gases do efeito estufa por ano, o que equivaleria a retirar 720 mil veículos das ruas. Mas faz sentido falar em redução de preços quando o álcool anidro nas usinas de São Paulo está saindo a uma média de R$ 3,25 o litro, enquanto a gasolina nas refinarias custa R$ 3? E por que o Brasil segue importando gasolina até hoje, se é exportador de petróleo, matéria-prima do combustível? Tire essas e outras dúvidas sobre o plano do governo de aumentar a mistura de etanol na gasolina para 30%. LEIA TAMBÉM Preço dos combustíveis sobe acima da inflação e do reajuste do ICMS em fevereiro; entenda Até onde vai a taxa Selic? Inflação deve levar juros a 15% ao ano em 2025 Alta no preço dos combustíveis fica acima da inflação e maior que reajuste do ICMS Por que o Brasil adiciona etanol à gasolina? Tudo começou em 1975, quando a ditadura militar criou o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), com o objetivo de diminuir a dependência brasileira das importações de petróleo, em meio a uma grave crise no setor, iniciada dois anos antes. Em protesto contra o apoio dos Estados Unidos a Israel durante a Guerra do Yom Kippur, os países árabes reunidos na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) limitaram a produção de petróleo, levando à escassez e a uma explosão no preço da matéria-prima. Ministro de Minas e Energias, Alexandre Silveira defende aumento da parcela do etanol na mistura da gasolina Ricardo Botelho/MME A partir da criação do Proálcool, desde 1976, o governo tornou obrigatória a mistura de etanol anidro à gasolina, oscilando inicialmente entre 10% e 22%. O percentual da mistura foi sendo elevado gradualmente ao longo dos anos e, desde 2014, a lei prevê um mínimo de 18% e um máximo de 27,5% de etanol anidro na gasolina. Em outubro do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei do Combustível do Futuro, que estabeleceu que o governo pode elevar a mistura de etanol à gasolina para até 35%, desde que haja viabilidade técnica para isso. A elevação do percentual dos atuais 27% para 30% é então um primeiro passo nesse sentido. Críticos ao aumento da mistura citam a menor autonomia dos veículos com o uso do etanol, devido ao menor poder calorífico do combustível em relação à gasolina, e afirmam que o etanol compete com a produção de alimentos no campo, reduzindo a oferta e tornando a comida mais cara para os brasileiros — o que é refutado pelos representantes do setor sucroalcooleiro. Mais etanol na gasolina vai reduzir preço do combustível? "Com o E30 [mistura de 30% de etanol anidro à gasolina], o preço da gasolina na bomba vai cair. Isso é redução da inflação", disse o ministro Alexandre Silveira, na segunda-feira, estimando uma queda de preço de até R$ 0,13 por litro da gasolina com a mudança. Mas, para Isabela Garcia, analista de combustíveis da consultoria StoneX, o avanço da safra de cana-de-açúcar e seu impacto sobre o preço do etanol devem ser o maior fator na queda de preço dos combustíveis esperada à frente — e não o aumento da mistura. Garcia observa que, atualmente, o etanol anidro está sendo vendido a uma média de R$ 3,2449 por litro nas usinas de São Paulo, segundo o indicador de referência do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo). O valor está acima do preço de referência da gasolina A isenta de etanol, vendida a R$ 3,0308 na Refinaria de Paulínia, em São Paulo. "É porque estamos no momento de entressafra [da cana], mas entendemos que, nos próximos meses, com a nova safra, os preços do etanol anidro devem voltar a ficar em patamares mais baixos, inclusive abaixo da gasolina, o que seria um fator a diminuir os preços naturalmente", diz Garcia. Nos próximos meses, safra da cana deve fazer preço do etanol cair Getty Images via BBC A analista observa que outro fator relevante na formação do preço da gasolina C — mistura da gasolina A com o etanol anidro — é a incidência de impostos. Isso porque há uma parcela grande de impostos cobrada na gasolina A e uma parcela reduzida para o etanol anidro. "Então uma maior mistura de etanol anidro implica uma incidência menor de imposto", observa. Mesmo com uma alta esperada para a carga tributária do etanol anidro a partir de maio, de R$ 0,13 para R$ 0,19 por litro, a diferença entre o etanol e a gasolina é tão grande, que a carga tributária seguirá sendo menor com o aumento da mistura, diz a analista. Para a gasolina, considerando a incidência de PIS/Pasep, Cofins e Cide, a carga tributária federal sobre a gasolina A chega a R$ 0,89 por litro. "Mas é importante ter cautela quando se fala de diminuição de preços por conta da mistura, porque, novamente, já é uma tendência nos próximos meses a queda do etanol anidro, isso já baratearia a gasolina, independente se tiver aumento da mistura ou não", destaca a analista. A qualidade da gasolina vai ficar pior com mais etanol? Segundo Rogério Gonçalves, diretor de combustíveis da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), o grupo de trabalho criado pela entidade para discutir possíveis problemas decorrentes do aumento da parcela de etanol na gasolina levantou algumas preocupações. Para carros flex — aqueles preparados para rodar a gasolina ou etanol hidratado, e que atualmente representam mais de 90% das vendas de veículos novos no Brasil —, a única preocupação seria um pequeno aumento de consumo, por conta da diferença de poder calorífico entre os dois combustíveis que compõem a gasolina C. "O etanol tem 70% do poder calorífico da gasolina. Então, por isso, o veículo flex poderia ter um ligeiro aumento de consumo [com o E30]", diz Gonçalves. Isso acontece porque, devido ao menor poder calorífico, é preciso mais etanol do que seria necessário de gasolina, para produzir a mesma quantidade de energia. Já para veículos movidos exclusivamente a gasolina — que representam cerca de 12% da frota total do país, em sua maioria automóveis antigos ou importados, além da maioria das motocicletas em circulação no país —, as preocupações levantadas pelo grupo de trabalho incluíam se a mudança traria prejuízos à dirigibilidade. Ou seja, se haveria alguma falha sensível ao motorista, como o carro engasgar na hora de sair ou hesitar no momento de acelerar, o que pode ser perigoso na ultrapassagem. Outra preocupação dizia respeito a ataque aos materiais, com possíveis efeitos negativos para materiais metálicos ou elastoméricos (as borrachas) que têm contato com o combustível. "Baseado nos testes que foram realizados pelo Instituto Mauá de Tecnologia, com diversos veículos, eles não identificaram problemas", observa Gonçalves. Conforme o IMT, os testes não demonstraram mudanças significativas no consumo ou potência dos veículos. Foram testados 16 automóveis e 13 motocicletas, em três etapas: ensaios a frio, a quente e de emissões. Entre os objetivos, estava testar a capacidade de partida em baixas temperaturas, de estabilização em marcha lenta e o comportamento da aceleração. Segundo Gonçalves, os proprietários de veículos importados que tiverem dúvidas se seu veículo está plenamente adaptado para o maior teor de álcool podem ainda utilizar a gasolina premium, que vai ser mantida com 25% de etanol na mistura. Ele observa, porém, que a gasolina premium é cerca de 40% mais cara do que a comum, então não é uma solução para todos os motoristas. Conforme o diretor da AEA, outra dúvida levantada pelo grupo de trabalho diz respeito a outros segmentos que utilizam a gasolina como combustível, como o náutico, aeronaves experimentais e ultraleves e máquinas e ferramentas motorizadas, em grande parte importadas. A Marinha e alguns Corpos de Bombeiros, por exemplo, utilizam algumas embarcações movidas a gasolina em operações de resgate. E o ambiente marinho, muito úmido e salino, cria um problema de corrosão de equipamentos, que é agravado pela presença de etanol na gasolina. "Isso aí não foi citado [pelo ministro de Minas e Energia e os técnicos do IMT na apresentação de segunda-feira], mas nós fizemos um relatório e enviamos todas essas questões ao governo." Maioria dos carros no Brasil é flex Getty Images via BBC Por que o Brasil ainda importa gasolina, mesmo exportando petróleo? Segundo o ministro Alexandre Silveira, entre as principais vantagens da adoção do E30 seria reduzir a dependência brasileira da importação de combustíveis. "Com o E30 nos tornaremos em definitivo independentes da importação de gasolina. Esse é um ganho incalculável para a soberania nacional", disse o titular da pasta de Minas e Energia. "Vamos deixar de necessitar de importar 760 milhões de litros de gasolina e vamos, ao contrário, ter condição de exportar, porque com 1,5 bilhão de litros de etanol produzidos, vamos ter gasolina sobrando para exportação", completou. Isabela Garcia, da StoneX, explica que o Brasil continua importando gasolina até hoje, mesmo após se consolidar como um exportador de petróleo, porque há uma limitação no parque brasileiro de refino. "Vemos as refinarias brasileiras operando numa taxa [de ocupação da capacidade instalada] bastante elevada", diz Garcia. "A produção de gasolina aumentou nos últimos anos, mas não o suficiente para acompanhar o crescimento da demanda interna." "Há um descasamento do ritmo de crescimento de produção e demanda, que acabou aumentando a vulnerabilidade externa para o mercado de gasolina", completa a analista, lembrando que, no diesel, a dependência de importações é ainda maior. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em 2024, a produção nacional de gasolina A (pura, ainda sem a adição de etanol anidro) correspondeu a 90% da oferta interna, com a importação suprindo os 10% restantes supridos. Já no caso do diesel A (ainda sem a mistura de biodiesel), as importações representaram 25% das vendas no ano passado. "Mas é importante ressaltar que o mercado de gasolina é muito específico no Brasil, porque há um competidor e substituto direto, que é o etanol hidratado", destaca Garcia. "Então, tem anos que o consumo de hidratado está muito alto, e aí diminui a necessidade de importar gasolina, porque as pessoas estão preferindo o consumo do etanol à gasolina, como foi o caso do ano passado", observa a analista. Em 2024, foram vendidos no Brasil 133,1 bilhões de litros de combustíveis automotivos líquidos, segundo a ANP. No caso da gasolina C (já com a mistura de etanol anidro), foram 44,2 bilhões de litros, uma redução de 4% com relação a 2023. Já o etanol hidratado teve 21,7 bilhões de litros em vendas, um crescimento de 33,4%. Quanto à mudança na mistura, Garcia observa que ela realmente deve levar a uma substituição da importação de gasolina A pelo etanol anidro produzido internamente. "Estimamos que 1 bilhão de litros de gasolina A deixariam de ser consumidos, caso a mistura seja implementada já a partir de abril. Então pode diminuir de fato a exposição internacional."

Onda de ataques a concessionárias da Tesla, de Elon Musk, cresce nos EUA; procuradora fala em terrorismo


Nesta terça-feira (18), novo ataque ocorreu em Las Vegas. Em post no X, bilionário compartilhou as imagens do ato de vandalismo e lamentou os ataques: 'Este nível de violência é insano e profundamente errado'. Loja da Tesla em Las Vegas é vandalizada Cybertrucks incendiados, balas e coquetéis molotov disparados contra showrooms: ataques a propriedades da Tesla, empresa de carros elétricos de Elon Musk, vêm ocorrendo com frequência nos Estados Unidos, e autoridades já falam em "terrorismo". Nesta terça-feira (18), após um novo episódio deste tipo acontecer em Las Vegas, a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, condenou os recentes ataques violentos e afirmou que o Departamento de Justiça já acusou várias pessoas pelos crimes. "O enxame de ataques violentos à propriedade da Tesla nada mais é do que terrorismo doméstico. Continuaremos as investigações que impõem consequências severas aos envolvidos nesses ataques, incluindo aqueles que operam nos bastidores para coordenar e financiar esses crimes", disse Bondi em uma declaração. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Em uma entrevista recente à rede de TV americana Fox News, o presidente dos EUA, Donald Trump, também disse que acredita que carros da Tesla incendiados podem ser um ato de terrorismo. Em publicação na rede social X, nesta terça, Elon Musk compartilhou o vídeo do ato de vandalismo registrado em Las Vegas e lamentou os ataques. "Este nível de violência é insano e profundamente errado. A Tesla só faz carros elétricos e não fez nada para merecer esses ataques malignos", afirmou o bilionário, que fez acusações durante participação em podcast no dia anterior: "Pelo menos parte disso é organizado e pago por organizações de esquerda, financiadas por bilionários de esquerda, essencialmente". O ataque mais recente Porta da concessionária da Tesla pichada com palavra de protesto em Las Vegas Steve Marcus/Las Vegas Sun via AP O ataque em Las Vegas deixou pelo menos cinco veículos danificados - dois deles completamente consumidos pelas chamas -, informou o Departamento de Polícia Metropolitana da cidade em uma publicação nas redes sociais. Imagens tiradas por drones do centro de vendas (veja no vídeo acima) mostram alguns dos carros danificados, com pelo menos um parecendo muito destruído, e pichações nas portas do prédio com a palavra "Resist" - resistir em português - pintada com spray. Testemunhas disseram que viram um suspeito incendiando vários veículos, acrescentou a polícia. "Isso foi terrorismo? Foi outra coisa? Certamente tem algumas das marcas que poderíamos pensar: ​​a escrita na parede, potencial agenda política, um ato de violência. Nenhum desses fatores passou despercebido para nós", disse Spencer Evans, agente especial encarregado do escritório do FBI em Las Vegas em uma entrevista coletiva. Ataques desde que Musk assumiu papel na Casa Branca Protesto pacífico contra a Tesla em fevereiro, em Seattle AP Photo/Manuel Valdes, File Os ataques à Tesla tiveram um claro crescimento desde que o presidente Donald Trump assumiu seu segundo mandato como presidente e deu poder a Musk para supervisionar um novo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), que está cortando gastos do governo. Recentemente, ativistas realizaram protestos chamados "Tesla Takedown" para expressar descontentamento com o papel do CEO da empresa nos cortes radicais na força de trabalho federal e no cancelamento de contratos relacionados a programas humanitários. Manifestações pacíficas já ocorreram em concessionárias e fábricas da Tesla pela América do Norte e Europa e alguns donos de Tesla, incluindo um senador dos EUA que brigou com Musk, prometeram vender seus veículos ou colaram adesivos de protesto contra o CEO nos veículos. No entanto, nas últimas semanas, crimes de vandalismo vêm sendo registrados. Cybertruck incendiado em ataque à concessionária da Tesla em Seattle AP Photo/Lindsey Wasson, File Na sexta-feira (14), testemunhas relataram que um homem derramou gasolina em um Tesla Model S desocupado e começou um incêndio em uma rua de Seattle. No começo do mês, também na cidade, quatro Cybertrucks foram incendiados em um estacionamento da empresa. Na semana passada, agentes federais na Carolina do Sul prenderam um homem que, segundo eles, ateou fogo em estações de carregamento da Tesla perto de Charleston e que tinha mensagens críticas ao governo e ao DOGE em seu quarto e carteira. Em Portland, mais de uma dúzia de balas foram disparadas em um showroom da Tesla, danificando veículos e janelas; o segundo ataque em uma semana à loja. Em fevereiro, promotores no Colorado acusaram uma mulher por uma série de ataques a concessionárias da Tesla, incluindo coquetéis molotov atirados em veículos e as palavras "carros nazistas" pintadas com spray em um prédio.

Executivo da GM diz que juros altos reduzem as vendas, mas prevê cenário menos nebuloso em 2025


Economistas preveem que a taxa Selic deve atingir 15% ao ano em junho de 2025, maior patamar desde 2006. Além de frear a economia como um todo, taxas mais altas encarecem financiamentos. Fabio Rua, da GM, diz que situação econômica está menos nebulosa em 2025 Em entrevista exclusiva ao g1, o vice-presidente da General Motors Brasil, Fabio Rua, reconhece que as vendas da GM podem ser afetadas em 2025, como consequência da alta prevista na taxa básica de juros. Nesta quarta-feira (19), o Banco Central deve aumentar a Selic em mais 1 ponto percentual, chegando aos 14,25% ao ano, e economistas preveem que ela deve atingir 15% em junho de 2025, maior patamar desde 2006. Além de frear a economia como um todo, taxas mais altas encarecem financiamentos. “Se a taxa de juros chegar a esse patamar que você está dizendo, é possível que as vendas sejam impactadas, ou que o consumidor opte por fazer um financiamento mais curto, ou pagar à vista, como foi feito no passado”, comenta. Rua lembra, contudo, que o ano passado foi um ano positivo para o mercado de automóveis, com expectativa de aumento (ainda que mais comedido) também neste ano. "A depender das ações que a gente toma, em parceria com o governo e conjuntura internacional, a gente tem motivos, sim, para olhar para frente e ver um horizonte menos nebuloso do que eu diria que está sendo pintado por aí”, diz o executivo. Em 2024, os brasileiros compraram 2,6 milhões de veículos novos, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Esse foi o melhor resultado em cinco anos, com uma alta de 14% em relação ao ano anterior. A projeção da Fenabrave é de um crescimento menor para 2025, marcado em 5%. Veja a entrevista na íntegra no vídeo abaixo. Fabio Rua, vice-presidente da General Motors Brasil, concedeu entrevista exclusiva ao g1 A seguir, clique nos links para assistir aos cortes com os principais destaques. SUV subcompacto inédito é confirmado; Onix precisa de atualização; GM diz que produção em Gravataí (RS) não será paralisada; Spark EUV virá como elétrico mais barato da marca; Como fazer frente às marcas da China; Investimento no Brasil traz 10 carros eletrificados até 2030. g1 entrevista o vice-presidente da GM, Fabio Rua g1 | Fábio Tito SUV subcompacto inédito é confirmado Fabio Rua confirma que Chevrolet terá SUV para brigar com VW Tera e Fiat Pulse Fabio Rua é sutil e manteve mistério, mas revela um dos mais importantes movimentos da montadora: a entrada na disputa entre os SUVs de entrada, um dos segmentos que mais cresce em vendas no país. “Me permitam uma surpresa, mas a resposta é sim. Qual é o produto, quando ele será fabricado, em que planta ele será fabricado, em breve vocês saberão”, diz o executivo. Não disse quando chega, nem onde será produzido, mas também reconheceu que a resposta está na própria entrevista concedida ao g1. “Já tem pistas que eu dei ao longo dessa entrevista que talvez possa ajudá-los a montar esse quebra-cabeça”, brincou. Aqui está a pista: o executivo revelou que a fábrica de Gravataí usará parte do investimento anunciado para a produção de um modelo inédito, em que a empresa "ainda" não atua. “O investimento de R$ 1,2 bilhão que anunciamos para nossa planta de Gravataí (RS) será destinado à produção de um veículo em uma categoria na qual ainda não atuamos, e que será revelado este ano”, afirmou o executivo. Atualmente, a Chevrolet produz na fábrica de Gravataí o hatch Onix e sua versão sedã, o Onix Plus. A ver se sairá de lá o modelo que já até recebeu o apelido de “SUV do Onix”. As brigas entre SUVs compactos, com preços a partir dos R$ 100 mil, é das mais acirradas do mercado. No ano passado foram lançados Renault Kardian e Citroën Basalt, que disputam com Fiat Pulse e Nissan Kicks. A Volkswagen entrou no jogo com o lançamento do Tera. Ainda que a data para o novo SUV esteja sob completo sigilo, Rua reforça que a marca pretende lançar até cinco novos modelos em 2025. Além disso, serão 10 veículos eletrificados no Brasil até 2030, de híbridos leves a 100% elétricos. Volte para o início. Onix precisa de atualização Fabio Rua, da GM, garante que o Onix será renovado e não vai sair de linha O executivo também confirmou ao g1 que o Onix será reestilizado. O hatch teve uma época gloriosa, mas já faz tempo que não é mais o mesmo. Em 2019, no auge, foram emplacados mais de 240 mil unidades do Onix. Em 2024, o hatch não conseguiu ultrapassar a barreira dos 100 mil veículos vendidos. O executivo reconheceu a queda e apostou na falta de atualização como um dos fatores que contribuíram para o veículo não retomar o sucesso no pós pandemia. “Não espere que ele saia do nosso portfólio, porque ele é dos filhos mais queridos da Chevrolet no Brasil. Então assim, esperem uma atualização do Onix em algum momento, sem dúvida alguma”, afirma o executivo. “O Onix é um sucesso há décadas, com oscilações de aceitação do público ao longo do tempo, este que culmina talvez com períodos mais extensos sem uma atualização um pouco mais expressiva”, comenta Fabio Rua. O desencanto com o Onix, inclusive, causou uma revisão de atividades na fábrica da GM em Gravataí (RS). Enquanto o sindicato dos metalúrgicos fala em paralisação da produção, a GM diz que a planta gaúcha passará por reformulação, mas manterá um dos turnos. Volte para o início. GM diz que produção em Gravataí (RS) não será paralisada Fabio Rua, da GM, afirma que não existe paralisação na fábrica de Gravataí (RS) Falando em Gravataí, a Chevrolet anunciou no início do mês que estava em processo de negociação com o sindicato dos metalúrgicos para suspender temporariamente os contratos de trabalho de parte das equipes (lay-offs) em abril para reduzir a produção de seus veículos de entrada, Onix e Onix Plus. "Estamos trabalhando com a negociação sindical, ela é fundamental para a gente conseguir fazer os nossos planos. A gente não vai avançar em definição nenhuma sem ter um bom entendimento", diz Rua. Segundo Valcir Ascari, presidente do sindicato de Gravataí, o acordo previa um lay-off de dois meses e oito dias, a partir do dia 22 de abril. Na época, a empresa e os representantes do sindicato ainda estavam em negociação. Na entrevista ao g1, Fabio Rua afirma categoricamente que não há plano de paralisação total da fábrica do Rio Grande do Sul e que a medida seria somente para redução de turnos. “A gente não vai deixar de fabricar nem Onix e nem Onix Plus. A gente está reduzindo o volume de produção. Esses carros continuam sendo fabricados. Não é paralisação. Não tem paralisação. Tem turno rodando", aponta o executivo. Volte para o início. Spark EUV virá como elétrico mais barato da marca Fabio Rua, da GM, comenta o último lançamento da marca, o elétrico Spark EUV O último grande anúncio oficial da GM foi a chegada do Spark EUV, um modelo 100% elétrico de entrada. A GM teve sua primeira experiência de elétrico com o hatch e o utilitário Bolt, que nunca emplacou por aqui. A lição parece ter sido aprendida: Rua garante que o preço será mais baixo do que os R$ 279 mil cobrados pelo Bolt em 2023. Rua também adiantou que o Spark EUV será um concorrente de outros carros elétricos de desempenho semelhante. g1 entrevista o vice-presidente da GM, Fabio Rua g1 | Fábio Tito Nesse mercado, temos o BYD Dolphin de entrada (R$ 159.800), com 95 cv de potência, enquanto o novo elétrico da GM terá 102 cv, se vier com o mesmo motor utilizado pela fabricante em outros países. O GWM Ora 03 Skin (R$ 159.000), versão de entrada do elétrico, tem um preço similar ao do Dolphin, mas é muito mais potente, com 171 cv. Veja quais são os possíveis concorrentes do Chevrolet Spark. BYD Dolphin: R$ 159.800; BYD Dolphin Plus: R$ 184.800; BYD Yuan Pro: R$ 182.800 GWM Ora 03 Skin: R$ 159.000; GWM Ora 03 GT: R$ 187.000; Neta Aya: R$ 128.900; Neta X: R$ 204.900. O objetivo desse preço mais acessível é competir pelas vendas de elétricos no Brasil, amplamente dominadas por marcas chinesas. A BYD lidera com 64,21% de todas as vendas de 2024, seguida pela GWM com 11,04% do mercado. Em terceiro lugar está a Volvo, com 9,65% de participação. Embora tenha sido fundada na Suécia em 1927, a marca foi comprada em 2010 pelo grupo chinês Geely, que também tem parceria com a Renault. A Chevrolet está apenas na décima posição, com apenas 0,76% do mercado de carros elétricos zero km em 2024. Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Volte para o início. Crise no setor e crescimento dos chineses Fabio Rua diz que GM está preparada para encarar a concorrência chinesa O desenvolvimento de carros, em parceria com marcas da China, pode ser uma das armas da GM para enfrentar o crescimento das marcas daquele país. Já são dois veículos chineses sob marca da Chevrolet e que circulam pelo Brasil. Fabio Rua aponta que essa parceria com marcas da China pode ter ajudado a GM vender bem por lá. “A GM é uma empresa global. Ela tem sim uma joint venture com uma empresa chinesa. Temos várias fábricas na China, inclusive. No ano passado vendeu 1,8 milhão de carros na China”, diz Rua. “E temos essa possibilidade, né? Temos carros lá que são produzidos com uma competitividade maior, conseguimos trazer alguns desses carros para o Brasil como complemento de portfólio”, revela o executivo. g1 entrevista o vice-presidente da GM, Fabio Rua g1 | Fábio Tito No Brasil, Fabio Rua remete ao passado recente para encontrar meios para contornar a competitividade elevada de marcas chinesas. “A Chevrolet já encarou uma situação parecida com os coreanos [como Hyundai e Kia], já encarou uma situação parecida com os japoneses [como Toyota, Honda e Nissan] e agora está encarando uma situação, não só a Chevrolet, mas todas as montadoras”, aponta. Porém, o vice-presidente da GM na América do Sul aponta que é necessário rever os impostos para importação destes carros chineses. “O que a gente não pode é permitir que carros de tecnologias similares das que a gente vende e produz no Brasil, com alto conteúdo local, com grande esforço em garantir o respeito irrestrito das leis trabalhistas, que eles concorram com veículos que vêm de outros lugares, com subsídios ou estruturas que barateiem o preço”, comenta. Volte para o início. Investimento no Brasil traz 10 carros eletrificados até 2030 Fabio Rua, da GM, fala sobre os investimentos para modernizar as fábricas brasileiras Em 2024, a GM anunciou uma rodada de investimentos até 2028, com valor de R$ 7 bilhões para todas as fábricas do Brasil. Deste total, R$ 5,5 bilhões estão alocados para as plantas do estado de São Paulo (em São Caetano do Sul e São José dos Pinhais). Parte desse investimento será usada para o desenvolvimento e lançamento de novos veículos. Já se sabe que o Onix passará por uma atualização significativa. Além disso, Fabio Rua revelou, em entrevista exclusiva ao g1, que até 2030 serão lançados 10 veículos eletrificados. “A gente deve produzir, ao longo dos próximos anos, em torno de 10 veículos eletrificados. Isso faz parte desse ciclo de investimento de R$ 7 bilhões", diz o vice-presidente da GM. “A planta de Joinville (SC) será fundamental no desenvolvimento e na produção de parte do que virá dessas novas tecnologias que a gente anunciou, que chegarão no país até, vou dizer aqui, até o final da década. Esses 10 veículos eletrificados dos quais a gente tá falando." g1 entrevista o vice-presidente da GM, Fabio Rua g1 | Fábio Tito Os primeiros serão híbridos leves com motor flex, até então focados em dois carros que serão fabricados em São Caetano do Sul (SP). Ela é a fábrica mais antiga do grupo no país e, atualmente, abriga a produção da picape Montana, do SUV compacto Tracker e da minivan Spin. Após esses dois primeiros híbridos leves, a GM oferecerá todas as versões possíveis de sistemas eletrificados, desde modelos plug-in, que são conectados a fontes externas de eletricidade, até híbridos plenos, em que o próprio sistema gera a energia necessária. Para o futuro, Fabio acredita que a GM fabricará apenas carros elétricos ou híbridos no Brasil. “Vai chegar num determinado momento, e aí depende de condições de mercado, em que a gente só vai produzir carros eletrificados no Brasil, todas as montadoras, né? A gente tá vendo uma boa aceitação por parte do consumidor em relação a híbridos e 100% elétricos.” Volte para o início.

Preço dos combustíveis sobe acima da inflação e do reajuste do ICMS em fevereiro; entenda


Qualquer aumento nos custos em uma etapa da cadeia produtiva é repassado para as outras etapas, o que chega ao consumidor final e pesa no bolso. Reprodução/EPTV Os preços dos combustíveis tiveram uma alta maior do que a inflação geral do Brasil em fevereiro. Enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 1,31% no mês, os combustíveis subiram 2,89% em média. Parte dessa alta é consequência do reajuste no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrados sobre os combustíveis. Desde 1° de fevereiro, os estados passaram a cobrar um adicional de R$ 0,10 sobre a gasolina, e de R$ 0,06 sobre o diesel. Mas os preços médios dos três combustíveis subiram mais do que o reajuste de imposto: O litro da gasolina ficou quase R$ 0,16 mais caro, passando de R$ 6,346 para R$ 6,502 — alta de 2,45% e cerca de R$ 0,06 além do reajuste do ICMS; O etanol teve uma alta de R$ 0,17 por litro, de R$ 4,346 para R$ 4,513 — mesmo sem alta do ICMS; Já o litro do diesel S-10 ficou R$ 0,27 mais caro, de R$ 6,357 para R$ 6,629 — alta de 4,28% e com uma diferença de R$ 0,21 para o reajuste do ICMS. Os dados são parte de um levantamento da ValeCard, empresa de meios de pagamento e mobilidade corporativa, que levou em conta transações realizadas entre 1° e 27 de fevereiro em mais de 25 mil postos de combustíveis em todo o país. 🤔 E o que levou a essa alta, afinal? Segundo o advogado especializado em Direito Tributário, Carlos Eduardo Navarro, sócio de Galvão Villani, Navarro, Zangiácomo e Bardella Advogados, a principal razão para a alta acima do ICMS é o efeito cascata. Por que tão caro? Entenda a alta dos combustíveis O ICMS é um imposto que incide no início da cadeia produtiva dos combustíveis, seja na refinaria ou na empresa responsável por importar o produto. Dessa forma, quando o custo aumenta logo na primeira etapa, ele é repassado ao longo de todos os outros participantes da cadeia. Navarro explica que as empresas determinam suas margens de lucro por percentuais sobre o custo da produção. Assim, o reajuste do valor do produto não levará em conta apenas essa alta no custo, mas também o quanto o preço precisa subir para que a margem de lucro continue a mesma. "Qualquer aumento no custo faz com que, na cadeia, na cascata, isso traga um aumento maior no preço final do que foi aquele do custo", afirma Navarro. Além do ICMS, no caso específico do diesel, também houve outro aumento bastante comentado. Em 31 de janeiro, a Petrobras anunciou um aumento de R$ 0,22 no preço do diesel para as distribuidoras, que passou a valer no primeiro dia de fevereiro. Da mesma forma que com o ICMS, as distribuidoras que compram o combustível da Petrobras para revender aos postos de combustíveis passaram a pagar mais caro, e isso é repassado para os postos e para o consumidor final. Por fim, outros fatores que têm contribuído para o aumento recorrente nos preços dos combustíveis, especialmente os importados, incluem a alta taxa de câmbio (com o dólar na casa dos R$ 5,70), oscilações no preço do petróleo e aumento dos custos logísticos, explica Marcelo Braga, diretor de operações da ValeCard. "Fatores como logística, transporte e margens de lucro das distribuidoras e postos também impactam o preço final dos combustíveis." Qual compensa mais: etanol ou gasolina? Para reduzir os impactos da inflação dos combustíveis, uma alternativa é calcular para escolher a opção mais vantajosa na hora de abastecer o veículo. Para isso, segundo especialistas, é importante levar em conta que o etanol é mais vantajoso quando está custando até 70% do preço da gasolina. É uma regra simplificada, mas que já ajuda a desvendar a questão. Seguindo essa regra, o levantamento da ValeCard mostrou que em 10 estados brasileiros o etanol compensava mais que a gasolina até fevereiro: Acre Amazonas Espírito Santo Goiás Mato Grosso do Sul Mato Grosso Pará Paraná Rondônia São Paulo Para saber qual combustível compensa mais, consulte a calculadora de combustíveis do g1.

Shineray aposta na Storm 200 para peitar Honda e Yamaha; g1 testou moto chinesa


A motocicleta crossover da marca chinesa reúne características que a fazem ter uma boa ciclística. Motor de 20 cv é equivalente ao da Yamaha Lander 250. Shineray Storm 200 chegou por R$ 18.990, mas o preço já subiu para R$ 21.590 em menos de um ano Divulgação | Shineray É inegável que a Shineray vem ganhando cada vez mais espaço no mercado nacional. A fabricante saltou de uma participação de mercado de 2,88% em fevereiro de 2024 (na quarta posição no ranking da Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores, Fenabrave) para 5,58% (terceira colocação) em fevereiro deste ano. E isso se deve não somente ao momento positivo da indústria de motocicletas, mas também à vinda de novos modelos para o Brasil. Como ocorreu com a Storm 200, que foi lançada no início do segundo semestre de 2024 para ser uma moto coringa no portfólio da Shineray. Ela traz características de dois segmentos distintos (Street e Trail) e, com isso, tenta satisfazer um consumidor que procura estilo por um preço mais acessível. Desde seu lançamento em agosto de 2024, o preço da Storm 200 subiu R$ 2.600 devido à variação do câmbio, já que a motocicleta é montada no Brasil, mas seu kit é importado da China. Agora, com um preço que gira em torno de R$ 21.590, a Storm 200 vem com um custo semelhante ao de motos como a Honda Bros e a Yamaha Crosser, que possuem motores de 160 e 150 cilindradas respectivamente. A moto da Shineray tem 20 cv de potência, enquanto Bros e Crosser têm 14 cv e 12 cv. Mas será que essa potência extra, por um preço semelhante, é suficiente para arrancar consumidores de marcas tradicionais como Honda e Yamaha? Apesar do ganho de participação no mercado, a fabricante parece ter um longo caminho pela frente, já que o novo modelo não aparece nem mesmo entre as dez mais vendidas tanto no segmento City quanto no Trail — o que indica pouca penetração no mercado. As diferenças entre motos Trail, City e Crossover LEIA MAIS: City, trail ou crossover? VÍDEO mostra qual moto se encaixa melhor no seu dia a dia Isenção de IPVA: saiba quais estados liberam carros híbridos e elétricos do imposto IPVA 2025: posso registrar meu carro em um estado que cobra menos imposto? Storm 200: uma crossover A combinação de configurações de altura do assento e tamanho de rodas iguais as dos modelos City, e do posicionamento de pilotar e design das Trail, a Storm 200 é um bom exemplo de "crossover" no mundo das motos. O termo define um veículo que combina características de diferentes tipos — mistura que é claramente vista na nova moto da Shineray. Galerias Relacionadas Apesar de sua aparência agressiva lembrar modelos de maior cilindrada, como as Trail da BMW, por exemplo, essa impressão se desfaz ao subir na Shineray Storm. A moto é de fácil acesso, com um assento confortável e um encaixe imediato. O garupa, porém, pode sofrer em viagens longas devido ao banco mais duro e pequeno. Os comandos são intuitivos, e em poucos segundos é possível localizar os botões de seta, buzina e faróis. O painel à frente do piloto é simples e oferece poucas informações, com algumas opções de cores para o fundo. No entanto, é um equipamento irrelevante que poderia ser substituído por uma função de consumo médio de combustível, que falta na moto. Os faróis têm ótimo desempenho, e o pequeno para-brisa ajuda a cortar o vento. Os retrovisores da unidade avaliada, por sua vez, se mostraram muito moles, o que pode ser um problema no futuro. Em nosso teste, acima de 110 km/h, as peças dobram e fica difícil olhar no espelho, o que compromete a segurança em mudanças de direção. Nova Shineray Storm 200 por R$ 18.990 Mesmo parada, a moto de 194 kg não é difícil de manobrar. Visualmente, fica claro que ela não é destinada a enfrentar terrenos off-road pesados — o para-lama, por exemplo, fica muito próximo da roda e pode quebrar com o acúmulo de lama. Além disso, dependendo do terreno, os pneus de 17 polegadas são pequenos para superar crateras e pedras grandes. Ao ligar a moto, o som do motor é empolgante. Nas primeiras voltas, é possível sentir a agilidade da Crossover no trânsito de São Paulo, onde a testamos. É fácil ganhar velocidade, especialmente devido ao câmbio de seis marchas com relações super curtas. Veja a ficha técnica completa abaixo: A transmissão curta tem pontos positivos e negativos. Se de um lado, permite ganhar o asfalto rapidamente na cidade, com arranques fortes, de outro atrapalha a fluidez na estrada e aumenta o consumo de combustível. Assim, ainda que seja possível engatar a quarta marcha já aos 30 km/h, a rotação do motor ainda fica em torno de sete mil giros a 95 km/h, mesmo na sexta marcha. Para comparar, a Honda Bros tem apenas cinco marchas, mas a quinta engrenagem é mais longa, fazendo com que o motor fique a 5.500 rotações na mesma velocidade. Além disso, a Storm 200 também deixa a desejar na falta de precisão dos engates. No teste do g1, a primeira marcha foi difícil de engatar, sendo necessário tentar quatro ou cinco vezes até conseguir. Farol possui o mesmo estilo das motos Big Trail da BMW Divulgação | Shineray Na condução, as ruas castigadas ou sem pavimento evidenciam os pontos fracos da Storm 200. A suspensão absorve demais as imperfeições do solo, transferindo tudo para as costas e braços do piloto, enquanto a rotação mais elevada da Shineray faz a moto vibrar excessivamente nas rodovias, gerando desconforto e uma certa insegurança. Mas não se pode dizer que é uma moto monótona. Os 20,4 cv são suficientes ao que a moto se propõe, e as retomadas são empolgantes. Os freios também são eficientes, funcionando bem com o ABS nas duas rodas — uma vantagem quando comparada às concorrentes, que possuem ABS apenas na roda da frente. No teste, o consumo ficou abaixo do divulgado pela fabricante. Enquanto a Shineray informa que a Storm 200 alcança 38,4 km/l, a média aferida pelo g1 não ultrapassou 29 km/l. Com um tanque de 13 litros, a autonomia que deveria ser de 500 km fica em 377 km. Mais do mesmo ou uma opção válida? Por ser uma crossover, que reúne características de motocicletas city e trail, a Storm quer conquistar o consumidor que busca soluções interessantes para o seu dia a dia na cidade e viagens esporádicas aos finais de semana. E com um motor mais potente que as rivais, a moto da Shineray pode roubar vendas de motos de categorias acima. Por R$ 21.590, a Storm concorre com motocicletas pela faixa de preço e pela potência. Na sua faixa de preço, motos menos potentes não chegam a intimidar a Storm 200. Já pela potência, a Yamaha Lander 250, com motor maior, entrega os mesmos 20 cv e tem torque ligeiramente maior, com 2,1 kgfm. Mas a Lander custa R$ 7 mil a mais. Confira: Honda NXR 160 Bros com CBS: R$ 20.900; Honda NXR 160 Bros com ABS: R$ 21.820; Yamaha Crosser 150 S ABS: R$ 21.990; Yamaha Crosser 150 Z ABS: R$ 22.190; Yamaha Lander 250 ABS: R$ 28.590. A Shineray Storm 200 não é só mais uma crossover, mas veio para incomodar as fabricantes tradicionais. Ainda assim, é preciso considerar que a tropicalização ainda precisa de ajustes. Tropicalização é um processo que adapta um veículo produzido em outra região do mundo e é vendido por aqui. Essas adaptações consistem, por exemplo, em mudanças de suspensão e motorização — e a mais é a otimização do propulsor para uso da peculiar gasolina brasileira. Isso porque 27,5% da nossa gasolina é composta de etanol. Esses ajustes de engenharia precisam ser feitos para países como o nosso para evitar falhas de funcionamento e desgaste prematuro do veículo. Assim, no caso da Storm, fica claro que ainda a fabricante ainda precisa afinar a tropicalização da moto, uma vez que ela ainda apresenta falhas em baixas rotações. Com a maior participação de mercado da Shineray e suas motos chinesas, sobretudo por serem mais equipadas, tende a forçar atualizações de outras fabricantes. Confira abaixo os principais pontos positivos e negativos da Shineray Storm 200: ✅ Agilidade; ✅ Prazer ao pilotar; ✅ Freios. ❌ Consumo de combustível; ❌ Suspensão; ❌ Vibração do motor.

Honda Hornet voltará ao Brasil após mais de uma década


Moto "naked" da Honda foi a mais vendida no segmento durante quase 10 anos. Marca também anunciou outros lançamentos previstos para este ano. Honda CB 500 Hornet divulgação/Honda M Após mais de uma década, a Honda anunciou a volta da CB 500 Hornet ao Brasil. A marca ainda não divulgou a data oficial nem a ficha técnica da moto no Brasil, mas a expectativa é que o novo modelo traga o mesmo visual "naked" que tinha no passado. O nome "naked" vem, justamente, porque parte considerável dos componentes fica exposta e sem carenagem — deixando-a com um visual muito diferente dos modelos City, como Honda CG 160, Yamaha YBR 150 e Shineray XY 150. Além da Hornet, a marca também prometeu o lançamento de outros novos modelos para o segmento de média e alta cilindrada, com a chegada da NX 500, da CRF 1100L Africa Twin e da CV 650R E-Clutch. Veja o que se sabe até aqui e o que podemos esperar dos novos lançamentos da Honda: O que se sabe sobre a nova Hornet até agora? Mesmo sem uma ficha técnica oficial da nova CB 500 Hornet, é possível ter uma ideia do que a Honda planeja para o lançamento no Brasil, uma vez que o modelo está disponível para venda em outros países. Para o mercado da Europa, por exemplo, a CB 500 Hornet traz motor bicilíndrico de 471 cilindradas, com refrigeração a água — semelhante ao que era visto na antiga CB 600F Hornet (entenda mais abaixo). LEIA MAIS Mulheres sobre duas rodas: número de motociclistas habilitadas cresce 70% em 10 anos LISTA: veja as 10 motos novas mais vendidas do Brasil em fevereiro City, trail ou crossover? VÍDEO mostra qual moto se encaixa melhor no seu dia a dia O conjunto desenvolve uma potência de 47,58 cv e torque de 3,56 kgfm. A moto trabalha com câmbio manual de seis velocidades, o que pode permitir uma aceleração mais suave e eficiente, por exemplo. O modelo europeu também tem um visual mais agressivo, com ângulos mais retos do que a Hornet antiga — o que transmite mais modernidade e se encaixa em um perfil de velocidade mais alto. Veja as fotos do modelo que já é vendido na Europa: Honda CB 500 Hornet O retorno após 11 anos O mais chamativo dos lançamentos é o da CB 500 Hornet, que ganha os holofotes não necessariamente pela potência ou pelo visual, mas por conta do nome que carrega. Isso porque o "Hornet" esteve presente em um modelo famoso da Honda, de maior cilindrada, e que ficou entre as motos mais vendidas do segmento durante todo o período em que esteve por aqui: a CB 600F Hornet. A CB 600F Hornet foi lançada no Brasil em dezembro de 2004 e foi vendida até 2014. E durante praticamente todos os 10 anos em que ficou por aqui, a moto foi a "naked" mais vendida do país. Veja no gráfico abaixo: O primeiro lugar do pódio só passou a ser ameaçado de verdade em 2011, com a chegada da Yamaha XJ6. O modelo da concorrente tomou a liderança em 2014, mesmo ano em que a antiga Hornet foi descontinuada no Brasil. A CB 600F Hornet já demonstrava vendas fracas nos anos que antecederam seu fim, quando os emplacamentos caíram 27,4% — de 5.896 unidades vendidas em 2011 para 4.279 no ano seguinte. 2 pontos positivos e negativos da Honda CG 160 Quais os outros lançamentos? Outro lançamento prometido pela Honda para 2025 é a CB 650R E-Clutch. O modelo também faz parte das motos "naked" e entrega a possibilidade de pilotagem sem embreagem. CB 650R E-Clutch divulgação/Honda As trocas do câmbio de seis marchas contam sistema de controle automático de embreagem. Ele opera a transmissão convencional e, assim, dispensa o condutor de acionar a embreagem manualmente. A vantagem do uso dessa tecnologia está no conforto da pilotagem, além de garantir trocas mais rápidas. Elas resultam em menor desaceleração da moto durante subidas e descidas de marchas. Além disso, a Honda também anunciou outras duas motos: a Honda NX 500 e a CRF 1100L Africa Twin. A primeira é uma crossover com visual aventureiro, mas equipada com motor bicilíndrico herdado da antiga CB 500X. Já a segunda foca consideravelmente em viagens de fora de estrada. Honda CRF 1100L Africa Twin divulgação/Honda A CRF 1100L Africa Twin chega em duas versões. A primeira tem um visual de moto para estrada, enquanto a segunda, chamada de CRF 1100L Adventure Sports, adota cores e acabamento esperados para terra batida. Em ambas é possível escolher a moto com câmbio de seis velocidades ou com troca automatizada com dupla embreagem. Honda CRF 1100L Adventure Sports divulgação/Honda Para todos os modelos anunciados, a Honda garantiu que preços e detalhes das fichas técnicas serão apresentados no final do primeiro semestre.

Royal Enfield Shotgun 650 é opção mais barata entre as rivais estradeiras e é alternativa à Super Meteor; veja teste


Com versões que começam em R$ 33.990, a roadster é a opção mais viável entre as concorrentes, mas terá a tarefa de conquistar os consumidores mais conservadores. Royal Enfield Shotgun 650 tem preços que vão de R$ 33.990 a R$ 34.990 Divulgação | Royal Enfield O mercado de motos estradeiras, as tradicionais motos customizadas — ou custom, como são conhecidas — tem crescido no Brasil e já começa a se refletir no portfólio das fabricantes. O g1 testou a nova Royal Endfield Shotgun 650, moto que chegou para competir neste setor em fevereiro e promete grandes possibilidades de personalização. Veja as impressões. As motos têm ganhado espaço no país. Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), por exemplo, indicam que o emplacamento de motocicletas praticamente dobrou no acumulado deste ano até fevereiro, em relação ao mesmo período de 2024, com uma alta de 98,8%. Do total de emplacamentos, 1,69% responde pelas custom — percentual ainda pequeno no mercado, mas que já representa quase o dobro da participação observada nos primeiros meses de 2024, de 0,85%. O crescimento traz novas indicações sobre a demanda dos consumidores, que agora buscam motos não apenas para ir e voltar do trabalho, mas também para diversão, já que esse tipo de motocicleta não é o mais indicado para passar pelo trânsito congestionado. Para atender à demanda crescente, as fabricantes de motocicletas começaram a trazer novidades para o mercado. É o caso da Shineray, por exemplo, que já lançou três modelos no final de 2024 (Denver, Titanium e Iron), e da Royal Enfield, que decidiu resgatar as custom mais baratas e agora vai aumentar seu portfólio com a chegada da Shotgun 650. Com isso, a marca indiana passa a possuir quatro modelos com este motor de 650 cilindradas: Continental GT 650, Interceptor 650, Super Meteor 650 e Shotgun 650. E a expectativa é que até o final do ano, chegue a Classic 650: uma releitura da Classic 350, modelo que carrega muito cromado, assim como as primeiras custom dos anos 1950 e 1960. A futura Classic 650 vai corrigir uma falha da atual, que é ter motor pouco potente para a categoria. Portanto, essa deve ser a quinta opção da marca com o propulsor de 648 cilindradas. O g1 testou a nova Shotgun 650 2025, a roadster (entenda mais abaixo) que chega para concorrer com a Triumph Scrambler 400 e a Trident 660. Confira nesta reportagem os principais pontos positivos e negativos: O que é uma roadster Preços Dirigibilidade Design Pontos positivos e negativos Ficha técnica Galerias Relacionadas O que é uma roadster Diferente da Super Meteor 650, outra moto da Royal Endfield que o g1 testou, a Shotgun 650 é uma roadster. Esse tipo de motocicleta possui características mais moldadas para enfrentarem a estrada, como uma frente mais curta e agressiva (sem a necessidade de bolha para cortar o vento) e uma traseira bem definida e um pouco mais curta que as custom tradicionais — o que pode proporcionar mais agilidade ao transitar por vias urbanas. A grande vantagem da Shotgun em relação à Super Meteor está nas suas dimensões. O comprimento da Shotgun é 4 cm menor, assim como a distância entre-eixos. Há ainda 7 cm a menos de largura e 5 cm a menos na altura. Quando se compara com as custom tradicionais, a Shotgun tem a vantagem de ser mais ágil, o que facilita a pilotagem em meio aos carros (confira mais impressões abaixo). O g1 testou a Shotgun 650 e ela é bem mais ágil que a Super Meteor Divulgação | Royal Enfield Voltar ao índice. LEIA MAIS: LISTA: veja as 10 motos novas mais vendidas do Brasil em fevereiro Do anonimato ao Oscar: conheça o Kadett de Fernanda Torres no filme 'Ainda Estou Aqui' Mulheres sobre duas rodas: número de motociclistas habilitadas cresce 70% em 10 anos Royal Enfield Super Meteor 650: o que faz essa custom ter seis meses de fila de espera? O g1 testou Preços Apesar da diferença das dimensões, as duas Royal Endfields têm preços semelhantes. Isso porque, como o g1 mostrou, a Super Meteor já tem uma fila de espera de seis meses — o que fez com que algumas concessionárias da marca já não aceitassem mais pedidos para a motocicleta. Assim, a Shotgun chega não apenas para complementar o portfólio da companhia, mas também para ser uma alternativa aos clientes — e, quem sabe, ajudar a marca a diminuir um pouco da fila de espera da custom mais tradicional. Veja os preços: Shotgun 650 Sheet Metal Grey: R$ 33.990; Shotgun 650 Drill Green: R$ 34.490; Shotgun 650 Plasma Blue: R$ 34.490; Shotgun 650 Stencil White: R$ 34.990; Super Meteor 650 Astral: R$ 33.990; Super Meteor 650 Interestellar: R$ 34.490; Super Meteor 650 Celestial: R$ 34.990; Segundo os executivos da fabricante, os valores da Super Meteor 650 não devem ser modificados até que a fila de espere acabe, o que, segundo as previsões da marca, deve ocorrer até o final de março. Para os próximos meses, no entanto, eles alertam que o preço deve subir cerca de R$ 3 mil. Com isso, o modelo Interceptor será a porta de entrada para as motos de 650 cilindradas da Royal Enfield, com preços a partir de R$ 30.900. Em seguida, vêm a Continental GT (R$ 32.900), a Shotgun e, por fim, a Super Meteor. Voltar ao índice. Dirigibilidade Enquanto a Super Meteor possui comandos avançados, guidão largo e uma posição de pilotar mais voltada para o conforto, a Shotgun é mais parecida com uma moto Street, que oferece posição mais ereta e agilidade no dia a dia. Enquanto a Shotgun (direita) possui comandos na posição tradicional, a Super Meteor tem posição de alavanca de câmbio e freio mais avançados g1 Com comandos de freio e marcha na posição tradicional e um guidão mais estreito, a Shotgun permite mudanças de direção mais rápidas, condição fundamental para transitar de forma desenvolta. Essa característica é importante no momento de desviar de buracos ou de motoristas menos atentos. A moto também transmite a sensação de ser bem mais leve, apesar da diferença ser de apenas 1 kg para a Super Meteor, e de proporcionar uma arrancada mais vigorosa — o que pode ser explicado pela relação mais curta entre as engrenagens, já que ambas as motocicletas possuem o mesmo propulsor de 47 cv de potência e 5,3 kgfm de torque. Comparada a uma de suas principais concorrentes, a leitura é que o preço condiz com o oferecido. A Kawasaki Eliminator 500, por exemplo, que tem 51 cv e 4,3 kgfm de torque e chega a ser 64 kg mais leve do que os exemplares da Royal Enfield, consegue entregar uma arrancada mais empolgante, mas tem um preço mais salgado. Enquanto as Royal Enfield partem de R$ 33.990, o modelo da Kawasaki sai por, no mínimo, R$ 40.490. Outro ponto importante é que, diferente das demais motocicletas da Royal Enfield testadas pelo g1, a Shotgun 650 foi a única a não apresentar o fenômeno conhecido como "shimmy", onde a parte dianteira da moto oscila rapidamente de um lado para o outro. Isso ocorre por falta de peso no eixo dianteiro, indicando uma má distribuição de massa no projeto. Quando a velocidade aumenta, o vento e a aceleração empurram o eixo dianteiro para cima, gerando instabilidade. Royal Enfield Super Meteor 650: 3 pontos positivos e 3 negativos O "shimmy" de uma moto é muito arriscado porque o motociclista pode perder totalmente o controle. Interceptor, Scram e Super Meteor apresentam esse problema, conforme nossos testes. O sistema de freio da Shotgun 650 é eficiente, o que se traduz em mais confiança ao rodar com a moto em altas velocidades. O g1 testou o freio diversas vezes em diferentes velocidades e a motocicleta freia em linha reta, sem assustar o piloto. Ao utilizar apenas o freio traseiro, no entanto, ocorre um ligeiro bloqueio do pneu (perceptível pelo som no asfalto) — o que não deveria acontecer por conta da tecnologia ABS. Por fim, o banco deveria ser mais confortável. A espuma é fina e, poucas horas após o início de uma viagem, é possível sentir cansaço. A Shotgun mostra que tem maior vocação para desfilar pela cidade do que para ser uma verdadeira estradeira. Painel da Shotgun é o mesmo da Super Meteor Divulgação | Royal Enfield Voltar ao índice. Design As quatro motos de 650cc da Royal Enfield compartilham peças como faróis, lanternas, setas, painel e manetes. Apesar de ter um banco que deriva das motocicletas de estilo bobber, que possuem assento apenas para o piloto, a Shotgun vem de série com o assento duplo e é equipada com ferramentas que possibilitam a customização do banco. Ao retirar o assento do garupa com a mesma chave que liga a moto, sobra a “grelha” onde é possível colocar um alforje, por exemplo. Além disso, o condutor também pode optar por remover a grelha, deixando-a com aspecto de moto mais agressiva. Confira na imagem: As opções do banco da Shotgun 650: com garupa, com porta-objetos ou somente com o banco do piloto g1 | Vinicius Montoia Voltar ao índice. Pontos positivos e negativos: ✅ Agilidade nas mudanças de direção; ✅ Velocidade e aceleração; ✅ Não apresenta "shimmy"; ❌ ABS traseiro trava; ❌ Assento pouco confortável; Voltar ao índice. Veja abaixo a ficha técnica e a comparação das motocicletas citadas nesta reportagem: Voltar ao índice.

Produção de veículos em fevereiro retoma patamares pré-pandemia após seis anos


Dados da Anfavea indicam que a produção de carros novos registrou 217,4 mil unidades no mês passado, número semelhante ao visto em fevereiro de 2019, antes da pandemia de Covid-19. Produção de veículos no Brasil sobe em fevereiro, diz Anfavea Nacho Doce/Reuters A produção de carros novos atingiu a marca de 217,4 mil unidades em fevereiro. O número representa o maior patamar em seis anos e marca a retomada da indústria para níveis próximos ao observado no período pré-pandemia. Em 2019, o setor havia produzido 257,9 mil veículos novos. Os dados foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), nesta sexta-feira (14). Em relação a fevereiro de 2024, no qual foram fabricados 189,7 veículos leves, o crescimento foi de 14,6%. Já ao considerar os números dos dois primeiros meses deste ano, que teve 392,9 mil unidades produzidas, a alta foi de 14,8%, na mesma base de comparação. Nesse último caso, esse é o melhor desempenho para o período desde 2021. "O mercado continua em crescimento. Em fevereiro, a média diária [de emplacamentos] subiu 19% em relação a janeiro, e as vendas diretas cresceram 329%", diz Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea. Além disso, o número de automóveis vendidos avançou 9% no primeiro bimestre deste ano em relação aos dois primeiros meses de 2024. O resultado, segundo a associação, reflete o crescimento nas exportações de veículos (entenda mais abaixo). No mercado doméstico, por outro lado, Leite afirma que 70% dos veículos são financiados, enquanto 30% são comprados à vista. Com isso, o executivo indica que o avanço da taxa básica de juros (Selic) visto nos últimos meses também preocupa o mercado. Isso porque a Selic chegou a 13,25% ao ano, o que tende a elevar o custo de aquisição de veículo, o que pode prejudicar o bom desempenho da indústria nos próximos meses. Exportações Segundo a Anfavea, o aumento de carros exportados tem ajudado a indústria. Só para a Argentina, por exemplo, o volume de exportações subiu 172% no primeiro bimestre de 2025 em comparação ao mesmo período de 2024. No total geral, foram 76,7 mil unidades foram exportadas no período, 55% a mais que nos primeiros dois meses de 2024. Desse montante, 62% dos veículos foram para a Argentina. Confira o crescimento das principais exportações de veículos brasileiros para países vizinhos, considerando o período de janeiro e fevereiro de 2025 comparado ao do ano anterior: Argentina: 172%; Colômbia: 52%; Uruguai: 17%; Chile: 12%. Apesar do bom desempenho das exportações no período, no entanto, o relatório da Anfavea indica que o Brasil vem perdendo espaço para a China na América Latina. Em 2013, por exemplo, a participação de carros produzidos na China representavam apenas 4,6% das exportações, enquanto o Brasil era responsável por 22,5% dos carros exportados para os países da região. Já no ano passado, a China ultrapassou o Brasil, conquistando 27,9% de participação de mercado na América Latina, enquanto o país diminuiu sua participação e encerrou 2024 com apenas 13,9%. Veja a evolução da participação de mercado na América Latina dos dois países nos últimos anos: 2013: Brasil - 22,5% | China - 4,6%; 2022: Brasil - 19,4% | China - 21,2%; 2024: Brasil - 13,9% | China - 27,9%. Segundo o presidente da Anfavea, as novas tecnologias vindas da China contribuíram para esse movimento, resultando em uma menor participação das exportações brasileiras para os países vizinhos e para um maior destaque do gigante asiático. "O que aconteceu neste momento de transição, enquanto ainda não produzimos carros de marcas chinesas por aqui, foi um prejuízo para as nossas exportações. Quando a tecnologia brasileira começar a se materializar, através do investimento já anunciado de R$ 180 bilhões para o segmento, aí nos tornaremos mais competitivos", explica Leite. O executivo afirma, ainda, que a competitividade não se estabelece apenas com indústrias genuinamente chinesas, mas de marcas locais que produzem no país asiático e que trazem seus produtos para o Brasil e para a América Latina. "Esse é o nosso maior desafio como associação de fabricantes locais. Temos que trabalhar para harmonização regulatória com esses países. O que é mais preocupante é quando a montadora que tem fábrica no Brasil começa a importar da China. Significa dizer que o Brasil está perdendo competitividade", afirma. Carros e comerciais leves O segmento de comerciais leves, que engloba veículos como Fiat Strada, Ford Ranger e Mercedes-Benz Sprinter, alcançou o total de 54.086 unidades produzidas no acumulado do ano até fevereiro. Ao somar carros e comerciais leves, o total produzido pelas fabricantes brasileiras chega ao montante de 259.954 unidades nos primeiro bimestre de 2025. Este número é 10.818 maior que o do mesmo período do ano passado, o que representa um aumento de 4,3% na fabricação destes automóveis. Importações De tudo que vendemos no mercado brasileiro, 21,1% são veículos importados. Deste total, 10,8% são veículos produzidos dentro do Mercosul, enquanto 10,3% são de fora do bloco. De acordo com o presidente da Anfavea, a tendência é que o número de importados de fora da área do Mercosul aumente nos próximos anos, principalmente diante da maior concorrência da China. “Desde 2012 não havia uma presença tão grande de modelos estrangeiros nas vendas, e boa parte dessa elevação se deve a veículos de fora do Mercosul, em especial os eletrificados chineses”, afirmou Leite, reiterando a necessidade da aplicação imediata do imposto de importação de 35% para todos, independentemente de origem ou motorização. Veja quais são os países que mais enviam carros para o Brasil: Argentina: 47%; China: 28%; México: 7%; Alemanha: 5%; Uruguai: 4%; Tailândia: 2%. TOP 5 carros usados mais vendidos em fevereiro

Elon Musk na política ameaça a Tesla e o seu império?


Investidores questionam o envolvimento do bilionário da tecnologia na administração de Donald Trump, enquanto as ações da Tesla, sua empresa de carros elétricos, despencam. Presidente dos EUA, Donald Trump, em um Tesla junto com o bilionário Elon musk. AP Photos Este talvez tenha sido o sinal mais claro de que as manobras políticas do CEO da Tesla, Elon Musk, saíram pela culatra. Na última terça-feira (11), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, posou ao lado do bilionário da tecnologia e de um Tesla Model S vermelho, do lado de fora da Casa Branca, e declarou estar comprando o carro elétrico para uso de sua equipe e pagando o preço total. O endosso sem precedentes de Trump ao gigante dos veículos elétricos ocorre após meses de críticas crescentes sobre o envolvimento crescente de Musk na política americana e estrangeira — incluindo o apoio a partidos de extrema direita na Europa — e depois que as ações da Tesla perderam bilhões de dólares. O fato de Musk ter buscado o apoio público do presidente americano sugere que os protestos, boicotes de consumidores e até mesmo ataques de sabotagem aos veículos, estações de recarga e fábricas da Tesla perturbaram o homem mais rico do mundo e assustaram os investidores da Tesla. Trump condenou esses incidentes e os classificou como casos de “terrorismo doméstico”. g1 testou: a primeira Tesla Cybertruck que veio para o Brasil LEIA MAIS LISTA: veja os 10 carros e picapes usados mais vendidos no Brasil Alagamento, inundação e queda de árvore: saiba se o seu seguro auto cobre danos causados pela chuva IPVA 2025: o que acontece se eu não pagar o imposto? A política pode ser culpada pela queda nas vendas da Tesla? A queda de vendas da Tesla aumentou a pressão. Na Alemanha, onde Elon Musk usou sua rede social X para apoiar o partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) antes das eleições nacionais do mês passado, as vendas da Tesla caíram 76% em fevereiro em comparação com o ano anterior. As vendas de veículos elétricos em geral na Alemanha aumentaram em quase um terço no mesmo período. Uma tendência semelhante está surgindo em outros lugares, incluindo a França, onde as vendas da Tesla caíram quase 45% nos dois primeiros meses do ano, enquanto na Austrália houve uma queda de mais de um terço nos quatro meses desde a reeleição de Trump. Na Califórnia, o maior mercado dos EUA para veículos elétricos, as vendas da Tesla caíram pelo quinto trimestre consecutivo, de acordo com a California New Car Dealers Association (CNCDA). Em 2024, os registros da Tesla no estado caíram 11,6%. Os consumidores parecem estar se afastando da marca de carros elétricos de Musk em meio a acusações de interferência política e de um relacionamento muito próximo com Trump. Muitos proprietários da Tesla colocaram adesivos em seus carros elétricos em oposição à guinada de Musk para a direita, com slogans que dizem: “Tesla vintage – edição pré-loucura” e “Comprei este carro antes de Elon enlouquecer”. “Musk acha poder dizer o que quiser e não acha que a Tesla sofrerá nenhuma consequência”, disse Seth Goldstein, analista da empresa independente de análise de dados Morningstar, à Associated Press na semana passada. “A Tesla estava em um ponto ideal. Agora ela tem concorrência”. Uma pesquisa recente da Strategic Vision pediu aos americanos que indicassem seu veículo favorito e, embora tanto os eleitores republicanos quanto os democratas tenham escolhido um veículo elétrico em vez de modelos com motor a combustão, nenhum deles escolheu a Tesla. Daniel A. Crane, professor de direito da Universidade de Michigan e autor de um livro sobre a Tesla que será lançado em breve, verificou como, até pouco tempo, a montadora era “fortemente identificada com preocupações ambientalistas”, observando como os motoristas da Tesla “se inclinavam politicamente para a esquerda”. “Nos últimos dois anos, Musk praticamente queimou suas pontes com esses grupos de interesse. Além disso, com a chegada ao mercado de vários outros veículos elétricos [de startups como Rivian e Lucid e montadoras tradicionais], as pessoas que querem dirigir um carro elétrico por motivos climáticos não precisam mais comprar um Tesla”, diz Crane à DW. Crane afirma que, embora Musk possa pensar que a Tesla pode, em vez disso, contar com os apoiadores de Trump na direita, “o pessoal do MAGA [Make America Great Again] tende a ser o mais cético em relação aos veículos elétricos”. Queda de ações e envolvimento político A intensa rivalidade entre os fabricantes de veículos elétricos provocou uma grande venda de ações da Tesla. Nos últimos três meses, as ações da empresa caíram quase pela metade. No mesmo período, Musk perdeu US$ 144 bilhões (cerca de R$ 835 bilhões) em meio ao crescente ceticismo sobre a promessa da montadora de fornecer direção autônoma aproveitando a inteligência artificial (IA). A avaliação da empresa atingiu um pico de mais de US$ 1,5 trilhão após a eleição presidencial americana, mas, somente na última segunda-feira (10), as ações da Tesla caíram 15%, em uma liquidação do mercado motivada por temores de uma iminente recessão nos EUA. Musk apoiou a campanha de Trump com US$ 250 milhões e, desde então, se tornou o seu principal assessor para cortar desperdícios nos governo por meio do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, em inglês). Seu envolvimento gerou relatórios diários sobre a redução de gastos do setor público, o que foi bem recebido por muitos eleitores americanos, mas criticado por ativistas, acadêmicos e legisladores que veem falta de supervisão adequada. Indignação crescente com o papel de Musk no Doge Recentemente, houve protestos contra a Tesla — intitulados “Tesla Takedown” (“derrubada da Tesla”, em tradução livre) — em concessionárias em todos os EUA devido ao papel de Musk no Doge, que até agora cancelou cerca de US$ 60 bilhões em contratos que financiam programas humanitários em todo o mundo. Os americanos estão testemunhando “uma extraordinária centralização do poder em alguém que não tem autorização de segurança de alto nível e não foi submetido a nenhum processo de confirmação do Senado”, afirmou Don Moynihan, professor da Escola Ford de Políticas Públicas da Universidade de Michigan, à agência de notícias Reuters no mês passado. Moynihan disse que o acesso de Musk a dados confidenciais do governo sem monitoramento adequado é “preocupante” e “sem precedentes”. Outros empreendimentos de Musk continuam crescendo Além da Tesla, Musk é proprietário da Space X, a primeira empresa espacial privada. O bilionário tem a ambição de colonizar Marte. Outros empreendimentos incluem a Neuralink, que está desenvolvendo uma interface implantada no cérebro, a xAI, que criou o chatbot de IA Grok, a rede social X (antigo Twitter) e a The Boring Company, empresa de infraestrutura, construção de túneis e equipamentos. Ao contrário da Tesla, essas empresas não são listadas publicamente, mas ainda podem ser negociadas por investidores no mercado secundário. A Bloomberg informou na quarta-feira (12/03) que, embora o valor da Tesla tenha despencado, a avaliação coletiva de quatro das empresas privadas de Musk aumentou 45% desde a eleição, citando uma análise da plataforma de negociação Caplight. O preço das ações da xAI, por exemplo, aumentou 110% desde 5 de novembro. As empresas de Musk têm contratos no valor de US$ 18 bilhões a US$ 22 bilhões com o governo federal, segundo a imprensa americana, embora esses números possam não retratar o quadro completo, já que muitos dos negócios são confidenciais. Esses contratos e o fato de as empresas de Musk terem sido investigadas ou multadas mais de 30 vezes por 11 agências do governo dos EUA, de acordo com o New York Times, fizeram soar o alarme sobre possíveis conflitos de interesse com o seu envolvimento com o DOGE. Mesmo antes de se tornar um conselheiro próximo de Trump, os investidores também questionaram se Musk não estava se dedicando demais à política. O reinado de Musk na Tesla está acabando? No mês passado, o controlador da cidade de Nova York, Brad Lander, que supervisiona os fundos de pensão que possuem ações da Tesla no valor de US$ 1,25 bilhão, disse ao New York Times que Musk deveria deixar o cargo de CEO da Tesla, mas permanecer no conselho. Isso, segundo ele, faria com que a fabricante de veículos elétricos voltasse ao “modelo básico de governança dos acionistas nos Estados Unidos”. Embora Musk tenha dito publicamente que seu envolvimento com o Doge provavelmente durará mais um ano, um dos investidores mais otimistas da Tesla em Wall Street, Dan Ives, agora acha que ele deveria abandonar seu compromisso com o governo Trump. “O relógio bateu meia-noite para Musk e o Doge. Ele também precisa assumir seu papel como CEO da Tesla”, diz Ives, que é chefe global de pesquisa de tecnologia da Wedbush Securities, à DW. “O equilíbrio será fundamental e é isso que Musk precisa fazer para estancar a sangria das ações da Tesla”. Uma pesquisa realizada pelo banco de investimentos norte-americano Morgan Stanley e publicada na quarta-feira (12/03) revelou que 85% dos investidores acreditam que a entrada de Musk na política teve um impacto “negativo” ou “extremamente negativo” sobre os negócios da Tesla. O próprio Musk admitiu estar tendo dificuldades para conciliar seus muitos compromissos, dizendo à Fox Business na segunda-feira que estava administrando seus negócios “com grande dificuldade”. Apesar disso, ele parece ter dobrado seu apoio à presidência de Trump. O New York Times informou na quarta-feira que Musk está planejando injetar US$ 100 milhões em grupos pró-Trump. Segundo o jornal, o volume da doação é algo “inédito” para um funcionário da Casa Branca. Ao ser fotografado na terça-feira ao lado de Trump com os carros da Tesla na Casa Branca, Musk disse aos repórteres que ficaria em Washington enquanto fosse útil, mas manteria o cargo de CEO da Tesla.

Governo deve aumentar percentual de etanol na gasolina para 30% ainda em 2025, diz ministro


Alexandre Silveira, de Minas e Energia, afirma que o aumento da mistura deve baratear a gasolina vendida aos consumidores. O governo deve aumentar o percentual de etanol anidro na gasolina para 30% ainda em 2025. A informação é do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em entrevista exclusiva à TV Globo e ao g1. “Acho que nós temos oferta para chegar no E30 [30% de etanol] rapidamente, ainda neste ano”, declarou. Silveira afirma que o aumento da mistura deve baratear a gasolina vendida aos consumidores. “O etanol é bem mais barato que a gasolina, então à medida que você aumenta, não tenha nenhuma dúvida nem na questão da sustentabilidade, nem na questão econômica porque ele diminui o preço [da gasolina]”, declarou. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira Reprodução/ TV Câmara Para o ministro, o aumento da mistura também deve tornar o Brasil independente das importações de gasolina, uma vez que menos combustível fóssil seria usado para compor a gasolina comum –vendida nos postos com a adição do etanol. Segundo Silveira, ao se tornar autossuficiente na produção de gasolina, o país poderá rediscutir o modelo de precificação do combustível. 🔎Atualmente, os combustíveis fósseis vendidos pela Petrobras levam em conta diversos fatores. Entre eles, o preço do mercado internacional, em dólar. Estudos de viabilidade A pasta concluiu estudos que comprovam a viabilidade técnica da mistura, elaborados pelo Instituto Mauá. Hoje, o etanol anidro responde por 27% da gasolina vendida nos postos de combustíveis. Mas a lei do combustível do futuro, sancionada no ano passado, permite a adição de até 30% do biocombustível --patamar nunca praticado no Brasil. “Passou com 10 [os estudos]. Aumenta a octanagem da gasolina, é extremamente seguro, não cria nenhum problema para os motores”, declarou. Lula:Petrobras não tem culpa de todas altas na gasolina e povo tem que saber 'quem xingar' Silveira disse que o combustível com 30% de etanol anidro não será um problema para os veículos flex, que já rodam com 100% de etanol hidratado. "Agora, nós testamos na amostragem de 17% dos veículos, que são veículos que rodam a gasolina, veículos importados e nacionalizados. E o teste foi aprovado com participação ampla da indústria automobilística nacional, nos dando completa segurança na maior participação do etanol brasileiro na nossa gasolina”, completou. 📌Os estudos de viabilidade serão encaminhados para o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), órgão que assessora o presidente da República. É o CNPE que deve decidir sobre o início da implementação da mistura, previsto para ainda este ano. Leia também: Petrobras vai retomar investimento em etanol e procura parceiros para ‘começar grande’ Com alta do ICMS, gasolina e diesel ficam mais caros Movimentos contra os biocombustíveis Nesta semana, o deputado Marcos Pollon (PL-MS) apresentou um projeto de lei para permitir que os postos de combustíveis possam vender gasolina sem adição de etanol e diesel sem adição de biodiesel. Também nesta semana, as distribuidoras de combustíveis solicitaram à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a suspensão da adição de biodiesel no diesel fóssil por 90 dias. “Seria destruir uma indústria que o Brasil investiu 50 anos, que é ela indústria do etanol. E também, e quero ressaltar, acho justo por parte dos distribuidores cobrar a fiscalização da ANP para que a gente tenha a mistura do biodiesel adequada no diesel [...] Mas não há que se falar da destruição completa de uma grande indústria [como a do biodiesel”, declarou Silveira.

Tesla alerta gestão Trump que está 'exposta' a tarifas retaliatórias


Manifestação da fabricante de veículos elétricos reflete preocupação de diversas empresas dos EUA com a guerra tarifária promovida pelo republicano. O presidente dos EUA, Donald Trump, conversa com Elon Musk com o dedo em riste nesta sexta-feira (14) na Casa Branca, em Washington DC Nathan Howard/Reuters A fabricante de veículos elétricos Tesla, do bilionário Elon Musk, fez um alerta à administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que está exposta a possíveis taxas retaliatórias em meio à guerra tarifária promovida pelo republicano. "Os exportadores dos EUA estão, por natureza, expostos a impactos desproporcionais quando outros países respondem às ações comerciais dos EUA", disse a montadora em uma carta endereçada ao Escritório do Representante de Comércio dos EUA. Musk, aliado próximo de Trump, tem liderado o esforço da Casa Branca para reduzir o tamanho do governo. O bilionário chefia o chamado Departamento de Eficiência Governamental. A carta da Tesla reflete comentários de muitas empresas dos EUA preocupadas com as tarifas de Trump. No documento, a empresa afirma que é importante garantir que os esforços do governo dos EUA para lidar com questões comerciais "não prejudiquem inadvertidamente as empresas" do país. Elon Musk e o presidente dos EUA, Donald Trump, em 11 de fevereiro de 2025 REUTERS/Kevin Lamarque A montadora disse também estar ansiosa para evitar retaliações como as que enfrentou em disputas comerciais anteriores. "Ações comerciais passadas dos EUA resultaram em reações imediatas pelos países atingidos, incluindo o aumento das tarifas sobre veículos elétricos importados para esses países", diz o documento. Trump planeja impor tarifas significativas sobre veículos e peças fabricados em todo o mundo no início de abril. Para o mesmo mês, está prevista a aplicação de tarifas de 25% sobre todos os produtos do Canadá e do México — medida que já tinha entrado em vigor, mas foi suspensa pelo republicano. Na última semana, um grupo que representa quase todas as principais montadoras de carros dos EUA já havia feito um alerta sobre a política tarifária de Trump. Segundo as companhias, novas taxas de 25% sobre importações dos dois países levariam a um aumento drástico de preços. Trump ameaça taxar em 200% bebidas alcoólicas da União Europeia Diante do cenário, a Tesla alertou em sua carta que "certas peças e componentes são difíceis ou impossíveis de obter dentro dos EUA". "Como uma fabricante e exportadora dos EUA, a Tesla incentiva o Escritório do Representante de Comércio dos EUA a considerar os impactos subsequentes de certas ações propostas para lidar com práticas comerciais desleais", acrescentou a companhia. A Autos Drive America — grupo comercial que representa grandes montadoras estrangeiras, incluindo Toyota, Volkswagen, BMW, Honda e Hyundai — alertou o Escritório, em comentários separados, que a imposição de "tarifas de amplo alcance interromperá a produção nas fábricas de montagem dos EUA." "As montadoras não podem mudar suas cadeias de suprimentos da noite para o dia, e o aumento dos custos inevitavelmente levará a uma combinação de preços mais altos para os consumidores, menos modelos oferecidos aos consumidores e linhas de produção nos EUA paralisadas, o que pode levar à perda de empregos em toda a cadeia de suprimentos", afirmou o grupo. * Com informações da agência Reuters

Volkswagen inicia produção do Tera, novo modelo da marca, na fábrica de Taubaté, interior de SP


Modelo foi apresentado no início do mês pela montadora. Anúncio do começo da produção foi nesta quinta-feira (13) na fábrica da montadora no interior paulista. Volkswagen inicia produção do VW Tera na fábrica de Taubaté, no interior de SP Gabriel Guimarães/TV Vanguarda A Volkswagen anunciou nesta quinta-feira (13) o início da produção do Tera, novo SUV compacto da montadora no Brasil. O modelo, que já havia sido apresentado oficialmente no início do mês, terá produção na fábrica de Taubaté, no interior de São Paulo. Para produzir o novo modelo, a unidade recebeu parte dos R$ 16 bilhões anunciados como investimento da montadora alemã no país até 2028. A Volkswagen afirma que contratou 260 novos funcionários e estima a geração de até 2,6 mil indiretos. As contratações pela montadora começaram em janeiro e seguem até o mês que vem. A fábrica de Taubaté tem 2,9 mil empregados e produz o Polo Track e Novo Polo. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp Volkswagen inicia produção do VW Tera na fábrica de Taubaté Divulgação/VW O VW Tera chegará ao mercado brasileiro neste primeiro semestre. A partir da segunda metade do ano, o SUV compacto ainda deve ser exportado para mais de 25 países da América Latina, como Argentina, Chile, Colômbia, Uruguai e México, e da África. Assim como no evento de apresentação do modelo, não foram revelados os detalhes de motorização, nem os preços do SUV. Sabe-se, porém, que o lançamento vem para concorrer em uma das faixas mais competitivas de mercado, a de SUVs pouco acima dos R$ 100 mil. O Tera será o novo rival de Citroën Basalt, Fiat Pulse e Renault Kardian. Para a produção do SUV, a montadora prevê um volume de R$ 3,23 bilhões em compras de peças, o que representa 12% do total de compra de peças previsto para 2025 na empresa. Volkswagen inicia produção do VW Tera na fábrica de Taubaté, no interior de SP Gabriel Guimarães/TV Vanguarda Fabricação Em agosto do ano passado, a Volks anunciou que a unidade da montadora em Taubaté, no interior de São Paulo, irá produzir o novo modelo de veículo que foi 100% desenvolvido no Brasil. O anúncio sobre o novo modelo de veículo a ser produzido em Taubaté ocorreu durante um evento em São Bernardo do Campo, no qual a montadora informou que vai destinar R$ 13 bilhões em investimentos para suas três unidades no estado de São Paulo - Taubaté, São Bernardo do Campo e São Carlos. O valor representa 81,25% dos R$ 16 bilhões anunciados pela montadora em seu último ciclo de aportes. Volkswagen inicia produção do VW Tera na fábrica de Taubaté Divulgação/VW À época, a Volkswagen também anunciou uma nova plataforma, chamada MQB Hybrid. A plataforma é uma base de construção para o carro, e a novidade é que essa permite que a montadora explore as tecnologias de um híbrido leve, híbrida tradicional ou até plug-in. A nova base é uma evolução da plataforma MQB, já utilizada pela Volkswagen há mais de 10 anos em carros como os SUVs Taos e T-Cross, os sedans Jetta e Virtus, além de Polo e Nivus. Veja o momento da revelação do Volkswagen Tera Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina

LISTA: veja os 10 carros híbridos mais econômicos de 2025


Modelos com menor consumo de combustível são do tipo híbrido plug-in, que precisam ser carregados na tomada ou em um eletroposto. Valores vão de R$ 191 mil até R$ 604 mil. Veja os 10 carros híbridos com a maior economia de combustível em 2025 Uma das maiores vantagens dos carros híbridos é a economia de combustível. Recentemente, o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro foi atualizado e é a fonte oficial para consulta de consumo energético e emissão de gases. O consumo energético pode vir de vários tipos de combustível, como gasolina, etanol, flex, diesel, GNV e eletricidade. Para comparar todos os carros de forma justa, especialmente os híbridos que usam dois combustíveis diferentes, o Inmetro utiliza a medida de megajoules por quilômetro (MJ/km). Ela representa a quantidade de energia que um tipo de combustível pode fornecer. Quanto maior o número de MJ, mais energia um litro daquele combustível consegue entregar para o motor. Estas são as constantes utilizadas pelo Inmetro para cada tipo de combustível: Gasolina: 28,99 MJ por litro; Etanol: 20,09 MJ por litro; Diesel: 35,65 MJ por litro; GNV: 35,24 MJ por litro. ✅ Assim, o carro mais eficiente é aquele que gasta menos MJ por km rodado. O g1 considera mais econômico o carro que gasta a menor quantidade de MJ necessários para rodar em um quilômetro na cidade, já que a medida mostra o menor uso de eletricidade, junto de gasolina ou etanol, para percorrer uma mesma distância. Além de MJ/km, o Inmetro também mostra duas medidas de consumo em km por litro. Uma delas é o quilômetro por litro equivalente, ou “km/l e”: essa medida apresenta números elevados, ao considerar apenas a movimentação do veículo em modo 100% elétrico, comum em carros híbridos plug-in e os movidos a bateria. Ela coloca o consumo elétrico em equivalência ao que existiria em um carro idêntico, mas movido a gasolina. Outra é o consumo tradicional, em "km/l": que considera apenas o consumo de combustível em modo a combustão. Ele não leva em conta qualquer auxílio do sistema híbrido e pode mostrar números baixos por conta do peso extra das baterias, inexistente em um veículo equivalente e sem o mesmo conjunto para armazenar energia. Todos os carros desta lista são híbridos plug-in. Isso não é coincidência: é a tecnologia mais eficiente, por contar com mais bateria e permitir que o carro ande no modo 100% elétrico a depender da vontade do motorista. Por outro lado, é o tipo de híbrido mais caro do mercado e só alcança esse patamar de economia quando as baterias estão carregadas. Veja abaixo os 10 carros híbridos mais eficientes do Brasil. LEIA MAIS Conheça os 11 carros híbridos mais baratos do Brasil; veja lista Consumo de combustível nas alturas? Pode ser filtro de ar entupido; veja o que fazer Vendas de carros híbridos e elétricos batem recorde em 2024; veja os mais vendidos Veja os 10 carros híbridos mais eficientes do Brasil. g1 10.Volvo XC60 T8 Volvo XC60 T8 O Volvo XC60 T8 é o menos eficiente da lista. Embora não se destaque na economia de combustível, ele chama atenção pelo luxo interno e tecnologia — fora todos os itens de segurança que sempre destacaram a marca. Diferentemente dos outros veículos do ranking, ele tem Android instalado no próprio carro, permitindo o uso do Google Maps ou Waze sem a necessidade de um celular. Motor: 2.0 aspirado a gasolina Autonomia no modo elétrico: 55 km Consumo energético: 0,74 MJ/km Gasolina na cidade/estrada (km/l): 11,1 km/l / 11,2 km/l Gasolina na cidade/estrada (km/l e): 28,9 km/l e / 25,9 km/l e Preço: R$ 459.950 9.BMW 530e M Sport BMW 530e M Sport A BMW 530e M Sport é um dos dois carros desta lista que não são de origem chinesa ou japonesa. Embora seja de uma marca conhecida pelo preço elevado, é menos cara que o Lexus RX 450H+. Dois destaques deste carro são o GPS com realidade aumentada, que projeta a visão frontal no painel de instrumentos e sobrepõe a rua com indicações virtuais das curvas, e a capacidade de usar o celular como chave digital. Motor: 2.0 aspirado a gasolina Autonomia no modo elétrico: 61 km Consumo energético: 0,73 MJ/km Gasolina na cidade/estrada (km/l): 11,1 km/l / 12,2 km/l Gasolina na cidade/estrada (km/l e): 26,9 km/l e / 28,6 km/l e Preço: R$ 601.950 8.Haval H6 PHEV34 Haval H6 PHEV34 O Haval H6 PHEV34 é o híbrido plug-in com maior autonomia em modo 100% elétrico desta lista. Com 123 quilômetros de autonomia, é possível sair de São Paulo (SP) e percorrer os cerca de 85 quilômetros até o litoral, em Santos (SP), chegando à praia sem consumir uma gota de gasolina. Motor: 1.5 aspirado a gasolina Autonomia no modo elétrico: 123 km Consumo energético: 0,72 MJ/km Gasolina na cidade/estrada (km/l): 12,7 km/l / 10,5 km/l Gasolina na cidade/estrada (km/l e): 31,5 km/l e / 25,1 km/l e Preço: R$ 286.000 7.Caoa Chery Tiggo 8 Pro Hybrid Caoa Chery Tiggo 8 Pro Hybrid O Tiggo 8 Pro híbrido é um dos poucos carros eletrificados da Caoa que não é fabricado no Brasil. Aqui, são produzidos modelos como Tiggo 5X Pro e 7 Pro. O SUV plug-in de sete lugares utiliza três motores: um a combustão e dois elétricos. Motor: 1.5 turbo a gasolina Autonomia no modo elétrico: 54 km Consumo energético: 0,67 MJ/km Gasolina na cidade/estrada (km/l): 11 km/l / 10,9 km/l Gasolina na cidade/estrada (km/l e): 32,7 km/l e / 27,8 km/l e Preço: R$ 264.990 6.Toyota RAV4 XSE PHEV Toyota RAV4 XSE PHEV A RAV4 é o único carro da Toyota com sistema híbrido plug-in no Brasil. Ao todo são três motores, sendo um a combustão e dois elétricos, alcançando 306 cv de potência em tração integral. Motor: 2.5 aspirado a gasolina Autonomia no modo elétrico: 55 km Consumo energético: 0,62 MJ/km Gasolina na cidade/estrada (km/l): 14 km/l / 12,9 km/l Gasolina na cidade/estrada (km/l e): 35 km/l e / 30 km/l e Preço: R$ 402.420 5.Lexus RX 450H+ Lexus RX 450H+ O Lexus RX 450H+ é o carro mais luxuoso e mais caro desta lista. Com o valor dele, é possível comprar mais de três BYD King, dois Haval H6 PHEV 19 ou um Porsche 718 Cayman zero km. Ele é o primeiro carro híbrido plug-in da marca de luxo da Toyota no Brasil e possui algumas excentricidades, como uma terceira zona de temperatura do ar-condicionado, cortinas para reduzir a luminosidade das janelas laterais e 14 ajustes diferentes de posição para o banco do motorista, todos com acionamento elétrico. Motor: 2.5 aspirado a gasolina Autonomia no modo elétrico: 56 km Consumo energético: 0,61 MJ/km Gasolina na cidade/estrada (km/l): 13,9 km/l / 12,4 km/l Gasolina na cidade/estrada (km/l e): 36,1 km/l e / 30,2 km/l e Preço: R$ 609.990 4.GWM Haval H6 PHEV19 Galerias Relacionadas O Haval H6 chegou ao Brasil na primeira leva de carros da GWM, logo que a marca veio oficialmente ao país. Ele é um SUV espaçoso, mas, diferente da rival BYD, tem um design mais conservador. As diferenças incluem botões de controle do ar-condicionado fora da central multimídia, que é menor, além de um console central inspirado em automóveis europeus. Motor: 1.5 aspirado a gasolina Autonomia no modo elétrico: 74 km Consumo energético: 0,60 MJ/km Gasolina na cidade/estrada (km/l): 13,6 km/l / 12,3 km/l Gasolina na cidade/estrada (km/l e): 36,2 km/l e / 31,1 km/l e Preço: R$ 244.000 3.BYD Song Plus GS BYD Song Plus O BYD Song Plus ocupa a terceira posição no ranking dos carros híbridos mais econômicos do Brasil. Este SUV espaçoso também é um dos veículos mais caros da marca chinesa, quando se trata de híbridos plug-in. Diferentemente de outros modelos da companhia, o Song Plus apresenta um design mais conservador no painel de instrumentos, com mostradores mais curvados. Motor: 1.5 aspirado a gasolina Autonomia no modo elétrico: 68 km Consumo energético: 0,58 MJ/km Gasolina na cidade/estrada (km/l): 14,9 km/l / 12,1 km/l Gasolina na cidade/estrada (km/l e): 39,1 km/l e / 30,8 km/l e Preço: R$ 244.800 2.BYD Song Pro GS BYD Song Pro O BYD Song Pro é o segundo carro com menor consumo de energia, de acordo com a tabela do Inmetro. Este SUV híbrido possui um visual minimalista e futurista, característico de outros carros da marca. Entre seus itens de destaque está a central multimídia de 12,8 polegadas, que concentra diversas funções do veículo, incluindo os controles do ar-condicionado. Motor: 1.5 aspirado a gasolina Autonomia no modo elétrico: 68 km Consumo energético: 0,56 MJ/km Gasolina na cidade/estrada (km/l): 15,2 km/l / 12,2 km/l Gasolina na cidade/estrada (km/l e): 40,6 km/l e / 32 km/l e Preço: R$ 204.800 1.BYD King GS BYD King O BYD King é o primeiro sedã híbrido lançado pela marca chinesa no Brasil, o veículo híbrido com motor mais eficiente do mercado e é o carro mais barato desta lista. Ele chegou com desejo de desbancar o Toyota Corolla, veículo que também tem versão híbrida, mas do tipo plena e assim não gera os mesmos números de economia de combustível, além da eficiência energética do BYD King. Motor: 1.5 aspirado a gasolina Autonomia no modo elétrico: 80 km Consumo energético: 0,50 MJ/km Gasolina na cidade/estrada (km/l): 16,8 km/l / 14,7 km/l Gasolina na cidade/estrada (km/l e): 43,3 km/l e / 32,7 km/l e Preço: R$ 191.900 Carros que vão pagar mais de R$ 1 milhão de IPVA

Furtos e roubos de SUVs: veja bairros e períodos de maior incidência dos crimes na cidade de SP


Levantamento realizado com base nos dados da SSP mostra que crimes se concentram nas zonas Leste e Sul da capital paulista. Jeep Renegade Longitude 2023 divulgação/Jeep A capital paulista registrou 74,1% dos casos de furto e roubo de SUVs que ocorreram em 2024 na região metropolitana de São Paulo. Ao todo, foram 6.157 registros somente na cidade. O levantamento foi realizado pela Ituran Brasil, empresa de tecnologia voltada para o setor automobilístico, com base nos dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP). Os bairros da capital que tiveram maior incidência desse tipo de crime foram Tatuapé e Vila Formosa, na Zona Leste, além do Ipiranga, na Zona Sul. As ocorrências se concentraram no período noturno (das 18h à 0h), entre terças e quinta-feiras. Segundo Fernando Correia, gerente de operações da Ituran, a demanda crescente do mercado ilegal por peças automotivas fez com que veículos de modelos entre 5 a 10 anos de fabricação se tornassem os mais visados pelos criminosos. De acordo com o levantamento, o alvo mais frequente é o Jeep Renegade. Os crimes envolvendo este modelo de SUV se concentram no Tatuapé e na Vila Matilde, na Zona Leste, assim como em Perdizes, na Zona Oeste. SUVs mais vendidos: VW T-Cross é o líder no Brasil, mas Hyundai Creta vem na cola; veja a lista Top 10 veículos visados na região metropolitana Vídeo mostra Roubo a carro da equipe de segurança de Lula no ABC Paulista

Executivo da GM defende imposto para ‘equilibrar a competitividade’ contra importados chineses


Em entrevista exclusiva ao g1, Fabio Rua diz que o mercado ‘não pode permitir' que carros produzidos no Brasil concorram com veículos subsidiados ou que desfrutem de ‘estruturas' que barateiem demais seu preço. Fabio Rua diz que GM está preparada para encarar a concorrência chinesa Em entrevista exclusiva ao g1, o vice-presidente da General Motors Brasil, Fabio Rua, comentou a invasão de veículos chineses no mercado brasileiro, a mais recente preocupação das montadoras brasileiras. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apontou uma alta elevada das importações de veículos em 2024. No ano, houve crescimento de 32,5%, alcançando o maior nível em 10 anos. Foram 467 mil veículos importados no Brasil em 2024, contra 352 mil do ano anterior. A entidade diz que deste total, 200 mil correspondem aos modelos eletrificados que chegam da China. “A Chevrolet já encarou uma situação parecida com os coreanos [como Hyundai e Kia], já encarou uma situação parecida com os japoneses [como Toyota, Honda e Nissan] e agora está encarando uma situação, não só a Chevrolet, mas todas as montadoras tradicionais com os chineses”, aponta. Para Rua, a concorrência é saudável, pois obriga o mercado a acelerar as decisões, a inovar e a buscar fontes de receita em novos modelos de negócios. Mas afirma que o mercado “não pode permitir” que carros produzidos no Brasil concorram com veículos que vêm “de outros lugares, com subsídios ou estruturas que barateiem o preço a ponto de ele ser muito mais competitivo do que o produto fabricado aqui”. Rua critica a atual tarifa de importação de carros eletrificados, dizendo que as empresas estrangeiras têm conseguido trazer e vender seus carros no país a um preço abaixo dos praticados pelos produtos produzidos no Brasil. “Se a gente tem uma equiparação tarifária, e essa é uma demanda da Anfavea, já há algum tempo, para que haja uma recomposição da alíquota do imposto de importação, que no passado já era de 35%, a gente entende que consegue equilibrar a competitividade dos produtos estrangeiros vindo para o Brasil vis-à-vis a produção local”, diz o executivo. Veja a entrevista na íntegra no vídeo abaixo. Fabio Rua, vice-presidente da General Motors Brasil, concedeu entrevista exclusiva ao g1 A seguir, clique nos links para assistir aos cortes com os principais destaques. SUV subcompacto inédito é confirmado; Onix precisa de atualização; GM diz que produção em Gravataí (RS) não será paralisada; Spark EUV virá como elétrico mais barato da marca; Juros estão altos, mas situação é menos nebulosa para 2025; Investimento no Brasil traz 10 carros eletrificados até 2030. g1 entrevista o vice-presidente da GM, Fabio Rua g1 | Fábio Tito SUV subcompacto inédito é confirmado Fabio Rua confirma que Chevrolet terá SUV para brigar com VW Tera e Fiat Pulse Fabio Rua é sutil e manteve mistério, mas revela um dos mais importantes movimentos da montadora: a entrada na disputa entre os SUVs de entrada, um dos segmentos que mais cresce em vendas no país. “Me permitam uma surpresa, mas a resposta é sim. Qual é o produto, quando ele será fabricado, em que planta ele será fabricado, em breve vocês saberão”, diz o executivo. Não disse quando chega, nem onde será produzido, mas também reconheceu que a resposta está na própria entrevista concedida ao g1. “Já tem pistas que eu dei ao longo dessa entrevista que talvez possa ajudá-los a montar esse quebra-cabeça”, brincou. Aqui está a pista: o executivo revelou que a fábrica de Gravataí usará parte do investimento anunciado para a produção de um modelo inédito, em que a empresa "ainda" não atua. “O investimento de R$ 1,2 bilhão que anunciamos para nossa planta de Gravataí (RS) será destinado à produção de um veículo em uma categoria na qual ainda não atuamos, e que será revelado este ano”, afirmou o executivo. Atualmente, a Chevrolet produz na fábrica de Gravataí o hatch Onix e sua versão sedã, o Onix Plus. A ver se sairá de lá o modelo que já até recebeu o apelido de “SUV do Onix”. As brigas entre SUVs compactos, com preços a partir dos R$ 100 mil, é das mais acirradas do mercado. No ano passado foram lançados Renault Kardian e Citroën Basalt, que disputam com Fiat Pulse e Nissan Kicks. A Volkswagen entrou no jogo com o lançamento do Tera. Ainda que a data para o novo SUV esteja sob completo sigilo, Rua reforça que a marca pretende lançar até cinco novos modelos em 2025. Além disso, serão 10 veículos eletrificados no Brasil até 2030, de híbridos leves a 100% elétricos. Volte para o início. Onix precisa de atualização Fabio Rua, da GM, garante que o Onix será renovado e não vai sair de linha O executivo também confirmou ao g1 que o Onix será reestilizado. O hatch teve uma época gloriosa, mas já faz tempo que não é mais o mesmo. Em 2019, no auge, foram emplacados mais de 240 mil unidades do Onix. Em 2024, o hatch não conseguiu ultrapassar a barreira dos 100 mil veículos vendidos. O executivo reconheceu a queda e apostou na falta de atualização como um dos fatores que contribuíram para o veículo não retomar o sucesso no pós pandemia. “Não espere que ele saia do nosso portfólio, porque ele é dos filhos mais queridos da Chevrolet no Brasil. Então assim, esperem uma atualização do Onix em algum momento, sem dúvida alguma”, afirma o executivo. o “O Onix é um sucesso há décadas, com oscilações de aceitação do público ao longo do tempo, este que culmina talvez com períodos mais extensos sem uma atualização um pouco mais expressiva”, comenta Fabio Rua. O desencanto com o Onix, inclusive, causou uma revisão de atividades na fábrica da GM em Gravataí (RS). Enquanto o sindicato dos metalúrgicos fala em paralisação da produção, a GM diz que a planta gaúcha passará por reformulação, mas manterá um dos turnos. Volte para o início. GM diz que produção em Gravataí (RS) não será paralisada Fabio Rua, da GM, afirma que não existe paralisação na fábrica de Gravataí (RS) Falando em Gravataí, a Chevrolet anunciou no início do mês que estava em processo de negociação com o sindicato dos metalúrgicos para suspender temporariamente os contratos de trabalho de parte das equipes (lay-offs) em abril para reduzir a produção de seus veículos de entrada, Onix e Onix Plus. "Estamos trabalhando com a negociação sindical, ela é fundamental para a gente conseguir fazer os nossos planos. A gente não vai avançar em definição nenhuma sem ter um bom entendimento", diz Rua. Segundo Valcir Ascari, presidente do sindicato de Gravataí, o acordo previa um lay-off de dois meses e oito dias, a partir do dia 22 de abril. Na época, a empresa e os representantes do sindicato ainda estavam em negociação. Na entrevista ao g1, Fabio Rua afirma categoricamente que não há plano de paralisação total da fábrica do Rio Grande do Sul e que a medida seria somente para redução de turnos. “A gente não vai deixar de fabricar nem Onix e nem Onix Plus. A gente está reduzindo o volume de produção. Esses carros continuam sendo fabricados. Não é paralisação. Não tem paralisação. Tem turno rodando", aponta o executivo. Volte para o início. Spark EUV virá como elétrico mais barato da marca Fabio Rua, da GM, comenta o último lançamento da marca, o elétrico Spark EUV O último grande anúncio oficial da GM foi a chegada do Spark EUV, um modelo 100% elétrico de entrada. A GM teve sua primeira experiência de elétrico com o hatch e o utilitário Bolt, que nunca emplacou por aqui. A lição parece ter sido aprendida: Rua garante que o preço será mais baixo do que os R$ 279 mil cobrados pelo Bolt em 2023. Rua também adiantou que o Spark EUV será um concorrente de outros carros elétricos de desempenho semelhante. g1 entrevista o vice-presidente da GM, Fabio Rua g1 | Fábio Tito Nesse mercado, temos o BYD Dolphin de entrada (R$ 159.800), com 95 cv de potência, enquanto o novo elétrico da GM terá 102 cv, se vier com o mesmo motor utilizado pela fabricante em outros países. O GWM Ora 03 Skin (R$ 159.000), versão de entrada do elétrico, tem um preço similar ao do Dolphin, mas é muito mais potente, com 171 cv. Veja quais são os possíveis concorrentes do Chevrolet Spark. BYD Dolphin: R$ 159.800; BYD Dolphin Plus: R$ 184.800; BYD Yuan Pro: R$ 182.800 GWM Ora 03 Skin: R$ 159.000; GWM Ora 03 GT: R$ 187.000; Neta Aya: R$ 128.900; Neta X: R$ 204.900. O objetivo desse preço mais acessível é competir pelas vendas de elétricos no Brasil, amplamente dominadas por marcas chinesas. A BYD lidera com 64,21% de todas as vendas de 2024, seguida pela GWM com 11,04% do mercado. Em terceiro lugar está a Volvo, com 9,65% de participação. Embora tenha sido fundada na Suécia em 1927, a marca foi comprada em 2010 pelo grupo chinês Geely, que também tem parceria com a Renault. A Chevrolet está apenas na décima posição, com apenas 0,76% do mercado de carros elétricos zero km em 2024. Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Volte para o início. Juros estão altos, mas situação é menos nebulosa Fabio Rua, da GM, diz que situação econômica está menos nebulosa em 2025 Fabio Rua reconhece que as vendas da GM podem ser afetadas em 2025, como consequência da alta prevista na taxa básica de juros. Sobretudo porque o Brasil voltou ao primeiro lugar do ranking de maiores juros reais do mundo. “Se a taxa de juros chegar a esse patamar que você está dizendo [15%, previstos no boletim Focus, do BC], é possível que as vendas sejam impactadas, ou que o consumidor opte por fazer um financiamento mais curto, ou pagar à vista, como foi feito no passado”, comenta. Por outro lado, ele acredita em um 2025 menos nebuloso. “A gente tá no início do ano, né? Um ano que começou desafiador para a economia como um todo, mas não quer dizer que o ano vai terminar desafiador para a economia. (...) A gente tem motivos, sim, para olhar para frente e ver um horizonte menos nebuloso do que eu diria que está sendo pintado por aí”, diz o executivo. Volte para o início. Investimento no Brasil traz 10 carros eletrificados até 2030 Fabio Rua, da GM, fala sobre os investimentos para modernizar as fábricas brasileiras Em 2024, a GM anunciou uma rodada de investimentos até 2028, com valor de R$ 7 bilhões para todas as fábricas do Brasil. Deste total, R$ 5,5 bilhões estão alocados para as plantas do estado de São Paulo (em São Caetano do Sul e São José dos Pinhais). Parte desse investimento será usada para o desenvolvimento e lançamento de novos veículos. Já se sabe que o Onix passará por uma atualização significativa. Além disso, Fabio Rua revelou, em entrevista exclusiva ao g1, que até 2030 serão lançados 10 veículos eletrificados. “A gente deve produzir, ao longo dos próximos anos, em torno de 10 veículos eletrificados. Isso faz parte desse ciclo de investimento de R$ 7 bilhões", diz o vice-presidente da GM. “A planta de Joinville (SC) será fundamental no desenvolvimento e na produção de parte do que virá dessas novas tecnologias que a gente anunciou, que chegarão no país até, vou dizer aqui, até o final da década. Esses 10 veículos eletrificados dos quais a gente tá falando." g1 entrevista o vice-presidente da GM, Fabio Rua g1 | Fábio Tito Os primeiros serão híbridos leves com motor flex, até então focados em dois carros que serão fabricados em São Caetano do Sul (SP). Ela é a fábrica mais antiga do grupo no país e, atualmente, abriga a produção da picape Montana, do SUV compacto Tracker e da minivan Spin. Após esses dois primeiros híbridos leves, a GM oferecerá todas as versões possíveis de sistemas eletrificados, desde modelos plug-in, que são conectados a fontes externas de eletricidade, até híbridos plenos, em que o próprio sistema gera a energia necessária. Para o futuro, Fabio acredita que a GM fabricará apenas carros elétricos ou híbridos no Brasil. “Vai chegar num determinado momento, e aí depende de condições de mercado, em que a gente só vai produzir carros eletrificados no Brasil, todas as montadoras, né? A gente tá vendo uma boa aceitação por parte do consumidor em relação a híbridos e 100% elétricos.” Volte para o início.

Executivo da GM fala sobre a nova geração do Onix: 'Não espere que ele saia do nosso portfólio'


Em entrevista exclusiva ao g1, Fabio Rua reconheceu que o modelo passou muito tempo sem uma grande atualização, mas que a marca o considera um 'sucesso há décadas'. Fabio Rua, da GM, garante que o Onix será renovado e não vai sair de linha Em entrevista exclusiva ao g1, o vice-presidente da General Motors Brasil, Fabio Rua, reconheceu que o Chevrolet Onix precisa ser renovado. Sem cravar data para a mudança, o executivo garantiu que o hatch não sairá de cena, mesmo com a chegada iminente de um SUV subcompacto para competir na faixa dos R$ 100 mil. “O Onix é um sucesso há décadas, com oscilações de aceitação do público ao longo do tempo, este que culmina talvez com períodos mais extensos sem uma atualização um pouco mais expressiva”, comenta Fabio Rua. “Não espere que ele saia do nosso portfólio, porque ele é dos filhos mais queridos da Chevrolet no Brasil. Então assim, esperem uma atualização do Onix em algum momento, sem dúvida alguma”, afirma o executivo. O desencanto com o Onix, inclusive, causou uma revisão de atividades na fábrica da GM em Gravataí (RS). Enquanto o sindicato dos metalúrgicos fala em paralisação da produção, a GM diz que a planta gaúcha passará por reformulação, mas manterá um dos turnos. O Onix teve uma época gloriosa, mas já faz tempo que não é mais o mesmo. Em 2019, no auge, foram emplacados mais de 240 mil unidades do Onix. Em 2024, o hatch não conseguiu ultrapassar a barreira dos 100 mil veículos vendidos. Veja a entrevista na íntegra no vídeo abaixo. Fabio Rua, vice-presidente da General Motors Brasil, concedeu entrevista exclusiva ao g1 A seguir, clique nos links para assistir aos cortes com os principais destaques. SUV subcompacto inédito é confirmado; GM diz que produção em Gravataí (RS) não será paralisada; Spark EUV virá como elétrico mais barato da marca; Como fazer frente às marcas da China; Juros estão altos, mas situação é menos nebulosa para 2025; Investimento no Brasil traz 10 carros eletrificados até 2030. g1 entrevista o vice-presidente da GM, Fabio Rua g1 | Fábio Tito SUV subcompacto inédito é confirmado Fabio Rua confirma que Chevrolet terá SUV para brigar com VW Tera e Fiat Pulse Fabio Rua é sutil e manteve mistério, mas revela um dos mais importantes movimentos da montadora: a entrada na disputa entre os SUVs de entrada, um dos segmentos que mais cresce em vendas no país. “Me permitam uma surpresa, mas a resposta é sim. Qual é o produto, quando ele será fabricado, em que planta ele será fabricado, em breve vocês saberão”, diz o executivo. Não disse quando chega, nem onde será produzido, mas também reconheceu que a resposta está na própria entrevista concedida ao g1. “Já tem pistas que eu dei ao longo dessa entrevista que talvez possa ajudá-los a montar esse quebra-cabeça”, brincou. Aqui está a pista: o executivo revelou que a fábrica de Gravataí usará parte do investimento anunciado para a produção de um modelo inédito, em que a empresa "ainda" não atua. “O investimento de R$ 1,2 bilhão que anunciamos para nossa planta de Gravataí (RS) será destinado à produção de um veículo em uma categoria na qual ainda não atuamos, e que será revelado este ano”, afirmou o executivo. Atualmente, a Chevrolet produz na fábrica de Gravataí o hatch Onix e sua versão sedã, o Onix Plus. A ver se sairá de lá o modelo que já até recebeu o apelido de “SUV do Onix”. As brigas entre SUVs compactos, com preços a partir dos R$ 100 mil, é das mais acirradas do mercado. No ano passado foram lançados Renault Kardian e Citroën Basalt, que disputam com Fiat Pulse e Nissan Kicks. A Volkswagen entrou no jogo com o lançamento do Tera. Ainda que a data para o novo SUV esteja sob completo sigilo, Rua reforça que a marca pretende lançar até cinco novos modelos em 2025. Além disso, serão 10 veículos eletrificados no Brasil até 2030, de híbridos leves a 100% elétricos. Volte para o início. GM diz que produção em Gravataí (RS) não será paralisada Fabio Rua, da GM, afirma que não existe paralisação na fábrica de Gravataí (RS) Falando em Gravataí, a Chevrolet anunciou no início do mês que estava em processo de negociação com o sindicato dos metalúrgicos para suspender temporariamente os contratos de trabalho de parte das equipes (lay-offs) em abril para reduzir a produção de seus veículos de entrada, Onix e Onix Plus. "Estamos trabalhando com a negociação sindical, ela é fundamental para a gente conseguir fazer os nossos planos. A gente não vai avançar em definição nenhuma sem ter um bom entendimento", diz Rua. Segundo Valcir Ascari, presidente do sindicato de Gravataí, o acordo previa um lay-off de dois meses e oito dias, a partir do dia 22 de abril. Na época, a empresa e os representantes do sindicato ainda estavam em negociação. Na entrevista ao g1, Fabio Rua afirma categoricamente que não há plano de paralisação total da fábrica do Rio Grande do Sul e que a medida seria somente para redução de turnos. “A gente não vai deixar de fabricar nem Onix e nem Onix Plus. A gente está reduzindo o volume de produção. Esses carros continuam sendo fabricados. Não é paralisação. Não tem paralisação. Tem turno rodando", aponta o executivo. Volte para o início. Spark EUV virá como elétrico mais barato da marca Fabio Rua, da GM, comenta o último lançamento da marca, o elétrico Spark EUV O último grande anúncio oficial da GM foi a chegada do Spark EUV, um modelo 100% elétrico de entrada. A GM teve sua primeira experiência de elétrico com o hatch e o utilitário Bolt, que nunca emplacou por aqui. A lição parece ter sido aprendida: Rua garante que o preço será mais baixo do que os R$ 279 mil cobrados pelo Bolt em 2023. Rua também adiantou que o Spark EUV será um concorrente de outros carros elétricos de desempenho semelhante. g1 entrevista o vice-presidente da GM, Fabio Rua g1 | Fábio Tito Nesse mercado, temos o BYD Dolphin de entrada (R$ 159.800), com 95 cv de potência, enquanto o novo elétrico da GM terá 102 cv, se vier com o mesmo motor utilizado pela fabricante em outros países. O GWM Ora 03 Skin (R$ 159.000), versão de entrada do elétrico, tem um preço similar ao do Dolphin, mas é muito mais potente, com 171 cv. Veja quais são os possíveis concorrentes do Chevrolet Spark. BYD Dolphin: R$ 159.800; BYD Dolphin Plus: R$ 184.800; BYD Yuan Pro: R$ 182.800 GWM Ora 03 Skin: R$ 159.000; GWM Ora 03 GT: R$ 187.000; Neta Aya: R$ 128.900; Neta X: R$ 204.900. O objetivo desse preço mais acessível é competir pelas vendas de elétricos no Brasil, amplamente dominadas por marcas chinesas. A BYD lidera com 64,21% de todas as vendas de 2024, seguida pela GWM com 11,04% do mercado. Em terceiro lugar está a Volvo, com 9,65% de participação. Embora tenha sido fundada na Suécia em 1927, a marca foi comprada em 2010 pelo grupo chinês Geely, que também tem parceria com a Renault. A Chevrolet está apenas na décima posição, com apenas 0,76% do mercado de carros elétricos zero km em 2024. Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Volte para o início. Crise no setor e crescimento dos chineses Fabio Rua diz que GM está preparada para encarar a concorrência chinesa O desenvolvimento de carros, em parceria com marcas da China, pode ser uma das armas da GM para enfrentar o crescimento das marcas daquele país. Já são dois veículos chineses sob marca da Chevrolet e que circulam pelo Brasil. Fabio Rua aponta que essa parceria com marcas da China pode ter ajudado a GM vender bem por lá. “A GM é uma empresa global. Ela tem sim uma joint venture com uma empresa chinesa. Temos várias fábricas na China, inclusive. No ano passado vendeu 1,8 milhão de carros na China”, diz Rua. “E temos essa possibilidade, né? Temos carros lá que são produzidos com uma competitividade maior, conseguimos trazer alguns desses carros para o Brasil como complemento de portfólio”, revela o executivo. g1 entrevista o vice-presidente da GM, Fabio Rua g1 | Fábio Tito No Brasil, Fabio Rua remete ao passado recente para encontrar meios para contornar a competitividade elevada de marcas chinesas. “A Chevrolet já encarou uma situação parecida com os coreanos [como Hyundai e Kia], já encarou uma situação parecida com os japoneses [como Toyota, Honda e Nissan] e agora está encarando uma situação, não só a Chevrolet, mas todas as montadoras”, aponta. Porém, o vice-presidente da GM na América do Sul aponta que é necessário rever os impostos para importação destes carros chineses. “O que a gente não pode é permitir que carros de tecnologias similares das que a gente vende e produz no Brasil, com alto conteúdo local, com grande esforço em garantir o respeito irrestrito das leis trabalhistas, que eles concorram com veículos que vêm de outros lugares, com subsídios ou estruturas que barateiem o preço”, comenta. Volte para o início. Juros estão altos, mas situação é menos nebulosa Fabio Rua, da GM, diz que situação econômica está menos nebulosa em 2025 Fabio Rua reconhece que as vendas da GM podem ser afetadas em 2025, como consequência da alta prevista na taxa básica de juros. Sobretudo porque o Brasil voltou ao primeiro lugar do ranking de maiores juros reais do mundo. “Se a taxa de juros chegar a esse patamar que você está dizendo [15%, previstos no boletim Focus, do BC], é possível que as vendas sejam impactadas, ou que o consumidor opte por fazer um financiamento mais curto, ou pagar à vista, como foi feito no passado”, comenta. Por outro lado, ele acredita em um 2025 menos nebuloso. “A gente tá no início do ano, né? Um ano que começou desafiador para a economia como um todo, mas não quer dizer que o ano vai terminar desafiador para a economia. (...) A gente tem motivos, sim, para olhar para frente e ver um horizonte menos nebuloso do que eu diria que está sendo pintado por aí”, diz o executivo. Volte para o início. Investimento no Brasil traz 10 carros eletrificados até 2030 Fabio Rua, da GM, fala sobre os investimentos para modernizar as fábricas brasileiras Em 2024, a GM anunciou uma rodada de investimentos até 2028, com valor de R$ 7 bilhões para todas as fábricas do Brasil. Deste total, R$ 5,5 bilhões estão alocados para as plantas do estado de São Paulo (em São Caetano do Sul e São José dos Pinhais). Parte desse investimento será usada para o desenvolvimento e lançamento de novos veículos. Já se sabe que o Onix passará por uma atualização significativa. Além disso, Fabio Rua revelou, em entrevista exclusiva ao g1, que até 2030 serão lançados 10 veículos eletrificados. “A gente deve produzir, ao longo dos próximos anos, em torno de 10 veículos eletrificados. Isso faz parte desse ciclo de investimento de R$ 7 bilhões", diz o vice-presidente da GM. “A planta de Joinville (SC) será fundamental no desenvolvimento e na produção de parte do que virá dessas novas tecnologias que a gente anunciou, que chegarão no país até, vou dizer aqui, até o final da década. Esses 10 veículos eletrificados dos quais a gente tá falando." g1 entrevista o vice-presidente da GM, Fabio Rua g1 | Fábio Tito Os primeiros serão híbridos leves com motor flex, até então focados em dois carros que serão fabricados em São Caetano do Sul (SP). Ela é a fábrica mais antiga do grupo no país e, atualmente, abriga a produção da picape Montana, do SUV compacto Tracker e da minivan Spin. Após esses dois primeiros híbridos leves, a GM oferecerá todas as versões possíveis de sistemas eletrificados, desde modelos plug-in, que são conectados a fontes externas de eletricidade, até híbridos plenos, em que o próprio sistema gera a energia necessária. Para o futuro, Fabio acredita que a GM fabricará apenas carros elétricos ou híbridos no Brasil. “Vai chegar num determinado momento, e aí depende de condições de mercado, em que a gente só vai produzir carros eletrificados no Brasil, todas as montadoras, né? A gente tá vendo uma boa aceitação por parte do consumidor em relação a híbridos e 100% elétricos.” Volte para o início.

Ações da Tesla despencam mais de 15% e perdem toda a valorização vista desde a eleição de Trump


A companhia fechou o pregão desta segunda-feira (10) com menos da metade do valor de mercado que atingiu em dezembro do ano passado, logo após a eleição de Donald Trump. Tesla Model Y foi o carro mais vendido em 2024 Divulgação | Tesla As maiores bolsas de valores dos Estados Unidos começaram a semana em queda, com especial atenção voltada à Tesla de Elon Musk. As ações da montadora despencaram mais de 15% no pregão desta segunda-feira (10) e perderam toda a valorização obtida desde a eleição do presidente norte-americano, Donald Trump, no ano passado. Segundo a agência Reuters, a marca acumula a maior redução em seu valor de mercado entre as principais fabricantes de carros. A Tesla viu suas ações subirem nas primeiras semanas após a eleição de Donald Trump e chegou à marca de US$ 1,5 trilhão em valor de mercado em 17 de dezembro. De lá pra cá, no entanto, a companhia já registra uma queda de 52,4% em seu valor de mercado em três meses. Nesta segunda-feira (10), a Tesla fechou o pregão valendo US$ 714,6 bilhões. g1 testou: a primeira Tesla Cybertruck que veio para o Brasil LEIA MAIS Mulheres sobre duas rodas: número de motociclistas habilitadas cresce 70% em 10 anos; veja histórias GWM Ora 03 GT: como o elétrico pode brigar com o BYD Dolphin, que vende duas vezes mais? g1 testou Executivo da GM diz que o novo Spark EUV é um veículo ‘para caber no bolso’ de quem quer um elétrico Elon Musk na política desanima mercado Segundo a Reuters, a queda nas ações, desde dezembro passado, se deve à diminuição das vendas e dos lucros, além dos protestos contra a atuação política de Elon Musk. As ações de Elon Musk na política incluem demissões em massa de funcionários do governo dos EUA, enquanto o bilionário atua como assessor sênior do presidente americano. Investidores também estão preocupados que a política esteja distraindo o homem mais rico do mundo de sua principal fonte de receita. Investidores seguem desapontados com Elon Musk O valor de mercado da Tesla não vem exclusivamente das vendas de carros elétricos. Segundo a Reuters, esse braço de negócios responde por cerca de 25%, com o restante baseado na promessa dos veículos totalmente autônomos, também chamados de robotáxis. Eles ainda não foram lançados, mesmo tendo sido prometidos há quase uma década. O mais próximo que temos deste produto é uma apresentação de protótipo, feita em outubro de 2024, quando o próprio Elon Musk mostrou ao mundo o Cybercab. Cybercab é o robotáxi da Tesla, carro sem volantes e pedais, lançado em Los Angeles; imagem foi retirada de vídeo Tesla/Divulgação via Reuters O veículo promete ser um táxi totalmente autônomo, com o mesmo visual de aço inoxidável do Cybertruck, mas com linhas mais próximas de um carro convencional, diferente da picape que é o Cybertruck. O plano de Musk é operar uma frota de táxis autônomos da Tesla, que os passageiros possam chamar por meio de um aplicativo. Proprietários individuais também poderão ganhar dinheiro com o aplicativo, listando seus veículos como robotáxis. Além do carro, Musk apresentou um robovan, que é um veículo maior e autônomo capaz de transportar até 20 pessoas. Ele também mostrou o robô humanoide Optimus da Tesla. Tesla não foi a única a registrar quedas As ações da Tesla não foram as únicas a registrarem queda nesta segunda-feira. Entre os 11 principais setores do S&P 500 (um dos principais índices de ações dos Estados Unidos), os papéis de tecnologia foram os que mais caíram na sessão, com um recuo de 4,4%. Segundo especialistas disseram à Reuters, outro fator que influenciou na queda das ações de tecnologia nesta segunda-feira foi o fortalecimento do iene japonês e o aumento nos rendimentos dos títulos soberanos. Esse movimento veio na esteira da redução das operações de carry trade (operação em que investidores ganham dinheiro com a diferença de juros entre dois países) na moeda japonesa devido às expectativas de um aumento de juros no país. "Se você quer saber o que está acontecendo com o mercado dos EUA, pare de prestar atenção às tarifas e comece a prestar atenção aos rendimentos dos títulos do governo japonês", disse Thomas Hayes, presidente da Great Hill Capital em Nova York à Reuters. "O carry trade está se desfazendo. [...] Então é por isso que a tecnologia está em baixa." Em Wall Street, o S&P 500 teve sua maior queda em um dia desde 18 de dezembro e o Nasdaq, de tecnologia, caiu 4,0%, sua maior queda percentual em um único dia desde setembro de 2022. *Com informações da agência de notícias Reuters

Executivo da GM diz que o novo Spark EUV é um veículo ‘para caber no bolso’ de quem quer um elétrico


Em entrevista exclusiva ao g1, Fabio Rua afirma que lançamento da Chevrolet chega por preço abaixo do hatch Bolt e que será um concorrente de outros carros elétricos de desempenho semelhante. Veja quem são eles. Fabio Rua, da GM, comenta o último lançamento da marca, o elétrico Spark EUV Em entrevista exclusiva ao g1, o vice-presidente da General Motors Brasil, Fabio Rua, deu mais detalhes sobre o último lançamento anunciado pela Chevrolet no Brasil: o Spark EUV. O executivo garante que o preço de venda do veículo, que é 100% elétrico, será mais baixo do que os R$ 279 mil cobrados pelo Bolt e que o modelo será um concorrente de outros elétricos de "desempenho semelhante". Em outros mercados, o Spark EUV tem 102 cv. Sendo essa a escolha da GM, seus concorrentes óbvios seriam o BYD Dolphin de entrada (R$ 159.800 e 95 cv) e o GWM Ora 03 Skin (R$ 159.000 e bem mais potente, com 171 cv). Veja quais são os possíveis concorrentes do Chevrolet Spark. BYD Dolphin: R$ 159.800; BYD Dolphin Plus: R$ 184.800; BYD Yuan Pro: R$ 182.800 GWM Ora 03 Skin: R$ 159.000; GWM Ora 03 GT: R$ 187.000; Neta Aya: R$ 128.900; Neta X: R$ 204.900. O preço mais acessível tem o objetivo de não encalhar (como o próprio Bolt) e de competir pelas vendas de elétricos amplamente dominadas por marcas chinesas. A BYD lidera com 64,21% de todas as vendas de 2024, seguida pela GWM com 11,04% do mercado. Em terceiro lugar está a Volvo, com 9,65% de participação. Embora tenha sido fundada na Suécia em 1927, a marca foi comprada em 2010 pelo grupo chinês Geely, que também tem parceria com a Renault. A Chevrolet está apenas na décima posição, com apenas 0,76% do mercado de carros elétricos zero km em 2024. Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Veja a entrevista na íntegra no vídeo abaixo. Fabio Rua, vice-presidente da General Motors Brasil, concedeu entrevista exclusiva ao g1 A seguir, clique nos links para assistir aos cortes com os principais destaques. SUV subcompacto inédito é confirmado; Onix precisa de atualização; GM diz que produção em Gravataí (RS) não será paralisada; Como fazer frente às marcas da China; Juros estão altos, mas situação é menos nebulosa para 2025; Investimento no Brasil traz 10 carros eletrificados até 2030. g1 entrevista o vice-presidente da GM, Fabio Rua g1 | Fábio Tito SUV subcompacto inédito é confirmado Fabio Rua confirma que Chevrolet terá SUV para brigar com VW Tera e Fiat Pulse Fabio Rua é sutil e manteve mistério, mas revela um dos mais importantes movimentos da montadora: a entrada na disputa entre os SUVs de entrada, um dos segmentos que mais cresce em vendas no país. “Me permitam uma surpresa, mas a resposta é sim. Qual é o produto, quando ele será fabricado, em que planta ele será fabricado, em breve vocês saberão”, diz o executivo. Não disse quando chega, nem onde será produzido, mas também reconheceu que a resposta está na própria entrevista concedida ao g1. “Já tem pistas que eu dei ao longo dessa entrevista que talvez possa ajudá-los a montar esse quebra-cabeça”, brincou. Aqui está a pista: o executivo revelou que a fábrica de Gravataí usará parte do investimento anunciado para a produção de um modelo inédito, em que a empresa "ainda" não atua. “O investimento de R$ 1,2 bilhão que anunciamos para nossa planta de Gravataí (RS) será destinado à produção de um veículo em uma categoria na qual ainda não atuamos, e que será revelado este ano”, afirmou o executivo. Atualmente, a Chevrolet produz na fábrica de Gravataí o hatch Onix e sua versão sedã, o Onix Plus. A ver se sairá de lá o modelo que já até recebeu o apelido de “SUV do Onix”. As brigas entre SUVs compactos, com preços a partir dos R$ 100 mil, é das mais acirradas do mercado. No ano passado foram lançados Renault Kardian e Citroën Basalt, que disputam com Fiat Pulse e Nissan Kicks. A Volkswagen entrou no jogo com o lançamento do Tera. Ainda que a data para o novo SUV esteja sob completo sigilo, Rua reforça que a marca pretende lançar até cinco novos modelos em 2025. Além disso, serão 10 veículos eletrificados no Brasil até 2030, de híbridos leves a 100% elétricos. Volte para o início. Onix precisa de atualização Fabio Rua, da GM, garante que o Onix será renovado e não vai sair de linha O executivo também confirmou ao g1 que o Onix será reestilizado. O hatch teve uma época gloriosa, mas já faz tempo que não é mais o mesmo. Em 2019, no auge, foram emplacados mais de 240 mil unidades do Onix. Em 2024, o hatch não conseguiu ultrapassar a barreira dos 100 mil veículos vendidos. O executivo reconheceu a queda e apostou na falta de atualização como um dos fatores que contribuíram para o veículo não retomar o sucesso no pós pandemia. “Não espere que ele saia do nosso portfólio, porque ele é dos filhos mais queridos da Chevrolet no Brasil. Então assim, esperem uma atualização do Onix em algum momento, sem dúvida alguma”, afirma o executivo. “O Onix é um sucesso há décadas, com oscilações de aceitação do público ao longo do tempo, este que culmina talvez com períodos mais extensos sem uma atualização um pouco mais expressiva”, comenta Fabio Rua. O desencanto com o Onix, inclusive, causou uma revisão de atividades na fábrica da GM em Gravataí (RS). Enquanto o sindicato dos metalúrgicos fala em paralisação da produção, a GM diz que a planta gaúcha passará por reformulação, mas manterá um dos turnos. Volte para o início. GM diz que produção em Gravataí (RS) não será paralisada Fabio Rua, da GM, afirma que não existe paralisação na fábrica de Gravataí (RS) Falando em Gravataí, a Chevrolet anunciou no início do mês que estava em processo de negociação com o sindicato dos metalúrgicos para suspender temporariamente os contratos de trabalho de parte das equipes (lay-offs) em abril para reduzir a produção de seus veículos de entrada, Onix e Onix Plus. "Estamos trabalhando com a negociação sindical, ela é fundamental para a gente conseguir fazer os nossos planos. A gente não vai avançar em definição nenhuma sem ter um bom entendimento", diz Rua. Segundo Valcir Ascari, presidente do sindicato de Gravataí, o acordo previa um lay-off de dois meses e oito dias, a partir do dia 22 de abril. Na época, a empresa e os representantes do sindicato ainda estavam em negociação. Na entrevista ao g1, Fabio Rua afirma categoricamente que não há plano de paralisação total da fábrica do Rio Grande do Sul e que a medida seria somente para redução de turnos. “A gente não vai deixar de fabricar nem Onix e nem Onix Plus. A gente está reduzindo o volume de produção. Esses carros continuam sendo fabricados. Não é paralisação. Não tem paralisação. Tem turno rodando", aponta o executivo. Volte para o início. Crise no setor e crescimento dos chineses Fabio Rua diz que GM está preparada para encarar a concorrência chinesa O desenvolvimento de carros, em parceria com marcas da China, pode ser uma das armas da GM para enfrentar o crescimento das marcas daquele país. Já são dois veículos chineses sob marca da Chevrolet e que circulam pelo Brasil. Fabio Rua aponta que essa parceria com marcas da China pode ter ajudado a GM vender bem por lá. “A GM é uma empresa global. Ela tem sim uma joint venture com uma empresa chinesa. Temos várias fábricas na China, inclusive. No ano passado vendeu 1,8 milhão de carros na China”, diz Rua. “E temos essa possibilidade, né? Temos carros lá que são produzidos com uma competitividade maior, conseguimos trazer alguns desses carros para o Brasil como complemento de portfólio”, revela o executivo. g1 entrevista o vice-presidente da GM, Fabio Rua g1 | Fábio Tito No Brasil, Fabio Rua remete ao passado recente para encontrar meios para contornar a competitividade elevada de marcas chinesas. “A Chevrolet já encarou uma situação parecida com os coreanos [como Hyundai e Kia], já encarou uma situação parecida com os japoneses [como Toyota, Honda e Nissan] e agora está encarando uma situação, não só a Chevrolet, mas todas as montadoras”, aponta. Porém, o vice-presidente da GM na América do Sul aponta que é necessário rever os impostos para importação destes carros chineses. “O que a gente não pode é permitir que carros de tecnologias similares das que a gente vende e produz no Brasil, com alto conteúdo local, com grande esforço em garantir o respeito irrestrito das leis trabalhistas, que eles concorram com veículos que vêm de outros lugares, com subsídios ou estruturas que barateiem o preço”, comenta. Volte para o início. Juros estão altos, mas situação é menos nebulosa Fabio Rua, da GM, diz que situação econômica está menos nebulosa em 2025 Fabio Rua reconhece que as vendas da GM podem ser afetadas em 2025, como consequência da alta prevista na taxa básica de juros. Sobretudo porque o Brasil voltou ao primeiro lugar do ranking de maiores juros reais do mundo. “Se a taxa de juros chegar a esse patamar que você está dizendo [15%, previstos no boletim Focus, do BC], é possível que as vendas sejam impactadas, ou que o consumidor opte por fazer um financiamento mais curto, ou pagar à vista, como foi feito no passado”, comenta. Por outro lado, ele acredita em um 2025 menos nebuloso. “A gente tá no início do ano, né? Um ano que começou desafiador para a economia como um todo, mas não quer dizer que o ano vai terminar desafiador para a economia. (...) A gente tem motivos, sim, para olhar para frente e ver um horizonte menos nebuloso do que eu diria que está sendo pintado por aí”, diz o executivo. Volte para o início. Investimento no Brasil traz 10 carros eletrificados até 2030 Fabio Rua, da GM, fala sobre os investimentos para modernizar as fábricas brasileiras Em 2024, a GM anunciou uma rodada de investimentos até 2028, com valor de R$ 7 bilhões para todas as fábricas do Brasil. Deste total, R$ 5,5 bilhões estão alocados para as plantas do estado de São Paulo (em São Caetano do Sul e São José dos Pinhais). Parte desse investimento será usada para o desenvolvimento e lançamento de novos veículos. Já se sabe que o Onix passará por uma atualização significativa. Além disso, Fabio Rua revelou, em entrevista exclusiva ao g1, que até 2030 serão lançados 10 veículos eletrificados. “A gente deve produzir, ao longo dos próximos anos, em torno de 10 veículos eletrificados. Isso faz parte desse ciclo de investimento de R$ 7 bilhões", diz o vice-presidente da GM. “A planta de Joinville (SC) será fundamental no desenvolvimento e na produção de parte do que virá dessas novas tecnologias que a gente anunciou, que chegarão no país até, vou dizer aqui, até o final da década. Esses 10 veículos eletrificados dos quais a gente tá falando." g1 entrevista o vice-presidente da GM, Fabio Rua g1 | Fábio Tito Os primeiros serão híbridos leves com motor flex, até então focados em dois carros que serão fabricados em São Caetano do Sul (SP). Ela é a fábrica mais antiga do grupo no país e, atualmente, abriga a produção da picape Montana, do SUV compacto Tracker e da minivan Spin. Após esses dois primeiros híbridos leves, a GM oferecerá todas as versões possíveis de sistemas eletrificados, desde modelos plug-in, que são conectados a fontes externas de eletricidade, até híbridos plenos, em que o próprio sistema gera a energia necessária. Para o futuro, Fabio acredita que a GM fabricará apenas carros elétricos ou híbridos no Brasil. “Vai chegar num determinado momento, e aí depende de condições de mercado, em que a gente só vai produzir carros eletrificados no Brasil, todas as montadoras, né? A gente tá vendo uma boa aceitação por parte do consumidor em relação a híbridos e 100% elétricos.” Volte para o início.

GWM Ora 03 GT: como o elétrico pode brigar com o BYD Dolphin, que vende duas vezes mais? g1 testou


Hatch tem pegada mais esportiva, visual com personalidade e inspiração em clássicos automotivos, mas ainda está distante de desbancar o rival chinês. O g1 testou para entender onde ele acerta e onde erra. GWM Ora 03 GT: veja o teste do g1, com pontos positivos e negativos do carro O Ora 03 faz parte da primeira leva de compactos chineses e 100% elétricos a chegar ao Brasil. Ele foi o primeiro modelo que a GWM trouxe ao país, em agosto de 2023. Apenas um mês antes, quem desembarcava por aqui era o BYD Dolphin. Surgiu, então, um duelo entre as marcas que já brigavam na Ásia. Em terras latinas, quem vence com folga é o Dolphin e o Dolphin Plus, que venderam 2,4 vezes mais unidades em 2024, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Foram 15.201 unidades dos BYD contra 6.326 carros dos modelos da GWM. Será possível virar o jogo? O g1 passou uma semana a bordo do Ora 03 GT, versão topo de linha do compacto, para explorar suas vantagens e desvantagens. A seguir, saiba que pontos podem ameaçar o rival da BYD e em quais aspectos ele fica para trás. Pouco tempo após o teste, a GWM lançou a versão 2025 do Ora 03 GT. O carro não recebeu melhorias internas e nem mesmo no motor. A lista de novidades inclui dois itens: Inclusão do estepe; Controle remoto de funções do carro, por aplicativo. Com ele é possível, por exemplo, conferir nível de bateria, temperatura e pressão dos pneus, tocar a buzina, além de encontrar o veículo. GWM Ora 03 GT tem visual com personalidade Fabio Tito/g1 Visual que divide opiniões O visual do Ora 03 tem personalidade, e mostra forte inspiração em modelos “vintage” europeus, como Mini Cooper, Fusca e Porsche. É o que se vê especialmente nos faróis redondos e no formato do capô. Neste ponto, todas as versões do GWM são quase iguais, com apenas alguns apliques em vermelho para dar ar de esportividade à topo de linha GT. São detalhes que aparecem em locais como a roda, difusores traseiros, entrada de ar frontal e no aerofólio. No interior, também existem pontos em vermelho, como no estofamento dos bancos e no volante. Traseira do GWM Ora 03 GT g1 O design da traseira é onde a GWM mostra mais criatividade e traz uma assinatura própria para o Ora 03. Quem chama atenção é a iluminação na área do vidro traseiro. Trata-se de um detalhe pouco comum, e que dá ao Ora 03 um visual único, além de servir para reforço da luz de freio. O mix de dianteira familiar com traseira peculiar faz o Ora 03 chamar atenção no dia a dia, mas seu visual exótico também pode afastar os clientes mais conservadores. Ao rodar pelas ruas de São Paulo, há quem elogie o visual, enquanto outros comentam que os traços mais reconhecidos do Ora mostram alguma falta de criatividade. GWM Ora 03 GT Diferenças nas versões O Ora 03 GT é uma versão melhorada do compacto da GWM, exceto pelo motor, que é o mesmo nas duas versões: com 171 cv de potência e 25,5 kgfm de torque. Além dos detalhes visuais mais esportivos, o principal ganho da GT é uma autonomia 37,5% maior que a versão de entrada Skin. Com a carga cheia, são 319 quilômetros de autonomia total da GT contra 232 quilômetros da Skin. São necessários 35 minutos em carregador rápido para sair de 20% e chegar aos 80% de bateria. Apesar de ganhar 11 quilos com a bateria maior, ele continua esperto em arrancadas e ultrapassagens, como um bom elétrico deve ser. O pacote tecnológico e de conforto também são melhores, como assentos dianteiros com massagem e ventilação, retrovisor capaz de ofuscar a luz de outros veículos, sistema de baliza autônoma e carregador de celular por indução, por exemplo. GWM Ora 03 GT g1 As melhorias da versão GT servem para colocá-lo em patamar de competição com o BYD Dolphin Plus, um extrato acima do Dolphin tradicional. O motor do Ora Skin tem 45% mais potência e 27% mais torque que a versão de entrada do Dolphin, mas não tem o refino de acabamento para bater de frente com o Plus. No comparativo, o Ora 03 tem um apelo visual mais interessante e um acerto que agrada bastante. O bom motor e a distância menor entre o assoalho e o solo transmitem uma sensação de um pequeno esportivo, algo que o Dolphin Plus não possui. Por dentro, o Ora também tem mais partes emborrachadas que são mais confortáveis ao toque. A tela de instrumentos atrás do volante é muito maior e o retrovisor ofusca automaticamente a luz dos carros. GWM Ora 03 GT g1 Mas aí começam os problemas. O motor do Ora 03 impressiona em um primeiro contato, em especial quem tem menos experiência com elétricos. Mas os números ficam bem atrás aos do Dolphin Plus. O modelo da BYD tem 204 cv de potência, contra 171 cv do Ora 03 GT. Já o torque é de 31,2 kfgm, contra 25,5 kgfm. Na rua ou estrada, estes números maiores para o Dolphin Plus garantem ultrapassagens mais seguras, por exemplo. A autonomia do Dolphin Plus é 3,4% maior. Com bateria cheia, ele entrega 330 km, enquanto o GWM faz 319 km. Ainda que não seja a prioridade de quem compra um hatch, a diferença de espaço entre eles também chama atenção. O Ora 03 tem 228 litros de espaço no porta-malas, menos que um Chevrolet Onix, por exemplo, que oferece 275 litros. O bagageiro do Dolphin Plus é 51% maior, com 345 litros. Além disso, o espaço entre-eixos, que define o conforto interno dos passageiros no banco de trás, é cinco centímetros menor no Ora 03 GT. São 2,70m no Dolphin Plus, contra 2,65m para o modelo da GWM. Para fechar, o Dolphin Plus ainda é mais barato que o Ora 03 GT. GWM Ora 03 GT: R$ 187 mil BYD Dolphin Plus: R$ 184,8 mil Quem vale mais? O GWM Ora 03 GT é um carro divertido, tem atrativos importantes para quem gosta de carros modernos, e traz tudo o que é necessário para desfrutar da direção de um elétrico. Mas, quem pensa em uma compra mais racional, não deve perder de vista que ele fica atrás de um rival importante em questões centrais: tem menor potência, menor autonomia, menos espaço e maior preço que o BYD Dolphin Plus. Para um carro perto dos R$ 200 mil, alguns itens precisam de refino maior. Para os sistemas de auxílio ao motorista, o assistente de manutenção em faixa é mais intrusivo do que deveria e não permite que seja desativado. GWM Ora 03 GT g1 O alerta não parou de soar mesmo enquanto o piloto automático adaptativo estava ativado. Teoricamente, o carro deveria seguir centralizado, sem necessidade de ação do motorista. Auxilia, mas acaba incomodando. Outra besteira que poderia ser mais polida é a seta. A alavanca do Ora tem dificuldades de voltar sozinha ao ponto de desligar quando a curva acaba. Uma mecânica que funciona mal em um carro com tanta tecnologia vira um contraste claro. Por fim, há apenas uma porta USB para quem está no banco de trás. Não é raro encontrar duas ou mais em carros mais baratos, como no Volkswagen Nivus, Peugeot 2008 e, claro, o rival BYD Dolphin Plus. É no detalhe que o BYD Dolphin Plus tem conseguido maior sucesso no mercado nacional, mesmo com um rival com mais personalidade e vontade de ser esportivo. GWM Ora 03 GT g1

Mulheres sobre duas rodas: número de motociclistas habilitadas cresce 70% em 10 anos; veja histórias


Levantamento feito pela Abraciclo e Senatran considera o número de mulheres com habilitação A e AB, que cresceu 65,8% em 10 anos, enquanto o de homens subiu 36,2% no mesmo período. Mulheres andam de moto desde cedo g1 Um levantamento feito em parceria entre a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motos (Abraciclo) e a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), mostra que o número de mulheres com carteira de habilitação (CNH) para motos aumentou quase 70% nos últimos 10 anos. A presença do público feminino cresceu de forma linear no período, partindo de cerca de 6 milhões de mulheres em 2015 e alcançando os 10 milhões em janeiro de 2025. O aumento foi de 65,8% para as mulheres que possuem habilitação nas categorias A ou AB. Com esse tipo de carteira de motorista, é possível conduzir veículos de duas ou três rodas, com ou sem carro lateral e com mais de 50 cilindradas. Apesar de as mulheres ainda representarem apenas um quarto (25%) do total de habilitados, a presença do público feminino cresceu mais do que o dobro do que os homens em uma década: o aumento no número de pilotos foi de 36,2% no período, para 30 milhões. O g1 escutou algumas dessas mulheres, que confidenciaram o amor pelas motos, além de perrengues e situações inusitadas que aconteceram sobre duas rodas. Niela Mecânica fala sobre o sucesso nas redes sociais LEIA MAIS City, trail ou crossover? VÍDEO mostra qual moto se encaixa melhor no seu dia a dia Número de mulheres donas de motos quase dobra em 20 anos Honda ADV 2025: o que há de bom e de ruim da nova geração da scooter; veja o teste do g1 Paixão por motos vem desde cedo Marinilde Gonzaga em viagem com sua Fazer arquivo pessoal Marinilde Gonzaga, promotora de vendas no Maranhão, é amante das motos desde criança. “Eu olhava meus primos andando de moto no interior e a paixão pelas duas rodas brotou ali. Foi uma vontade de pilotar que veio nata, do sangue mesmo”, comenta. Ela menciona que a moto não é seu único meio de transporte. Ela divide a garagem com um carro, e diz ser comum a bateria do veículo “descarregar” por conta do tempo que fica parado. “O carro fica lá esquecido. Eu uso basicamente só quando preciso ir ao mercado, quando passeio com meu esposo e filho, ou quando chove. Hoje, meu filho já tem 10 anos e consegue ficar firme na garupa, então ele vai comigo e o carro fica ainda mais encostado”, conta Marinilde. Bruna Baseggio é proprietária da Juma Entregas. Por necessidade profissional, utilizou uma bicicleta dos 16 aos 18 anos. Quando chegou à maioridade, trocou o veículo por uma Honda Biz. “Sempre fui apaixonada por motos. Com 17 anos, eu ganhei uma Biz e, aos 18, tirei minha CNH para fazer entrega de documentos em Rolim de Moura (RO). Depois de um tempo, fui para a capital (Porto Velho) com minha irmã e passei a fazer as entregas por lá antes de criar minha empresa”, diz Baseggio. Bruna Baseggio anda de moto desde cedo Bruna Baseggio/arquivo pessoal Para Bruna, a moto segue como uma prioridade, mesmo com o carro estacionado na garagem. Ela também afirma que o veículo de quatro rodas só é escolhido quando precisa levar mais pessoas ou ir ao mercado. Tatiana Moura, profissional de relações públicas, começou a guiar aos 18 anos, quando tirou sua CNH. Ela conta que passou bastante tempo com motos emprestadas de amigos, do irmão mais velho e do namorado e que tinha medo de acidentes nas grandes cidades, mas que isso nunca a impediu de andar sobre duas rodas. Desde então, seu sonho é ter uma Harley-Davidson, e até hoje ela persegue esse objetivo. Tatiana Moura com sua Yamaha Factor 150 Tatiana Moura/arquivo pessoal Daniela Karasawa, engenheira de dados e software, conta que a moto surgiu em sua vida por acaso. “Em 1997 ou 1998, participei de um concurso em um programa de TV e ganhei uma moto, uma C 100 Dream da Honda. Segui andando por muitos anos com ela”, explica. “Pedalo desde criança, mas sempre sonhei com uma moto. No dia em que completei 18 anos, fui me matricular em uma autoescola. Explicaram que só poderia fazer isso no dia seguinte”, explica a enfermeira Gilmara. Presença de mulheres é perceptível no trânsito sobre duas rodas Marinilde Gonzaga conta que a quantidade de mulheres pilotando realmente cresceu no Maranhão. “Antigamente, eu parava no semáforo e era só homem para todo lado, às vezes me apavorava. Hoje mudou muito, você para no sinal e já vê mais mulheres nas motos. A maioria ainda é de homens, mas, em alguns momentos, as meninas estão pilotando metade das motos paradas”, diz a promotora de vendas. Para Tatiana Moura, o crescimento é ainda mais visível no interior paulista, onde mora. “Em São Paulo (SP), é muito raro ver uma mulher na moto, e esse cenário não vem mudando muito. Mas, no interior, noto quase metade do público sendo feminino. Em São Paulo, sinto que as mulheres são só 10% do público”, aponta. Daniela Karasawa também concorda, principalmente pela ampliação de renda que permite às mulheres comprarem suas próprias motos. “Mais mulheres me abordam pela tatuagem que tenho, de um pistão e uma biela [peças presentes no motor] no braço. Isso não acontecia anos atrás. De qualquer forma, a gente reconhece mais meninas na rua”, diz a engenheira Daniela. Gilmara Rodrigues de Lima Gomes arquivo pessoal Machismo e perrengues ainda são presentes Mesmo com a maior presença de mulheres nas motos, no entanto, o machismo ainda está presente no dia a dia das condutoras. Para Tatiana Moura, o machismo chega a ser desestimulante, e acontece independentemente do tamanho ou da potência da motocicleta que está com o homem. Ela conta que a situação piora nas grandes cidades, onde o preconceito parece ser maior, e comenta já ter levado cantada em semáforo e em vias de alta velocidade. “Já teve um homem de moto que parou no semáforo, pediu para abrir a viseira e viu que eu era mulher. A primeira coisa que ele pediu depois foi meu WhatsApp. É meio escroto, sabe?”, comenta. “Os caras assediam muito. Não dá para entender o motivo, mas a diferença acontece justamente por ser mulher”, relata Tatiana. Daniela Karasawa diz que a questão de gênero no trânsito é uma competição contínua. “Na estrada, com carros maiores e caminhões, a situação é complicada. O motorista vê que é uma mulher na moto, com moto pequena, e joga a carreta para cima”, aponta. “Meu marido fala que sou outra pessoa quando estou dirigindo a moto, ele fala que sou muito brava. É bem isso, mas é mais por autodefesa. Não dá para ser mansa, delicada dirigindo uma moto”, comenta Daniela Beleze Karasawa. As pilotas contam, ainda, que mesmo sem nunca terem sofrido um acidente, têm muitas histórias e perrengues para contar. Marinilde diz que chegou a ficar sem combustível em uma viagem longa. “Enchi o tanque em uma viagem de São Luís (MA) até Brasília (DF), mas acho que entrou muito ar e o ponteiro do combustível não marcou mais corretamente. Fiquei ‘no prego’ no meio do nada, sem o motor funcionar por pane seca”, diz a promotora. A solução veio quando outra pessoa de moto passou e comprou gasolina em quantidade suficiente para que Marinilde pudesse chegar a um posto. A enfermeira Gilmara diz que vivenciou uma tentativa de assalto. “Eu estava voltando da faculdade, depois das 22h, quando dois rapazes se aproximaram também de moto. Acelerei bastante quando notei. Eu estava com uma amiga em outra moto e nós duas fugimos do problema”, comenta.

LISTA: veja as 10 motos novas mais vendidas do Brasil em fevereiro


Foram emplacadas 155.954 motos zero km no país no segundo mês do ano, segundo a Fenabrave. 2 pontos positivos e negativos da Honda CG 160 A Honda CG 160 continua na liderança e é a moto zero km mais vendida do Brasil, segundo dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) nesta sexta-feira (7). Ao todo, foram vendidas 155.954 motocicletas no Brasil entre janeiro e fevereiro de 2025, número que representa um aumento de 14,43% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram emplacadas 136.293 motocicletas. Esse número também é 2,63% superior ao registro do primeiro mês de 2025, quando 151.954 motos foram vendidas. No acumulado do ano, somando a quantidade de motocicletas comercializadas nos dois primeiros meses de 2025, o aumento é de 10,12% quando comparado ao mesmo período de 2024. "O segmento de motocicletas representa desempenho sólido, com crescimento anual consistente, impulsionado pela maior mobilidade urbana e pela demanda crescente no setor de delivery", diz Arcelio Junior, presidente da Fenabrave. Veja as 10 motos mais vendidas nos dois primeiros meses de 2025. Honda CG 160: 68.793 unidades; Honda Biz 125: 41.003 unidades; Honda Pop 110i ES: 34.477 unidades; Honda NXR 160 Bros: 26.448 unidades; Honda CB 300F Twister: 9.904 unidades; Honda PCX 160: 8.466 unidades; Yamaha YBR 150: 7.846 unidades; Yamaha Lander 250: 6.551 unidades; Honda Sahara 300: 6.148 unidades; Yamaha Fazer 150: 5.933 unidades; A Yamaha Crosser, que teve bom desempenho no primeiro mês de 2024, saiu da lista de mais vendidas. Assim como a Honda Elite 125, scooter de entrada da marca japonesa, que perdeu a nona colocação. Ressurgindo após um desempenho ruim em janeiro estão Yamaha YBR 150, Lander 250 e Fazer 150. Além dessas, a Honda Sahara 300 também voltou a figurar entre as dez primeiras colocadas no acumulado do ano. LEIA MAIS LISTA: veja as 5 motos mais baratas para pegar estrada Nova Honda CG 160 chega R$ 16.194; veja o que mudou na moto mais vendida do Brasil Moto Morini: conheça a marca italiana que chega ao Brasil com investimento de R$ 250 milhões Veja as 10 motos mais vendidas em fevereiro de 2025. Honda CG 160: 34.277 unidades; Honda Biz 125: 20.343 unidades; Honda Pop 110i ES: 17.987 unidades; Honda NXR 160 Bros: 13.258 unidades; Honda CB 300F Twister: 4.903 unidades; Yamaha YBR 150: 4.585 unidades; Honda PCX 160: 4.361 unidades; Yamaha Lander 250: 3.279 unidades; Honda Sahara 300: 3.275 unidades; Yamaha Fazer 150: 3.251 unidades. Segundo a Fenabrave, o segmento de motocicletas tem avançado em função do setor de serviços. Veja as 10 marcas mais vendidas em fevereiro de 2025, por fatia de mercado. Honda: 68,83%; Yamaha: 15,09%; Shineray: 5,58%; Mottu: 2,20%; Avelloz: 1,46%; Royal Enfield: 1,39%; Bajaj: 1,19%; Haojue: 1,04%; BMW: 0,52%; VMoto: 0,48%. As 10 motos mais vendidas do Brasil em 2024

SUVs mais vendidos: VW T-Cross é o líder no Brasil, mas Hyundai Creta vem na cola; veja a lista


SUV da VW é o campeão de vendas nos dois primeiros meses de 2025, mas a liderança é acompanha de perto pelo segundo lugar. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (7) pela Fenabrave. Volkswagen T-Cross 2025 divulgação/Volkswagen O líder em emplacamentos no segmento de SUVs no Brasil é o Volkswagen T-Cross. No acumulado de janeiro a fevereiro, foram emplacados mais de 11,8 mil unidades do modelo, segundo dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) nesta sexta-feira (7). Ao contrário da lista geral de vendas, encabeçada pela Fiat Strada, o T-Cross não é líder de emplacamentos por anos a fio. O SUV da VW foi o mais vendido em 2020, 2023 e em 2024. Em 2021 o Jeep Renegade vendeu mais que todos os outros SUVs no Brasil. Naquele ano, ele esteve em 18,61% mais emplacamentos que o modelo da VW, enquanto em 2022 o líder foi o Chevrolet Tracker com vendas 8,36% maiores que o T-Cross. Veja a lista dos SUVs mais vendidos até o fevereiro. Volkswagen T-Cross: 11.867 unidades; Hyundai Creta: 10.111 unidades; Chevrolet Tracker: 9.451 unidades; Honda HR-V: 9.065 unidades; Jeep Compass: 8.739 unidades; Nissan Kicks: 7.675 unidades; Jeep Renegade: 7.307 unidades; Fiat Fastback: 7.195 unidades; Toyota Corolla Cross: 7.177 unidades; Fiat Pulse: 6.902 unidades. Como trocar o filtro de ar? LEIA MAIS Troca de óleo: como escolher o melhor lubrificante para o seu carro? Licenciamento atrasado? Veja quanto e quando pagar a taxa IPVA à vista ou parcelado: veja como se organizar Vendas de fevereiro No mês a mês, o SUV da Volkswagen domina as vendas desde o começo do ano. Em fevereiro, o T-Cross foi o primeiro colocado e ampliou a diferença, pois vendeu 22,5% mais unidades que o Toyota Corolla Cross, que ficou na segunda posição. Veja abaixo a lista mensal. Volkswagen T-Cross: 6.555 unidades; Toyota Corolla Cross: 5.351 unidades; Hyundai Creta: 4.962 unidades; Honda HR-V: 4.792 unidades; Jeep Compass: 4.303 unidades; Chevrolet Tracker: 4.035 unidades; Fiat Fastback: 3.772 unidades; Jeep Renegade: 3.628 unidades; Fiat Pulse: 3.315 unidades; Nissan Kicks: 3.217 unidades. Sucesso dos SUVs O segmento dos SUVs é dominante no Brasil, com 55,86% de todos os carros zero km vendidos no ano. O sucesso dos SUVs vem desde meados de 2020, quando ultrapassaram o total de emplacamentos dos hatches pequenos, como Volkswagen Polo, Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e Fiat Argo. Veja a evolução abaixo.

Fiat Strada lidera vendas de carros zero km no Brasil e Onix despenca em fevereiro; veja a lista


Picape é a líder nacional de emplacamentos desde 2021, segundo a Fenabrave. Strada segue na frente, com VW Polo na segunda posição com vendas quase 40% menores. Fiat Strada divulgação/Fiat Em fevereiro, a Fiat Strada continua ocupando a posição de veículo novo mais vendido do Brasil, segundo dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) nesta sexta-feira (7). A liderança da Fiat Strada começou em 2021 e não parou até hoje. No acumulado de janeiro a fevereiro de 2025, foram emplacadas 19.043 unidades da picape. Veja a lista de mais vendidos até o fevereiro. Fiat Strada: 10.043 unidades; Volkswagen Polo: 13.761 unidades; Volkswagen T-Cross: 11.867 unidades; Fiat Argo: 11.480 unidades; Chevrolet Onix: 10.290 unidades; Hyundai Creta: 10.111 unidades; Fiat Mobi: 9.573 unidades; Chevrolet Tracker: 9.451 unidades; Honda HR-V: 9.065 unidades; Jeep Compass: 8.739 unidades. No total, os brasileiros já compraram 356.179 veículos novos em 2025, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O g1 contabiliza motos à parte, e desconsidera implementos rodoviários. Isso representa uma alta de 9% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram emplacados 326.758 veículos novos. LEIA MAIS IPVA 2025: pagar à vista ou parcelado? Veja como se organizar para a sua realidade financeira Volkswagen T-Cross é o SUV mais vendido do Brasil em 2024; veja a lista Venda de veículos novos no Brasil tem alta de 14,1% em 2024 Como trocar o filtro de ar? Resultados de fevereiro Em fevereiro, o país emplacou 173.837 veículos novos. Trata-se de um crescimento de 8,75% em relação ao mês de janeiro, quando foram registradas 159.854 unidades. “O resultado foi bastante positivo para quase todos os segmentos. O mês de fevereiro teve seu quinto melhor desempenho na história, com grande crescimento sobre 2024, lembrando que, no ano passado, o Carnaval foi comemorado em fevereiro, o que afetou o número de dias úteis (19 dias) e, consequentemente, o volume de emplacamentos”, disse Andreta Jr., presidente da Fenabrave. Veja a lista de mais vendidos de fevereiro de 2025: Fiat Strada: 10.266 unidades; Volkswagen Polo: 7.961 unidades; Volkswagen T-Cross: 6.555 unidades; Fiat Argo: 6.307 unidades; Fiat Mobi: 5.549 unidades; Toyota Corolla Cross: 5.351 unidades; Hyundai Creta: 4.962 unidades; Renault Kwid: 4.908 unidades; Honda HR-V: 4.792 unidades; Chevrolet Onix: 4.715 unidades. Fiat Strada segue na liderança do mercado brasileiro Divulgação | Fiat Comparado a janeiro de 2025, o Chevrolet Onix despencou da segunda para a 9ª posição, com apenas 4.715 unidades vendidas. O número representa uma queda de 18,26% nas vendas. Quem surpreendeu foi o Volkswagen T-Cross, que foi o SUV mais vendido do mês, emplacando 6.555 unidades. O T-Cross, que foi o líder de vendas em 2024, ficou na 4ª posição no ranking geral e na 1ª posição no segmento. Encerrando o mês com 173.837 emplacamentos, o total de veículos vendidos foi 18.581 unidades a mais que em fevereiro de 2024, um crescimento de 11,97%. Confira o gráfico: Liderança da Strada A Strada lidera o ranking de carros e comerciais leves mais vendidos do país desde 2021, quando ultrapassou o Chevrolet Onix. O hatch da GM foi o mais vendido por seis anos, entre 2015 e 2020. Em 2024, o Onix terminou em terceiro lugar. Foram 97.508 unidades, bem abaixo do topo da lista. O vice-líder foi o hatch Volkswagen Polo, que emplacou 140.187 unidades e foi o grande rival da Strada durante todo o ano. O balanço final de emplacamentos foi divulgado oficialmente nesta quarta-feira (8) pela Fenabrave. Ao todo, foram mais de 2,4 milhões de veículos novos vendidos no ano passado, melhor resultado em cinco anos. (saiba mais abaixo) Os 10 veículos mais vendidos do Brasil em 2024 Os emplacamentos em 2024 Em 2024, os brasileiros compraram 2.634.514 veículos novos, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Esse foi o melhor resultado em cinco anos, quando o país registrou 2,7 milhões de veículos zero km. O número também representa uma alta de 14,15% em relação a 2023, quando foram emplacados 2,3 milhões de veículos novos. Veja abaixo o histórico dos últimos anos. Segundo o novo presidente da Fenabrave, Arcelio Júnior, o setor foi impulsionado por fatores como a manutenção da oferta de crédito e a constante diversificação de produtos, em todos os segmentos. "Como resultado desses fatores, os emplacamentos de 2024 ficaram próximos das projeções apresentadas pela Fenabrave, em outubro, sendo superiores às perspectivas que tínhamos no início do ano", disse o executivo. Para os próximos 12 meses, o executivo foi conservador ao renovar as projeções, dizendo que itens como câmbio, renda, crédito e outros fatores conjunturais, de contexto econômico e político, influenciam nos negócios do setor. "Estamos diante de variáveis importantes em vários quesitos, tanto políticos como econômicos”, explicou. A projeção da Fenabrave é de um crescimento de 5% para 2025, alcançando um total de 2.765.906 veículos vendidos. A redução no crescimento esperado para 2025 está ligada em preocupações com os cenários internacional e nacional. Segundo a economista Tereza Fernandez, responsável por projetar o cenário macroeconômico da Fenabrave, o governo de Donald Trump como presidente dos EUA é o maior ponto de apreensão. “Com o cenário internacional mais volátil com a possível elevação dos juros nos Estados Unidos, o crescimento mundial será menor, inclusive o nosso”, comenta Tereza Fernandez. A economista também aponta as altas taxas alfandegárias previstas para importações dos Estados Unidos como desafio para 2025. Olhando para o cenário nacional, Tereza acredita que a queda nas vendas prevista para 2025 está vinculada ao crédito mais caro, como consequência da alta nos juros. “A gente vem de um movimento positivo na venda de carros e comerciais leves. Não espero queda brusca do crédito em 2025, ele vai desacelerar de forma suave”, diz. “A inadimplência deve continuar baixa e a legislação [Marco Legal de Garantias], que facilitou tomar o bem em caso de não pagamento, podem segurar a baixa prevista das vendas na taxa prevista”, comenta Tereza. “A alta dos juros deve desacelerar até o final de 2025, o câmbio ficar na casa dos R$ 6 e, com isso, temos um cenário preocupante, mas não de ruptura. A maior preocupação está no cenário fiscal, salvo algum desastre ocorra”, complementa.

LISTA: veja os 10 carros e picapes usados mais vendidos no Brasil


Foram vendidos mais de 2,5 milhões de veículos nos dois primeiros meses de 2025, contabilizando carros, motos, picapes, caminhões e outros veículos. TOP 5 carros usados mais vendidos em fevereiro O mercado de veículos segue em aceleração no país e ultrapassou a marca de 2,5 milhões de vendas neste ano. Os dados são da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), e somam as vendas de carros, motos, picapes, caminhões e outros veículos. Veja a lista dos 10 carros usados mais vendidos no Brasil ao final desta reportagem. Ao todo, foram 2.507.719 vendas contabilizadas entre janeiro e fevereiro deste ano. O crescimento é de 7% quando comparado ao mesmo período de 2024, quando foram firmados 2.344.155 contratos entre vendedores e compradores. Na comparação mensal, fevereiro registrou uma expansão de 4,6% no ritmo de vendas, ao registrar 1.281.757 veículos vendidos, contra os 1.225.962 vistos em janeiro. Já em relação ao mesmo mês do ano passado, o número de vendas mostra um salto mais expressivo. O crescimento foi de 12,1% no número de comercializações. Na época, foram 1.142.978 negócios de compra de automóveis usados no Brasil. Gol, Uno e Palio lideram a lista de carros usados mais vendidos do Brasil g1 Mesmo com as vendas em alta nos dois primeiros meses de 2025, a entidade demonstra preocupação com a inflação no Brasil ao longo do ano e seus eventuais efeitos no orçamento do consumidor e nas taxas de juros. "Nossa expectativa é que, se não tivermos nenhuma surpresa com a inflação e a economia se mantiver estável, poderemos obter bons resultados nas vendas deste ano, repetindo a performance do ano passado”, disse Enilson Sales, presidente da Fenauto, em nota. Restringindo a lista apenas aos carros, foram vendidos 787.773 veículos usados e seminovos no Brasil. O número também representa um aumento de 2,3% em comparação ao observado em janeiro, quando o país registrou 770.447 vendas do tipo. Segundo a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), considerando os dados de janeiro, foram vendidos cerca de seis carros usados ou seminovos no país para cada modelo zero km, já que, nesse intervalo, foram 123.377 novos emplacamentos. LEIA MAIS Troca de óleo: como escolher o melhor lubrificante para o seu carro? Licenciamento atrasado? Veja quanto e quando pagar a taxa IPVA à vista ou parcelado: veja como se organizar Consumo de combustível nas alturas? Pode ser filtro de ar entupido; veja o que fazer Como trocar o filtro de ar? Carros e picapes usados mais vendidos de 2025 Volkswagen Gol é o carro usado mais vendido do Brasil A Volkswagen é a líder de vendas no mercado de usados. A montadora está em primeiro lugar no ranking com o seu modelo Gol, que registrou 58.531 contratos firmados em fevereiro. Em segundo lugar vem o Fiat Uno. O carro foi descontinuado pela fabricante e substituído pelo Mobi — o que não parece intimidar os compradores. Nesse caso, foram registradas 31.879 vendas do modelo no mesmo período. Veja abaixo os modelos de carros usados mais vendidos em fevereiro. Volkswagen Gol: 58.531 unidades; Fiat Uno: 31.879 unidades; Fiat Palio: 31.701 unidades; Chevrolet Onix: 30.765 unidades; Hyundai HB20: 29.987 unidades; Ford Ka: 22.901 unidades; Toyota Corolla: 21.497 unidades; Ford Fiesta: 21.050 unidades; Chevrolet Celta: 20.229 unidades; Volkswagen Fox: 19.087 unidades. Já para veículos comerciais leves, como picapes e furgões, essa é a lista de usados mais vendidos em fevereiro. Fiat Strada: 29.379 unidades; Volkswagen Saveiro: 17.625 unidades; Chevrolet S10: 13.478 unidades; Toyota Hilux: 13.433 unidades; Fiat Toro: 11.943 unidades; Chevrolet Montana: 7.308 unidades; Ford Ranger: 6.672 unidades; Fiat Fiorino: 5.364 unidades; Mitsubishi L200: 4.306 unidades; Volkswagen Amarok: 4.082 unidades.

EUA isentam tarifas de importação para automóveis do Canadá e do México por um mês


Medida abre exceção nas tarifas de 25% sobre todos os produtos importados anunciada pelo presidente norte-americano recentemente e que passaram a valer na última terça-feira. Trump exclui carros de tarifas de México e Canadá por um mês O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai isentar as importações de automóveis do Canadá e do México por um mês, informou a Casa Branca nesta quarta-feira (5). A isenção abre uma exceção na taxação de 25% imposta por Washington aos dois países e que passou a valer na última terça-feira. (Entenda mais abaixo) Segundo a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, Trump conversou com os presidentes de três grandes montadoras — a Ford, a General Motors (GM) e a Stellantis —, avisando-os que deveriam mover a produção do Canadá e do México para os EUA. "Falamos com as três grandes concessionárias de automóveis. [...] Vamos dar uma isenção de um mês para qualquer automóvel que venha pelo USMCA", afirmou Trump em comunicado, referindo-se ao acordo de livre comércio da América do Norte, negociado em seu primeiro mandato. Um secretário de imprensa de Trump afirmou que o presidente norte-americano está aberto a negociar isenções adicionais para outros setores, mas destacou que o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, não está disposto a suspender as tarifas retaliatórias recentemente anunciadas pelo país. A informação foi cedida por um alto funcionário do governo norte-americano à Associated Press. Na véspera, o premiê canadense afirmou que não havia justificativa para a implementação das tarifas de 25% sobre o Canadá, reiterando que manteria as taxas retaliatórias enquanto os EUA não suspendessem a medida. O gabinete de Trudeau, por sua vez, afirmou que os representantes dos dois países continuarão em conversa ao longo desta quarta-feira. A medida já havia sido ventilada pelo secretário do comércio dos EUA, Howard Lutnick, que indicou que o presidente norte-americano também levantou a ideia de que outros setores que cumprem com o USMCA também poderiam ter uma folga. "Se você cumpriu o acordo, então talvez voce evite tarifas, E se você não cumpriu o acordo, bem, você o fez por sua conta e risco", afirmou o secretário nesta manhã em uma publicação no Truth Social. O alívio também eliminaria tarifa de 10% sobre as importações canadenses de energia, como petróleo bruto e gasolina, que atendem às regras de origem do USMCA. Donald Trump e Justin Trudeau durante encontro de líderes da Otan em Londres, em 4 de dezembro de 2019 Kevin Lamarque/Reuters Tarifas de 25% sobre produtos importados Na última terça-feira (4), passaram a valer as tarifas de importação de 25% aos produtos do Canadá e do México importados pelos Estados Unidos. As taxas estavam suspensas desde o começo de fevereiro, após uma negociação feita entre os países. Enquanto Trump prometeu a suspensão das tarifas, Canadá e México se comprometeram a melhorar a fiscalização em suas fronteiras com os norte-americanos, para tentar diminuir ou zerar o tráfico de drogas e a imigração ilegal. Segundo Trump, no entanto, as medidas não foram suficientes. Em conversa com Trudeau nesta quarta-feira, o republicano afirmou que não estava convencido dos esforços feitos pelo Canadá para conter o fluxo de fentail para os EUA. "Eu disse a ele que muitas pessoas morreram por causa do fentanil, que passou pelas fronteiras do Canadá e do México, e nada me convenceu de que isso tenha parado", afirmou o presidente norte-americano em uma publicação no Truth Social, sua rede social. "Ele disse que melhorou, mas eu disse: 'isso não é bom o suficiente'", completou Trump, acrescentando que a ligação terminou de forma "um pouco" amigável. Tarifas representam dificuldades para montadoras As tarifas representam dificuldades extremas para as montadoras, que produzem véiculos nos três países — Estados Unidos, México e Canadá —, e que frequentemete enviam peças por meio das fronteiras da América do Norte. Assim, uma isenção para carros e caminhões que cumprem com as normas norte-americanas no USMCA podem ser muito benéficas para Ford, GM e Stellantis. Isso porque seus veículos atendem às regras de 75% das regras do país — requisitos acordados por Trump durante seu primeiro mandato para manter a produção de peças na região. Para acesso regional isento de impostos, as regras também exigem que 40% do conteúdo de um carro de passeio seja fabricado nos Estados Unidos ou Canadá, com base em uma lista de "peças principais", incluindo motores, transmissões, painéis de carroceria e componentes de chassi. O limite para caminhonetes é de 45%. As montadoras expressaram apoio ao aumento do investimento nos EUA, mas querem certeza sobre as políticas tarifárias e sobre as regras de emissões de veículos antes de fazer mudanças drásticas, disseram duas fontes do setor à Reuters. "Estamos preparados para trabalhar com o governo Trump para apoiar mais investimentos em nossa presença industrial nos EUA, mas precisamos de tempo para fazer essas mudanças sem impactar negativamente os negócios e nossos clientes", disse a Stellantis a seus revendedores na terça-feira em um e-mail visto pela Reuters. Uma isenção também beneficiaria algumas montadoras de marcas estrangeiras com grande presença de produção nos EUA, incluindo a Honda 7267.T e a Toyota 7203.T , mas alguns concorrentes que não cumprirem teriam que pagar as tarifas integrais de 25% dos EUA. *Com informações da Reuters, da Associated Press e da Agence France-Press.

Volkswagen apresenta o Tera, SUV de entrada para brigar no setor mais concorrido do mercado


SUV rivaliza com Citroën Basalt, Fiat Pulse e Renault Kardian, e tem à disposição os motores 1.0 aspirado e turbo da linha Volkswagen. Volkswagen Tera será o SUV de entrada da marca g1 | Vinicius Montoia A Volkswagen revelou neste domingo (2) os primeiros detalhes de seu próximo lançamento, o Tera. O SUV compacto será o mais barato da linha de utilitários da marca, abaixo de dois campeões de venda, o T-Cross e o Nivus. Em um evento na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, a montadora mostrou o Tera pela primeira vez sem disfarces de design. Não foram revelados os detalhes de motorização, nem os preços do SUV. Sabe-se, porém, que o lançamento vem para concorrer em uma das faixas mais competitivas de mercado, a de SUVs pouco acima dos R$ 100 mil. O Tera será o novo rival de Citroën Basalt, Fiat Pulse e Renault Kardian. Ainda com poucos detalhes públicos, o g1 traz o cenário em que o Tera estará inserido e os possíveis atrativos do novo modelo da Volkswagen. Veja o momento da revelação do Volkswagen Tera LEIA MAIS City, trail ou crossover? VÍDEO mostra qual moto se encaixa melhor no seu dia a dia Isenção de IPVA: saiba quais estados liberam carros híbridos e elétricos do imposto IPVA 2025: posso registrar meu carro em um estado que cobra menos imposto? A principal briga do mercado Não é coincidência que os SUVs dominam os últimos lançamentos das montadoras presentes no Brasil. Em janeiro deste ano, a virada foi inevitável e os utilitários esportivos elevaram a categoria ao posto de mais comercializada dentro dos 10 carros mais vendidos do país. Entre os 10 carros mais vendidos do país no ano passado, seis são SUVs, três são hatches e a lista é completada por uma picape. Com o recente aumento dos preços de veículos, houve um movimento de retomada dos SUVs menores. Para a maioria das marcas, criou-se uma lacuna grande de preços entre o carro de entrada e os primeiros SUVs. A tendência é parecida com a vista em meados dos anos 2000, com o surgimento do Ford EcoSport, em que se percebeu o desejo do consumidor pelos SUVs, mas era necessário um preço competitivo. Por isso, os SUVs passaram por um processo de "encolhimento", como aconteceu com os hatches. Surgiu a figura do subcompacto, ainda menor que os compactos. É como comparar um Fiat Argo com um Fiat Mobi, mas na versão utilitário. Desde 2018, um em cada quatro novos carros vendidos no Brasil (25%) foram SUVs, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores. Especificamente naquele ano, dos 2,1 milhões de automóveis vendidos, 500 mil foram SUVs. A Renault, por exemplo, retirou o Sandero de linha e ficou sem representantes na faixa de R$ 100 mil a R$ 110 mil. O Kwid mais caro custa R$ 83.270, enquanto e o Duster mais barato sai por R$ 130.990, uma diferença de R$ 47.720. O Kardian entrou com preços de R$ 106.990 e R$ 138.990. O Tera tem quase o mesmo propósito. A Volkswagen tirou o Nivus Sense de linha, e a versão mais barata agora parte de R$ 143.490. O T-Cross ainda tem a versão Sense, por R$ 119.990, mas a próxima configuração parte de R$ 152.490. A versão topo de linha do Polo (Highline) sai por R$ 127.490, sem considerar a configuração esportiva GTS, que custa R$ 158.590. Então, o Tera vem para ser a primeira opção de quem quer trocar um hatch por um SUV dentro da linha da marca. Veja as faixas de preço da Volkswagen abaixo. Polo Sense: R$ 104.490; Polo Comfortline: R$ 120.490; Polo Highline: R$ 127.490; T-Cross Sense: R$ 119.990; Nivus Comfortline: R$ 143.490. Veja os valores cobrados pelos concorrentes do Tera: Fiat Pulse Drive 1.3 manual: R$ 107.990; Fiat Pulse 1.3 Drive automático: R$ 116.990; Fiat Fastback 1.0 turbo automático: R$ 119.990; Citroën Basalt 1.0 manual: R$ 99.490; Citroën Basalt Feel 1.0 turbo automático: R$ 115.700; Citroën Basalt Shine 1.0 turbo automático: R$ 117.100; Renault Kardian Evolution manual: R$ 106.990; Renault Kardian Evolution automático: R$ 118.090; Renault Kardian Techno: R$ 129.990; Renault Kardian Première edition: R$ 138.990. "O segmento de SUVs é extremamente importante no Brasil. Esta categoria aonquistou 24% de mercado no ano passado e este ano deve chegar a 30% de tudo que é emplacado no Brasil", afirmou o presidente da Volkswagen, Ciro Possobom. Design A Volkswagen segue sendo uma das marcas mais conservadoras quando o assunto é design. As linhas do Tera não negam o DNA da fabricante, e os mais desatentos podem nem notar que é um carro 100% novo na linha da montadora. A frente parece um mix de três carros da marca. Os faróis, lanternas, grade e para-choques lembram um Polo "anabolizado". A parte central da grade é bastante parecida com a do Virtus, que nada mais é que o sedã do Polo. A porção superior, que se assemelha a um sorriso, parece a grade do T-Cross. Resta saber se vai agradar. As rodas são parecidas com as do Polo Track, mas as caixas de roda têm um contorno de plástico preto e saia lateral escurecida, que dão a impressão de um carro mais alto. As janelas têm uma linha de cintura alta e a coluna C é espessa, uma antiga característica do clássico hatch médio Golf. Na traseira, as lanternas são interligadas como as do T-Cross, mas o esquema de luzes difere do SUV compacto, com LEDs mais afilados. Para finalizar, há um spoiler na parte superior da tampa do porta-malas, que sugere um toque de esportividade. Polo, Nivus e Tera são construídos na mesma plataforma, a MQB-A0. A novidade não tem um formato tão "cupê" quanto o Nivus, nem é tão "quadrado" quanto o T-Cross. É a aposta da VW para atrair clientes que preferem um meio-termo, especialmente por ser mais acessível. Motores Ainda não foram confirmados os motores que vão equipar o Tera, nem as versões disponíveis. No entanto, os motores disponíveis na linha Volkswagen do Brasil são o 1.0 MPI (aspirado) e o 1.0 TSI (turbo), ambos de três cilindros. O MPI é oferecido na versão de entrada do Polo e oferece 84 cv de potência com etanol e 77 cv com gasolina, além de 10,3 kgfm de torque com álcool e 9,6 kgfm com gasolina. Considerando que tanto o Renault Kardian quanto o Fiat Pulse possuem versões com câmbio manual, não se pode descartar uma configuração com câmbio mecânico para o Tera. A outra opção de motor de 1,0 litro é o turbinado TSI, que equipa todas as demais versões do Polo (exceto a GTS, que tem um motor 1.4 turbo). O TSI entrega 116 cv e 16,8 kgfm de torque.

Do anonimato ao Oscar: conheça o Kadett de Fernanda Torres no filme 'Ainda Estou Aqui', que será leiloado


Opel Kadett Super L de 1968 é idêntico ao carro do ex-deputado Rubens Paiva. Leilão terá lance inicial de R$ 200 mil. Origem do Kadett de Ainda Estou Aqui Ele nasceu na Alemanha em 1968, mas foi transportado por navio até uma terra quente que o recebeu de braços abertos. Sobreviveu às evoluções tecnológicas e resistiu ao tempo. Mas, aos 57 anos, vive o auge da fama depois de fazer parte de um elenco que concorre ao Oscar. O Opel Kadett Super L dirigido por Fernanda Torres no filme Ainda Estou Aqui é uma joia rara, que simula o mesmíssimo carro que pertenceu à família do ex-deputado Rubens Paiva nos anos 1970. O g1 viu o carro de perto. O Kadett é do empresário Fábio Martins, proprietário da empresa Veículos em Cena, uma locadora de carros clássicos para produções audiovisuais como filmes, novelas, séries e curtas-metragens. Após a participação no filme, que agora concorre a três estatuetas do principal prêmio do cinema, o carro será leiloado no dia 22 de março, com lance inicial de R$ 200 mil. Cena do ator Selton Mello com o Opel Kadett Globoplay LEIA MAIS: ENTREVISTA: VP da GM confirma SUV compacto da marca, e garante atualização do Onix City, trail ou crossover? VÍDEO mostra qual moto se encaixa melhor no seu dia a dia IPVA 2025: posso registrar meu carro em um estado que cobra menos imposto? Opel Kadett Os primeiros modelos do Kadett saíram da fábrica da marca alemã Opel, subsidiária da General Motors, em 1936. O propósito do modelo era ser acessível. Em 1938, surgiu uma versão esportiva com carroceria roadster. O estilo cupê faria grande sucesso no Brasil na década de 1990, quando foi vendida a sexta geração do carro por aqui. Opel Kadett Roadster 1938 Divulgação | Opel A produção do carro chegou a ser interrompida em 1940 devido à Segunda Guerra Mundial. Ao fim do conflito, a Opel voltou a produzir a segunda geração do Kadett em 1962. Confira as gerações do carro: 1936 - 1940: Kadett I; 1938 - 1940: Kadett Roadster; 1962 - 1965: Kadett A; 1965 - 1973: Kadett B; 1973 - 1979: Kadett C (comercializado no Brasil como Chevrolet Chevette de 1973 a 1993); 1979 - 1984: Kadett D; 1984 - 1995: Kadett E (vendido no Brasil de 1989 a 1998). O carro descrito no livro "Ainda Estou Aqui", obra literária que deu origem ao filme de Walter Salles, é da terceira geração, produzida de 1965 a 1973. No caso do modelo da família de Eunice Paiva, 1968 foi o ano de fabricação. Apesar do visual esportivo de cupê, o carro não tinha um motor muito potente. Era equipado com um motor 1.1 de 60 cv de potência e 8,6 kgfm de torque. A transmissão era manual de quatro velocidades. Desta geração de Kadett, havia a possibilidade de adquirir até oito carrocerias distintas, variando entre perua, sedã, fastback e cupê, todos de duas ou quatro portas. Opel Kadett de 1968 era vendido em oito configurações distintas Imagem da internet O carro do Oscar Fabio Martins começou a carreira como mecânico de veículos pesados, mas foi ao fazer um favor para um amigo que mudou de vida. “Um amigo me pediu para levar um caminhão dele para a gravação de um comercial. Ele tinha muita confiança em mim e depois já me pediu para levar outro veículo para uma novela da Globo. Entrei no ramo, comprei alguns carros, restaurei e hoje só trabalho com isso”, diz Martins. Fábio é o fundador da empresa Veículos em Cena, que conta com mais de 40 modelos em seu portfólio. “Eu não ando com carro de gravação. Eles são preparados, vão para a filmagem de guincho, fazemos o trabalho e depois voltam de guincho”, conta o empresário. Fernanda Torres dirigiu o Opel Kadett em algumas cenas de 'Ainda Estou Aqui' Globoplay Com todo esse cuidado, Martins começou a ganhar relevância na indústria do cinema e seus carros se tornaram referência. Ao saber que a produção do filme estava buscando por um Opel Kadett 1968 cupê, Fabio começou a procurar seus contatos. Foi assim que o empresário descobriu um colecionador no Paraná que tinha o carro e partiu em busca da compra. Era a única chance de adquirir o carro para a gravação, uma vez que o modelo é raro e já não se encontrava mais, em 2023, ofertas do automóvel em sites de compra e venda na internet. “Quando cheguei lá, o carro não estava à venda. Foram dois dias de convencimento até que eu finalmente consegui comprar o carro”, explica Martins. “Não falei que o carro era para um filme e muito menos que ia ter que mexer na cor do carro. Se eu contasse, talvez ele desistisse de vender. Contei apenas que eu precisava do carro porque tinha um parente que tinha tido um modelo igual”, continua. Galerias Relacionadas O Opel Kadett adquirido por Fábio, contudo, era amarelo. Era preciso mudar a cor do carro para vermelho para ficar igual ao que Rubens Paiva teve. Com a experiência de sua época de mecânico, Martins desmontou o carro e contratou um pintor para aplicar a nova cor. Foram sete meses em gravações, e o resultado não poderia ser melhor: Ainda Estou Aqui já ganhou 38 prêmios até agora e está concorrendo em três categorias do Oscar: Melhor Filme, Melhor Filme Estrangeiros e Melhor Atriz. Fernanda Torres, que interpreta Eunice Paiva, já ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz pela atuação. O empresário, que acompanhou parte das gravações, ressalta que o trabalho de todos foi fundamental para o resultado do longa-metragem e que não esperava tanta repercussão. “A gente não tem ideia do que ia se transformar aquele filme quando gravamos. Não imaginava em momento nenhum que daria essa explosão no mundo inteiro. O filme está sendo aclamado internacionalmente. Estou na torcida para ver o que vai rolar”, relata. “Por trás, tem uma equipe gigantesca que trabalhou maravilhosamente. A turma fez de tudo para esse filme ser o que é, inclusive tem um pouco do meu trabalho ali”, finaliza. Opel Kadett L Super 1968 tem motor 1.1 de 60 cv e 8,6 kgfm de torque g1 | Rafael Leal

‘Me permitam a surpresa, mas a resposta é sim’, diz VP da GM sobre SUV de entrada em 2025


Fabio Rua, vice-presidente da General Motors Brasil, concedeu entrevista exclusiva ao g1. SUV subcompacto entrará em um mercado pujante para concorrer com Volkswagen Tera, Fiat Pulse, Citroën Basalt e Renault Kardian. Fabio Rua confirma que Chevrolet terá SUV para brigar com VW Tera e Fiat Pulse Em entrevista exclusiva ao g1, o vice-presidente da General Motors Brasil, Fabio Rua, revela um dos mais importantes movimentos da montadora: a entrada na disputa entre os SUVs de entrada, um dos segmentos que mais cresce em vendas no país. “Me permitam uma surpresa, mas a resposta é sim. Qual é o produto, quando ele será fabricado, em que planta ele será fabricado, em breve vocês saberão”, diz o executivo. A briga entre SUVs compactos, com preços a partir dos R$ 100 mil, é das mais acirradas do mercado. No ano passado foram lançados Renault Kardian e Citroën Basalt, que disputam com Fiat Pulse e Nissan Kicks. No começo de março, a Volkswagen entra no jogo com o lançamento do Tera. Rua não disse quando o modelo da Chevrolet chega, nem onde será produzido, mas também reconheceu que a resposta está na própria entrevista. “Já tem pistas que eu dei ao longo dessa entrevista que talvez possa ajudá-los a montar esse quebra-cabeça”, brincou. Aqui está a pista: o executivo revelou que a fábrica de Gravataí usará parte do investimento anunciado para a produção de um modelo inédito, em que a empresa "ainda" não atua. “O investimento de R$ 1,2 bilhão que anunciamos para nossa planta de Gravataí (RS) será destinado à produção de um veículo em uma categoria na qual ainda não atuamos, e que será revelado este ano”, afirmou o executivo. Atualmente, a Chevrolet produz na fábrica de Gravataí o hatch Onix e sua versão sedã, o Onix Plus. A ver se sairá de lá o modelo que já até recebeu o apelido de “SUV do Onix”. GM terá SUV 100% elétrico e renovará o Onix no Brasil Junto deste SUV subcompacto, Rua reforça que a marca pretende lançar até cinco novos modelos em 2025. Além disso, serão 10 veículos eletrificados no Brasil até 2030, de híbridos leves a 100% elétricos. O executivo também confirmou ao g1 que o Onix será reestilizado. O carro mais vendido da marca foi líder de vendas entre 2015 e 2019, mas amarga uma forte queda de vendas desde então. “Não espere que ele saia do nosso portfólio, porque ele é dos filhos mais queridos da Chevrolet no Brasil. Então assim, esperem uma atualização do Onix em algum momento, sem dúvida alguma”, afirma o executivo. O desencanto com o Onix, inclusive, causou uma revisão de atividades na fábrica da GM em Gravataí (RS). Enquanto o sindicato dos metalúrgicos fala em paralisação da produção, a GM diz que a planta gaúcha passará por reformulação, mas manterá um dos turnos. Veja a entrevista na íntegra no vídeo abaixo. Fabio Rua, vice-presidente da General Motors Brasil, concedeu entrevista exclusiva ao g1 A seguir, clique nos links para assistir aos cortes com os principais destaques. Onix precisa de atualização; GM diz que produção em Gravataí (RS) não será paralisada; Spark EUV virá como elétrico mais barato da marca; Como fazer frente às marcas da China; Juros estão altos, mas situação é menos nebulosa para 2025; Investimento no Brasil traz 10 carros eletrificados até 2030. g1 entrevista o vice-presidente da GM, Fabio Rua g1 | Fábio Tito Onix precisa de atualização Fabio Rua, da GM, garante que o Onix será renovado e não vai sair de linha O Onix teve uma época gloriosa, mas já faz tempo que não é mais o mesmo. Em 2019, no auge, foram emplacados mais de 240 mil unidades do Onix. Em 2024, o hatch não conseguiu ultrapassar a barreira dos 100 mil veículos vendidos. O executivo reconheceu a queda e apostou na falta de atualização como um dos fatores que contribuíram para o veículo não retomar o sucesso no pós pandemia. “O Onix é um sucesso há décadas, com oscilações de aceitação do público ao longo do tempo, este que culmina talvez com períodos mais extensos sem uma atualização um pouco mais expressiva”, comenta Fabio Rua. Passada a hora de uma reestilização, Rua garantiu que o Onix receberá melhorias para continuar no catálogo da marca. Volte para o início. GM diz que produção em Gravataí (RS) não será paralisada Fabio Rua, da GM, afirma que não existe paralisação na fábrica de Gravataí (RS) Falando em Gravataí, a Chevrolet anunciou no início do mês que estava em processo de negociação com o sindicato dos metalúrgicos para suspender temporariamente os contratos de trabalho de parte das equipes (lay-offs) em abril para reduzir a produção de seus veículos de entrada, Onix e Onix Plus. "Estamos trabalhando com a negociação sindical, ela é fundamental para a gente conseguir fazer os nossos planos. A gente não vai avançar em definição nenhuma sem ter um bom entendimento", diz Rua. Segundo Valcir Ascari, presidente do sindicato de Gravataí, o acordo previa um lay-off de dois meses e oito dias, a partir do dia 22 de abril. Na época, a empresa e os representantes do sindicato ainda estavam em negociação. Na entrevista ao g1, Fabio Rua afirma categoricamente que não há plano de paralisação total da fábrica do Rio Grande do Sul e que a medida seria somente para redução de turnos. “A gente não vai deixar de fabricar nem Onix e nem Onix Plus. A gente está reduzindo o volume de produção. Esses carros continuam sendo fabricados. Não é paralisação. Não tem paralisação. Tem turno rodando", aponta o executivo. Volte para o início. Spark EUV virá como elétrico mais barato da marca Fabio Rua, da GM, comenta o último lançamento da marca, o elétrico Spark EUV O último grande anúncio oficial da GM foi a chegada do Spark EUV, um modelo 100% elétrico de entrada. A GM teve sua primeira experiência de elétrico com o hatch e o utilitário Bolt, que nunca emplacou por aqui. A lição parece ter sido aprendida: Rua garante que o preço será mais baixo do que os R$ 279 mil cobrados pelo Bolt em 2023. Rua também adiantou que o Spark EUV será um concorrente de outros carros elétricos de desempenho semelhante. g1 entrevista o vice-presidente da GM, Fabio Rua g1 | Fábio Tito Nesse mercado, temos o BYD Dolphin de entrada (R$ 159.800), com 95 cv de potência, enquanto o novo elétrico da GM terá 102 cv, se vier com o mesmo motor utilizado pela fabricante em outros países. O GWM Ora 03 Skin (R$ 159.000), versão de entrada do elétrico, tem um preço similar ao do Dolphin, mas é muito mais potente, com 171 cv. Veja quais são os possíveis concorrentes do Chevrolet Spark. BYD Dolphin: R$ 159.800; BYD Dolphin Plus: R$ 184.800; BYD Yuan Pro: R$ 182.800 GWM Ora 03 Skin: R$ 159.000; GWM Ora 03 GT: R$ 187.000; Neta Aya: R$ 128.900; Neta X: R$ 204.900. O objetivo desse preço mais acessível é competir pelas vendas de elétricos no Brasil, amplamente dominadas por marcas chinesas. A BYD lidera com 64,21% de todas as vendas de 2024, seguida pela GWM com 11,04% do mercado. Em terceiro lugar está a Volvo, com 9,65% de participação. Embora tenha sido fundada na Suécia em 1927, a marca foi comprada em 2010 pelo grupo chinês Geely, que também tem parceria com a Renault. A Chevrolet está apenas na décima posição, com apenas 0,76% do mercado de carros elétricos zero km em 2024. Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Volte para o início. Crise no setor e crescimento dos chineses Fabio Rua diz que GM está preparada para encarar a concorrência chinesa O desenvolvimento de carros, em parceria com marcas da China, pode ser uma das armas da GM para enfrentar o crescimento das marcas daquele país. Já são dois veículos chineses sob marca da Chevrolet e que circulam pelo Brasil. Fabio Rua aponta que essa parceria com marcas da China pode ter ajudado a GM vender bem por lá. “A GM é uma empresa global. Ela tem sim uma joint venture com uma empresa chinesa. Temos várias fábricas na China, inclusive. No ano passado vendeu 1,8 milhão de carros na China”, diz Rua. “E temos essa possibilidade, né? Temos carros lá que são produzidos com uma competitividade maior, conseguimos trazer alguns desses carros para o Brasil como complemento de portfólio”, revela o executivo. g1 entrevista o vice-presidente da GM, Fabio Rua g1 | Fábio Tito No Brasil, Fabio Rua remete ao passado recente para encontrar meios para contornar a competitividade elevada de marcas chinesas. “A Chevrolet já encarou uma situação parecida com os coreanos [como Hyundai e Kia], já encarou uma situação parecida com os japoneses [como Toyota, Honda e Nissan] e agora está encarando uma situação, não só a Chevrolet, mas todas as montadoras”, aponta. Porém, o vice-presidente da GM na América do Sul aponta que é necessário rever os impostos para importação destes carros chineses. “O que a gente não pode é permitir que carros de tecnologias similares das que a gente vende e produz no Brasil, com alto conteúdo local, com grande esforço em garantir o respeito irrestrito das leis trabalhistas, que eles concorram com veículos que vêm de outros lugares, com subsídios ou estruturas que barateiem o preço”, comenta. Volte para o início. Juros estão altos, mas situação é menos nebulosa Fabio Rua, da GM, diz que situação econômica está menos nebulosa em 2025 Fabio Rua reconhece que as vendas da GM podem ser afetadas em 2025, como consequência da alta prevista na taxa básica de juros. Sobretudo porque o Brasil voltou ao primeiro lugar do ranking de maiores juros reais do mundo. “Se a taxa de juros chegar a esse patamar que você está dizendo [15%, previstos no boletim Focus, do BC], é possível que as vendas sejam impactadas, ou que o consumidor opte por fazer um financiamento mais curto, ou pagar à vista, como foi feito no passado”, comenta. Por outro lado, ele acredita em um 2025 menos nebuloso. “A gente tá no início do ano, né? Um ano que começou desafiador para a economia como um todo, mas não quer dizer que o ano vai terminar desafiador para a economia. (...) A gente tem motivos, sim, para olhar para frente e ver um horizonte menos nebuloso do que eu diria que está sendo pintado por aí”, diz o executivo. Volte para o início. Investimento no Brasil traz 10 carros eletrificados até 2030 Fabio Rua, da GM, fala sobre os investimentos para modernizar as fábricas brasileiras Em 2024, a GM anunciou uma rodada de investimentos até 2028, com valor de R$ 7 bilhões para todas as fábricas do Brasil. Deste total, R$ 5,5 bilhões estão alocados para as plantas do estado de São Paulo (em São Caetano do Sul e São José dos Pinhais). Parte desse investimento será usada para o desenvolvimento e lançamento de novos veículos. Já se sabe que o Onix passará por uma atualização significativa. Além disso, Fabio Rua revelou, em entrevista exclusiva ao g1, que até 2030 serão lançados 10 veículos eletrificados. “A gente deve produzir, ao longo dos próximos anos, em torno de 10 veículos eletrificados. Isso faz parte desse ciclo de investimento de R$ 7 bilhões", diz o vice-presidente da GM. “A planta de Joinville (SC) será fundamental no desenvolvimento e na produção de parte do que virá dessas novas tecnologias que a gente anunciou, que chegarão no país até, vou dizer aqui, até o final da década. Esses 10 veículos eletrificados dos quais a gente tá falando." g1 entrevista o vice-presidente da GM, Fabio Rua g1 | Fábio Tito Os primeiros serão híbridos leves com motor flex, até então focados em dois carros que serão fabricados em São Caetano do Sul (SP). Ela é a fábrica mais antiga do grupo no país e, atualmente, abriga a produção da picape Montana, do SUV compacto Tracker e da minivan Spin. Após esses dois primeiros híbridos leves, a GM oferecerá todas as versões possíveis de sistemas eletrificados, desde modelos plug-in, que são conectados a fontes externas de eletricidade, até híbridos plenos, em que o próprio sistema gera a energia necessária. Para o futuro, Fabio acredita que a GM fabricará apenas carros elétricos ou híbridos no Brasil. “Vai chegar num determinado momento, e aí depende de condições de mercado, em que a gente só vai produzir carros eletrificados no Brasil, todas as montadoras, né? A gente tá vendo uma boa aceitação por parte do consumidor em relação a híbridos e 100% elétricos.” Volte para o início.

Produzido em Taubaté, novo SUV Tera será revelado pela Volkswagen no carnaval do Rio de Janeiro; veja o que se sabe


De acordo com a montadora alemã, o novo carro será revelado no domingo (2). Essa será a primeira aparição pública do modelo. Ainda não há previsão para o lançamento. Veja o que se sabe sobre a produção do Volkswagen Tera, novo SUV que será produzido em Taubaté, SP Reprodução O Volkswagen Tera - novo SUV da montadora alemã - será oficialmente revelado no próximo domingo (2), durante o carnaval do Rio de Janeiro, na Sapucaí. Segundo a Volks, essa será a primeira aparição pública do modelo. O novo Volkswagen Tera - modelo SUV da montadora alemã - será revelado para o público no próximo domingo (2), durante o carnaval no Rio de Janeiro, na Sapucaí. A informação foi confirmada ao g1 pela Volks. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp O modelo foi 100% desenvolvido no Brasil e será produzido na fábrica da montadora em Taubaté, no interior de São Paulo. Ainda não há previsão de qual o mês de lançamento do novo carro nas concessionárias, mas, segundo a empresa, vai acontecer neste ano. “O próximo lançamento, ainda neste ano, é um produto bastante aguardado no mercado: o Volkswagen Tera, que inclusive vai ser produzido na nossa planta de Taubaté, onde hoje é produzido o Polo também. A região vai ganhar bastante com o novo produto e a Volkswagen continua investindo nessa planta”, afirmou o gerente executivo de Marketing do Produto e Planejamento de Vendas da Volkswagen na América do Sul, Max Frik. Também não há confirmação do preço que o Tera será vendido, mas a tendência é que ele seja mais barato que os outros SUVs da Volkswagen, como o T-Cross, carro mais vendido da categoria no Brasil em 2024, com 83.990 unidades, e que custa a partir de R$ 150 mil. A ideia da montadora alemã é que o Tera seja o SUV mais barato da empresa - por conta disso, o novo modelo tem sido apelidado de Gol dos SUVs, em alusão ao Gol, modelo que chegou a ser o carro mais vendido no país por 27 anos. “Ele vem como um carro de entrada na linha do SUV, é a primeira linha, o SUV mais compacto que tem. E é o primeiro carro da Volks no Brasil nesse segmento. Vem para competir de igual para igual com todos os carros do mercado, com um arrojado, diferente do que a gente está acostumado a ver, então o público poderá vê-lo no dia 2 de março, na Sapucaí”, disse Claudio Baptista, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté. Volkswagen anuncia nome do novo SUV desenvolvido 100% no Brasil Por conta do preço baixo, a expectativa é que o Tera passe a ser o líder de vendas entre os SUVs no Brasil. “Por ele ser um carro de entrada, a expectativa de venda é altíssima. A gente trabalha para que ele seja o líder de venda no segmento”, completou. 🚗 O que é um SUV? Na tradução livre, a sigla de origem inglesa (Sport Utility Vehicle) significa Veículo Utilitário Esportivo, um modelo considerado versátil que nasceu com o objetivo de oferecer um espaço confortável aos passageiros e capacidade de passar por terrenos mais acidentados. O segmento dos SUVs é dominante no Brasil, com 48,22 % de todos os carros zero km vendidos em 2024. Esse número só vem crescendo ao longo dos anos e é 2,76% maior que o de 2023. VW Tera foi o nome escolhido pela Volskwagen para o novo SUV que será fabricado em Taubaté, SP Divulgação/Volkswagen Produção Apesar do Tera estar próximo a ser revelado, ele ainda não é produzido em série. A previsão é que a produção em grande escala comece em março. “A gente já vem produzindo carros desde o ano passado, com todas as etapas de produção do veículo, até começar a produção em grande escala, que deve iniciar a partir de março”, explicou Claudio Baptista. “É um carro que tem um potencial grande de exportação. Não deverá ser produzido só no Brasil, poderá futuramente ser produzido no continente africano. Essa é a expectativa. Mas é um carro com potencial gigantesco e produzido no Brasil, com tecnologia e designers brasileiros.” Até o ano passado, o Tera era acessível para poucos funcionários da montadora em Taubaté, para que imagens do modelo não vazassem. O carro era lacrado e só passava por testes no horário de almoço dos trabalhadores. Fábrica da Volkswagen em Taubaté; planta da Volks em Taubaté Reprodução/ TV Vanguarda Linha do tempo do Tera Em setembro do ano passado, algumas imagens do Tera foram reveladas pela Volkswagen em uma ação no Rock In Rio. Um estande foi colocado à mostra para que o público pudesse ver faróis, lanternas e a silhueta do carro. Em novembro, o nome do veículo foi anunciado pela empresa. Segundo a montadora, o nome com quatro letras "retoma a tradição de SUVs da marca com a letra 'T' e tem nome inspirado na tecnologia". A Volkswagen tem outros tipos de SUVs que começam com a letra, como, por exemplo, o T-Cross, o Taos e o Tiguan. Também em novembro de 2024, o novo SUV foi visto com adesivagem camuflada, fazendo testes pelas ruas da região central de Taubaté. Na imagem é possível ver outros dois modelos já revelados pela montadora: o Virtus Exclusive e o Nivus GTS. O carro camuflado é o último a passar pela rua. O anúncio de que o novo SUV seria produzido em Taubaté foi feito pela Volks em agosto de 2024, durante um evento em São Bernardo do Campo, no qual a montadora informou que vai destinar R$ 13 bilhões em investimentos para suas três unidades no estado de São Paulo - Taubaté, São Bernardo do Campo e São Carlos. Camuflado, novo SUV da Volkswagen é flagrado circulando pela região central de Taubaté VW Tera foi o nome escolhido pela Volskwagen para o novo SUV que será fabricado em Taubaté, SP Divulgação/Volkswagen Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina

ENTREVISTA: VP da GM confirma SUV compacto da marca, e garante atualização do Onix


Em exclusiva ao g1, Fabio Rua comenta os investimentos de R$ 7 bilhões no país e cenário menos nebuloso para o comprador, que lida com a alta da taxa de juros brasileira. g1 entrevista o vice-presidente da GM, Fabio Rua g1 | Fábio Tito Fabio Rua é vice-presidente da GM na América do Sul e promete 10 carros eletrificados no Brasil até 2030 g1 A Chevrolet completou 100 anos de Brasil em 2025, e prepara mudanças importantes. Depois de anunciar R$ 7 bilhões em investimentos no país, começam a surgir os primeiros destinos para o dinheiro. Já se sabe, por exemplo, que uma das prioridades é modernizar as fábricas brasileiras. As unidades de São Caetano (SP), São José dos Campos (SP) e Joinville (SC) receberão melhorias para produzir novos modelos, com novas tecnologias. Mas, em entrevista exclusiva ao g1, o vice-presidente da General Motors Brasil, Fabio Rua, revela um dos mais importantes movimentos da montadora: a entrada na disputa entre os SUVs de entrada, um dos segmentos que mais cresce em vendas no país. “Me permitam uma surpresa, mas a resposta é sim. Qual é o produto, quando ele será fabricado, em que planta ele será fabricado, em breve vocês saberão”, diz o executivo. A brigas entre SUVs compactos, com preços a partir dos R$ 100 mil, é das mais acirradas do mercado. No ano passado foram lançados Renault Kardian e Citroën Basalt, que disputam com Fiat Pulse e Nissan Kicks. Nesta semana, a Volkswagen entra no jogo com o lançamento do Tera. Ainda que a data para o novo SUV esteja sob completo sigilo, Rua reforça que a marca pretende lançar até cinco novos modelos em 2025. Além disso, serão 10 veículos eletrificados no Brasil até 2030, de híbridos leves a 100% elétricos. O executivo também confirmou ao g1 que o Onix será reestilizado. O carro mais vendido da marca foi líder de vendas entre 2015 e 2019, mas amarga uma forte queda de vendas desde então. “Não espere que ele saia do nosso portfólio, porque ele é dos filhos mais queridos da Chevrolet no Brasil. Então assim, esperem uma atualização do Onix em algum momento, sem dúvida alguma”, afirma o executivo. O desencanto com o Onix, inclusive, causou uma revisão de atividades na fábrica da GM em Gravataí (RS). Enquanto o sindicato dos metalúrgicos fala em paralisação da produção, a GM diz que a planta gaúcha passará por reformulação, mas manterá um dos turnos. Veja a entrevista na íntegra no vídeo abaixo. Fabio Rua, vice-presidente da General Motors Brasil, concedeu entrevista exclusiva ao g1 A seguir, clique nos links para assistir aos cortes com os principais destaques. SUV subcompacto inédito é confirmado; Onix precisa de atualização; GM diz que produção em Gravataí (RS) não será paralisada; Spark EUV virá como elétrico mais barato da marca; Como fazer frente às marcas da China; Juros estão altos, mas situação é menos nebulosa para 2025; Investimento no Brasil traz 10 carros eletrificados até 2030. g1 entrevista o vice-presidente da GM, Fabio Rua g1 | Fábio Tito SUV subcompacto inédito é confirmado Fabio Rua confirma que Chevrolet terá SUV para brigar com VW Tera e Fiat Pulse Fabio Rua é sutil e manteve mistério, mas confirmou que a Chevrolet vai entrar na briga dos pequenos SUVs. Não disse quando chega, nem onde será produzido, mas também reconheceu que a resposta está na própria entrevista concedida ao g1. “Já tem pistas que eu dei ao longo dessa entrevista que talvez possa ajudá-los a montar esse quebra-cabeça”, brincou. Aqui está a pista: o executivo revelou que a fábrica de Gravataí usará parte do investimento anunciado para a produção de um modelo inédito, em que a empresa "ainda" não atua. “O investimento de R$ 1,2 bilhão que anunciamos para nossa planta de Gravataí (RS) será destinado à produção de um veículo em uma categoria na qual ainda não atuamos, e que será revelado este ano”, afirmou o executivo. Atualmente, a Chevrolet produz na fábrica de Gravataí o hatch Onix e sua versão sedã, o Onix Plus. A ver se sairá de lá o modelo que já até recebeu o apelido de “SUV do Onix”. Volte para o início. Onix precisa de atualização Fabio Rua, da GM, garante que o Onix será renovado e não vai sair de linha O Onix teve uma época gloriosa, mas já faz tempo que não é mais o mesmo. Em 2019, no auge, foram emplacados mais de 240 mil unidades do Onix. Em 2024, o hatch não conseguiu ultrapassar a barreira dos 100 mil veículos vendidos. O executivo reconheceu a queda e apostou na falta de atualização como um dos fatores que contribuíram para o veículo não retomar o sucesso no pós pandemia. “O Onix é um sucesso há décadas, com oscilações de aceitação do público ao longo do tempo, este que culmina talvez com períodos mais extensos sem uma atualização um pouco mais expressiva”, comenta Fabio Rua. Passada a hora de uma reestilização, Rua garantiu que o Onix receberá melhorias para continuar no catálogo da marca. Volte para o início. GM diz que produção em Gravataí (RS) não será paralisada Fabio Rua, da GM, afirma que não existe paralisação na fábrica de Gravataí (RS) Falando em Gravataí, a Chevrolet anunciou no início do mês que estava em processo de negociação com o sindicato dos metalúrgicos para suspender temporariamente os contratos de trabalho de parte das equipes (lay-offs) em abril para reduzir a produção de seus veículos de entrada, Onix e Onix Plus. "Estamos trabalhando com a negociação sindical, ela é fundamental para a gente conseguir fazer os nossos planos. A gente não vai avançar em definição nenhuma sem ter um bom entendimento", diz Rua. Segundo Valcir Ascari, presidente do sindicato de Gravataí, o acordo previa um lay-off de dois meses e oito dias, a partir do dia 22 de abril. Na época, a empresa e os representantes do sindicato ainda estavam em negociação. Na entrevista ao g1, Fabio Rua afirma categoricamente que não há plano de paralisação total da fábrica do Rio Grande do Sul e que a medida seria somente para redução de turnos. “A gente não vai deixar de fabricar nem Onix e nem Onix Plus. A gente está reduzindo o volume de produção. Esses carros continuam sendo fabricados. Não é paralisação. Não tem paralisação. Tem turno rodando", aponta o executivo. Volte para o início. Spark EUV virá como elétrico mais barato da marca Fabio Rua, da GM, comenta o último lançamento da marca, o elétrico Spark EUV O último grande anúncio oficial da GM foi a chegada do Spark EUV, um modelo 100% elétrico de entrada. A GM teve sua primeira experiência de elétrico com o hatch e o utilitário Bolt, que nunca emplacou por aqui. A lição parece ter sido aprendida: Rua garante que o preço será mais baixo do que os R$ 279 mil cobrados pelo Bolt em 2023. Rua também adiantou que o Spark EUV será um concorrente de outros carros elétricos de desempenho semelhante. g1 entrevista o vice-presidente da GM, Fabio Rua g1 | Fábio Tito Nesse mercado, temos o BYD Dolphin de entrada (R$ 159.800), com 95 cv de potência, enquanto o novo elétrico da GM terá 102 cv, se vier com o mesmo motor utilizado pela fabricante em outros países. O GWM Ora 03 Skin (R$ 159.000), versão de entrada do elétrico, tem um preço similar ao do Dolphin, mas é muito mais potente, com 171 cv. Veja quais são os possíveis concorrentes do Chevrolet Spark. BYD Dolphin: R$ 159.800; BYD Dolphin Plus: R$ 184.800; BYD Yuan Pro: R$ 182.800 GWM Ora 03 Skin: R$ 159.000; GWM Ora 03 GT: R$ 187.000; Neta Aya: R$ 128.900; Neta X: R$ 204.900. O objetivo desse preço mais acessível é competir pelas vendas de elétricos no Brasil, amplamente dominadas por marcas chinesas. A BYD lidera com 64,21% de todas as vendas de 2024, seguida pela GWM com 11,04% do mercado. Em terceiro lugar está a Volvo, com 9,65% de participação. Embora tenha sido fundada na Suécia em 1927, a marca foi comprada em 2010 pelo grupo chinês Geely, que também tem parceria com a Renault. A Chevrolet está apenas na décima posição, com apenas 0,76% do mercado de carros elétricos zero km em 2024. Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Volte para o início. Crise no setor e crescimento dos chineses Fabio Rua diz que GM está preparada para encarar a concorrência chinesa O desenvolvimento de carros, em parceria com marcas da China, pode ser uma das armas da GM para enfrentar o crescimento das marcas daquele país. Já são dois veículos chineses sob marca da Chevrolet e que circulam pelo Brasil. Fabio Rua aponta que essa parceria com marcas da China pode ter ajudado a GM vender bem por lá. “A GM é uma empresa global. Ela tem sim uma joint venture com uma empresa chinesa. Temos várias fábricas na China, inclusive. No ano passado vendeu 1,8 milhão de carros na China”, diz Rua. “E temos essa possibilidade, né? Temos carros lá que são produzidos com uma competitividade maior, conseguimos trazer alguns desses carros para o Brasil como complemento de portfólio”, revela o executivo. g1 entrevista o vice-presidente da GM, Fabio Rua g1 | Fábio Tito No Brasil, Fabio Rua remete ao passado recente para encontrar meios para contornar a competitividade elevada de marcas chinesas. “A Chevrolet já encarou uma situação parecida com os coreanos [como Hyundai e Kia], já encarou uma situação parecida com os japoneses [como Toyota, Honda e Nissan] e agora está encarando uma situação, não só a Chevrolet, mas todas as montadoras”, aponta. Porém, o vice-presidente da GM na América do Sul aponta que é necessário rever os impostos para importação destes carros chineses. “O que a gente não pode é permitir que carros de tecnologias similares das que a gente vende e produz no Brasil, com alto conteúdo local, com grande esforço em garantir o respeito irrestrito das leis trabalhistas, que eles concorram com veículos que vêm de outros lugares, com subsídios ou estruturas que barateiem o preço”, comenta. Volte para o início. Juros estão altos, mas situação é menos nebulosa Fabio Rua, da GM, diz que situação econômica está menos nebulosa em 2025 Fabio Rua reconhece que as vendas da GM podem ser afetadas em 2025, como consequência da alta prevista na taxa básica de juros. Sobretudo porque o Brasil voltou ao primeiro lugar do ranking de maiores juros reais do mundo. “Se a taxa de juros chegar a esse patamar que você está dizendo [15%, previstos no boletim Focus, do BC], é possível que as vendas sejam impactadas, ou que o consumidor opte por fazer um financiamento mais curto, ou pagar à vista, como foi feito no passado”, comenta. Por outro lado, ele acredita em um 2025 menos nebuloso. “A gente tá no início do ano, né? Um ano que começou desafiador para a economia como um todo, mas não quer dizer que o ano vai terminar desafiador para a economia. (...) A gente tem motivos, sim, para olhar para frente e ver um horizonte menos nebuloso do que eu diria que está sendo pintado por aí”, diz o executivo. Volte para o início. Investimento no Brasil traz 10 carros eletrificados até 2030 Fabio Rua, da GM, fala sobre os investimentos para modernizar as fábricas brasileiras Em 2024, a GM anunciou uma rodada de investimentos até 2028, com valor de R$ 7 bilhões para todas as fábricas do Brasil. Deste total, R$ 5,5 bilhões estão alocados para as plantas do estado de São Paulo (em São Caetano do Sul e São José dos Pinhais). Parte desse investimento será usada para o desenvolvimento e lançamento de novos veículos. Já se sabe que o Onix passará por uma atualização significativa. Além disso, Fabio Rua revelou, em entrevista exclusiva ao g1, que até 2030 serão lançados 10 veículos eletrificados. “A gente deve produzir, ao longo dos próximos anos, em torno de 10 veículos eletrificados. Isso faz parte desse ciclo de investimento de R$ 7 bilhões", diz o vice-presidente da GM. “A planta de Joinville (SC) será fundamental no desenvolvimento e na produção de parte do que virá dessas novas tecnologias que a gente anunciou, que chegarão no país até, vou dizer aqui, até o final da década. Esses 10 veículos eletrificados dos quais a gente tá falando." g1 entrevista o vice-presidente da GM, Fabio Rua g1 | Fábio Tito Os primeiros serão híbridos leves com motor flex, até então focados em dois carros que serão fabricados em São Caetano do Sul (SP). Ela é a fábrica mais antiga do grupo no país e, atualmente, abriga a produção da picape Montana, do SUV compacto Tracker e da minivan Spin. Após esses dois primeiros híbridos leves, a GM oferecerá todas as versões possíveis de sistemas eletrificados, desde modelos plug-in, que são conectados a fontes externas de eletricidade, até híbridos plenos, em que o próprio sistema gera a energia necessária. Para o futuro, Fabio acredita que a GM fabricará apenas carros elétricos ou híbridos no Brasil. “Vai chegar num determinado momento, e aí depende de condições de mercado, em que a gente só vai produzir carros eletrificados no Brasil, todas as montadoras, né? A gente tá vendo uma boa aceitação por parte do consumidor em relação a híbridos e 100% elétricos.” Volte para o início.

Elon Musk perde mais de R$ 100 bilhões em um dia por vendas decepcionantes da Tesla na Europa


Vendas fracas também acontecem na China, onde Elon Musk liberou novas funções de direção inteligente para responder aos avanços de rivais como a BYD. Parte significativa da fortuna de Elon Musk está ligada às suas ações da Tesla AP Photo/Matt Rourke As ações da Tesla caíram 9% na Bolsa de Valores de Nova York nesta terça-feira (25), uma reação dos investidores às vendas decepcionantes na Europa e à forte incursão do CEO Elon Musk na política. Segundo a revista Forbes, a queda abrupta das ações da Tesla fez Elon Musk perder US$ 17,6 bilhões, cerca de R$ 101,7 bilhões, de sua fortuna. O valor é alto, mas significa um recuo de 4,63% na fortuna de US$ 363 bilhões. Mesmo com a queda, Elon Musk segue como a pessoa mais rica do mundo. Em segundo lugar aparece Jeff Bezos, CEO da Amazon e com patrimônio de US$ 227,5 bilhões e o montante é 37,5% menor que tudo que o CEO da Tesla tem. A terceira colocação do pódio é de Mark Zuckerberg, com fortuna de US$ 227,1 bilhões. A Tesla vendeu menos de 10 mil unidades na Europa no mês passado, uma queda de 45% em relação ao ano anterior. A queda das ações fez com que sua capitalização de mercado voltasse a ficar abaixo de US$ 1 trilhão de dólares (cerca de R$ 5,7 trilhões), algo que não acontecia desde novembro do ano passado. Além disso, investidores estão atentos a Elon Musk, que assumiu um papel de destaque no governo dos Estados Unidos, como assessor do presidente republicano Donald Trump . Ele também expressou apoio a líderes políticos de extrema direita na Europa, inclusive na última eleição na Alemanha, o que atraiu críticas de alguns políticos europeus. O preço das ações da Tesla disparou após a eleição nos EUA em novembro passado, devido à confiança dos investidores de que a proximidade entre Musk e Trump poderia ajudar seus negócios. Os fracos números de vendas na Europa parecem ter abalado esse otimismo, pelo menos por enquanto, e levantaram preocupações de que o que pode ser popular nos EUA venha a prejudicar o sucesso da empresa em outros lugares. LEIA MAIS Trump assina decreto que impõe tarifas de 25% para importações de aço e alumínio Os países que mais serão impactados por tarifa de 25% sobre aço e alumínio nos EUA Governo não deve responder de imediato com reciprocidade em medidas de Trump g1 testou: a primeira Tesla Cybertruck que veio para o Brasil Tesla também enfrenta obstáculos na China Além dos desafios na Europa, a Tesla enfrenta uma forte concorrência de fabricantes como a BYD na China, um mercado importante para veículos elétricos. Nesta semana, a Tesla passou a oferecer recursos avançados de direção autônoma para seus carros na China, pouco tempo após a BYD informar que introduziria a tecnologia, junto de inteligência artificial, em quase todos os seus veículos. Um comunicado da Tesla descreve as funções como similares ao "Full Self-Driving" (FSD, direção autônoma completa), que a empresa já oferece nos Estados Unidos. Carros com esta capacidade não são totalmente autônomos e devem ser usados com a supervisão de um motorista, mas conseguem manter o veículo centralizado na via, podem fazer curvas, ultrapassar outros automóveis e respeitar todas as placas de trânsito, além dos semáforos. A informação foi divulgada inicialmente pelo jornal estatal Shanghai Daily. A Tesla informou na rede social chinesa WeChat que lançará gradualmente uma atualização do software que inclui "direção assistida por piloto automático nas ruas da cidade", assim como uma função de espelho retrovisor que detecta se os motoristas estão prestando atenção. A atualização "já foi lançada para alguns modelos de veículos e será gradualmente lançada para outros modelos de carros adequados", disse a Tesla. A China é um mercado importante para a Tesla, que tem duas fábricas no país e tenta competir com as fabricantes locais, em plena expansão. A Tesla tenta há muitos anos obter a aprovação para o FSD na China, onde precisa cumprir as leis rígidas de dados e privacidade. O CEO da empresa, Elon Musk, visitou a China diversas vezes nos últimos anos para tentar obter a aprovação para seus modelos fabricados no país asiático. Apesar do cenário complexo, Musk é uma figura popular na China, onde é considerado um empresário bem-sucedido e influente. Elon Musk tem quase 2,3 milhões de seguidores na rede social chinesa Weibo e sua mãe, Maye Musk, já apareceu em comerciais de várias marcas chinesas. O site da Tesla na China foi atualizado para permitir que os clientes escolham a "função de direção inteligente assistida FSD" como um produto disponível nos carros. Clientes recorreram às redes sociais para exibir as novas funções, com vídeos que mostram pessoas dirigindo sem as mãos no volante. As empresas de tecnologia e as montadoras de automóveis chinesas investiram bilhões de dólares na tecnologia de direção autônoma, para tentar equiparar seus modelos aos líderes do setor nos Estados Unidos. Embora os consumidores chineses ainda não possam adquirir veículos completamente autônomos, Pequim já aprovou vários serviços de táxi de direção autônoma em grandes cidades.

City, trail ou crossover? VÍDEO mostra qual moto se encaixa melhor no seu dia a dia


Moto para cidade, para trilha ou para todos os terrenos? Cada uma tem um propósito e é preciso entendê-los para fazer a melhor escolha. As diferenças entre motos Trail, City e Crossover O mundo das motos, assim como o dos carros, possui diversas categorias e modelos. Entre os carros, é fácil diferenciar um SUV de um sedã, mas nas motos essa tarefa pode ser mais desafiadora. Abaixo, o g1 te ajuda a explorar as características das motos city, trail e crossover para entender melhor suas particularidades e usos. As city são projetadas para uso urbano, oferecem agilidade e economia de combustível. As trail são ideais para terrenos acidentados e trilhas, com suspensão reforçada e pneus adequados. As crossovers combinam características de motos diferentes, proporcionando versatilidade. Essas classificações ajudam os consumidores a entender o propósito de cada modelo. Descubra a seguir qual moto se adequa melhor ao seu estilo de vida. LEIA MAIS Como funciona a frenagem autônoma de emergência e quanto custa ter no seu carro? Uber passa a permitir que motoristas bloqueiem passageiros Lecar mostra maquete do 459, que será o primeiro carro híbrido brasileiro; veja FOTOS City (ou Street) Honda CG Divulgação As motos city são projetadas para uso urbano. Oferecem facilidade de pilotagem e praticidade no dia a dia, são conhecidas por serem econômicas, acessíveis e duráveis. São uma escolha certa para quem precisa de um meio de transporte eficiente na cidade, por isso são as mais vendidas. A Honda CG 160 é o principal expoente dessa categoria, sendo a moto líder de vendas há 49 anos. Suas principais características incluem: Altura do banco: 79 cm, facilitando o acesso mesmo para os mais baixos; Largura: 74 cm, permitindo uma passagem mais fácil pelos corredores; Rodas: 18 polegadas, com paralamas próximos das rodas para evitar sujeira; Economia de combustível: são conhecidas por serem extremamente econômicas; Manutenção: manter essas motos é simples e barato, com facilidade de encontrar peças originais e paralelas. 2 pontos positivos e negativos da Honda CG 160 Trail Honda NXR 160 Bros tem roda de 19 polegadas na dianteira e 17 polegadas na traseira Vinicius Montoia | g1 As motos trail são voltadas para aventuras fora de estrada. São mais altas e robustas para enfrentar terrenos irregulares, combinam a robustez necessária para trilhas e terrenos acidentados com conforto. São perfeitas para quem busca aventura e não tem medo de encarar trilhas e terrenos difíceis, oferecendo versatilidade em diferentes tipos de terrenos. Mas conseguem ser tão práticas quanto as motos urbanas, especialmente os modelos de cilindrada menor, como a Honda NXR 160 Bros e a Yamaha Lander 250. Suas características incluem: Altura do banco: 83 cm, o que pode dificultar a pilotagem de pessoas de menor estatura; Maior altura do solo: proporciona mais capacidade de transpor obstáculos; Largura: 81 cm, com guidão mais largo para facilitar mudanças de direção; Rodas: maiores na frente e menores atrás, ideais para encarar terrenos acidentados; Paralamas: altos para evitar acúmulo de lama; Suspensão: curso mais longo e com sanfona para proteger o amortecedor. Pneus mistos: adaptados tanto para o asfalto quanto para terrenos off-road, com sulcos maiores para sair de atoleiros. Construção robusta: muitas vezes possuem proteções adicionais, como para-lamas elevados e chassi reforçado. Honda NXR 160 Bros: conheça a nova trail e veja o teste do g1 Crossover Shineray Storm 200 tem rodas de 17 polegadas Divulgação | Shineray A definição de crossover serve tanto para carros quanto para motos. O termo em inglês pode ser traduzido como “cruzamento”, em que a fusão de características pode fazer surgir um veículo totalmente diferente dos padrões. Entre os carros, o Mitsubishi Eclipse Cross é um exemplo de crossover que junta características de cupê com a de utilitários esportivos. Entre as motos, há modelos como a Shineray Storm 200. As motos crossovers são projetadas para oferecer uma experiência de pilotagem única, permitindo que o piloto transite em ambientes urbanos e terrenos off-road. Elas podem não agradar em todos os aspectos, pois é fácil ultrapassar a linha de "fazer tudo, mas nada com perfeição". Suas características incluem: Altura do banco: 79 cm, semelhante às motos City; Largura: 78 cm, um meio-termo entre City e Trail; Rodas: 17 polegadas, iguais na frente e atrás; Design: agressivo e aventureiro, com pequenos parabrisas e paralamas mais altos, assim como nas Trail; Pneus mistos: projetados para oferecer aderência tanto no asfalto quanto em pisos de baixa tração, como terra batida; Ergonomia de pilotagem: posição de pilotagem elevada e confortável, que proporciona maior visibilidade e controle. Nova Shineray Storm 200 por R$ 18.990

IPVA 2025: posso registrar meu carro em um estado que cobra menos imposto?


Parece óbvio que é melhor registrar o veículo em um estado com IPVA mais baixo, mas é preciso seguir as regras para que isso seja feito de forma legal. Registrar o carro em estado sem comprovação de residência pode ser tipificado como crime de falsidade ideológica Divulgação O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) é uma das despesas mais altas que os brasileiros enfrentam no início do ano, seja em cota única ou parcelado. E muita gente se pergunta: vale a pena comprar um carro em um estado onde o imposto é mais barato? Como se sabe, as alíquotas variam de estado para estado. Um carro avaliado em R$ 100 mil paga R$ 2 mil em Santa Catarina (2%), mas chega a R$ 4 mil em São Paulo (4%). De acordo com o advogado tributarista Otávio Massa, há vantagens em registrar o veículo em um estado com IPVA mais baixo, mas é crucial seguir a lei. As punições por não cumprir as regras vão desde multas até pena de prisão. Saiba mais abaixo. LEIA MAIS Isenção de IPVA: saiba quais estados liberam carros híbridos e elétricos do imposto Como funciona a frenagem autônoma de emergência e quanto custa ter no seu carro? Lecar mostra maquete do 459, que será o primeiro carro híbrido brasileiro; veja FOTOS Carros que vão pagar mais de R$ 1 milhão de IPVA 💸 Regras para pagar um IPVA menor Parece óbvio que é melhor registrar o veículo em um estado com IPVA mais baixo, mas é preciso seguir as regras para que isso seja feito de forma legal. Para que um consumidor comum registre o carro em um estado com alíquota mais baixa, é necessário ter um endereço fixo nesse estado, que pode ser residencial ou comercial. O cidadão precisa apenas declarar o local de residência e assinar um termo reconhecendo que prestar uma falsa declaração é crime, conforme o artigo 299 do Código Penal, que trata da falsidade ideológica. Para locadoras de veículos, a regra é diferente: elas devem pagar o IPVA no estado onde os veículos circulam, e não no estado onde está localizada a sede da empresa. Além disso, ao comprar um carro em outro estado, é importante considerar os custos de transporte do veículo até o local onde será usado, além das taxas de licenciamento e documentação, que também podem variar de estado para estado. Alguns estados oferecem isenção de IPVA para elétricos e híbridos. Esses incentivos fiscais são oferecidos para este tipo de veículo antes da aquisição. “Isso é especialmente relevante em estados que oferecem alíquotas reduzidas para veículos híbridos ou elétricos, combinando benefícios fiscais com incentivos à sustentabilidade”, explica Otávio Massa. ⚠️ Punições por registrar um veículo em outro estado Registrar um veículo em um estado diferente do de domicílio é uma prática ilegal e pode resultar em punições severas. “A falta de comprovação de residência pode ser interpretada como fraude fiscal, gerando multas e cobranças retroativas. Para locadoras, o IPVA será devido no estado onde o veículo é efetivamente usado”, explica Massa. Segundo o advogado tributarista, os estados têm mecanismos para identificar veículos que circulam regularmente em seu território, mas estão registrados em outro estado. Entre os métodos de fiscalização, estão câmeras e radares com inteligência artificial que identificam placas e cruzam a informação do IPVA com o endereço residencial informado no Imposto de Renda. O Departamento Estadual de Trânsito do Espírito Santo (Detran-ES) informa que, segundo o artigo 242 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), fazer uma falsa declaração de domicílio para fins de registro, licenciamento ou habilitação é uma infração de trânsito gravíssima. Isso resulta em sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação, uma multa de R$ 293,47 e é considerado falsidade ideológica, punível com reclusão de um a três anos. “Infelizmente, muitas pessoas ainda registram veículos em estados diferentes de onde residem para economizar no valor do IPVA, esquecendo que isso é contra a lei. Além disso, essa prática prejudica a comunicação entre os órgãos de trânsito e os proprietários de veículos, impedindo-os de receber notificações de infração de trânsito, recall, entre outras comunicações”, disse Givaldo Vieira, diretor-geral do Detran-ES e presidente da Associação Nacional dos Detrans. ADAS: como funciona a frenagem autônoma de emergência?

Por que os Super Híbridos da BYD estão entre os mais vendidos do Brasil?


Ao combinar tecnologia de ponta, economia e potência impressionante, BYD lidera nas vendas de modelos desta categoria. Entenda. BYD King Divulgação A busca por carros que unam economia, potência e versatilidade tem crescido entre os brasileiros, especialmente diante dos altos preços dos combustíveis e das crescentes preocupações ambientais. Nesse cenário, a BYD desponta como líder no mercado de híbridos no Brasil, com uma proposta que vai além do convencional: os Super Híbridos. Modelos como o Song Pro, Song Plus, Song Plus Premium, King e Shark são exemplos de inovação tecnológica que os colocam em um patamar superior. Em 2024, a BYD consolidou-se como líder no mercado brasileiro de veículos eletrificados, com mais de 76 mil unidades emplacadas, representando um crescimento superior a 327,68% em relação ao ano anterior. Um em cada 4 carros híbridos vendidos no Brasil é da BYD. Os modelos híbridos plug-in (PHEV) da marca, como o Song Plus e o Song Pro, destacaram-se entre os mais vendidos, com 16.855 e 3.950 unidades emplacadas, respectivamente. A liderança é contínua No primeiro bimestre de 2025, a BYD manteve a liderança, registrando 4.010 veículos híbridos vendidos apenas em janeiro, correspondendo a 31,64% do mercado de híbridos no país. Dados da Fenabrave apontam que o utilitário híbrido Song Plus foi o carro mais vendido da marca no primeiro mês do ano, com 3.185 unidades. Também foi o modelo de uma montadora chinesa mais vendido do país. A preferência dos brasileiros pelos Super Híbridos da BYD pode ser atribuída à combinação de tecnologia avançada, eficiência energética e uma rede de concessionárias em expansão, fatores que tornam os veículos da marca uma opção atraente para consumidores que buscam inovação e sustentabilidade. A alta procura pelos Super Híbridos Os modelos da BYD ganharam o título de Super Híbridos graças aos diferenciais que os destacam dos concorrentes. Mais do que veículos híbridos tradicionais, eles combinam eficiência energética, autonomia superior e um desempenho que impressiona até os motoristas mais exigentes. Com tecnologia de ponta, os modelos desta categoria oferecem uma versatilidade única: é possível alternar entre os modos elétrico, à combustão, híbrido e até aproveitar a regeneração da bateria enquanto o veículo está em movimento. Modelos como o Song Pro, King e Shark maximizam a eficiência do consumo de energia, garantindo economia sem sacrificar a potência. Além disso, a BYD redefiniu o desempenho dos híbridos com potências que chegam a impressionantes 437cv e aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 5,7 segundos, como no caso dos modelos Song Plus Premium e Shark. Isso transforma o conceito de carros híbridos, mostrando que eficiência e performance podem andar lado a lado. Mais econômicos O impacto no bolso dos consumidores também é um ponto alto dos Super Híbridos da BYD. Com os preços da gasolina em constante alta, a economia gerada por esses veículos se torna um atrativo inegável. Para os modelos Song Pro e King, a economia anual pode chegar a R$ 20 mil, uma diferença significativa para quem roda muito no dia a dia. Quando o assunto é consumo, o Song Plus se destaca como um dos SUVs mais eficientes do mercado, atingindo até 44 km/L. Essa eficiência não só reduz custos como também contribui para um menor impacto ambiental. Autonomia e versatilidade Outra vantagem dos Super Híbridos BYD é a sua autonomia superior. O Song Plus, por exemplo, pode rodar até 1.200 km com um único tanque de combustível, tornando-o ideal para longas viagens sem a necessidade de paradas constantes. A versatilidade dos modelos também chama a atenção. O motorista pode escolher o modo de condução mais adequado ao trajeto ou à sua preferência, com a segurança de saber que a bateria se regenera enquanto o carro está em movimento. Outro ponto para os Super Híbridos da BYD é a liberdade para escolher se deseja, ou não, carregar na tomada por ser plug-in. Os modelos representam uma nova opção para o consumidor brasileiro, possibilitando rodar apenas no modo elétrico e ir recarregando para economizar combustível ou usar normalmente já que não precisa obrigatoriamente ser carregado e mesmo assim é supereconômico. Essa tecnologia, aliada ao consumo eficiente e à potência impressionante, oferece uma experiência de direção que vai além das expectativas Acesse o site da BYD e veja mais sobre os Super Híbridos.

Uber passa a permitir que motoristas bloqueiem passageiros


Além das notas baixas, nova ferramenta permite que motoristas da plataforma não recebam mais chamados de passageiros indesejados. Foto ilustrativa mostra logo da empresa Uber em para-brisa de carro Nam Y. Huh/AP A Uber lançou nesta quarta-feira (19) uma funcionalidade que permite ao motorista bloquear passageiros considerados problemáticos. A opção será disponibilizada gradualmente para todos os condutores do aplicativo. Para bloquear um passageiro, o motorista deve avaliá-lo com uma estrela. Nesse caso, o cliente será automaticamente bloqueado, impedindo que o motorista receba novos chamados desse passageiro no futuro. O bloqueio também pode ser opcional quando o motorista dá duas ou três estrelas ao usuário. Não é possível bloquear passageiros que recebem avaliações de quatro ou cinco estrelas. Em resumo: ⭐ : bloqueio automático; ⭐⭐ ou ⭐⭐⭐: bloqueio opcional; ⭐⭐⭐⭐ ou ⭐⭐⭐⭐⭐: sem possibilidade de bloqueio. Bloqueio será automático quando o motorista der apenas uma estrela para o passageiro Divulgação | Uber LEIA MAIS: Lecar mostra maquete do 459, que será o primeiro carro híbrido brasileiro; veja FOTOS Isenção de IPVA: saiba quais estados liberam carros híbridos e elétricos do imposto Como funciona a frenagem autônoma de emergência e quanto custa ter no seu carro? O motorista Leandro Silva afirma que a medida “é um benefício para o motorista, que não terá mais que transportar passageiros indesejados, que podem ter feito algo que o motorista não gostou”. A nova opção de bloqueio, lançada antes do Carnaval, visa reforçar as avaliações mútuas “para incentivar comportamento respeitoso entre motoristas, parceiros e usuários da plataforma”. “O sistema de avaliações funciona para os dois lados. Estamos sempre enviando comunicações sobre como os usuários podem melhorar suas avaliações, e isso se torna ainda mais crítico no Carnaval”, destaca Marcelo Brasileiro, gerente de operações de segurança da Uber. ADAS: como funciona a frenagem autônoma de emergência?

Trump diz que tarifas para automóveis importados ficarão em torno de 25%


Republicano estabeleceu o dia 2 de abril como prazo para decidir se irá impor, de fato, as taxas. Donald Trump durante coletiva de imprensa na Flórida, em 18 de fevereiro de 2025 REUTERS/Kevin Lamarque O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (18) que as tarifas planejadas para carros importados serão de cerca de 25%. O republicano estabeleceu o dia 2 de abril como prazo para decidir se irá impor, de fato, as taxas. "Será de 25% ou mais, e aumentará substancialmente ao longo de um ano", declarou a jornalistas em Mar-a-Lago, na Flórida. Trump acrescentou que quer dar tempo às empresas para que "tenham fábricas" nos Estados Unidos e assim evitem as tarifas. O republicano se mostrou satisfeito ao ver a União Europeia (UE) "reduzir suas tarifas sobre os automóveis ao nível" das dos Estados Unidos. "Na UE, havia um imposto de 10% para os carros e agora eles têm 2,5%, que é exatamente o mesmo nível que temos. Se todo o mundo fizer isso, jogaremos com as mesmas regras", afirmou. "Tomo nota do que foi feito, mas a UE tem sido muito injusta conosco, temos um déficit comercial de US$ 350 bilhões [R$ 1,9 trilhão], eles não compram nossos carros, nossos produtos agrícolas, não compram quase nada, isso precisa ser corrigido", insistiu, no entanto. LEIA MAIS Trump assina decreto que impõe tarifas de 25% para importações de aço e alumínio Os países que mais serão impactados por tarifa de 25% sobre aço e alumínio nos EUA Governo não deve responder de imediato com reciprocidade em medidas de Trump Trump retalia países que impõem tarifas aos EUA De acordo com dados do Departamento de Comércio, o déficit comercial de bens dos EUA com a UE foi de US$ 235 bilhões (R$ 1,3 trilhão) em 2024. Além disso, os Estados Unidos tiveram um superávit comercial de US$ 109 bilhões (R$ 621 bilhões de reais) com a UE em serviços em 2023, o último ano com dados disponíveis, segundo a Comissão Europeia. O comissário europeu de Comércio, Maros Sefcovic, chegou nesta terça a Washington para uma visita de dois dias, na qual se reunirá com seu futuro par Howard Lutnick, e Jamieson Greer, futuro representante da Casa Branca para as relações comerciais (USTR). Os dois ainda não foram confirmados pelo Senado em seus cargos.

Governo decide manter percentual de biodiesel no diesel em 14% para conter alta dos alimentos


Percentual passaria dos atuais 14% para 15% no próximo dia 1º. Aumento torna combustível mais sustentável, mas também eleva o preço do litro. Caminhões movidos a biodiesel puro B100 Marcelo Souza / g1 O governo federal decidiu nesta terça-feira (18) adiar o cronograma de aumento da mistura do biodiesel no diesel vendido nos postos de gasolina. Com a decisão, o percentual de biodiesel será mantido em 14%. A previsão era de que essa quantidade subisse para 15% no próximo dia 1º. ⛽ A decisão ajuda a segurar o preço do diesel – que impacta diretamente no preço dos alimentos, geralmente transportados em caminhões. ⛽ O biodiesel é mais sustentável porque é um combustível renovável, ao contrário do diesel, que é derivado de petróleo. No entanto, o biodiesel é também mais caro. A decisão foi tomada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). No fim de janeiro, a Petrobras anunciou aumento no preço do diesel para as distribuidoras – que costuma ser repassado ao consumidor. Veja abaixo: Petrobras anuncia aumento do preço do diesel para distribuidoras A alta no preço dos alimentos preocupa o governo por ser um fator que afeta a sua popularidade. O biodiesel, que é adicionado ao diesel fóssil, esteve em trajetória de alta nas últimas semanas. A avaliação é que o aumento da parcela, de 14% para 15%, poderia pressionar o valor do combustível e, por consequência, dos alimentos. Mandato de biodiesel A adição de biodiesel é uma política nacional. As distribuidoras de combustível são obrigadas a comprar o biodiesel para misturá-lo ao diesel de origem fóssil, comprado nas refinarias ou importado. O combustível vendido nos postos, chamado de diesel B, é o produto dessa mistura. O CNPE é responsável por definir o percentual da mistura. Mas a lei do "Combustível do Futuro", sancionada em outubro de 2024, estabelece que a parcela de biodiesel tem que variar entre 13% e 25%. Dependência rodoviária Mais da metade da carga transportada no Brasil circula pelas rodovias. Ou seja, o país depende do transporte rodoviário para abastecer a população com alimentos, remédios e outros produtos. Como consequência, todos esses itens são afetados por eventuais aumentos no preço do óleo diesel – combustível usado pelos caminhões, e que representa cerca de 35% do valor do frete.

Leilão da Receita com Kadett e Astra a partir de R$ 800 começa a receber propostas; veja como participar


Propostas podem ser enviadas a partir desta segunda-feira (17), até as 21h do dia 24 de fevereiro. A sessão para lances está prevista para as 10h do dia 25 de fevereiro. Chevrolet Kadett disponível no novo leilão de veículos da Receita Federal. Reprodução/ Receita Federal O período de propostas para o novo leilão regional de veículos da Receita Federal começou nesta segunda-feira (17). São 83 lotes no total, que incluem automóveis, utilitários esportivos (SUVs), caminhonetes, caminhões, cavalos mecânicos, carretas, semirreboques, tratores, furgões, ônibus e micro-ônibus. Segundo a Receita, o leilão acontece de forma eletrônica e é destinado a pessoas físicas e jurídicas. O período de recebimento das propostas vai das até as 21h do dia 24 de fevereiro. A sessão para lances está prevista para as 10h do dia 25 de fevereiro (horários de Brasília). Entre os lotes mais baratos está um Chevrolet Astra, ano 1995, e um Chevrolet Kadett, ano 1997/1998, ambos em lotes a partir de R$ 800. Como funcionam os leilões LEIA MAIS Leilão de veículos do Detran-SP tem Corolla mais barato que iPhone, e moto por R$ 200; veja a lista Como funciona a frenagem autônoma de emergência e quanto custa ter no seu carro? 'Olho de Deus': inteligência artificial da DeepSeek chegará a 21 carros da BYD Outros destaques do leilão são: No lote 17, é possível adquirir uma caminhonete Fiat Fiorino, um Citroen C4, um Chevrolet Prisma Maxx e um Chevrolet Vectra com lances a partir de R$ 7 mil; No lote 39, é possível adquirir um Ford Ka com lances a partir de R$ 1,9 mil; No lote 44, é possível adquirir um Chevrolet Corsa Sedan Maxx com lances a partir de R$ 3,2 mil; No lote 60, é possível adquirir um Fiat Uno Way, ano 2012/2013, com lances a partir de R$ 5,2 mil; No lote 69, é possível adquirir um Nissan Sentra com lances a partir de R$ 6,7 mil; No lote 83, é possível adquirir um Chevrolet Classic Spirit com lances a partir de R$ 1,3 mil. O lote mais caro desse edital é o de número 22: nele, é possível adquirir dois semirreboques e um caminhão Mercedes-Benz Atego com lances a partir de R$ 174,8 mil. Segundo a Receita Federal, os lotes estarão disponíveis para visitação até 21 de fevereiro, nas cidades de Araraquara, Bauru, Presidente Prudente, São Bernardo do Campo, São José do Rio Preto, São Paulo, Sorocaba e Taubaté. Os lotes poderão ser examinados de forma presencial, mediante agendamento, em dias de expediente normal. Os endereços e horários para visitação, bem como os contatos para agendamento, estão indicados no edital do leilão. Restrição judicial ativa O Fisco destaca, ainda, que o leilão inclui lotes com veículos que possuem restrição judicial ativa (Renajud), ou seja, que têm uma ordem judicial que impede seu uso, transferência e venda. "É de responsabilidade exclusiva do arrematante adotar as medidas necessárias para a baixa da referida restrição", diz a Receita em nota oficial. Além disso, também existem lotes compostos por veículos que foram classificados pelo Fisco como sucata, com e sem restrição judicial ativa. Nesse caso, esses lotes são destinados "exclusivamente a empresas devidamente registradas no Detran para a realização de atividades de desmontagem". Os licitantes terão 30 dias para retirar os lotes arrematados. "Destaca-e que a Receita Federal não se responsabiliza pelo envio de veículos", completa o Fisco. Quem pode participar do leilão? Pessoas físicas podem participar do leilão sob os seguintes critérios: ser maior de 18 anos ou pessoa emancipada; ser inscrito no Cadastro de Pessoas Física (CPF); ter selo de confiabilidade Prata ou Ouro no sistema de identidade digital do Governo Federal. Já para pessoas jurídicas, os critérios são os seguintes: ter cadastro regular no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídica (CNPJ); ou, no caso do responsável da empresa ou de seu procurador, ter selo de confiabilidade Prata ou Ouro no sistema de identidade digital do governo federal. Como participar do leilão? Para participar do leilão apresentando um lance, o interessado precisa seguir os seguintes passos: entre 17 e 24 de fevereiro, observando os horários estabelecidos pela Receita, acessar o Sistema de Leilão Eletrônico por meio do Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC); selecionar o edital do leilão em questão, de número 0800100/000008/2024 - SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL DA 8ª REGIÃO FISCAL; escolher o lote em que se quer fazer o lance e clicar em "incluir proposta"; aceitar os termos e condições apresentados pelo site da Receita; e incluir o valor proposto (que, necessariamente, deve ser maior do que o valor mínimo estabelecido pela Receita), e salvar. Cuidado com leilões falsos A Receita ainda alertou para que os contribuintes tenham cuidado para não cair em golpes. "A Receita Federal alerta para a realização de transmissões ao vivo (lives) fraudulentas que simulam leilões em plataformas de compartilhamento de vídeos na Internet", disse o Fisco em nota, reforçando que a participação é feita exclusivamente pelo e-CAC. A Receita ainda destacou que o pagamento dos bens arrematados em leilão é feito por meio de Documentos de Arrecadação de Receita Federais (Darfs), e nunca mediante depósitos ou transferências para contas de terceiros.

Volkswagen, BMW, Mercedes-Benz: como carros alemães entraram em uma crise sem precedentes


Com a economia sendo um fator-chave nas eleições alemãs deste mês, será que o setor automotivo pode voltar à trajetória de recuperação? A fabricação de automóveis representa cerca de um quinto da produção industrial da Alemanha Getty Images via BBC Durante décadas, a fabricação de automóveis foi a joia da coroa industrial da Alemanha, um símbolo poderoso do famoso milagre econômico do país no pós-guerra. Suas "três grandes" montadoras, Volkswagen, Mercedes-Benz e BMW, há muito tempo são aclamadas por seu desempenho, inovação e engenharia de precisão. Mas, atualmente, o setor automotivo alemão está enfrentando dificuldades. Com a crise na economia sendo um fator determinante para as eleições deste mês no país, como ela pode retomar a trajetória de recuperação? Quando se chega de trem a Wolfsburg, na Baixa Saxônia, a primeira coisa que se vê é a fábrica da Volkswagen. Sua enorme fachada, estampada com um logotipo gigante da VW e ladeada por quatro chaminés altas, toma conta de uma das margens do canal que atravessa a cidade. O complexo de 6,5 km² fica ao lado do Autostadt, uma espécie de parque temático dedicado aos automóveis e à VW, a maior montadora da Europa. A Volkswagen Arena, um estádio esportivo, fica a uma curta distância. Wolfsburg é a resposta da Alemanha à Detroit de meados do século 20 — não se tratava tanto de uma cidade com uma fábrica de automóveis, mas de uma fábrica com uma cidade que cresceu em torno dela. Cerca de 60 mil pessoas de toda a região trabalham na fábrica, enquanto a cidade em si tem uma população de cerca de 125 mil habitantes. Os moradores locais dizem que, mesmo que você não trabalhe na fábrica, é certo que muitos de seus amigos trabalham, assim como metade da sua turma da escola. Quando você chega de trem a Wolfsburg, uma das primeiras coisas que você vê é a fábrica da Volkswagen Getty Images via BBC LEIA MAIS: Como funciona a frenagem autônoma de emergência e quanto custa ter no seu carro? Isenção de IPVA: saiba quais estados liberam carros híbridos e elétricos do imposto Lecar mostra maquete do 459, que será o primeiro carro híbrido brasileiro; veja FOTOS "Wolfsburg e Volkswagen — é uma espécie de sinônimo", explica Dieter Landenberger, o historiador do Grupo VW, enquanto olha afetuosamente para um modelo antigo de Fusca. Ele faz parte de uma série de carros clássicos lindamente restaurados no Zeithaus — um enorme museu com fachada de vidro no Autostadt, dedicado aos ícones da indústria automobilística. "Temos orgulho da fábrica", diz ele. "Ela é um símbolo do período da década de 1950, quando a Alemanha precisou se reinventar e se reconstruir após a guerra. Ela foi uma espécie de motor do milagre econômico alemão." Hoje, no entanto, a fábrica também passou a simbolizar alguns dos principais problemas que afetam o setor automotivo alemão como um todo. A fábrica de Wolfsburg tem capacidade para produzir 870 mil carros por ano. Mas, até 2023, estava produzindo apenas 490 mil, de acordo com o Instituto Econômico Alemão, com sede em Colônia. E, na Alemanha, ela está longe de ser a única. As fábricas de automóveis em todo o país estão operando bem abaixo da sua capacidade máxima. O número de carros produzidos na Alemanha caiu de 5,65 milhões em 2017 para 4,1 milhões em 2023, de acordo com a Organização Internacional de Fabricantes de Veículos Automotores. Tudo isso é muito importante no momento em que o povo alemão se prepara para ir às urnas em 23 de fevereiro. A indústria automotiva não é apenas uma fonte de orgulho nacional; ela também é um importante motor da riqueza nacional. As divergências sobre como resolver os problemas econômicos do país foram um fator que contribuiu para o colapso do governo de coalizão em novembro. Quem quer que esteja no poder após a eleição vai precisar inevitavelmente de um plano para reaquecer a economia, e é provável que a retomada do setor automotivo desempenhe um papel importante. A fabricação de automóveis representa cerca de um quinto da produção industrial do país e, se a cadeia de suprimentos for levada em consideração, ela gera cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com a consultoria Capital Economics. O setor emprega aproximadamente 780 mil pessoas diretamente — e sustenta milhões de outros empregos. VEJA TAMBÉM: ADAS: como funciona a frenagem autônoma de emergência? Não é apenas a produção que está em baixa. As vendas de carros fabricados por marcas alemãs são muito menores do que eram há alguns anos. Entre 2017 e 2023, as vendas da VW caíram de 10,7 milhões para 9,2 milhões, enquanto, no mesmo período, as da BMW passaram de 2,46 milhões para 2,25 milhões, e as da Mercedes-Benz, de 2,3 milhões para 2,04 milhões, conforme mostram os relatórios das empresas. Todas as "três grandes" montadoras viram seus lucros antes dos impostos despencarem em cerca de um terço nos primeiros nove meses de 2024, e cada uma delas avisou que seus ganhos para o ano como um todo seriam menores do que o previsto anteriormente. O desenvolvimento de carros elétricos absorveu um enorme investimento, mas o mercado para eles não cresceu tão rápido quanto o esperado, enquanto os concorrentes estrangeiros estão mostrando sua força. A ameaça de tarifas impostas pelos EUA e outros governos também paira no ar. "Há muitas crises, um mundo inteiro de crises. Quando uma crise termina, outra está chegando", diz Simon Shütz, porta-voz da Federação da Indústria Automotiva Alemã (VDA, na sigla em alemão). As vendas de carros na Europa vêm caindo desde 2017, de acordo com Franziska Palmas, economista especializada em Europa da Capital Economics. "Recentemente, elas se recuperaram um pouco, mas ainda estão cerca de 15 a 20% abaixo do que estavam no pico em 2017", diz ela. "Isso se deve, em parte, a fatores como a pandemia e a crise energética. Mas os carros também estão durando mais — e as pessoas já têm muitos carros na Europa. Então, a demanda tem sido fraca." Demanda por novos carros tem sido fraca na Europa Getty Images via BBC Sonho elétrico Outro fator importante foi a já mencionada transição para os carros elétricos. Desde o escândalo das emissões de diesel de 2015 — em que se descobriu que a VW havia manipulado os testes de emissões nos EUA —, o setor vem passando por uma revolução tecnológica. Com a determinação da União Europeia e dos governos europeus de eliminar gradualmente os carros a gasolina e a diesel na próxima década, as montadoras não tiveram outra escolha a não ser investir dezenas e, coletivamente, centenas de bilhões de euros no desenvolvimento de modelos elétricos e na construção de novas linhas de produção. Mas, embora os carros elétricos já representem uma parcela significativa de todos os carros vendidos — 13,6% no bloco europeu, e 19,6% no Reino Unido no ano passado, por exemplo —, sua participação no mercado não tem crescido tão rápido quanto o previsto. E na própria Alemanha, a remoção repentina de subsídios generosos para compradores de carros elétricos, no fim de 2023, contribuiu, na verdade, para uma queda drástica de 27% nas vendas de todos os veículos elétricos no país no ano passado, tornando a vida ainda mais difícil para as empresas alemãs no mercado interno. "A decisão de retirar os subsídios repentinamente foi muito ruim, porque minou a confiança dos nossos clientes", diz Simon Schütz, da VDA. "Passar do motor de combustão para a mobilidade elétrica é um processo muito grande. Estamos investindo bilhões na reconstrução de todas as fábricas. E isso leva algum tempo, não há dúvida em relação a isso." Um negócio caro Enquanto tudo isso acontecia, as fabricantes alemãs também estavam lidando com outra preocupação séria. Fazer negócios na própria Alemanha, operando fábricas no país e empregando centenas de milhares de pessoas, é muito caro. Tradicionalmente, os trabalhadores do setor automotivo têm desfrutado de salários e benefícios generosos graças aos acordos firmados entre os sindicatos e os patronatos. De acordo com a Capital Economics, em 2023, o salário base médio mensal no setor automotivo alemão era de cerca de 5,3 mil euros, em comparação com 4,3 mil euros na economia alemã como um todo. Durante anos, esta abordagem ofereceu às empresas sediadas na Alemanha certas vantagens para, por exemplo, evitar distúrbios na indústria e atrair e reter funcionários talentosos. No entanto, também fez com que as fabricantes de automóveis alemãs tivessem os custos trabalhistas mais altos do setor global. Em 2023, esses custos eram, em média, de 62 euros por hora, em comparação com 29 euros na Espanha, e 20 euros em Portugal, de acordo com a VDA. A situação do setor automobilístico nacional da Alemanha se tornou mais grave após a invasão da Ucrânia pela Rússia. A guerra interrompeu bruscamente o suprimento outrora abundante de gás russo barato da Alemanha, no exato momento em que o país estava abolindo a energia nuclear. O resultado foi um aumento acentuado nos preços da energia. Embora tenham diminuído desde então, os custos de energia para uso industrial na Alemanha continuam muito altos em relação aos padrões internacionais. "Os preços da energia aqui são três a cinco vezes mais altos do que nos EUA ou na China — muito mais altos do que em nossos principais concorrentes", observa Schütz. E isso está sendo sentido em todo o setor, não apenas nas próprias montadoras. "Desde as usinas siderúrgicas da ThyssenKrupp e da Salzgitter, que produzem os rolos de chapa metálica que mais tarde são transformados em portas e capôs, até os fabricantes de componentes menores usados nos sistemas de transmissão, os custos explodiram como resultado dos altos preços da energia", afirma Matthias Schmidt, da consultoria Schmidt Automotive Research. 'Um choque muito grande' No ano passado, essas pressões chegaram ao ápice. Na VW, que tem 45% de sua equipe global na Alemanha, os gestores decidiram finalmente que era necessário tomar medidas radicais para reduzir os custos. "Foi um choque muito grande", me disse o porta-voz do sindicato IG Metall, Steffen Schmidt, enquanto tomávamos um café perto da fábrica da VW, em Wolfsburg. "A empresa não disse nada publicamente." Coube a Daniela Cavallo, chefe do poderoso conselho de trabalhadores da VW e principal representante dos funcionários, dar a notícia. "Eles realizaram uma grande reunião do lado de fora dos portões da fábrica. Milhares de trabalhadores — mas o silêncio era tamanho que daria para ouvir um alfinete cair ali", diz Schmidt. "Eles ficaram atônitos. Milhares de pessoas, todas completamente em silêncio." Nem todos os problemas da indústria automotiva alemã se restringem à própria Alemanha Getty Images via BBC O que a VW propôs não tinha precedentes. Os representantes do sindicato haviam comparecido às reuniões esperando negociar um aumento salarial anual. Eles estavam pedindo um reajuste de 7%. Em vez disso, foi dito a eles que a empresa precisava que eles aceitassem um corte salarial de 10%. O pior estava por vir. A empresa disse que talvez tivesse que fechar até três de suas fábricas na Alemanha — e estava encerrando um acordo trabalhista que protegia os empregos dos trabalhadores, que estava em vigor há décadas. Arne Meiswinkel, negociador-chefe da VW, afirmou na época que a situação enfrentada na Alemanha era "muito grave", e que "a Volkswagen só vai poder prevalecer se prepararmos a empresa para o futuro agora, em face dos custos cada vez maiores e do grande aumento da concorrência". A Volkswagen nunca havia fechado uma fábrica alemã em seus 87 anos de história. Diante da intensa oposição de sindicatos e políticos, e após curtas, porém perturbadoras, "greves de advertência" de trabalhadores sindicalizados, a ideia acabou sendo arquivada. Mas o simples fato de ter sido apresentada provocou um abalo sísmico em todo o setor. Nesse meio tempo, a força de trabalho concordou com limites dolorosos em relação a salários e bônus, e a VW disse que cortaria mais de 35 mil empregos até o fim da década, embora de uma "maneira socialmente responsável" que evitasse demissões compulsórias. De forma menos evidente, a Mercedes-Benz também lançou uma iniciativa de corte de custos no ano passado, com o objetivo de economizar vários bilhões de euros por ano — embora as demissões compulsórias na força de trabalho alemã sejam altamente improváveis, já que um acordo trabalhista as invalida até 2030. Enquanto isso, a Ford, que opera duas fábricas na Alemanha, anunciou recentemente planos para cortar 2,8 mil empregos no país. Nem todos os problemas do setor automotivo alemão estão restritos à própria Alemanha. Com o mercado europeu saturado, os fabricantes do continente têm buscado crescimento em outros lugares há várias décadas. O impacto da China Um dos mercados mais lucrativos tem sido a China, onde, por algum tempo, a crescente classe média teve um apetite aparentemente insaciável por veículos europeus de luxo. A VW, a Mercedes-Benz e a BMW se uniram a empresas locais, montando fábricas na própria China para atender à demanda local. Mas agora essa fonte de crescimento está secando. Todas as "três grandes" montadoras registraram queda nas vendas recentemente — em 2023, as vendas da VW na China despencaram 9,5% em relação ao ano anterior; as da Mercedes-Benz caíram 7%; e as da BMW, 13,4%. Sua participação combinada no mercado chinês também diminuiu para 18,7%, contra um pico de 26,2% em 2019. Isso parece ser o resultado de uma economia chinesa em desaceleração, da queda do interesse em carros caros de marcas estrangeiras e do rápido crescimento das marcas locais, especialmente no mercado de carros elétricos. "Não faz muito tempo, as marcas ocidentais representavam qualidade e confiança", explica Mark Rainford, fundador do site Inside China Auto. Mas, segundo ele, desde então, a reputação e o apelo das marcas chinesas melhoraram muito. Todas as "três grandes" montadoras dizem que as tendências na China tiveram um impacto significativo sobre seus ganhos. As vendas de carros fabricados por marcas alemãs são muito menores do que eram há apenas alguns anos Getty Images via BBC As marcas chinesas também estão tentando conquistar uma fatia do mercado europeu, ajudadas por seus custos operacionais muito mais baixos do que os dos rivais mais estabelecidos, tanto porque os salários são mais baixos na China, quanto porque, como empresas apenas de veículos elétricos, elas não têm os mesmos custos herdados das fabricantes que estão fazendo a transição de carros a gasolina e diesel para carros movidos a bateria. De acordo com a Comissão Europeia, as marcas chinesas também se beneficiam de grandes subsídios governamentais, o que permite a elas vender carros a preços anormalmente baixos. Em outubro, a União Europeia introduziu tarifas extras sobre as importações de veículos elétricos fabricados na China, em um esforço para criar igualdade de condições. Guerras comerciais? As empresas alemãs se opuseram às tarifas da União Europeia, pois temiam que a retaliação da China pudesse afetar suas próprias exportações. Agora, elas também enfrentam a ameaça de novas medidas protecionistas que estão sendo introduzidas pelo governo Trump, incluindo possíveis tarifas sobre carros enviados da União Europeia. Para um setor que depende muito das exportações, o aumento do protecionismo é uma ameaça crescente. "Sabemos que as guerras comerciais só criam perdedores em ambos os lados. As tarifas vão custar riqueza, crescimento e empregos", diz Simon Schütz, da VDA. Embora algumas das pressões enfrentadas pelas empresas automotivas alemãs não fossem previsíveis, ainda havia um elemento de complacência, acredita o analista Matthias Schmidt. "Elas sabiam que os problemas estruturais existiam, mas foram ofuscados pelo gás russo barato", diz ele. Todas as 'três grandes' montadoras dizem que as tendências na China tiveram um impacto significativo sobre seus ganhos Getty Images via BBC "A expansão para a China e os altos lucros enviados de volta para a Europa mascararam as questões dos altos custos de mão de obra, deixando os sindicatos com uma carta coringa na manga." "A Alemanha tem sido efetivamente um mercado voltado para a exportação e, quando esses mercados espirram, a Alemanha pega um resfriado, e foi isso que aconteceu." Um desafio de alto risco Será que as montadoras de automóveis da Alemanha vão conseguir recuperar sua sorte? Esta é uma questão vital para as fabricantes, para suas redes de fornecedores e para o país como um todo. "O problema da Alemanha é que não somos competitivos", diz Ferdinand Dudenhöffer, diretor do Centro de Pesquisa Automotiva, com sede em Bochum. "Não apenas em termos de custo, mas também em termos das novas tecnologias que vão reger o mundo no futuro." Ele acredita que a China se tornou o centro de gravidade para inovação em áreas como transformação digital e tecnologia de baterias. "A solução para as montadoras e para os fornecedores, na minha opinião, vai ser levar suas fábricas para o exterior", ele avalia. Simon Schütz é mais otimista. Ele acredita que o setor pode prosperar, mas somente se obtiver o apoio necessário do governo após as eleições no fim deste mês. "Nosso setor automotivo vai ser líder mundial, tenho certeza disso", ele afirma. "A questão é: onde vão estar os futuros empregos? Eles vão ficar na Alemanha, porque podemos construir carros aqui, ou nossas empresas vão para outro lugar?" Mas, para o representante do sindicato Steffen Schmidt, a solução é voltar aos valores industriais tradicionais da Alemanha. "Temos que nos tornar novamente líderes em inovação e tecnologia", diz ele. "Assim, poderemos manter altos salários e boas condições para os trabalhadores." Na visão dele, o caminho que o novo governo tem pela frente é muito claro: "Investir, investir, investir. Em infraestrutura, em tecnologia, em energia verde e em educação". Para dezenas de milhares de trabalhadores em Wolfsburg e em outras "cidades automobilísticas" da Alemanha, como Ingolstadt, Weissach, Munique, Stuttgart e Zwickau, os riscos não poderiam ser mais altos.

Fiscalização eletrônica de peso começa a multar caminhões; entenda como funciona


Projeto em caráter experimental já multou cerca de 7,7 mil veículos com excesso de peso. Sistema permite pesagem na própria via, sem necessidade das balanças tradicionais. Ponto de pesagem em movimento; com nova tecnologia, caminhão não precisa parar para checagem de peso Divulgação/Ecovias do Cerrado A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) já começou a multar caminhões por excesso de peso usando um sistema de fiscalização eletrônica, o HS Wim, nas BRs 364 e 365. 🚚Desde 2 de dezembro, quando o projeto começou a multar, 7,7 mil veículos foram autuados. Os dados são da ANTT. 🎥Com o sistema, o veículo é pesado em alta velocidade, enquanto trafega pela rodovia. Isso faz com que o motorista não precise sair da via para realizar a pesagem em uma balança tradicional ou se negue a pesar o carregamento (entenda no vídeo abaixo). Vídeo mostra a diferença do sistema de balanças para a pesagem em movimento de caminhões A implementação do sistema foi feita em caráter experimental pela ANTT e a Ecovias do Cerrado no trecho entre Uberlândia (MG) a Jataí (GO). “Hoje, na rodovia, quem carrega cargas só pesa se ele quiser ser pesado. E, geralmente, quem pesa é quem não está com excesso de peso. Quem está infringindo a lei, carregando excesso de peso, opta por não ser pesado e pode ir embora normal que ninguém vai pegar ele”, conta gerente de Operações da Eco050 e da Ecovias do Cerrado, Bruno Araújo Silva. 🚚De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o motorista que estiver com excesso de peso paga uma multa mínima de R$ 130,16, que aumenta a cada 200 Kg de excesso. 💵Negar-se a realizar a pesagem, por outro lado, implica uma multa de R$195,23. Ou seja, a depender do excesso de peso, sai mais barato para o motorista não pesar o caminhão. Com a fiscalização eletrônica de peso, essa deixa de ser uma opção porque a “balança” está instalada na pista. São sensores que pesam a carga mesmo que o veículo passe em alta velocidade. “Agora, pela primeira vez, a gente está conhecendo qual o peso que roda nas rodovias porque estamos pegando veículos que têm pequenos excessos, carregam 500 kg a mais do que a lei permite, mas tem veículos que estão com 30, 40 toneladas a mais”, destaca Silva. Regulamentação Ao g1, a ANTT afirmou que, caso o resultado do experimento com o HS Wim seja positivo, o sistema pode substituir os postos de pesagem atuais. “Após a conclusão desta etapa, caso o resultado do sandbox se conclua de forma positiva, o uso do sistema será regulamentado e os postos de pesagem atuais serão gradualmente substituídos, levando sempre em consideração as especificidades de cada contrato e região”, declarou a agência. ❓Contudo, há uma questão a ser resolvida na regulamentação: o que fazer com a carga que excede o limite permitido? Hoje, essa carga precisa ser retirada do caminhão e transferida para outro veículo no posto de pesagem, quando é detectado excesso. Mas, com a fiscalização eletrônica em alta velocidade, isso não seria possível. “Basicamente, o caminhão passa e ele detecta se há ou não excesso de peso. Hoje, a norma prevê que quando isso acontece, o carro tem que ser desabastecido. Está em discussão agora uma regulamentação para saber como vai ser nesse caso, que não tem uma balança física”, afirma o secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão. Desincentivo ao excesso de peso Caminhão passa por ponto de pesagem em movimento em estrada que liga Uberlândia (MG) a Jataí (GO) Divulgação/Ecovias do Cerrado Para o gerente de operações, o projeto desincentiva o excesso de peso e isso deve se refletir no comportamento dos motoristas. “Se a gente está monitorando agora 100% dos veículos carregados, vamos tentar criar uma cultura de desincentivo para tentar diminuir o excesso de peso, que isso não vai compensar para o transportador. Se ele é multado toda vez que passar pela rodovia, então vai reduzir seu excesso”, declarou. A medida também tem consequências na segurança da via, uma vez que veículos com excesso de peso podem se envolver em acidentes graves. "[Para o] veículo que foi projetado para frear na rodovia com 70 toneladas, [se estiver] carregando 100 toneladas [ele] não vai frear. Ele tomba, causa acidentes com carros pequenos, uma série de transtornos e, reduzindo excesso de peso, a tendência é sim que reduza acidentes causados por esses veículos de carga”, afirmou Silva.

Como funciona a frenagem autônoma de emergência e quanto custa ter no seu carro?


Equipamento está presente na lista do ADAS, o assistente de condução que já equipa a maior parte dos carros produzidos atualmente. Veja a tecnologia em ação. ADAS: como funciona a frenagem autônoma de emergência? Um item cada vez mais presente nos carros é o ADAS, um sistema de auxílio ao motorista, composto por tecnologias que vão desde a simples câmera de ré até a parada total do carro de forma automática. E é justamente a frenagem autônoma de emergência que pode salvar muitas vidas, além de ser e um passo inicial no desenvolvimento de veículos autônomos. Veja no vídeo acima como ela funciona. LEIA MAIS VÍDEO: veja como ficou a loja de Fuscas antigos atingida pela enchente em SP Como as primeiras ações de Trump podem mudar a indústria automotiva Shineray lança três modelos para incomodar a líder das custom Royal Enfield Quanto custa? A única versão do HB20 a vir equipada com frenagem autônoma de emergência é a Platinum Safety, que custa R$ 128.010 Divulgação | Hyundai Apesar de ser um item importante de segurança, a frenagem autônoma de emergência só costuma estar presente em veículos mais caros. No segmento de entrada, apenas o Hyundai HB20 conta com o item — e a alto custo. Dentre muitos outros equipamentos, a diferença de preço entre a versão de entrada (Sense) e a topo de linha (Platinum Safety) é de R$ 34.700. O equipamento de segurança não existe na lista de opcionais do hatch. Se o consumidor optar por um HB20 com frenagem automática, terá de desembolsar R$ 128.010. Veja abaixo o valor de duas configurações similares, exceto pelo pacote de tecnologias que contém a frenagem autônoma, piloto automático adaptativo, alerta de saída de faixa, entre outros. Hyundai HB20 Comfort Plus Tech 1.0: R$ 117.510; Hyundai HB20 Platinum Safety com ADAS: R$ 128.010. Concorrente direto, o Volkswagen Polo é outro modelo que não vem equipado com o sistema que para o carro nem na versão topo de linha. O Virtus TSI é o modelo mais barato da marca alemã a vir equipado com a frenagem autônoma. No sedã, é possível estimar com mais clareza quanto custa o equipamento. A diferença é de R$ 3 mil entre a versão TSI sem ADAS e com ADAS: Volkswagen Virtus TSI: R$ 116.990; Volkswagen Virtus TSI com ADAS: R$ 119.990. O Chevrolet Onix vem, desde a versão de entrada MT que sai por R$ 93.770, equipado com um sistema mais simples: o alerta de colisão frontal. Como o nome indica, ele é composto apenas por avisos sonoros e visuais que visam chamar a atenção do motorista para um perigo detectado à frente. Esse sistema não tem a capacidade de acionar os freios do veículo. O que é o sistema de auxílio ao motorista? ADAS é uma sigla que significa Advanced Driver Assistance System (em tradução, Sistema Avançado de Assistência ao Motorista), em que estão reunidas as seguintes tecnologias: Alerta de colisão frontal; Alerta de ponto cego; Detector de pedestres; Alerta de saída de faixa; Assistente de permanência em faixa; Piloto automático adaptativo e Frenagem autônoma de emergência (AEB). A AEB é a tecnologia responsável por evitar colisões quando o motorista não esboça nenhuma reação. Ela é capaz de detectar objetos, carros, motocicletas, bicicletas e até pedestres à frente do veículo e entra em ação ao perceber uma aproximação brusca. Alguns carros equipados com essa tecnologia, como Audi Q8 já testado pelo g1, conseguem identificar até alguns animais, como cães. Como funciona? No Ford Mustang Mach E, há radares posicionados no para-brisa e na grade Divulgação | Ford O monitoramento do AEB é possível graças a radares e câmeras na frente do veículo, que analisam o ambiente a cada milissegundo. Ao perceber que a colisão é iminente, o sistema que gerencia o carro (recebendo os dados enviados pelas câmeras e radares) e aciona automaticamente os freios na força máxima. Em último caso, a frenagem autônoma mitiga os danos ao reduzir a velocidade do automóvel. “O Mustang Mach E, por exemplo, é equipado com dois radares, um na parte superior do para-brisa e o outro abaixo da grade. Eles calculam a distância do objeto e a velocidade do carro. Antes da intervenção, ele traz alertas visuais e sonoros no painel”, explica Ariane Campos, supervisora de engenharia da Ford América do Sul. Alguns carros podem ser mais intrusivos que outros. Há modelos em que o AEB fica ativo a todo momento, enquanto outros permitem que o motorista tenha mais controle sobre o veículo, atuando somente quando há a necessidade de uma parada emergencial. Além de acionar os freios, há veículos em que o cinto de segurança puxa o motorista e passageiros contra o banco, posicionando-os corretamente para que o airbag funcione sem causar ferimentos. O g1 testou a frenagem autônoma de emergência do Ford Mustang Mach E Divulgação | Ford Com todos esses equipamentos trabalhando em conjunto, a vantagem de ter a frenagem autônoma de emergência são: 🚨 Prevenir colisões; 🚸 Salvar vidas; ⭐ Melhora a nota do carro em órgãos de crash-test; ⛍ Diminuir eventuais custos com reparos; 🚑 Reduzir custos com atendimento médico; Por fim, vale ressaltar que a tecnologia AEB não tira a responsabilidade do motorista e a obrigatoriedade de dirigir com total atenção no que ocorre na via. Descubra os 5 carros mais vendidos em janeiro

Lecar mostra maquete do 459, que será o primeiro carro híbrido brasileiro; veja FOTOS


SUV terá motor 1.0 turbo como gerador de energia e entregará 165 cv de potência. Bagageiro será maior que o do Toyota Corolla Cross. O mock-up do Lecar 459 já está pronto e o protótipo deve ser testado no fim do primeiro semestre Divulgação | Lecar A montadora brasileira Lecar revelou neste sábado (15), com exclusividade ao g1, o mock-up (maquete em isopor) do 459, modelo de estreia da marca e que será o primeiro carro híbrido brasileiro. Maquetes como essa ajudam os projetistas a identificar possíveis falhas no projeto. O Lecar 459 será um SUV cupê, desenhado como uma versão menor do Tesla Model 3. São 4,35 metros de comprimento, 1,82 metros de largura, 1,52 metros de altura e 2,70 metros de distância entre-eixos. O porta-malas terá capacidade de 530 litros. O tamanho é ligeiramente inferior ao do Toyota Corolla Cross, que tem 4,46 metros de comprimento, 1,82 metros de largura, 1,62 metros de altura e 2,64 metros de distância entre as rodas. O bagageiro do SUV japonês perde, com 440 litros. Pelo tamanho, o Lecar 459 parece ser um carro que vai competir com os SUVs compactos e os quase extintos sedãs médios. Lecar 459 será cerca de 10 cm menor que o Toyota Corolla Cross Divulgação | Lecar LEIA MAIS Produção de motos tem o melhor resultado para o mês de janeiro em 13 anos LISTA: veja quais foram os 10 carros mais vendidos do mundo em 2024 Honda ADV 2025: o que há de bom e de ruim da nova geração da scooter; veja o teste do g1 Com mais esse passo da Lecar, o 459 deixa de ser apenas uma projeção 3D. Mas ainda há um porção de detalhes que devem sair do papel. O interior, por exemplo, ainda não foi revelado, mas a marca informou que o couro dos bancos será fornecido pela JBS, empresa conhecida pelo comércio de proteína animal. Já o conjunto mecânico vai dispor de 165 cv de potência e, segundo a marca, promete acelerar de 0 a 100 km/h em 10,9 segundos. Novamente abrindo o comparativo com o Toyota Corolla Cross, outro híbrido, o Lecar 459 deva ter 43 cv a mais de potência. Isso fará com que a aceleração de 0 a 100 km/h seja 2 segundos mais rápida que a do competidor japonês. 459 terá caída cupê bastante acentuada Divulgação | Lecar Veja a ficha técnica do 459: Motor: 1.0 turbo; Combustível: flex; Potência: 122 cv a 5.000 rpm; Torque: 22 kgfm; Potência combinada: 165 cv; Torque combinado: 26 kgfm; Aceleração de 0 a 100 km/h: 10,9 segundos; Comprimento: 4,35 m; Largura: 1,82 m; Altura: 1,52 m; Entre-eixos: 2,70 m; Porta-malas: 530 litros; Rodas: 18 polegadas; Pneus: 225/50; Preço: R$ 147.900. Galerias Relacionadas Galerias Relacionadas Carro brasileiro com fabricação chinesa Em entrevista exclusiva ao g1 em novembro de 2024, o proprietário da Lecar, Flávio Figueiredo Assis, afirmou que as primeiras unidades do Lecar 459 serão fabricadas na China devido à facilidade de produção “O chinês é muito especialista em carro elétrico, são imbatíveis. Mas, a gente aqui no Brasil domina os processos, domina a língua e estamos acostumados com o Custo Brasil”, comentou Assis. Segundo ele, o 459 será um híbrido de entrada. Após a nacionalização, 83% das peças do veículo serão produzidas no Brasil. Isso ajudará na reposição de peças e reduzirá os custos logísticos, facilitando o pós-venda. "Os chineses são imbatíveis em carros elétricos", diz CEO da Lecar Fornecedores nacionais Buscando a neutralidade de carbono, a montadora pretende utilizar etanol, uma matriz energética brasileira, em todos os seus veículos, incluindo a picape Campo. O Lecar 459 terá um motor híbrido flex, semelhante aos modelos híbridos flex da Toyota, como o Corolla e o Corolla Cross, mas como uma diferença fundamental: o motor a combustão não vai tracionar as rodas. O 1.0 turbo, fabricado no Paraná, servirá apenas como fonte de energia para a bateria. O Lecar 459 será tracionado exclusivamente por motores elétricos. O propulsor a combustão do Lecar 459 será fornecido pela Horse, uma empresa do grupo Renault. O propulsor flex alimenta o gerador de 50 kW, que transfere a carga para a bateria. Esse motor pode carregar a bateria de 30% a 90%. Veja no vídeo: Funcionamento do sistema híbrido do Lecar 459 é semelhante ao do BWM i3 Segundo Rodrigo Rumi, vice-presidente da Lecar, o 459 está com boa parte do conjunto motriz definido e o processo de estruturação do carro está bastante adiantado. "Para estrutura e monobloco e estrutura também já temos parceiro definido, mas ainda falta definir os fornecedores para acessórios e acabamentos. Devemos ter um carro rodando no primeiro semestre", revela Rumi. Lecar 459 terá motor 1.0 turbo de 122 cv que vai gerar energia para o conjunto elétrico Vinicius Montoia | g1 A bateria tem capacidade de 18,4 kWh e contém 96 células. Para comparação, o Jeep Grand Cherokee 4xe, um dos híbridos mais potentes e caros do Brasil, tem bateria de 17,3 kWh. Para completar o conjunto híbrido, a WEG, empresa brasileira de equipamentos elétricos, fornecerá geradores e inversores para a Lecar. A empresa será responsável pelo desenvolvimento do motor elétrico, do gerador de energia e do inversor, que ajuda a recuperar energia para a bateria. Lecar 459 terá 96 módulos de bateria Vinicius Montoia | g1

Leilão de veículos do Detran-SP tem Corolla mais barato que iPhone, e moto por R$ 200; veja a lista


Leilões públicos e privados costumam ter preços bem abaixo da tabela e podem ser oportunidade para trocar de carro, mas há pontos de atenção para que o comprador faça uma boa escolha. Veja dicas. Toyota Corolla XEI de 2015 está no leilão do Detran-SP tem lance inicial de R$ 7,7 mil divulgação/Detran-SP O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) divulgou a agenda de próximos leilões de carros e motos, com lances iniciando em R$ 200. Ao todo serão três leilões espalhados pelo interior e litoral paulista. O primeiro é dividido entre São José do Rio Preto e Barretos, na região nordeste do estado e depois acontecem em São Sebastião e Ubatuba — ambas no litoral norte do estado. LEIA MAIS IPVA 2025: o que acontece se eu não pagar o imposto? IPVA 2025: pagar à vista ou parcelado? Veja como se organizar para a sua realidade financeira Troca de óleo: qual é o momento certo para renovar o item nas motos? Veja dicas Como funcionam os leilões São José do Rio Preto e Barretos O primeiro leilão já conta com o período de pré-lances aberto e acontece em dois municípios ao mesmo tempo: São José do Rio Preto e Barretos, separados por cerca de 90 quilômetros e próximos da divisa entre os estados de São Paulo e Minas Gerais. Neste leilão, existem: 554 veículos aptos a circular; 355 sucatas com motor ainda podendo ser aproveitado; 39 sucatas com motor condenado, mas podendo servir como peças sobressalentes para outros veículos; 387 sucatas para fundição e reciclagem. Segundo o edital do leilão, um carro apto a circular significa que ele pode retornar a andar em via pública, ficando o comprador responsável pelo registro do veículo perante o órgão ou entidade executivo de trânsito, com o pagamento das respectivas taxas. O Detran-SP não é responsável pelas peças e afirma que o comprador já está ciente da situação mecânica do veículo, não aceitando posteriores reclamações. Neste primeiro leilão, a Sundown Web 100 de 2008 e uma Kasinski Win 110, modelo 2010, são as motos mais baratas. Cada uma tem lance mínimo de R$ 800. Já o carro mais em conta é um Fiat Uno 1.5 de 1992, com lance partindo de R$ 1.500. A visitação pública dos lotes de veículos ocorrerá entre os dias 17 e 21 de fevereiro, das 9h às 16h. A sessão pública para lances acontecerá no dia 24 deste mês. KIa Sorento EX2 de 2011 tem lance inicial mais barato que um iPhone 16 Pro Max reprodução/Detran-SP São Sebastião O segundo leilão com data marcada para este mês acontece no litoral paulista, em São Sebastião. Os pré-lances serão aceitos a partir do dia 17 de fevereiro. Neste leilão, são ofertados: 118 veículos aptos a circular; 70 sucatas com motor ainda podendo ser aproveitado; 56 sucatas com motor condenado, mas podendo servir como peças sobressalentes para outros veículos; 43 sucatas para fundição e reciclagem. Em São Sebastião, a moto mais barata é uma Shineray 50Q de 2017, com lance mínimo de R$ 200. Já o carro mais em conta é um Peugeot 206 Soleil de 2001 e ele tem aporte inicial de R$ 750. A visitação pública dos lotes de veículos ocorrerá entre os dias 20 e 21 de fevereiro, das 9h às 16h. A sessão pública para lances acontecerá no dia 26 deste mês. Ubatuba O terceiro leilão do Detran-SP será próximo ao segundo, em Ubatuba. Os pré-lances iniciam no mesmo dia, em 17 de fevereiro. Uma peculiaridade deste é que só existem motos na lista dos veículos conservados. Neste leilão, estão disponíveis: 42 veículos aptos a circular; 43 sucatas com motor ainda podendo ser aproveitado; 24 sucatas com motor condenado, mas podendo servir como peças sobressalentes para outros veículos; 12 sucatas para fundição e reciclagem. Neste leilão em Ubatuba, a moto mais barata é uma Dafra Kansas 150 de 2008, custando a partir de R$ 600. A visitação pública dos lotes de veículos ocorrerá entre os dias 20 e 21 de fevereiro, das 9h às 16h. A sessão pública para lances acontecerá no dia 25 deste mês. Veja outros destaques dos leilões Kia Sorento de 2011 Lance inicial: R$ 5.550 Chevrolet Vectra GLS de 1999 Lance inicial: R$ 4.900 Land Rover Discovery Sport de 2018 Lance inicial: R$ 50.000 Honda City LX Flex de 2010 Lance inicial: R$ 8.100 Yamaha XT 660R de 2015 Lance inicial: R$ 8.500 Peugeot 408 Griffe de 2013 Lance inicial: R$ 8.500 Toyota Corolla XEi 2.0 Flex de 2015 Lance inicial: R$ 7.750 Jeep Commander de 2022 Lance Inicial: R$ 60.000 Mercedes-Benz C180 de 2016 Lance inicial: R$ 34.000 Suzuki GSX S720 AZ de 2020 Lance inicial: R$ 13.500 Cada leilão conta com até quatro dias de duração, sendo que o primeiro deles é reservado para veículos aptos a circulação. O lance mínimo é o valor de partida para as ofertas. A avaliação estimada para cada veículo é calculada com base nos valores praticados pelo mercado e no estado de conservação da unidade. Os leilões são abertos a todas as pessoas e empresas, mas são vedadas as participações de: Servidores do Detran-SP e parentes de servidores até o segundo grau; Leiloeiro, seus parentes até segundo grau e membros de sua equipe de trabalho; Proprietários, sócios e/ou administradores dos pátios terceirizados, licitados ou conveniados onde se encontram custodiados os veículos, seus parentes até segundo grau e os membros da equipe de trabalho; Pessoas físicas e jurídicas impedidas de licitar e contratar com a administração, sancionadas com as penas previstas nos incisos III e IV do art. 156 da Lei federal nº 14.133, de 2021 ou, ainda, no art. 7º da Lei federal nº 10.520, de 17 de julho de 2002. Veja dicas para participar de leilões Como em qualquer leilão, é preciso analisar minuciosamente cada item para saber qual faz sentido na sua garagem. Para te ajudar, o g1 reuniu as principais dicas e as opiniões de especialistas para que você tome a melhor decisão. Existem dois tipos de leilões: os particulares e os públicos. A primeira pergunta que o consumidor pode se fazer é: de onde vêm esses veículos? Os leilões públicos costumam ofertar modelos que foram apreendidos ou abandonados. De acordo com Otávio Massa, advogado tributarista, esses veículos têm origem em operações de fiscalização aduaneira e foram retidos por questões legais, fiscais ou por abandono em recintos alfandegados. Existem também os carros inservíveis de órgãos públicos, como os que já não têm mais utilidade para o propósito governamental e são vendidos para reutilização ou como sucata. “Os veículos são vendidos no estado em que se encontram, sem garantias quanto ao seu funcionamento ou condições, e o arrematante assume todos os riscos”, explica Massa. Em meio aos riscos, há excelentes preços. Porém, existe um passo a passo para verificar o estado do carro, que vamos falar adiante. Diferentemente das revendas oficiais ou multimarca, não é oferecida uma garantia para o produto. É nesse momento que o consumidor tem que ligar o alerta: produtos de leilões particulares podem ter garantia para apenas alguns itens. Os públicos, por sua vez, não têm garantia. Por isso, é importante checar se é possível fazer uma vistoria presencial no modelo antes de pensar no primeiro lance. Luciana Félix, que é especialista em mecânica de automóveis e gestora da Na Oficina em Belo Horizonte, lembra ainda que a burocracia pode ser um grande empecilho para o uso do item leiloado. Um exemplo que ela cita é o de um carro aprendido, que pode ter problemas na documentação. “Esses carros já vêm com burocracias devido ao seu histórico. (...) Às vezes, são carros que necessitam de uma assistência jurídica. Você tem que contratar um advogado para fazer toda a baixa dessa papelada”, alega a especialista. Leilões particulares De acordo com a especialista em mecânica automotiva Luciana Félix a maioria dos pregões particulares oferece carros de seguradoras (geralmente de sinistros, com perdas totais ou parciais), de locadoras, e de empresas com pequena frota, que colocam a antiga para leilão quando precisam fazer a substituição. Simplificando o conceito: 🔒Leilões particulares: frotas de empresas, devoluções de leasing, de seguradoras 🦁Leilões da Receita Federal: apreendidos, confiscados ou abandonados. Tipo de compra Segundo Ronaldo Fernandes, especialista em Leilões da SUIV, empresa que possui um banco de dados de peças automotivas, é fundamental entender que existem duas maneiras de adquirir automóveis ofertados em leilões: para restaurar ou utilização; e aqueles voltados exclusivamente para empresas de desmanche legal. “Não há um tipo específico de veículos que vai a leilão, mas é muito importante verificar qual o tipo de venda que está sendo oferecida para o veículo de interesse, pois alguns veículos poderão circular normalmente e outros servirão somente para desmonte ou reciclagem devido à sua origem”, afirma Fernandes. Nos casos em que os carros são vendidos para desmanches, a origem deles se dá por conta do tamanho do sinistro. “Dependendo do tamanho do sinistro, o automóvel só poderá ser vendido como sucata, ou seja, sem documentação para rodar novamente”, afirma Fernandes. Critérios para venda Segundo o advogado tributarista Otávio Massa, os critérios para que um carro vá a leilão incluem: Valor comercial: veículos com valor residual significativo que justifique a venda; Condição recuperável: mesmo que parcialmente danificados, se ainda tiverem peças reutilizáveis ou puderem ser reparados; Procedimento legal: veículos apreendidos ou abandonados que legalmente devem ser vendidos em leilão público. Resumindo, o que define se um veículo vai ser leiloado é o quanto ele ainda pode despertar o interesse financeiro de novos compradores. Thiago da Mata, CEO da plataforma Kwara, afirma que é feita uma avaliação prévia para determinar o valor a ser cobrado. “Normalmente, ativos que possuem débitos superiores ao seu valor de mercado são considerados sucata e vão para descarte. Da mesma forma, veículos cujo estado de conservação seja muito crítico podem ter o mesmo destino para que possam ser aproveitadas as peças”, argumenta. Otávio Massa corrobora com a visão de da Mata ao afirmar que “não há uma porcentagem mínima específica estabelecida por lei, mas o critério principal é se o veículo tem valor comercial residual. Veículos sem valor ou severamente danificados podem ser descartados”. Carros, caminhões, ônibus e outros modelos destinados a desmanche têm seus respectivos números de chassis cancelados. É como se o automóvel deixasse de existir. Prudência e dinheiro no bolso De acordo com Thiago da Mata, da Kwara, inspecionar o veículo é de suma importância. Afinal, os carros podem ter distintos estados de conservação, o que tem que entrar na lista de preocupações de quem participa de um pregão. “[Os veículos] podem tanto estar em bom estado de conservação, como também é possível que tenham ficado em pátio público durante um período de tempo importante”, afirma. Os carros podem ter marcas provocadas pelo período em que ficaram expostos ao clima: pintura queimada, oxidação da lataria, manchas provocadas pela incidência solar. E esses reparos também precisam entrar no planejamento financeiro do comprador. Idealmente, a inspeção deve ser feita de forma presencial, segundo os especialistas consultados nesta reportagem. Ao verificar um carro, por exemplo, é preciso verificar tudo: bancos, painéis de porta, console central, volante, conferir os equipamentos, a quilometragem, ligar o carro, abrir o capô, checar a existência de bateria de 12V e, se possível, levar um especialista ou mecânico de confiança para checar as partes técnicas e prever possíveis custos extras com manutenção. Luciana Félix, que é especialista em manutenção, diz que o consumidor precisa ver até o histórico de manutenção, se possível. E documentar tudo com fotos. “Comprar carros em leilão é tipo um investimento de risco, você pode se dar muito bem ou muito mal, pois você não poderá andar com o carro para saber como está o seu motor ou câmbio, pois todos os veículos estão lacrados”, argumenta a proprietária da Na Oficina. É importante ressaltar que essa é a mesma verificação que se faz ao comprar um automóvel usado, seja presencial ou via marketplace: deve ser feita uma avaliação técnica, além de checagem da quilometragem rodada e documentação do ativo. “Importante que seja feita a verificação de débitos ou algum tipo de bloqueio para venda, pois a responsabilidade por estes pagamentos pode ser diferente de leilão para leilão. Estas informações devem estar presentes no Edital, que deve ser lido com atenção antes que qualquer lance seja dado”, alerta Thiago da Mata, da Kwara. Quando a compra é feita pela internet e não existe a possibilidade de visitar o produto, é indicado solicitar uma vídeo-chamada para fazer essa inspeção. Não é o ideal, mas já ajuda a verificar o estado do carro, mesmo que seja à distância. O que verificar: Documentação: incongruências jurídicas; Custos para regularização; Estado de conservação do carro; Custos para restauro; Condições de compra; Inspeção mecânica e de equipamentos. Assim, se você vai participar de um leilão pela primeira vez, atente-se para os seguintes passos. Estude: leia o edital e entenda as regras do leilão; Verifique a procedência: se certifique que o veículo não tem pendências legais; Defina um orçamento: estabeleça um limite máximo de gastos; Inspecione: se possível, veja o veículo pessoalmente ou solicite um relatório detalhado; Experiência: participe de leilões menores para entender a lógica de funcionamento. ▶️ LEMBRE-SE: Utilize apenas canais oficiais para se comunicar com o leiloeiro e verifique sempre a autenticidade das mensagens. Evitar fraudes já é um bom começo.

Honda e Nissan desistem de fusão que criaria a terceira maior montadora do mundo


Empresas disseram que o acordo foi revogado para 'priorizar a rapidez na tomada de decisões e na execução de medidas de gestão em um ambiente de mercado cada vez mais volátil'. Fusão entre Nissan e Honda pode não sair do papel g1 Honda e Nissan cancelaram as negociações de fusão nesta quinta-feira (13), abandonando uma união de mais de US$ 60 bilhões que teria criado a terceira maior montadora de veículos do mundo. Um memorando de entendimento (MOU) havia sido assinado em dezembro de 2024, considerando a integração das duas companhias. Depois do período de negociações, Honda e Nissan disseram em nota que o acordo foi revogado depois da decisão das marcas de "priorizar a rapidez na tomada de decisões e na execução de medidas de gestão em um ambiente de mercado cada vez mais volátil". "No futuro, a Nissan e a Honda colaborarão dentro do framework de uma parceria estratégica voltada para a era da inteligência e dos veículos eletrificados, esforçando-se para criar novo valor e maximizar o valor corporativo de ambas as empresas", dizem as empresas. As montadoras abriram as conversas para ganharem tração em pesquisa, desenvolvimento e distribuição em um setor que enfrenta crescente competição chinesa e de outros fabricantes de carros eletrificados. Como a Honda tem valor de mercado de cerca de US$ 51,9 bilhões, mais de cinco vezes maior do que a Nissan, a empresa nomearia grande parte dos executivos, incluindo o CEO do novo grupo, enquanto a Nissan seria uma subsidiária — o que desagradou a fabricante do Kicks. Além disso, a Nissan está no meio de um plano de recuperação em que pretende demitir 9 mil funcionários e reduzir 20% sua capacidade global. As negociações sobre a união coincidiram com a perturbação causada pelas possíveis sobretaxas de importação propagadas com frequência pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. As tarifas contra o México serão mais dolorosas para a Nissan do que para a Honda ou a Toyota, segundo analistas. LEIA MAIS LISTA: veja as 10 motos novas mais vendidas do Brasil em janeiro VÍDEO: veja como ficou a loja de Fuscas antigos atingida pela enchente em SP Fiat Strada é o carro novo mais vendido em janeiro; veja a lista Descubra os 5 carros mais vendidos em janeiro E a parceria com a Renault? Quando as primeiras notícias sobre a aliança entre Honda e Nissan surgiram na imprensa internacional, uma grande questão ficou no ar: como ficaria a parceria Renault-Nissan- Mitsubishi? A Renault, havia dito que estaria aberta, em princípio, à fusão com a Honda. A montadora francesa possui 36% da Nissan, incluindo 18,7% por meio de um fundo francês. Por mais que a intenção da Nissan e da Honda fossem a de rivalizar com a pujante indústria chinesa, com mais de um terço das ações da Nissan, a Renault teve grande influência na decisão. Dias após o anúncio da intenção da fusão, a fabricante francesa se manifestou com a seguinte nota: "O Renault Group reconhece os anúncios feitos pela Nissan e Honda que ainda estão numa fase inicial." "Como principal acionista da Nissan, o Renault Group considerará todas as opções com base no melhor interesse do Grupo e de seus stakeholders. O Renault Group continua a executar sua estratégia e a implementar projetos que criam valor para o Grupo, incluindo projetos já lançados no âmbito da Alliance", continuou a nota. De acordo com Milad Kalume Neto, consultor independente do setor automotivo, a Renault já pensava em se proteger no caso de uma saída da Nissan. "Como principal acionista da Nissan, a Renault indicava que iria exercer seus únicos interesses, considerando desde a cisão até a manutenção do negócio. E o que valerá será o que a Renault e seus acionistas definirem", explica o especialista. "Alliance (as três marcas atuais) em primeiro lugar, o que serve como um lembrete para a Nissan de que serão lançados modelos elétricos da Nissan em breve no mercado europeu, com tecnologia Renault, o que poderá ser um problema para a Nissan." "Resumindo, não vejo a possibilidade de a Nissan falir, mas a empresa não está bem. A Nissan só poderia se movimentar se a Renault quisesse. Caso contrário, a briga judicial seria enorme", continuou. Como ocorre uma fusão? Assim como no caso do Grupo Stellantis, que uniu marcas como Fiat, Chrysler, Peugeot e Citroën, uma fusão exige uma série de ajustes por parte de todas as empresas envolvidas. Uma diligência prévia é realizada, administrada por uma auditoria independente, para verificar, entre outros fatores, a saúde financeira das empresas que pretendem se fundir. "Essa auditoria é totalmente confidencial. Não se sabe o que a Honda pode ter encontrado sobre a Nissan e vice-versa. Provavelmente, a Honda não gostou da atual situação da concorrente, e quem sairá perdendo será a Nissan. É preciso considerar, ainda, as necessidades de fechamento de fábricas", analisa Cássio Pagliarini, diretor de estratégia da Bright Consulting. E no Brasil? Aqui, a Nissan depende das boas vendas de seu utilitário esportivo compacto, o Kicks. Em 2024, o SUV fechou o ano entre os 10 carros mais vendidos, com 60.437 unidades comercializadas. Enquanto isso, Versa, Sentra e Frontier não tiveram um desempenho tão bom no ranking geral de vendas. O Versa, concorrente direto de Chevrolet Onix Plus, Hyundai HB20S e Fiat Cronos, registrou 11.628 emplacamentos em 2024, ficando na 41ª posição divulgado pela Fenabrave. Esse número é bem distante das 59.960 unidades do Onix Plus. O Sentra, um sedã médio, teve 6.014 unidades vendidas de janeiro a dezembro de 2024, ocupando a 47ª posição no ranking geral. Isso é significativamente menor que as 37.668 unidades do Toyota Corolla, líder da categoria. Por sua vez, a picape Frontier vendeu 9.258 unidades em 2024, uma diferença de 40.752 unidades em comparação com a Toyota Hilux, líder da categoria. Contudo, segundo o diretor da Bright Consulting, "apesar de vender poucas unidades dos modelos citados aqui no mercado brasileiro, o fato de a Nissan produzir em fábricas brasileiras para exportar para países vizinhos, pode fortalecer as instalações brasileiras. É difícil a Nissan falir", comenta Pagliarini.

Produção de motos tem o melhor resultado para o mês de janeiro em 13 anos


Segundo a Abraciclo, mês teve mais de 166 mil unidades produzidas, número 17,6% maior do que o registrado em janeiro de 2024. A produção de motocicletas no Polo Industrial de Manaus (PIM) alcançou 166.101 unidades fabricadas em janeiro de 2025, melhor resultado em 13 anos. Em 2012, foram fabricadas 176.981 motocicletas. Contra o mesmo mês do ano passado, houve um aumento de 17,6% na produção. Já em relação a dezembro de 2024, a produção mensal teve alta de 34%. Os dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo). Para 2025, a Abraciclo projeta uma produção total de 1,88 milhão de motocicletas, um crescimento de 7,5% em relação ao ano anterior. “Esse desempenho é resultado da ampliação da capacidade produtiva e da criação de 1.700 novos postos de trabalho no ano passado. As fabricantes estão investindo no aumento da produtividade para atender à crescente demanda do mercado”, afirma o presidente da Abraciclo, Marcos Bento. Confira abaixo o histórico para os meses de janeiro de 2012 até 2025. Categoria As motos voltadas para cidade, como as street/city, continuam dominando a produção. Ao todo, foram 87.192 motocicletas produzidas, o que dá 52,5% do volume total. As trail, como Honda Bros, ficaram com a segunda maior fatia (19,8%) e as motonetas, como a Biz, vêm na sequência (13,5%). As motos voltadas para a cidade, como as street e as city, continuam dominando a produção. Foram fabricadas 87.192 motocicletas do segmento, representando 52,5% do volume total. As trail, como a Honda Bros, ficaram com a segunda maior fatia (19,8%), seguidas pelas motonetas, como a Biz (13,5%). As scooters representaram 9% da produção, enquanto os demais segmentos não ultrapassaram 2%. Veja a divisão por categoria abaixo. Naked: 1,6%; Off-road: 1,3%; Big Trail: 1,2%; Sport: 0,8%; Custom: 0,2%; Touring: 0,1%. O número positivo de produção destaca um crescimento expressivo de 25,5% para as motocicletas de média cilindrada. “Essa é uma tendência natural do mercado, fruto da demanda dos consumidores por modelos com mais recursos tecnológicos e maior desempenho”, explica Bento. Vendas De acordo com a Abraciclo, foram licenciadas 151.983 motocicletas em janeiro, o melhor resultado do mês no varejo em toda a série histórica. Esse número representa um aumento de 14,4% em comparação com o mesmo mês do ano passado, e um crescimento de 3,3% em relação a dezembro. Em relação às exportações, foram embarcadas 2.807 motocicletas. Comparado a janeiro de 2024, houve um aumento de 12,5%. Em relação a dezembro, o crescimento foi de 11,5%. Royal Enfield Super Meteor 650: 3 pontos positivos e 3 negativos

'Olho de Deus': inteligência artificial da DeepSeek chegará a 21 carros da BYD


Ferramenta de inteligência artificial estará presente mesmo em modelos mais baratos, como o Dolphin Mini, que contará com mais de 10 câmeras e sensores espalhados pelo carro. Dolphin Mini é um dos carros que terá IA da DeepSeek divulgação/BYD A BYD anunciou na segunda-feira (10) que vai implementar a solução de inteligência artificial DeepSeek em seus veículos. O objetivo é auxiliar os sistemas de direção inteligente dos carros, incluindo modelos mais baratos. A adoção da inteligência artificial DeepSeek faz parte de um sistema de direção assistida, chamado de "Olho de Deus". A nova tecnologia, segundo a BYD, estará em 21 de seus carros, incluindo o pequeno Dolphin Mini, carro elétrico mais barato da marca no Brasil e que custa a partir de R$ 118,8 mil. A versão destinada para carros de entrada, como no Dolphin Mini, utiliza 12 câmeras e 17 sensores espalhados pelo carro. Modelos mais avançados adicionam outros componentes e triplica a capacidade de processamento de dados, recebidos a partir destes equipamentos. LEIA MAIS LISTA: veja quais foram os 10 carros mais vendidos do mundo em 2024 Novo leilão da Receita tem carros como Kadett e Astra a partir de R$ 800; veja como participar Primeira scooter elétrica da Yamaha custa R$ 33.990 e chega em fevereiro; veja detalhes G1 testou o novo BYD Yuan Pro O sistema inclui funções como estacionamento remoto e navegação autônoma em rodovias, que antes estavam disponíveis somente em veículos mais caros da marca. Além da BYD, outras marcas concorrentes da China já anunciaram a implementação da IA DeepSeek, como: Geely: grupo responsável por carros como Volvo, Smart e Lotus; Great Wall Motors (GWM): marca presente no Brasil desde 2023, com veículos como Ora 03 e o Haval H6; Leapmotor: marca parceira da Stellantis, grupo que controla nomes famosos como Fiat, Jeep e Peugeot. BYD rivaliza tecnologia com a Tesla A BYD é a principal rival da Tesla na China e cada vez mais também no exterior. O anúncio da última segunda levou os analistas a sugerirem que uma nova guerra de preços está próxima. A Tesla disponibiliza funções semelhantes em seus carros com preço a partir de US$ 32 mil (cerca de R$ 185 mil). "A direção autônoma deixou de ser algo raro e distante, é uma (...) ferramenta necessária", disse o fundador da BYD, Wang Chuanfu, em evento transmitido ao vivo. Ele antecipou que esta tecnologia será, em um futuro próximo, "uma ferramenta indispensável como os cintos de segurança ou os airbags". A montadora afirmou que a incorporação do DeepSeek ajudará a melhorar a tecnologia de direção autônoma. A empresa de IA ganhou destaque no noticiário em janeiro quando apresentou um chatbot comparável aos seus rivais americanos por uma fração do custo. As ações da BYD subiram 4,5% nesta terça-feira na Bolsa de Hong Kong, depois de uma alta de quase 20% nos dias anteriores ao evento de segunda-feira.

LISTA: veja quais foram os 10 carros mais vendidos do mundo em 2024


Entre as montadoras, a Toyota continua sendo a marca com maior número de vendas globalmente. Tesla Model Y foi o carro mais vendido em 2024 Divulgação | Tesla O Model Y, o segundo carro mais barato da Tesla, foi o carro mais vendido do mundo em 2024, repetindo o feito do ano anterior. Em 2024, foram emplacadas globalmente 1,09 milhão de unidades do Model Y, um número ligeiramente menor que o do ano anterior, quando foram vendidos 1,22 milhão de unidades. Os dados são da plataforma de dados Statista. LEIA MAIS LISTA: veja as 10 motos novas mais vendidas do Brasil em janeiro Isenção de IPVA: saiba quais estados liberam carros híbridos e elétricos do imposto Honda ADV 2025: o que há de bom e de ruim da nova geração da scooter; veja o teste do g1 Nos Estados Unidos, o Model Y sai por US$ 31.490, que em conversão direta custaria cerca de R$ 182 mil. O carro mais barato da marca de Elon Musk é o sedã Model 3, que custa US$ 29.990 (ou R$ 173 mil). Em segundo lugar na lista está o Toyota Corolla, que conquistou 1,08 milhão de novos consumidores no ano passado. O Toyota RAV4 completa o pódio de 2024 com 1,02 milhão de unidades vendidas. As picapes da série F da Ford, incluindo modelos como F-150, F-250 e F-350, ficaram na quarta colocação, com 900 mil unidades vendidas globalmente. Confira o ranking completo: Tesla Model Y: 1,09 milhões; Toyota Corolla: 1,08 milhões; Toyota RAV4: 1,02 milhões; Ford F-Series: 900 mil; Honda CR-V: 740 mil; Chevrolet Silverado: 640 mil; Hyundai Tucson: 610 mil; Toyota Camry: 580 mil; BYD Song: 570 mil; Volkswagen Tiguan: 540 mil. Descubra os 5 carros mais vendidos em janeiro Toyota segue líder entre as marcas; BYD entra no pódio O grupo Toyota, que também possui as marcas Lexus e Daihatsu, foi o conglomerado automotivo com o maior número de vendas de carros em 2024. É o quinto ano consecutivo de liderança. Foram vendidos 10,4 milhões de veículos, uma queda de 2,3% em relação ao mesmo período de 2023. Considerando apenas a marca principal, a Toyota vendeu 9,09 milhões de carros em todo o mundo. O grupo Volkswagen, que inclui marcas como Audi, Porsche e Bugatti, comercializou 8,48 milhões de automóveis em 2024, mantendo-se na segunda posição. Ao considerar apenas a marca Volkswagen, o número é bem menor: foram vendidos 4,93 milhões de veículos — enquanto a Toyota vendeu quase o dobro. O que manteve a Volkswagen na segunda posição foi o desempenho variado em diferentes mercados: enquanto as vendas cresceram nas Américas, a participação da marca alemã caiu na China. Na terceira posição está o conglomerado da Hyundai, que inclui as marcas Kia e a divisão de luxo Genesis. Juntas, essas marcas conquistaram 6,82 milhões de unidades vendidas. Individualmente, a Hyundai perdeu espaço e aparece apenas na sexta posição. Por fim, a BYD foi a grande surpresa de 2024: chegou ao nono lugar entre os grupos e à terceira posição geral entre as marcas. Foram mais de 3,80 milhões de veículos emplacados. Ranking geral dos grupos automotivos que mais venderam carros em 2024: Toyota: 10,39 milhões; Volkswagen: 8,48 milhões; Hyundai-Kia: 6,82 milhões; Renault-Nissan: 6,24 milhões; General Motors: 5,96 milhões; Stellantis: 5,32 milhões; Honda: 3,88 milhões; Ford: 3,87 milhões; BYD: 3,82 milhões; Suzuki: 3,09 milhões. Ranking individual das marcas que mais venderam carros em 2024: Toyota: 9,09 milhões; Volkswagen: 4,93 milhões; BYD: 3,80 milhões; Honda: 3,74 milhões; Ford: 3,69 milhões; Hyundai: 3,69 milhões; Nissan: 3,13 milhões; Chevrolet: 3,03 milhões; Kia: 2,91 milhões; Mercedes-Benz: 2,18 milhões. Veja os 10 carros com menor consumo de combustível do Brasil em 2025

Novo leilão da Receita tem carros como Kadett e Astra a partir de R$ 800; veja como participar


Período para recebimento das propostas vai das 8h do dia 17 até as 21h do dia 24 de fevereiro. A sessão para lances está prevista para as 10h do dia 25 de fevereiro. Chevrolet Kadett disponível no novo leilão de veículos da Receita Federal. Reprodução/ Receita Federal A Receita Federal em São Paulo realizará um leilão regional de veículos em fevereiro. São 83 lotes no total, que incluem automóveis, utilitários esportivos (SUVs), caminhonetes, caminhões, cavalos mecânicos, carretas, semirreboques, tratores, furgões, ônibus e micro-ônibus. Segundo a Receita, o leilão será realizado de forma eletrônica e é destinado a pessoas físicas e jurídicas. O período de recebimento das propostas vai das 8h do dia 17 até as 21h do dia 24 de fevereiro. A sessão para lances está prevista para as 10h do dia 25 de fevereiro (horários de Brasília). Entre os lotes mais baratos está um Chevrolet Astra, ano 1995, e um Chevrolet Kadett, ano 1997/1998, ambos em lotes a partir de R$ 800. Outros destaques do leilão são: No lote 17, é possível adquirir uma caminhonete Fiat Fiorino, um Citroen C4, um Chevrolet Prisma Maxx e um Chevrolet Vectra com lances a partir de R$ 7 mil; No lote 39, é possível adquirir um Ford Ka com lances a partir de R$ 1,9 mil; No lote 44, é possível adquirir um Chevrolet Corsa Sedan Maxx com lances a partir de R$ 3,2 mil; No lote 60, é possível adquirir um Fiat Uno Way, ano 2012/2013, com lances a partir de R$ 5,2 mil; No lote 69, é possível adquirir um Nissan Sentra com lances a partir de R$ 6,7 mil; No lote 83, é possível adquirir um Chevrolet Classic Spirit com lances a partir de R$ 1,3 mil. O lote mais caro desse edital é o de número 22: nele, é possível adquirir dois semirreboques e um caminhão Mercedes-Benz Atego com lances a partir de R$ 174,8 mil. Segundo a Receita Federal, os lotes estarão disponíveis para visitação entre 17 e 21 de fevereiro, nas cidades de Araraquara, Bauru, Presidente Prudente, São Bernardo do Campo, São José do Rio Preto, São Paulo, Sorocaba e Taubaté. Os lotes poderão ser examinados de forma presencial, mediante agendamento, em dias de expediente normal. Os endereços e horários para visitação, bem como os contatos para agendamento, estão indicados no edital do leilão. Restrição judicial ativa O Fisco destaca, ainda, que o leilão inclui lotes com veículos que possuem restrição judicial ativa (Renajud), ou seja, que têm uma ordem judicial que impede seu uso, transferência e venda. "É de responsabilidade exclusiva do arrematante adotar as medidas necessárias para a baixa da referida restrição", diz a Receita em nota oficial. Além disso, também existem lotes compostos por veículos que foram classificados pelo Fisco como sucata, com e sem restrição judicial ativa. Nesse caso, esses lotes são destinados "exclusivamente a empresas devidamente registradas no Detran para a realização de atividades de desmontagem". Os licitantes terão 30 dias para retirar os lotes arrematados. "Destaca-e que a Receita Federal não se responsabiliza pelo envio de veículos", completa o Fisco. Quem pode participar do leilão? Pessoas físicas podem participar do leilão sob os seguintes critérios: ser maior de 18 anos ou pessoa emancipada; ser inscrito no Cadastro de Pessoas Física (CPF); ter selo de confiabilidade Prata ou Ouro no sistema de identidade digital do Governo Federal. Já para pessoas jurídicas, os critérios são os seguintes: ter cadastro regular no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídica (CNPJ); ou, no caso do responsável da empresa ou de seu procurador, ter selo de confiabilidade Prata ou Ouro no sistema de identidade digital do governo federal. Como funcionam os leilões Como participar do leilão? Para participar do leilão apresentando um lance, o interessado precisa seguir os seguintes passos: entre 17 e 24 de fevereiro, observando os horários estabelecidos pela Receita, acessar o Sistema de Leilão Eletrônico por meio do Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC); selecionar o edital do leilão em questão, de número 0800100/000008/2024 - SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL DA 8ª REGIÃO FISCAL; escolher o lote em que se quer fazer o lance e clicar em "incluir proposta"; aceitar os termos e condições apresentados pelo site da Receita; e incluir o valor proposto (que, necessariamente, deve ser maior do que o valor mínimo estabelecido pela Receita), e salvar. Cuidado com leilões falsos A Receita ainda alertou para que os contribuintes tenham cuidado para não cair em golpes. "A Receita Federal alerta para a realização de transmissões ao vivo (lives) fraudulentas que simulam leilões em plataformas de compartilhamento de vídeos na Internet", disse o Fisco em nota, reforçando que a participação é feita exclusivamente pelo e-CAC. A Receita ainda destacou que o pagamento dos bens arrematados em leilão é feito por meio de Documentos de Arrecadação de Receita Federais (Darfs), e nunca mediante depósitos ou transferências para contas de terceiros.

LISTA: veja os 10 carros mais econômicos do Brasil em 2025


Todos os carros da lista dos mais econômicos no consumo de combustível possuem motor flex. A grande maioria é 1.0, e apenas um deles tem motor mais potente, um 1.5 aspirado. Veja os 10 carros com menor consumo de combustível do Brasil em 2025 O Inmetro atualizou os dados do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), que revelam quais são os carros mais econômicos do Brasil em consumo de combustível. A nova lista considera 1.168 veículos homologados por 38 marcas, avaliados em testes de laboratório, para avaliar diversos aspectos, incluindo o consumo de combustível. Os testes seguem a norma ABNT NBR 7024, em vigor desde 1989 e atualizada regularmente. Ela estabelece que o consumo de combustível (ou eletricidade) seja medido por ciclos de condução em dinamômetro de chassi, simulando o uso no trânsito urbano e em estrada. 🚗 O g1 lista nesta reportagem os 10 carros mais econômicos do Brasil. Veja abaixo. ⚠️ Nesta lista, foram considerados apenas os motores a combustão, excluindo híbridos e elétricos. Além disso, nem todas as versões de um mesmo modelo são necessariamente as mais econômicas. Veja os carros que menos consomem combustível no Brasil g1 Leia mais: Conheça os 11 carros híbridos mais baratos do Brasil; veja lista Consumo de combustível nas alturas? Pode ser filtro de ar entupido; veja o que fazer 10. Fiat Argo Fiat Argo divulgação/Fiat O Fiat Argo não chega a ser "beberrão", mas é o que mais consome combustível desta lista. O hatch compacto lida bem com trajetos na estrada, mas não brilha tanto na cidade. Motor: 1.0 flex; Câmbio: manual de cinco marchas; Gasolina: 13,6 km/l (cidade) e 15,1 km/l (estrada); Etanol: 9,4 km/l (cidade) e 10,6 km/l (estrada); Preço: a partir de R$ 89.990. 9. Honda City Honda City Hatch divulgação/Honda O compacto City é o único representante da Honda neste ranking. Conhecido por bons números de consumo, é o único carro com motor 1.5 da lista, e também com câmbio CVT: Motor: 1.5 flex; Câmbio: automático do tipo CVT; Gasolina: 13,1 km/l (cidade) e 15,2 km/l (estrada); Etanol: 9,2 km/l (cidade) e 10,5 km/l (estrada); Preço: a partir de R$ 117.500. 8. Volkswagen Virtus Virtus Comasa/Divulgação O Virtus é o sedã com menor consumo de combustível da Volkswagen, mas não o mais econômico da lista. Quem representa o modelo na lista é a versão com motor 1.0 e câmbio manual: Motor: 1.0 flex; Câmbio: manual de cinco marchas; Gasolina: 12,5 km/l (cidade) e 15,4 km/l (estrada); Etanol: 8,9 km/l (cidade) e 10,8 km/l (estrada); Preço: a partir de R$ 105.990. 7. Renault Kwid Renault Kwid divulgação/Renault Apesar de ser um dos carros mais baratos do Brasil desde seu lançamento, o Renault Kwid não é dos que tem o menor consumo de combustível. A sétima posição se dá por conta do desempenho ruim na estrada: Motor: 1.0 flex; Câmbio: manual de cinco marchas; Gasolina: 15,3 km/l (cidade) e 15,7 km/l (estrada); Etanol: 10,8 km/l (cidade) e 11 km/l (estrada); Preço: a partir de R$ 76.089. 6. Peugeot 208 Peugeot 208 2025 divulgação/Peugeot O Peugeot 208 chama atenção pelo visual mais agressivo, mas tem bom desempenho de consumo na versão de entrada: Motor: 1.0 flex; Câmbio: manual de cinco marchas; Gasolina: 13,3 km/l (cidade) e 15,8 km/l (estrada); Etanol: 9,6 km/l (cidade) e 11,1 km/l (estrada); Preço: a partir de R$ 81.990. 5. Hyundai HB20S Hyundai HB20S divulgação/Hyundai A versão sedã do HB20 chama atenção por ser o modelo com câmbio automático mais econômico do Brasil: Motor: 1.0 flex; Câmbio: automático de seis marchas; Gasolina: 13 km/l (cidade) e 16 km/l (estrada); Etanol: 9 km/l (cidade) e 11,2 km/l (estrada); Preço: a partir de R$ 97.690. 4. Volkswagen Polo Volkswagen Polo 2024 divulgação/Volkswagen O segundo carro mais vendido do Brasil em 2024, segundo a Fenabrave, ficou na quarta posição entre os mais econômicos do Brasil. Porém, deve-se considerar a versão: Motor: 1.0 flex; Câmbio: manual de cinco marchas; Gasolina: 13,7 km/l (cidade) e 16,1 km/l (estrada); Etanol: 9,5 km/l (cidade) e 11,3 km/l (estrada); Preço: a partir de R$ 96.490. 3. Fiat Cronos Fiat Cronos divulgação/Fiat O terceiro carro mais econômico do Brasil é da Fiat, com o sedã compacto Cronos. Estes são seus dados de consumo: Motor: 1.0 flex; Câmbio: manual de cinco marchas; Gasolina: 13,5 km/l (cidade) e 16,6 km/l (estrada); Etanol: 9,6 km/l (cidade) e 11,4 km/l (estrada); Preço: a partir de R$ 98.990. 2. Chevrolet Onix Onix Divulgação O primeiro e o segundo lugar são basicamente o mesmo: o Onix. Como utilizam o mesmo motor e câmbio, os dados de consumo são muito parecidos nas versões de entrada: Motor: 1.0 flex; Câmbio: manual de seis marchas; Gasolina: 13,8 km/l (cidade) e 16,9 km/l (estrada); Etanol: 9,6 km/l (cidade) e 11,9 km/l (estrada); Preço: a partir de R$ 93.770. 1. Chevrolet Onix Plus Chevrolet Onix Plus divulgação/GM Segundo o Inmetro, estes são os dados de consumo de combustível: Motor: 1.0 flex; Câmbio: manual de seis marchas; Gasolina: 13,9 km/l (cidade) e 17,4 km/l (estrada); Etanol: 9,7 km/l (cidade) e 12,4 km/l (estrada); Preço: a partir de R$ 105.490.

Isenção de IPVA: saiba quais estados liberam carros híbridos e elétricos do imposto


Entenda as diferentes regras de isenção e descontos no IPVA para eletrificados em diversos estados do Brasil. O IPVA é isento para carros elétricos e híbridos em alguns estados do Brasil; veja quais FÁBIO VIEIRA/FOTORUA/ESTADÃO CONTEÚDO Além da economia de combustível e da isenção do rodízio veicular em São Paulo, ter um carro elétrico ou híbrido pode trazer outro grande benefício: a isenção do pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). No entanto, as regras variam de acordo com a região do país. O g1 investigou as condições de isenção em cada estado, conforme descrito abaixo: LEIA MAIS Fiat Strada é o carro novo mais vendido em janeiro; veja a lista VÍDEO: veja como ficou a loja de Fuscas antigos atingida pela enchente em SP LISTA: veja as 10 motos novas mais vendidas do Brasil em janeiro Carros que vão pagar mais de R$ 1 milhão de IPVA Alagoas Tem isenção? Sim, para veículos híbridos e elétricos. Qual a regra? No primeiro ano, não há cobrança, mas a taxação começa a partir do segundo ano. Como funciona? Veículos 100% elétricos pagam 0,5% do valor de venda baseado na tabela Fipe, aumentando para 1% a partir do terceiro ano. Veículos híbridos têm uma alíquota inicial de 0,75%, que dobra a partir do segundo ano. Amapá Tem isenção? Sim, para veículos híbridos e elétricos. Qual a regra? A lei atual garante a isenção para ambos até 2026. Como funciona? A isenção foi aprovada pela lei nº 3.152/2024, sancionada pelo governador Clécio Luís, e vale para todos os veículos. Amazonas Tem isenção? Não há isenção completa. Qual a regra? Eletrificados ganham um pequeno desconto em comparação com veículos tradicionais. Como funciona? Enquanto carros com motores a combustão pagam uma alíquota de 4%, os eletrificados pagam 3% do valor venal. Bahia Tem isenção? Não há isenção completa. Qual a regra? Para veículos elétricos que custem até R$ 300 mil. Como funciona? Híbridos não são contemplados pelo benefício. Distrito Federal Tem isenção? Sim, para carros elétricos e híbridos. Qual a regra? A lei garante isenção para ambos. Como funciona? Isenção total, independentemente da idade do veículo. Maranhão Tem isenção? Sim, para carros elétricos. Híbridos ganham desconto. Qual a regra? Os veículos precisam ser comprados no estado. Como funciona? Carros comprados em outras unidades federativas, mesmo registrados no Maranhão, não são elegíveis. Veículos híbridos pagam uma taxa de 2,5%, um desconto de 0,5% em comparação com carros a combustão. Mato Grosso do Sul Tem isenção? Não, apenas desconto. Qual a regra? Desconto de 70% do valor do IPVA para híbridos e elétricos. Como funciona? A redução na cobrança é válida para “veículos com motor tracionado a eletricidade”, incluindo híbridos. De acordo com a Secretaria da Fazenda do MS, todos os veículos zero km não pagam IPVA no primeiro ano de uso, englobando os eletrificados. Minas Gerais Tem isenção? Sim, para híbridos e elétricos. Qual a regra? Carros precisam ser produzidos no próprio estado. Como funciona? Engloba carros híbridos e elétricos. Porém, os únicos carros produzidos no estado são os híbridos-leves (MHEV, do inglês Mild Hybrid Electric Vehicle) da Fiat, como Pulse e Fastback, lançados no fim de 2024. Paraná Tem isenção? Sim, mas não abrange carros híbridos e elétricos movidos a energia elétrica. Qual a regra? O Paraná oferece isenção de IPVA apenas para carros movidos 100% a hidrogênio. Como funciona? Atualmente, não há veículos desse tipo disponíveis no mercado brasileiro. Segundo a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), do Ministério dos Transportes, existem apenas 10 veículos movidos a hidrogênio no Brasil, de um total de mais de 126 milhões de automóveis registrados. É como criar uma lei que proíba carros voadores de estacionarem nos telhados de casas. Se não existe carro voador, a lei é ineficaz. Pernambuco Tem isenção? Sim, para veículos elétricos. Qual a regra? Apenas carros 100% movidos a energia elétrica. Como funciona? Os híbridos pagam a mesma alíquota de 3% aplicada a outros tipos de propulsão. Piauí Tem isenção? Não há isenção, mas há desconto. Qual a regra? Veículos elétricos pagam 1% do valor venal. Como funciona? Elétricos são beneficiados com desconto no IPVA, enquanto os híbridos são taxados da mesma forma que os demais automóveis. Rio de Janeiro Tem isenção? Não, apenas desconto. Qual a regra? Veículos a combustão pagam 4% de IPVA, enquanto os elétricos têm um desconto e pagam apenas 1% do valor de venda. Como funciona? Elétricos pagam 1% do IPVA e, para os híbridos, a alíquota é de 1,5%. Rio Grande do Sul Tem isenção? Somente para elétricos. Qual a regra? O Rio Grande do Sul concede isenção de IPVA para veículos 100% elétricos desde 1996. Como funciona? Os híbridos não são contemplados e pagam uma alíquota de 3% do valor venal. São Paulo Tem isenção? O governo de São Paulo isenta do IPVA veículos movidos a hidrogênio e híbridos com motor elétrico que atendam a critérios específicos. Qual a regra? Potência mínima de 40 kW; sistema de tensão de pelo menos 150 volts; valor máximo de R$ 250 mil. Como funciona? Atualmente, apenas os modelos Toyota Corolla e Corolla Cross se enquadram nesses critérios. A BYD oferece uma condição especial no estado, válida até o final de fevereiro, de quitar o IPVA dos veículos da marca para os compradores de carros novos. A GWM oferece IPVA grátis no primeiro ano para toda a linha Haval H6, uma promoção por tempo indeterminado. Mesmo que os carros elétricos não sejam incluídos no benefício estadual, é importante lembrar que o desconto de 50% no IPVA — ou seja, elétricos pagam 2% em vez de 4% — ainda é válido para veículos registrados na cidade de São Paulo. A iniciativa é da prefeitura. Tocantins Tem isenção? Não. Qual a regra? No final do ano passado, o governo do Tocantins enviou à Assembleia Legislativa um projeto de lei que propõe a isenção do IPVA para carros elétricos. Como funcionará? Se aprovada, a lei beneficiará quem comprar esses veículos em concessionárias do Tocantins até o final de 2026. O projeto de lei será analisado pelas comissões temáticas da Assembleia e, em seguida, votado em plenário. ❌ AC, CE, ES, GO, MT, PA, PB, RN, RO, RR, SC e SE não possuíam, até a publicação desta reportagem, políticas de isenções nem descontos de IPVA para carros híbridos ou elétricos. Loja Alten Wagen é alagada na zona norte de São Paulo

Chevrolet paralisa produção do Onix em Gravataí


Segundo o sindicato dos metalúrgicos, cerca de 1 mil funcionários podem ser afetados pela interrupção na produção. Montadora diz que negociação está em curso. Chevrolet paralisará produção do Onix e Onix Plus a partir de 22 de abril Divulgação A Chevrolet informou nesta sexta-feira (7) que está em processo de negociação com o sindicato dos metalúrgicos de Gravataí para um período de suspensão da produção de seus veículos de entrada, Onix e Onix Plus, a partir de abril. "A General Motors informa que está em processo de negociação com o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí para a adoção de um período de suspensão temporária de contratos de trabalho (lay-off), que deverá afetar parcialmente a produção. A medida, caso aprovada, tem como objetivo adequar a produção da fábrica de Gravataí (RS), responsável pelos modelos Onix e Onix Plus, à demanda atual do mercado. "A GM reforça seu compromisso com seus colaboradores e parceiros, e continuará monitorando o cenário econômico para tomar decisões alinhadas às necessidades do momento, sempre em diálogo com as partes envolvidas." De acordo com o presidente do sindicato, Valcir Ascari, o acordo prevê um layoff de ao menos dois meses, a partir do dia 22 de abril. "Garantimos para os trabalhadores o vale-refeição, 13º salário e programa de participação nos resultados integrais, além de cursos de qualificação mesmo durante o layoff." Há uma assembleia agendada entre a montadora e os representantes do sindicado para a próxima segunda-feira (10). De acordo com Ascari, são cerca de 700 a 1 mil funcionários afetados pela paralisação da Chevrolet. "Não temos saída, o layoff já foi confirmado pela GM e não temos muito para onde ir", confidencia o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí. Vendas do Onix O Onix foi o carro zero km mais vendido do Brasil por seis anos seguidos, e continua a ser um dos mais procurados do país, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Mas há anos o reinado do hatch da Chevrolet acabou. Em 2020, a montadora sofreu mais do que as concorrentes na crise de logística e de insumos causada pela pandemia. O Onix manteve a liderança, mas vendeu quase metade do que havia vendido no ano anterior. Em 2021 e 2022, o Onix foi ultrapassado pelo Hyundai HB20. E nenhum dos dois consegue incomodar a Fiat Strada há quatro anos. Como mostrou o g1 neste mês, o surgimento dos SUVs compactos também serviu para tirar o amplo domínio dos hatches, embolando a corrida pelo carro mais vendido do país. Os carros populares também perderam o diferencial de preço, fazendo com que opções mais atrativas ficassem com preços mais interessantes do que os carros de entrada no Brasil. Fábrica de Gravataí Em julho de 2024, a GM anunciou o investimento de R$ 1,2 bilhão apra a unidade de Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre. De acordo com a fabricante, os recursos serão destinados para modernização do complexo industrial e desenvolvimento de um novo modelo de veículo, que será lançado em 2026. "Aqui em Gravataí, esse R$ 1,2 bilhão nos permitirá fortalecer e modernizar a nossa capacidade fabril neste complexo industrial. E muito importante: vamos lançar um novo modelo que vai nos permitir concorrer em segmentos que hoje não cobrimos, tanto no mercado doméstico brasileiro quanto no mercado de exportações", afirmou na ocasião o presidente da GM América do Sul, Santiago Chamorro. GM de Gravataí, no Rio Grande do Sul Divulgação/General Motors Esse foi o quarto investimento que a Chevrolet anunciou para a unidade do Rio Grande do Sul, inaugurado em julho de 2000. O novo aporte faz parte do ciclo de investimentos de R$ 7 bilhões da GM no Brasil. Outros R$ 5,5 bilhões foram encaminhados para São Paulo. Há ainda a planta de Joinville (SC), onde será desenvolvido o motor híbrido flex como fruto de investimento de R$ 300 milhões. A montadora destacou que os investimentos têm foco em mobilidade sustentável, abrangem a renovação completa do portfólio de veículos e o desenvolvimento de tecnologias para o mercado local. Descubra os 5 carros mais vendidos em janeiro

Honda ADV 2025: o que há de bom e de ruim da nova geração da scooter; veja o teste do g1


Mais potente e mais espaçosa, mas ainda falta freio ABS na roda traseira. Veja pontos positivos e negativos da scooter aventureira. Testamos a nova Honda ADV 160 Ao lançar a X-ADV, uma scooter verdadeiramente aventureira com motor de 750 cilindradas e muita tecnologia, a Honda percebeu que precisava de um modelo mais acessível. Afinal, a X-ADV custa R$ 93.500. Em 2020, a fabricante japonesa lançou a ADV 150, uma scooter com suspensão a gás, ligeiramente mais alta e confortável, com pneus de uso misto e carenagem mais agressiva. O objetivo era atrair clientes que não gostavam das opções de motonetas disponíveis na marca, como a PCX e a Elite. Deu resultado: após quase quatro anos no mercado, a ADV conquistou a sexta colocação entre as scooters mais vendidas do país, com 13.182 unidades emplacadas no acumulado de 2024, perdendo apenas para: Honda PCX 160: 55.067 unidades; Honda Elite 125: 27.697 unidades; Yamaha NMax 160: 17.538 unidades; Yamaha NEO 125: 16.788 unidades; Yamaha Fluo 125: 13.253 unidades. No fim de 2024, a montadora atualizou sua scooter "aventureira" e apresentou a segunda geração do modelo. Com um preço de R$ 24.534, a nova ADV ficou R$ 1.474 mais cara que a versão anterior, mas recebeu importantes melhorias tecnológicas. O g1 testou a nova Honda ADV 160 durante uma viagem de pouco mais de 70 quilômetros no interior de São Paulo. No teste, pudemos conferir os seguintes tópicos: Novo design? Mais ou menos...; Novo motor têm mais fôlego, mas falta torque; Novas tecnologias ajudam, mas podiam ser melhores; Pontos positivos e negativos; Conclusões. Veja imagens da nova Honda ADV 160 LEIA MAIS Honda ADV ou Shineray Urban: veja o comparativo entre duas scooters VÍDEO: veja como ficou a loja de Fuscas antigos atingida pela enchente em SP Royal Enfield Super Meteor 650: o que faz essa custom ter seis meses de fila de espera? O g1 testou Novo design? Mais ou menos… Para perceber as mudanças visuais na nova Honda ADV, é preciso ter olhos de lince. As alterações foram tão sutis que muitos nem notarão. O conjunto óptico dianteiro (faróis, luzes diurnas de LED e setas) e as luzes traseiras não mudaram. O para-brisas, no entanto, mudou em design e tamanho. Ficou maior, oferecendo mais proteção para o motociclista, e agora possui uma entrada de ar. Faróis são os mesmos da primeira geração Divulgação | Honda Já a lateral ficou mais musculosa, com vincos mais pronunciados, dando um aspecto mais agressivo ao modelo. O assento ficou mais fino, mas a diferença é mais sentida do que vista. Com um banco mais fino e 1,5 cm mais baixo, não foi difícil colocar o pé no chão mesmo para quem tem menos de 1,70m de altura. Bom mesmo ficou o bagageiro sob o assento. Testado, ele comporta um capacete fechado e ainda sobra espaço para outros equipamentos de segurança, como luvas e jaqueta. O espaço aumentou em dois litros, totalizando 29 litros. Honda ADV 160 2025 ganhou um bagageiro dois litros maior que o da antecessora, passando de 27 para 29 litros Divulgação | Honda Novo motor tem mais fôlego, mas falta torque A ADV já pedia um novo motor desde que a Honda adotou o propulsor de 160 cilindradas na scooter urbana PCX, em 2022. E agora a ADV está 2,8 cv mais potente e 0,1 kgfm mais forte. O propulsor de um cilindro tem exatos 156,9 cm³e entrega 16 cv de potência e 1,46 kgfm de torque. Isso aumentou sua velocidade máxima de 101 km/h para 112 km/h, e a aceleração de 0 a 80 km/h é feita em 12,1 segundos. Os quase 3 cavalinhos a mais deram um fôlego extra para a ADV, e ela empolga quando ganha velocidade. A arrancada ainda é algo que a Honda precisa trabalhar, pois continua enfadonha. Não que se possa esperar muito deste segmento, a concorrente Shineray Urban também não é referência em desempenho. Contra a primeira geração da ADV, a Urban já perdia por 0,3 cv a menos. Agora, são 3,1 cv. Por outro lado, a Urban continua sendo R$ 3.544 mais em barata que o modelo da Honda — mesmo de pois de passar por um reajuste de R$ 1.400 desde o lançamento. Confira a ficha técnica das duas scooters: Novas tecnologias ajudam, mas poderiam ser melhores No "hardware", a motoneta ganhou uma tecnologia importante para reduzir o consumo de gasolina (não, ela não é flex): o Idling Stop, também conhecido como start-stop, que desliga o motor em paradas rápidas para economizar combustível. O consumo foi medido pelo Instituto Mauá chegou a uma média de 36,5 km/l. No teste do g1, a média foi de 47,7 km/l, bem superior ao oficial. O tanque de 8 litros rende uma autonomia de 292 km. No "software", a motoneta importou da PCX o controle de tração (TCS), essencial para pistas escorregadias. Em dias chuvosos, o TCS evita que a traseira derrape, o que faz diferença. O novo painel de instrumentos mostra a preocupação da Honda em modernizar o modelo. Ele inclui um novo sistema de conta-giros e um computador de bordo mais completo, com médias A e B para consumo e hodômetro parcial. Os comandos do painel foram reposicionados para o centro, logo abaixo da tela, e são mais intuitivos. Consumo médio: 36,5 km/l, mas o g1 alcançou 47,7 km/l no teste de 70 km realizado no interior de São Paulo Divulgação | Honda Entretanto, 4,4 polegadas é muito pouco para um painel com tantas informações. A concorrente Shineray, por exemplo, tem uma tela LCD de 10 polegadas que permite espelhar o celular. Em geral, a ADV agrada e continua sendo uma ótima opção para trechos urbanos. Ainda falta desempenho para arrancadas mais vigorosas, mas a suspensão traseira com amortecedores a gás é uma das melhores do segmento, proporcionando conforto. Com mais espaço no baú, não vai te deixar na mão. Por um lado, Honda acrescentou controle de tração, mas, por outro, não colocou freio com tecnologia anti-bloqueio na roda traseira. Difícil entender a escolha da montadora. As atualizações da ADV lembram o trabalho escolar que o filho avisa no domingo à noite que precisa ser entregue na segunda-feira: fica completo, mas vai sem capricho. Pontos positivos ✅ Novo motor; ✅ Mais espaço para bagagem; ✅ Controle de tração; ✅ Menor altura do banco. Pontos negativos ❌ Painel de instrumentos de 4,4 polegadas; ❌ Sem conectividade com celular; ❌ Falta de lampejador de farol alto; ❌ Não ter freio ABS na roda traseira. Conclusões A ADV 160 é mais prazerosa de pilotar do que a versão anterior. Começando pelo novo banco, que é mais estreito. Em paradas rápidas no farol, alcançar o chão com mais facilidade faz toda a diferença, especialmente quando o piso está molhado. O painel de instrumentos tem melhor leitura que o anterior, apesar de manter o tamanho do cluster da geração passada. As informações estão mais bem distribuídas, tornando-o menos confuso. Os comandos do painel, embora mais fáceis de usar, não estão mais na parte inferior da tela, o que facilita o manuseio. Poderia, contudo, ter seguido o exemplo da Shineray Urban, que possui os comandos da tela no punho esquerdo, junto com os comandos de farol e seta. Essa posição oferece mais comodidade ao selecionar as informações do painel enquanto se está em movimento, evitando tirar a mão do guidão. A vibração e o ruído do motor foram reduzidos, aumentando o conforto ao guiar. Apesar dos números de desempenho parecidos, ADV e PCX possuem públicos distintos, como prova o ranking de vendas. Enquanto a PCX tem a missão de agradar um público que se satisfaz com uma motoneta para ir e voltar do trabalho, a ADV é R$ 4.300 mais cara e quer ocupar a garagem do consumidor que precisa encarar uma estrada de terra leve e que preza por um modelo um pouco mais confortável. Ou seja, se você não faz questão do design aventureiro, pode economizar dinheiro e optar pela PCX. Confira o comparativo entre a primeira geração da Honda ADV e a Shineray Urban 150: Comparativo de scooters: Shineray Urban encara a Honda ADV

LISTA: veja as 10 motos novas mais vendidas do Brasil em janeiro


Foram emplacadas 151.952 motos zero km no país no primeiro mês do ano, segundo a Fenabrave. Honda CG 160 é a moto mais vendida do Brasil Divulgação | Honda A Honda CG 160 continua na liderança entre as motos mais vendidas do Brasil. Foram 34.516 motos emplacadas em janeiro, o que configura uma diferença de 13.855 motocicletas a mais que a segunda colocada, a Honda Biz, que registrou 20.661 unidades vendidas. Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Ao todo, foram vendidas 151.952 motocicletas no mês, número que representa um aumento de 0,02% em comparação com dezembro de 2024, quando foram emplacadas 151.925 motocicletas. Veja as 10 motos mais vendidas em janeiro. Honda CG 160: 34.516 unidades; Honda Biz 125: 20.661 unidades; Honda Pop 110i ES: 16.490 unidades; Honda NXR 160 Bros: 13.190 unidades; Honda CB 300F Twister: 5.001 unidades; Honda PCX 160: 4.105 unidades; Yamaha Lander 250: 3.272 unidades; Yamaha YBR 150: 3.261 unidades; Honda Elite 125: 2.923 unidades; Yamaha Crosser 150: 2.885 unidades. Na comparação com o último mês do ano passado, o Top 6 não sofreu alterações. A 7ª colocação, entretanto, era ocupada pela Yamaha Fazer 250, a FZ25, que foi ultrapassada pela trail Lander 250. O top 6 não sofreu alterações em relação ao mês anterior. Na 7ª colocação, a Yamaha Lander 250 ultrapassou a Yamaha Fazer 250 (FZ25). A XRE 190, que estava na oitava colocação, foi substituída pela YBR 150, que subiu da 10ª posição e herdou o lugar da trail da Honda. A Elite 125 surpreendeu ao aparecer na lista das 10 mais vendidas pela primeira vez, ocupando a 9ª posição no lugar da Yamaha Crosser 150, que caiu para a 10ª posição. Segundo a Fenabrave, o segmento de motocicletas tem avançado em função do setor de serviços. "Além disso, também temos a crescente busca por mobilidade individual e esses dados devem, novamente, puxar os números do segmento para cima, em 2025", diz o presidente da entidade, Arcelio Júnior. LEIA MAIS LISTA: veja as 5 motos mais baratas para pegar estrada Nova Honda CG 160 chega R$ 16.194; veja o que mudou na moto mais vendida do Brasil Moto Morini: conheça a marca italiana que chega ao Brasil com investimento de R$ 250 milhões 2 pontos positivos e negativos da Honda CG 160 Veja as 10 marcas mais vendidas em 2024, por fatia de mercado. Honda: 69,49%; Yamaha: 15,23%%; Shineray: 5,94%; Avelloz: 1,27%; Royal Enfield: 1,25%; Mottu: 1,23%; Bajaj: 1,14%; Haojue: 1,11%; BMW: 0,70%; Triumph: 0,60%. As 10 motos mais vendidas do Brasil em 2024

Fiat Strada é o carro novo mais vendido em janeiro; veja a lista


Picape é a líder nacional de emplacamentos desde 2021, segundo a Fenabrave. Strada segue na frente, com VW Polo na segunda posição. Descubra os 5 carros mais vendidos em janeiro Mais uma vez, a Fiat Strada foi o veículo novo mais vendido do Brasil, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). No primeiro mês de 2025, a picape registrou 8.777 emplacamentos. Em 2024, foram emplacadas 144.684 unidades da Strada em todo o país. No mês passado, as posições seguintes são ocupadas por Volkswagen Polo com 5.801 unidades comercializadas, Chevrolet Onix (5.576) e Chevrolet Tracker (5.416). Veja a lista de mais vendidos de janeiro de 2025: Fiat Strada: 8.777 unidades; Volkswagen Polo: 5.801 unidades; Chevrolet Onix: 5.576 unidades; Chevrolet Tracker: 5.416 unidades; Volkswagen T-Cross: 5.312 unidades; Fiat Argo: 5.173 unidades; Hyundai Creta: 5.149 unidades; Nissan Kicks: 4.458 unidades; Jeep Compass: 4.436 unidades; Honda HR-V 4.273 unidades. Fiat Strada segue na liderança do mercado brasileiro Divulgação | Fiat Comparado a dezembro de 2024, o Hyundai HB20 despencou da quarta para a 14ª posição, com apenas 3.678 unidades vendidas. Quem surpreendeu foi o Chevrolet Tracker, que foi o SUV mais vendido do mês, emplacando 5.416 unidades. O T-Cross, que foi o líder de vendas em 2024, ficou na 5ª posição no ranking geral e na 2ª posição no segmento. O Nissan Kicks, que não apareceu entre os 10 mais vendidos em dezembro, ressurgiu e alcançou a 8ª posição. Encerrando o mês com 159.868 emplacamentos, o total de veículos vendidos foi 6.239 unidades a mais que em janeiro de 2024, um crescimento de 4,25%. Confira o gráfico: De acordo com o presidente da entidade, Arcelio Junior, o resultado aponta recuperação do mercado automotivo, sobre janeiro do ano passado, apesar da queda registrada em quase todos os segmentos, em relação a dezembro de 2024. “O mês de janeiro é, historicamente, pior do que dezembro, pois é um período com características singulares e que influenciam o desempenho de emplacamentos, já que, nessa época, o orçamento das famílias é afetado por despesas como IPVA, matrículas e material escolar." "Além disso, é uma época em que muitos consumidores saem em férias e acabam postergando a decisão de compra de veículos. Ainda assim, tivemos um resultado positivo frente a janeiro de 2024”, analisa o Presidente da Fenabrave. Contudo, em comparação com dezembro, esse número está 34,92% abaixo do que foi comercializado no último mês do ano anterior. São Paulo liderou com 25,43% das vendas, enquanto Minas Gerais ficou em segundo com 14,85%, seguido por Paraná (6,34%) e Rio Grande do Sul (5,82%). Em relação à participação das fabricantes, a Fiat cresceu de 20,56% em dezembro para 21,7% em janeiro. A Jeep teve o maior avanço, de 4,21% para 5,83%, e a Toyota também teve um bom desempenho, aumentando de 6,55% para 6,74%. Na contramão, a Volkswagen foi a que mais perdeu participação de mercado, caindo de 16,55% para 13,35%. A Hyundai recuou de 8,24% para 6,17%, e a Chevrolet caiu de 13,33% para 12,41%. Fiat: 15,82% Volkswagen: 14,21%; Chevrolet: 12,92%; Hyundai: 7,89%; Jeep: 7,84% Toyota: 6,35%%; Honda: 6,00% BYD: 5,26%; Renault: 4,74%; Nissan: 4,69%%; Liderança da Strada A Strada lidera o ranking de carros e comerciais leves mais vendidos do país desde 2021, quando ultrapassou o Chevrolet Onix. O hatch da GM foi o mais vendido por seis anos, entre 2015 e 2020. Em 2024, o Onix terminou em terceiro lugar. Foram 97.508 unidades, bem abaixo do topo da lista. O vice-líder foi o hatch Volkswagen Polo, que emplacou 140.187 unidades e foi o grande rival da Strada durante todo o ano. O balanço final de emplacamentos foi divulgado oficialmente nesta quarta-feira (8) pela Fenabrave. Ao todo, foram mais de 2,4 milhões de veículos novos vendidos no ano passado, melhor resultado em cinco anos. (saiba mais abaixo) Os 10 veículos mais vendidos do Brasil em 2024 LEIA MAIS Venda de veículos novos no Brasil tem alta de 14,1% em 2024 Volkswagen T-Cross é o SUV mais vendido do Brasil em 2024; veja a lista IPVA 2025: pagar à vista ou parcelado? Veja como se organizar para a sua realidade financeira Os emplacamentos em 2024 Em 2024, os brasileiros compraram 2.634.514 veículos novos, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O g1 contabiliza motos à parte, e desconsidera implementos rodoviários. Esse foi o melhor resultado em cinco anos, quando o país registrou 2,7 milhões de veículos zero km. O número também representa uma alta de 14,15% em relação a 2023, quando foram emplacados 2,3 milhões de veículos novos. Veja abaixo o histórico dos últimos anos. Segundo o novo presidente da Fenabrave, Arcelio Júnior, o setor foi impulsionado por fatores como a manutenção da oferta de crédito e a constante diversificação de produtos, em todos os segmentos. "Como resultado desses fatores, os emplacamentos de 2024 ficaram próximos das projeções apresentadas pela Fenabrave, em outubro, sendo superiores às perspectivas que tínhamos no início do ano", disse o executivo. Para os próximos 12 meses, o executivo foi conservador ao renovar as projeções, dizendo que itens como câmbio, renda, crédito e outros fatores conjunturais, de contexto econômico e político, influenciam nos negócios do setor. "Estamos diante de variáveis importantes em vários quesitos, tanto políticos como econômicos”, explicou. A projeção da Fenabrave é de um crescimento de 5% para 2025, alcançando um total de 2.765.906 veículos vendidos. A redução no crescimento esperado para 2025 está ligada em preocupações com os cenários internacional e nacional. Segundo a economista Tereza Fernandez, responsável por projetar o cenário macroeconômico da Fenabrave, o governo de Donald Trump como presidente dos EUA é o maior ponto de apreensão. “Com o cenário internacional mais volátil com a possível elevação dos juros nos Estados Unidos, o crescimento mundial será menor, inclusive o nosso”, comenta Tereza Fernandez. A economista também aponta as altas taxas alfandegárias previstas para importações dos Estados Unidos como desafio para 2025. Olhando para o cenário nacional, Tereza acredita que a queda nas vendas prevista para 2025 está vinculada ao crédito mais caro, como consequência da alta nos juros. “A gente vem de um movimento positivo na venda de carros e comerciais leves. Não espero queda brusca do crédito em 2025, ele vai desacelerar de forma suave”, diz. “A inadimplência deve continuar baixa e a legislação [Marco Legal de Garantias], que facilitou tomar o bem em caso de não pagamento, podem segurar a baixa prevista das vendas na taxa prevista”, comenta Tereza. “A alta dos juros deve desacelerar até o final de 2025, o câmbio ficar na casa dos R$ 6 e, com isso, temos um cenário preocupante, mas não de ruptura. A maior preocupação está no cenário fiscal, salvo algum desastre ocorra”, complementa. *Com informações de André Fogaça.

Chevrolet Tracker é o SUV mais vendido do Brasil em janeiro; veja o top 10


SUV da GM é o campeão de vendas no primeiro mês de 2025, deixando o Volkswagen T-Cross, líder de 2024, logo na cola. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (4) pela Fenabrave. Chevrolet Tracker divulgação/Chevrolet O líder em emplacamentos em janeiro no segmento de SUVs no Brasil foi o Chevrolet Tracker. No primeiro mês de 2025, foram emplacados mais de 5,4 mil unidades, segundo dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) nesta terça-feira (4). Ao contrário da lista geral de vendas, liderada pela Fiat Strada, o ranking de SUVs mostra trocas de posição. A Tracker fechou 2024 em segundo lugar de vendas, mas passou à frente na virada do ano. O T-Cross foi o SUV mais vendido em 2020, 2023 e 2024, sempre perseguido de perto por rivais como a própria Tracker, o Hyundai Creta e o Jeep Renegade. O Renegade, inclusive, foi o líder em 2021. Naquele ano, ele esteve em 18,61% mais emplacamentos que o modelo da VW. Em 2022, o líder foi o Chevrolet Tracker, com 8,36% mais vendas que o T-Cross. Veja a lista dos SUVs mais vendidos em janeiro. Chevrolet Tracker: 5.516 unidades; Volkswagen T-Cross: 5.312 unidades; Hyundai Creta: 5.149 unidades; Nissan Kicks: 4.458 unidades; Jeep Compass: 4.436 unidades; Honda HR-V: 4.273 unidades; Jeep Renegade: 3.679 unidades; Fiat Pulse: 3.588 unidades; Fiat Fastback: 3.423 unidades; BYD Song: 3.185 unidades. Descubra os 5 carros mais vendidos em janeiro De acordo com a Fenabrave, o Brasil registrou 159.868 emplacamentos em janeiro. O g1 contabiliza motos à parte, e desconsidera implementos rodoviários. No mês passado, foram 6.239 unidades a mais que em janeiro de 2024, um crescimento de 4,25%. (veja no gráfico abaixo) De acordo com o presidente da entidade, Arcelio Junior, o resultado aponta recuperação do mercado automotivo, sobre janeiro do ano passado, apesar da queda registrada em quase todos os segmentos, em relação a dezembro de 2024. “O mês de janeiro é, historicamente, pior do que dezembro, pois é um período com características singulares e que influenciam o desempenho de emplacamentos, já que, nessa época, o orçamento das famílias é afetado por despesas como IPVA, matrículas e material escolar." A projeção da Fenabrave é de um crescimento menor para 2025, marcado em 5%. Alcançando um total de 2.765.906 veículos vendidos. No ano passado, foram 2.634.514 veículos novos. São Paulo liderou com 25,43% das vendas, enquanto Minas Gerais ficou em segundo com 14,85%, seguido por Paraná (6,34%) e Rio Grande do Sul (5,82%). Em relação à participação das fabricantes, a Fiat cresceu de 20,56% em dezembro para 21,7% em janeiro. A Jeep teve o maior avanço, de 4,21% para 5,83%, e a Toyota também teve um bom desempenho, aumentando de 6,55% para 6,74%. LEIA MAIS Troca de óleo: como escolher o melhor lubrificante para o seu carro? Licenciamento atrasado? Veja quanto e quando pagar a taxa IPVA à vista ou parcelado: veja como se organizar Sucesso dos SUVs no Brasil O segmento dos SUVs é dominante no Brasil, com 48,22% de todos os carros zero km vendidos em 2024. No primeiro mês de 2025 a presença destes carros cresceu ainda mais, com os SUVs representando 58,45% de todos os emplacamentos de veículos novos. O sucesso vem desde meados de 2020, quando ultrapassaram o total de emplacamentos dos hatches pequenos, como Volkswagen Polo, Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e Fiat Argo. Veja a evolução abaixo. Além do aumento no número geral de veículos SUV comercializados, chama atenção a presença do BYD Song no top 10. A Fenabrave não detalha qual versão deste veículo está na lista, ou se o nome Song significa a soma dos emplacamentos dos três modelos disponíveis para venda no Brasil: Song Plus, Plus Premium e Pro. O nome do BYD Song marca a inédita presença de um automóvel comercializado apenas em motorização eletrificada neste top 10. Em outros meses, modelos como o Toyota Corolla Cross também estiveram no ranking dos SUVs mais vendidos, mas sem detalhar quantos destes são da versão XRX Hybrid, única híbrida disponível para venda no Brasil.

Fiat Strada x VW Polo: como uma picape virou líder de vendas — e qual a chance de deixar o posto


Picape compacta deixou os hatches para trás pelo quarto ano seguido. Mas o hatch da Volkswagen e lançamentos previstos para o ano podem tirar a tranquilidade da líder de vendas em 2025. Fiat Strada divulgação/Fiat A Fiat Strada foi o veículo zero km mais vendido do Brasil em 2024. Esse é o quarto ano consecutivo de hegemonia de uma picape compacta em um país que, até então, era dominado pelos hatches. A chegada da Strada à liderança de emplacamentos é um marco do mercado automotivo. Ela desbancou o Chevrolet Onix, que ocupou a ponta por seis anos seguidos e chegou a vender 250 mil unidades por ano. Antes do Onix, o campeão de vendas era o Volkswagen Gol, que liderou por 27 anos e que nos tempos áureos vendia mais de 303 mil unidades ao ano. Havia um padrão na lista de carros mais vendidos do Brasil: sempre um hatch. Mas, enquanto as marcas brigavam pelo carro de entrada do mercado, a Strada pegou uma reta de crescimento linear, e se aproveitou da importância que o consumidor passou a dar para um carro multiuso. LEIA MAIS Modelos como a Strada, a Volkswagen Saveiro e a Renault Oroch são uma espécie de híbrido que mistura a picape com um carro compacto e barato. De acordo com Murilo Briganti, diretor de operações da Bright Consulting, esse é um segmento que cresceu cerca de 44% em apenas quatro anos. “Até 2020, as picapes derivadas de carros compactos compunham 9% das vendas no Brasil. Ao final de 2024, já possuem mais de 13% de participação”, comenta Briganti. Troca de óleo: qual é o momento certo para renovar o item nas motos? Veja dicas Veja como ler o código do produto para escolher o modelo correto para o seu carro IPVA 2025: pagar à vista ou parcelado? Veja como se organizar para a sua realidade financeira Carros que vão pagar mais de R$ 1 milhão de IPVA A renovação dos SUVs Curiosamente, uma parte importante do destaque que as picapes conquistaram nos últimos anos pouco tem a ver com elas. O surgimento dos SUVs compactos tirou o amplo domínio dos hatches, embolando a corrida pelo carro mais vendido do país. O movimento é perceptível quando se analisa a lista dos 10 carros mais vendidos na última década. Em 2014, havia oito hatches no top 10. Em 2024, são apenas cinco. Há 10 anos, não havia nenhum SUV na lista. Hoje, são quatro. E quem completa o ranking é a Fiat Strada. (veja o gráfico abaixo) “O mercado brasileiro tem priorizado veículos que conciliem transporte pessoal e capacidade de carga. Os hatches perderam espaço como escolha principal”, afirma Briganti, da Bright Consulting. Para Milad Kalume Neto, consultor independente especializado no setor automotivo, os hatches perderam atratividade porque não há mais um diferencial bom de preço para os SUVs, o que derruba o interesse do consumidor. “Você tem valor agregado muito maior nos SUVs, que ganham novas tecnologias antes dos hatches”, comenta Kalume Neto. Quem também perdeu o diferencial de preço foram os “carros populares”, como Renault Kwid e Fiat Mobi, e os sedãs pequenos como Fiat Cronos e Hyundai HB20S. Kalume Neto lembra que a chegada de uma enxurrada de SUVs compactos, com patamar de preço mais baixo, podem remover ainda mais hatches da lista dos 10 veículos mais vendidos já neste ano. Só nos últimos 12 meses, foram lançados SUVs compactos como Renault Kardian, Peugeot 2008, Citroën Basalt, novos Volkswagen T-Cross e Nivus, além de versões híbridas de Fiat Pulse e Fastback. “A própria Volkswagen vai canibalizar um pouco a venda do Polo com o lançamento do Tera. A marca deve priorizar o Polo só em versão simples, para menor preço e venda de frota para locadoras”, diz o analista. A chegada de novos (e melhores) concorrentes, com preços parecidos, fez com que houvesse uma migração de compradores. O Onix é um grande exemplo, que viu suas vendas minguarem em apenas dois anos. Em 2019, o compacto da GM emplacou 241.214 unidades. Passou para 73.623 em 2021 — uma queda de 70% do volume comercializado antes da pandemia. Claro que todas as fabricantes sofreram neste momento, com vendas menores e a crise de semicondutores. Mas a Chevrolet nunca conseguiu recuperar os números. Em 2024, foram 97.503 unidades vendidas e um segundo lugar no top 10 nacional. Por tudo isso, é difícil cravar qual será o próximo veículo mais vendido do país. Desde que a Strada assumiu a liderança, o Polo foi seu grande competidor. Em 2024, a diferença foi de apenas 4.507 unidades vendidas. Mas é preciso ver se o fôlego se manterá, e colocará a Volkswagen de volta no topo, depois de 10 anos. Como a Strada chegou lá? Por mais que a grande disputa do mercado automotivo tenha sido entre hatches e SUVs, fica a pergunta: como a Strada, uma picape, assumiu a ponta? Em 2024, a Fiat Strada vendeu 2,53 vezes mais que a segunda picape mais comercializada no Brasil, que é a Volkswagen Saveiro. Foram 144.684 unidades, contra 56.984 da rival. Para Leonardo Furtado, superintendente do Auto Shopping Internacional de Guarulhos, a Strada se destaca no mercado por dois motivos: a capilaridade de concessionárias Fiat e o investimento da marca nos diferenciais do modelo. “A quantidade de modelos diferentes, envolvendo cabine simples ou dupla, ajuda e dá muitas opções para quem compra”, afirma o executivo. “Ela tem baixo custo de manutenção, o consumo de combustível não fica acima de um hatch convencional, além de tecnologia e conforto que a Saveiro não acompanha.” Furtado diz ainda que a Strada fica mais interessante que a Saveiro por conta da suspensão em feixe de mola, que entrega maior capacidade de carga. Murilo Briganti, da Bright Consulting, lembra que a última geração da Strada recebeu melhorias significativas no design, acabamento e tecnologia embarcada, que a aproximou do conforto e recursos dos hatches compactos e alguns SUVs. “Embora tenha subido de preço em relação às versões anteriores, a Strada continua competitiva em custo-benefício, especialmente considerando sua robustez e baixa desvalorização”, aponta. Júnior Melo, gerente comercial da concessionária Fiat Bali Sia, em Brasília (DF), comenta que em sua carteira de clientes, a Strada atende a um público amplo, do produtor rural, às empresas e varejo da cidade, da mesma forma que pessoas físicas que queiram andar pela cidade. “Estes clientes pensaram em ter um espaço interno que ocupa a família, além da caçamba para carregar ração animal, algum material como tábua ou ferragens”, complementa. “São muitas versões, que atendem tanto no circuito urbano, como situações emergenciais e também para ir até sítio ou rancho. Tudo em um só carro.” Tassio Ricardo, empresário em Santos (SP), planeja trocar seu Fiat Argo por uma Strada, também visando ter um veículo multiuso. “O espaço interno da versão cabine dupla é o mesmo do meu Argo, o conforto também e a picape ainda tem tela da central multimídia maior”, comenta. “Gosto do visual dela, que me deixa trabalhar tanto carregando carga para meu restaurante, como um fogão, geladeira ou uma porta para trocar em casa e ainda assim não parece que estou com um carro de trabalho”, complementa Tassio.

Yamaha lança scooter híbrida para tentar levantar um mercado quase inexistente no Brasil


Modelo promete economia de 12% de combustível com sistema híbrido leve. Em 2024, foram vendidas pouco mais de 7,8 mil motos eletrificadas no país, menos de 0,5% dos mais de 1,8 milhão de modelos emplacados. Yamaha Fluo ABS Hybrid Connected divulgação/Yamaha Após anunciar uma scooter 100% elétrica para o Brasil, a Yamaha apresenta uma versão híbrida da Fluo ABS, que chega com poucas mudanças visuais e custa R$ 1,4 mil a mais devido ao sistema eletrificado. A Yamaha Fluo ABS Hybrid Connected possui algumas alterações em comparação com a versão não eletrificada. Os destaques visuais incluem um detalhe azul acima do farol, laterais alongadas para cima e carenagem com menos curvas, como o para-lama frontal, que agora tem linhas mais retas. No sistema, há mudança no painel de instrumentos. Ele continua digital e sem tela colorida, mas reduziu a quantidade de luzes indicadoras fixas, transferindo algumas para o display. Com isso, o painel ficou mais largo e ganhou extras, como um indicador de ligação perdida no celular. LEIA MAIS LISTA: veja as 10 scooters mais vendidas do Brasil em 2024 LISTA: veja 20 lançamentos de motos que chegam às lojas em 2025 Shineray lança três modelos para incomodar a líder das custom Royal Enfield Comparativo de scooters: Shineray Urban encara a Honda ADV Sistema híbrido empolga pouco O sistema eletrificado da scooter é do tipo híbrido leve. Assim como na maioria dos carros com esse tipo de conjunto, o motor elétrico não consegue tracionar as rodas de forma independente. Ele está acoplado a um motor monocilíndrico de 125 cilindradas com câmbio automático do tipo CVT, que recebe auxílio do sistema elétrico nas seguintes situações: Partida; Nas subidas; Acelerações mais intensas; Retomadas; Ultrapassagens; Quando há passageiro ou carga adicionais. Assim como a versão sem sistema híbrido, a nova scooter possui conexão Bluetooth para enviar dados ao aplicativo no celular, como status da bateria e óleo do motor, local de estacionamento e histórico de consumo de combustível nos últimos trajetos. O auxílio do sistema híbrido é de 0,06 kgfm, com energia captada diretamente da bateria de 12 volts, e dura apenas três segundos. Isso alivia o esforço do motor a combustão, prometendo economia de combustível. Em comparação com a geração anterior, que não possui motor eletrificado, a redução no consumo de gasolina é de cerca de 12%. Yamaha Fluo ABS Hybrid Connected A aposta da Yamaha é atrair consumidores e aquecer o fraco mercado de motos eletrificadas. Em 2024, foram comercializadas apenas 7.820 unidades no Brasil. Esse número representa apenas 0,42% do total de motocicletas emplacadas no ano, que passou de 1,8 milhão de unidades, segundo a Fenabrave. No Brasil, não há concorrentes diretos para a Yamaha Fluo ABS Hybrid Connected, pelo menos por enquanto. Ela compete com outros modelos de scooter a combustão, como Honda Elite, Shineray Jet 125ss EFI e Rio 125 EFI, além de modelos da própria Yamaha, como a Neo's 125. Todas essas scooters custam bem menos que os R$ 16.690 sugeridos para a Yamaha Fluo ABS Hybrid Connected, que aposta em diferenciais como o menor consumo de combustível, chave presencial e painel digital com mais informações, incluindo ícones para alertar sobre chamadas perdidas e mensagens recebidas no celular. A Yamaha Fluo ABS Hybrid Connected começa a chegar às concessionárias a partir de fevereiro. Veja a ficha técnica da moto

Royal Enfield Super Meteor 650: o que faz essa custom ter seis meses de fila de espera? O g1 testou


Estradeira de média cilindrada da marca indiana sai por R$ 34.990 e é uma das poucas opções acessíveis de motos para curtir no final de semana. Mas vale a pena esperar tanto tempo por ela? Royal Enfield Super Meteor 650, na versão testada Celestial, tem banco com sissy bar (apoio para lombar do garupa) e para-brisa. Preço: R$ 34.990 g1 | Fábio Tito As custom estão em alta. As motocicletas voltadas para estrada, popularmente conhecidas como as do estilo “Harley-Davidson”, tiveram um incremento importante de vendas após a pandemia, como mostrou o g1 em novembro. O crescimento do segmento foi superior a 50%, quando se compara as vendas acumuladas de 2024 com o mesmo período de 2023. A Royal Enfield é uma das grandes responsáveis por esse incremento, com cinco modelos entre os 10 mais vendidos do segmento. A Super Meteor 650, lançada no meio de 2024 e que já tem uma fila de espera considerável. Veja as versões: Astral: R$ 33.990 Interestellar: R$ 34.490 Celestial: R$ 34.990 Por isso, o g1 colocou à prova essa que é uma das motos mais desejadas do segmento para te contar se ela é tudo o que promete. No vídeo abaixo, você confere os principais pontos positivos e negativos do modelo. E ao longo da reportagem, detalhamos todas as característica da Super Meteor 650 (como peso, motorização, transmissão, largura, estabilidade, conforto, consumo e segurança) para você decidir se essa deve ser a motocicleta da sua garagem. LEIA MAIS Febre das custom: entenda como as motos estradeiras cresceram em vendas no país Shineray 250F chega por R$ 21.500 para enfrentar a Honda CB 300F Twister Honda ADV 2025 chega por R$ 24.534 e motor mais potente; conheça Royal Enfield Super Meteor 650: 3 pontos positivos e 3 negativos Que modelo é esse? As demais motos da Royal Enfield — como Hunter, Scram, Classic, Meteor, Interceptor, Continental e Himalayan — estão disponíveis à pronta entrega. A Super Meteor pode demorar até seis meses para ser chegar às mãos do novo dono. Mas o que houve? “O estoque [de Super Meteor] que acreditávamos que duraria alguns meses, durou dias. Tínhamos 650 motos para vender em um mês, mas isso aconteceu em apenas 48 horas”, explicou Gabriel Patini, diretor executivo da Royal Enfield para a América Latina. Segundo o executivo, o tempo de espera se deve à alta demanda, mas também ao tempo da moto vinda da matriz, na Índia, até o Brasil. Ou seja, a montadora não previu o montante de pedidos que a Super Meteor teria após o lançamento e, agora, a linha de produção indiana teve que abrir mais dois turnos para suprir os pedidos brasileiros. Além disso, o kit de peças da moto vem do país asiático e é montado na fábrica de Manaus (AM). Após essa etapa, as motos são levadas para o centro de distribuição da marca, em Louveira (SP). Esse trâmite demora cinco meses. Só então o produto chega à concessionária. Patini afirma que os pedidos da filial brasileira já foram ampliados, mas a Super Meteor enfrenta uma fila de espera grande por conta da falta de outras customs acessíveis no mercado nacional. “É um cliente órfão de modelos mais em conta da Harley-Davidson, da Honda Shadow, da Suzuki Boulevard. É um número gigante de consumidores que estava sem nada para comprar”, esclareceu o executivo. Galerias Relacionadas Boa na estrada e na cidade, mas pesada Apesar do aspecto robusto, não se pode esquecer que a Super Meteor é uma moto de entrada entre as custom. Apesar do visual, ela tem um terço do motor de motos premium. As Harley Davidson costumam ser equipadas com propulsores de 1.800 cilindradas ou mais. E, como diz o nome, a Super Meteor tem exatas 648 cilindradas. Isso não tira o quão empolgante pode ser a moto em baixas e médias velocidades, mas não dá para estabelecer uma comparação entre as custom de entrada e as topo de linha. É como comparar um Hyundai HB20 com um Volkswagen Golf. 🏍️ Entretanto, apesar da "falta de motor", ela se torna uma moto leve perto das estradeiras convencionais. Para iniciantes na categoria, esse é um ponto extremamente positivo, ao não gerar receio de derrubar uma moto tão pesada. Devido à largura, é preciso paciência para passar entre os carros g1 | Vinicius Montoia Deixa a desejar, porém, quando comparamos a Super Meteor 650 com a sua principal rival, a Kawasaki Eliminator 500. Por ter 241 kg, o modelo da Royal Enfield é 65 kg mais pesado que a concorrente japonesa. No geral, o peso extra se reflete negativamente no desempenho em alta velocidades, mas também torna manobras em baixa velocidade, principalmente entre os carros, mais difícil. É preciso um pouco de paciência para contornar outros veículos em meio ao trânsito. Por ter apenas 47 cv — a Kawasaki tem 51 cv —, a Super Meteor tem um desempenho progressivo, que não assusta. Em outras palavras, é possível girar o manete da direita (que, inclusive, tem ótima empunhadura) sem a preocupação de ser jogado para trás com a aceleração. E essa é uma característica deve ser valorizada por iniciantes em motocicletas de média e alta cilindradas. O torque chega às rodas sem aquela "patada" nas costas e isso, por si só, já ajuda a ter um controle maior sobre o veículo sem a necessidade de equipá-lo com controle de tração. A Royal Enfield Super Meteor 650 tem motor de dois cilindros paralelos que entregam 47 cv g1 | Fábio Tito A Super Meteor 650 não vibra tanto em ponto morto quanto as custom de alta cilindrada, outro ponto positivo do modelo. Por outro lado, o desempenho não empolga. Para quem está acostumado a rodar com motocicletas de média e alta cilindrada, a aceleração, ultrapassagens e as retomadas podem ser enfadonhas. Mas não adianta o motor ter bom funcionamento se o casamento com a transmissão não for harmônico. E é aí que a Royal acerta ao utilizar um câmbio de seis marchas na Super Meteor. A sexta marcha ajuda a diminuir a vibração do motor em altas velocidades, pois ele diminui a rotação do propulsor. E o acerto das três primeiras marchas é agradável para a cidade, por não serem tão longas quanto as três últimas. ⚙️ Mas, de novo, o piloto pode sofrer um pouco ao fazer uma ultrapassagem. Por ter engrenagens mais longas, a Super Meteor tem um desempenho bastante progressivo. Ou seja, não é só o motor que a torna uma custom dócil. Royal Enfield Super Meteor 650 g1 | Fábio Tito ⚠️ Outro ponto para o iniciante ficar ligado: a posição do comando de troca de marcha é avançado. O piloto fica com os pés posicionados para frente, o que tira um pouco da agilidade ao fazer curvas e manobras em baixas velocidades. No teste do g1, após ficar 10 dias com o modelo, isso foi bastante sentido ao encarar o trânsito pesado da capital paulista. Apesar de ter um guidão largo, não é tão difícil transitar com a Super Meteor nos corredores das grandes cidades. Mas há locais onde ela simplesmente não passa. Enquanto as city que tem 75 cm de largura, essa custom tem 89 cm de uma ponta a outra. Porém, há modelos do segmento que são mais caros e mais difíceis de pilotar. Assim, fica evidente que a Super Meteor não carrega os grandes pênaltis das custom premium, mas também não entrega o mesmo desempenho delas. Royal Enfield Super Meteor 650 g1 | Fábio Tito O tamanho da Super Meteor é um ponto importante, especialmente para quem pode ter apenas uma moto e precisa de um modelo que atenda tanto às necessidades diárias quanto às viagens de fim de semana. Devido às suas dimensões reduzidas em comparação com outras motos custom, a Super Meteor tem vantagens e desvantagens. Entre os prós estão o entre-eixos menor, que facilita manobras em baixas velocidades, e a facilidade de fazer curvas. É como comparar a manobrabilidade de um Renault Kwid com uma Chevrolet S10: é óbvio qual é mais fácil de estacionar. Algumas motos estradeiras parecem ônibus de tão difíceis de manobrar, devido à grande distância entre as rodas. 🌪️ No entanto, há um ponto negativo que compromete a segurança: a 120 km/h, ela começa a "shimmar". O shimmy é um fenômeno em que a parte dianteira da moto oscila rapidamente de um lado para o outro. Royal Enfield Super Meteor 650 g1 | Fábio Tito Isso ocorre por falta de peso no eixo dianteiro, indicando uma má distribuição de massa no projeto. Quando a velocidade aumenta, o vento e a aceleração empurram o eixo dianteiro para cima e é nesse momento que a frente fica muito leve, gerando, assim, a instabilidade. O "shimmy" de uma moto é muito arriscado porque o motociclista pode perder totalmente o controle. E a Super Meteor “shimma” mesmo dotada de suspensão invertida que, em tese, deveria evitar esse fenômeno. Na versão topo de linha Celestial, o banco é maior e possui sissybar para o garupa, um pequeno apoio lombar. O assento é bastante confortável, mas pode deixar os músculos ligeiramente dormentes em viagens longas. ⛽ No quesito consumo de combustível, ela não surpreendeu. Ela manteve a média do segmento. Medindo o consumo de forma manual após cada abastecimento (pois seu computador de bordo não registra consumo), foi possível alcançar apenas 21,6 km/l de gasolina. Um dos pontos elogiáveis da Super Meteor é seu sistema de freios, que funciona bem e é equipado com sistema anti-bloqueio (ABS) nas rodas dianteira e traseira. Por fim, é uma moto voltada para consumidores sem muitas pretensões esportivas, mas que apreciam uma viagem tranquila e confortável aos finais de semana. Se você gosta de contemplar paisagens, a Super Meteor pode ser uma parceira acessível para curtir viagens e acumular histórias. Pontos positivos e negativos: ✅ Facilidade de pilotar; ✅ Altura do assento; ✅ Entre-eixos mais curto; ❌ Desempenho; ❌ Manobras no trânsito; ❌ Peso. Conheça as cinco motos mais econômicas do Brasil Ficha técnica da Super Meteor 650 Motor: 648 cilindradas, bicilíndrico paralelo; Potência: 47 cv a 7.250 rpm; Torque: 5,3 kgfm a 5.650 rpm; Câmbio: manual, seis marchas; Comprimento: 2,26 m; Largura: 0,89 m; Altura: 1,15 m; Entre-eixos: 1,50 m; Peso: 241 kg; Tanque: 15,7 litros; Freio dianteiro: 320 mm com ABS; Freio traseiro: 300 mm com ABS; Suspensão dianteira: curso de 120 mm; Suspensão traseira: curso de 101 mm; Pneu dianteiro: 19 polegadas, 100/90 Pneu traseiro: 16 polegadas, 150/80 A estradeira vem equipada com freios ABS, inclusive na roda traseira g1 | Fábio Tito Oi, sumido Como mostrou o g1 em novembro, a Royal Enfield tem navegado no segmento das custom há quase sete anos de maneira isolada com modelos de média cilindrada. Dos oito modelos à venda no Brasil, a marca comercializa quatro custom — que estão entre as cinco mais vendidas da categoria. Essa é a principal estratégia da Royal Enfield: desbravar um segmento “abandonado”, sobretudo em uma faixa de preço em que as concorrentes não se encaixam. A Super Meteor 650 é R$ 10.500 mais barata que a sua equivalente, a Kawasaki Eliminator 500. A líder de venda entre as custom é a Hunter 350, também da Royal Enfield, e evidencia que a marca também quer conquistar o consumidor interessado em outras categorias. Por R$ 19.990, o modelo já vem com freios ABS de dois canais e o preço inclui o frete de Manaus para qualquer local do Brasil. Nessa faixa de preço, a montadora indiana pode incomodar até algum cliente da Honda CG e outros modelos que gravitam na casa dos R$ 20 mil, porém menos equipados. Shineray Titanium 250 chega por R$ 23.890 com motor bicilíndrico de 19 cv e 1,8 kgfm de torque Divulgação | Shineray O domínio do segmento pela Royal Enfield chamou a atenção da chinesa Shineray. O g1 já havia adiantado com exclusividade, no início do segundo semestre de 2024, que a marca chinesa entraria na categoria das custom com três modelos de baixa cilindrada. Ao apagar das luzes do ano passado, a chinesa lançou as três motos prometidas. Veja os preços: Iron 250: R$ 19.990; Titanium 250: R$ 23.890; Denver 250: R$ 23.990. De certa forma, o efeito "Royal Enfield" deixou claro que o consumidor brasileiro não se contenta só com moto para trabalho. Como diz a música dos Titãs, "A gente não quer só comida / A gente quer comida, diversão e arte". Shineray Denver tem visual mais clássico e custa R$ 23.990. O motor é o mesmo da Titanium, com 250 cilindradas que entregam 19 cv de potência e 1,8 kgfm de torque Divulgação | Shineray

Primeira scooter elétrica da Yamaha custa R$ 33.990 e chega em fevereiro; veja detalhes


Novidade tem apenas 3 cv de potência, mas o torque é de esportiva. Ela terá capacidade de rodar até 80 km com uma carga e será ofertada, a partir de fevereiro, em três cores: azul, preto e branco. Yamaha Neo's será produzida em Manaus e estará disponível a partir de janeiro. O preço é de R$ 33.990 Divulgação | Yamaha A Yamaha finalmente divulgou o preço da sua primeira moto elétrica, produzida em Manaus: R$ 33.990. Apresentada em outubro do ano passado, a motoneta estará disponível nas concessionárias a partir de fevereiro. Esse valor é R$ 20.398 mais alto que o preço da Watts WS120, que possui um motor de 2,2 kW de potência, equivalente ao da Neo's. A Shineray SE1, com motor de 2 kW, é ainda mais barata: R$ 12.490 e tem autonomia de 60 km por carga. Motos elétricas ainda representam uma pequena parcela do mercado brasileiro. No entanto, a Yamaha quer entrar nesse segmento para conquistar uma categoria que promete crescer nos próximos anos, especialmente com as restrições aos veículos a combustão e o incentivo às tecnologias elétricas e híbridas. A Neo's é 100% elétrica e deve competir em um nicho de apenas 5 mil motos vendidas anualmente. Em entrevista ao g1, Helio Ninomiya, diretor comercial executivo da Yamaha Brasil, afirmou que essa é uma aposta da marca para o futuro. “O preço dela só será revelado perto do lançamento, mas ela ficará posicionada perto do topo, sobretudo por conta da tecnologia de bateria, que exige um investimento bastante alto”, disse o executivo. “Com certeza vai ser uma moto de nicho, oferendo soluções de mobilidade para trechos urbanos”, contou Ninomiya. LEIA MAIS Honda Bros: o que há de positivo e negativo na trail mais vendida do país Honda ADV ou Shineray Urban: veja o comparativo entre as duas scooters LISTA: veja quais são as 5 motos mais econômicas do Brasil Nova scooter 100% elétrica da Yamaha deve ter 80 km de autonomia Neo's, não Neo A Neo's foi a novidade mais importante apresentada pela Yamaha para 2025, pois é feita em solo brasileiro. O nome lembra a Neo 125, scooter a combustão de entrada da Yamaha, mas a motoneta oferece 71 km de autonomia a energia elétrica. Scooter concorrente, a Watts WS120 tem autonomia de 50 km no modo econômico. Conjunto que dá energia à motoneta é dividido em duas baterias removíveis Divulgação | Yamaha Segundo dados da montadora, são necessárias 9 horas para carregar as baterias de 0 a 100% em tomadas de 110V. As baterias da Neo’s são removíveis, ou seja, é possível remover as unidades de energia de lítio e levar para carregar em tomada convencional em casa ou no escritório. Elas pesam apenas 8 kg, nada tão pesado que incomode. Aos olhos, o que mais chama a atenção é o design futurista da Neo’s. Todas as lâmpadas são de LED, e o acabamento é bem feito, com partes emborrachadas, para proteger de arranhões eventuais. Conjunto de luzes da Neo's é de LED Divulgação | Yamaha Como as demais scooters da marca, a Neo’s também tem gancho para prender sacolas e bolsas, além de porta-objetos sob o banco. Além das baterias, também cabe um capacete aberto no bagageiro da scooter. O motor elétrico fica localizado no cubo da roda traseira e é totalmente desenvolvido pela Yamaha. Há dois modos de pilotagem: STD (de standard, padrão em inglês) e ECO, que prioriza a economia de energia. O motor impressiona pelo que pode entregar em torque: são 13,5 kgfm, o que equivale ao conjunto de de 1.260 cilindradas com quatro cilindros em V da super esportiva Ducati Diavel. A potência, entretanto, é de 3,08 cv, bem abaixo de uma motocicleta convencional, que tem cerca de 15 cv com motor a combustão. Neo's, assim como as outras motos da Yamaha, também oferece conectividade através de um aplicativo específico da marca Divulgação | Yamaha A Neo’s pode ser conectada com o Yamaha Motorcycle Connect, encontrado nas lojas de aplicativo Android e iOS como Y-Connect. Após a conexão com o smartphone, o painel passa a exibir informações como o nível da bateria do celular, notificações de mensagens e ligações recebidas. No celular, por outro lado, o Y-Connect permite visualizar informações sobre a moto, como o status das duas baterias e até conferir onde ela ficou estacionada. A altura é super acessível, com 79 cm de altura do solo, o mesmo que Honda ADV e Shineray Urban. E, aparentemente, ela é bastante leve, com peso na casa do 90 kg. Durante o lançamento, a Yamaha não disponibilizou o modelo para teste. Motor: elétrico Potência: 3,08 cv Torque: 13,5 kgfm Autonomia: 71 km Comprimento: 1,88 m Largura: 0,69 m Altura: 1,12 m Comparativo de scooters: Shineray Urban encara a Honda ADV

Petrobras anuncia aumento de R$ 0,22 no preço do litro do diesel para as distribuidoras


Preço médio passará neste sábado (1º) a ser de R$ 3,72 por litro do combustível. Reajuste preocupa o governo porque impacta diretamente no preço dos alimentos e na inflação. Aumento do diesel impacta preço da comida e preocupa Lula A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (31) um aumento de R$ 0,22 no preço do litro diesel para as distribuidoras. O reajuste passará a valer a partir deste sábado (1º). Com o reajuste, o preço médio do diesel passará a ser de R$ 3,72 por litro do combustível nas refinarias, segundo comunicado da companhia (leia a íntegra aqui). Isso significa que, a partir deste sábado, as distribuidoras de combustíveis que comprarem diesel da Petrobras para revender aos postos vão pagar, em média, R$ 3,72 por litro. A esse valor, são somados impostos federais e estaduais, além das margens de lucro das distribuidoras e dos postos de gasolina. A conta resulta no preço final do combustível ao consumidor, que está em R$ 6,17 (diesel S10), segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis (ANP). Além da alta nas refinarias da Petrobras, o diesel vai ficar mais caro por causa do aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). No sábado (1º), o ICMS sobe R$ 0,06 por litro de óleo diesel. Aumento em 2023 O último aumento de preços do diesel praticado pela Petrobras aconteceu há mais de um ano, em outubro de 2023. Na ocasião, a estatal elevou o valor médio em R$ 0,25 por litro, passando a cobrar R$ 4,05 o litro. Em dezembro de 2023, houve uma redução, segundo a Petrobras. "Considerando o reajuste anunciado, a Petrobras reduziu, desde dezembro de 2022, os preços de diesel em R$ -0,77/ litro, uma redução de 17,1%", afirmou a estatal no comunicado divulgado nesta sexta. A gasolina sofreu ajuste mais recente, anunciado pela Petrobras em julho de 2024, com um aumento de R$ 0,20, para R$ 3,01 o litro. A petroleira anunciou em maio de 2023 uma mudança em sua política de preços. Desde então, a estatal não segue mais a política de paridade internacional (PPI), que reajustava o preço dos combustíveis com base nas variações do dólar e da cotação do petróleo no exterior. A Petrobras não é a única fornecedora de combustíveis do país, apesar de ser a maior. O Brasil tem refinarias privadas e empresas importadoras, que praticam preços de acordo com o mercado internacional. Reajuste preocupa o governo Petrobras prevê que preços do diesel devem continuar altos no 2º semestre do ano Gabriel Bastos/A7 Press/Estadão Conteúdo O reajuste anunciado pela Petrobras nesta sexta-feira foi antecipado pela colunista do g1 Ana Flor na última terça-feira (28). O aumento dos combustíveis, em especial o diesel, preocupa o governo porque impacta diretamente a inflação e o preço dos alimentos – justamente no momento em que o governo busca aliviar o custo desses produtos na mesa dos brasileiros. Em conversa com jornalistas nesta quinta-feira (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ressaltou que cabe à Petrobras definir os preços do petróleo e seus derivados. Veja a íntegra da nota da Petrobras A partir de amanhã, 01/02, a Petrobras ajustará seus preços de venda de diesel A para as distribuidoras que passará a ser, em média, de R$ 3,72 por litro, um aumento de R$ 0,22 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 86% de diesel A e 14% de biodiesel para composição do diesel B vendido nos postos, a parcela da Petrobras na composição do preço ao consumidor passará a ser de R$ 3,20 /litro, uma variação de R$ 0,19 a cada litro de diesel B. Desde 2023, este é o primeiro ajuste nos preços de venda de diesel A da Petrobras para as distribuidoras. O último ajuste ocorreu em 27/12/2023, uma redução. E o último aumento ocorreu em 21/10/2023. Considerando o reajuste anunciado, a Petrobras reduziu, desde dezembro de 2022, os preços de diesel em R$ -0,77/ litro, uma redução de 17,1%. Considerando a inflação do período, esta redução é de R$ -1,20/ litro ou 24,5%.

VÍDEO: veja como ficou a loja de Fuscas antigos atingida pela enchente em SP


Na sexta-feira, o g1 flagrou um Fusca 1973 totalmente destruído pelo alagamento na zona norte da cidade. Veículo pertencia à loja Alter Wagen, em Santana. A reportagem retornou à loja para mostrar os estragos. Loja Alten Wagen é alagada na zona norte de São Paulo Na última sexta-feira, São Paulo registrou a terceira maior chuva de sua história, com 125,4 milímetros entre a tarde e a noite do dia 24 de janeiro. Dentre os inúmeros danos causados pelas chuvas, o g1 flagrou um Fusca 1973, com placa preta de colecionador, completamente destruído pela enchente na zona norte da cidade. Não foi o único: o veículo fazia parte do showroom da loja Alten Wagen, na rua Duarte de Azevedo, no bairro de Santana. Nas redes sociais, um vídeo viralizou ao mostrar outros exemplares de Fuscas em ótimo estado boiando na água barrenta da enxurrada. LEIA MAIS Brasil tem mais de 1,5 milhão de motoristas com exame toxicológico vencidos Como as primeiras ações de Trump podem mudar a indústria automotiva Shineray lança três modelos para incomodar a líder das custom Royal Enfield A loja continuará aberta, garantem Antonio e Natália g1 | Vinicius Montoia O piso térreo, onde estavam nove carros, foi totalmente alagado e dois desses veículos não poderão ser recuperados tamanho o estrago provocado pelo alagamento. Os carros boiaram, bateram nas vidraças e escaparam pelas janelas. O Fusca laranja, flagrado pelo g1, foi parar a 600 metros da loja. “Estava de saída e percebi que o nível de água estava acima dos degraus. Achei que acabaria rápido, mas veio uma tromba d’água de mais de metro. Em 10 minutos, o nível subiu muito”, conta Antonio Gomes Ferreira, dono da loja. Ele e sua filha, a administradora Natália Zaba, calcularam os prejuízos em mais de R$ 100 mil. A intenção inicial era vender todos os carros e fechar o estabelecimento aberto há apenas dois meses. Natália Zala, filha do proprietário, diz que sete Fuscas foram vendidos em dois dias g1 | Vinicius Montoia “A ideia inicial era nunca mais voltar. Mas a paixão por Fusca é maior. Então, talvez usar apenas o andar de cima seria uma ideia para não ter mais prejuízos nas próximas chuvas”, diz Natália. Apesar das marcas de destruição, carros que antes custavam aproximadamente R$ 14 mil, foram comercializados por R$ 7 mil. Todos foram vendidos até a tarde de ontem. “Mesmo passando pela enchente, acaba sendo um ótimo negócio por conta do preço. Ainda mais porque eu sei fazer o serviço”, afirma Ricardo Antunes, especialista e restaurador, que comprou dois carros da loja. “Vou trocar toda a parte interna do carro e fazer uma revisão no motor. O bom é que hoje em dia existe muita procura por Fusca.” Ricardo Antunes, cliente da Alten Wagen, comprou um Fusca e uma Brasília g1 | Vinicius Montoia A loja não vai fechar A Alten Wagen nasceu da paixão de Antonio Ferreira por Fuscas, que surgiu aos 16 anos de idade. Agora, aos 70 anos, Ferreira tinha reunido uma coleção de 25 modelos do clássico nacional. Dez não foram atingidos pela enchente porque estavam em uma oficina de restauração da família, e outros seis estavam no segundo andar da loja. Sete carros atingidos pelas águas foram vendidos, e dois ficarão guardados como memória do alagamento. Antonio observa o interior da VW Brasília 1976 g1 | Vinicius Montoia “Estamos pensando em pendurar os dois Fuscas que não conseguiremos recuperar, amassados, aqui na loja para ficar como um símbolo de persistência e superação”, afirma a administradora. “Toda vez que começa a chover dá um desespero, um aperto no peito e vontade de chorar. A gente fica pensando que os Fuscas vão boiar de novo.” Dono conhece o detalhe de cada Fusca Ferreira era empresário do ramo de combustíveis. Nas viagens entre o interior de São Paulo e do Paraná, que fazia para administrar seus postos, teve a oportunidade de conhecer mais sobre a sua grande paixão: o Fusca. VW Fusca comprado por cliente da loja foi totalmente afetado pela água da enchete que assolou a zona norte da capital paulista g1 | Vinicius Montoia A loja Alten Wagen só nasceu após um acidente aéreo, que o fez abrir mão dos postos. Enquanto fazia uma aula de pilotagem, Antonio sofreu um acidente durante um pouso, o que quase lhe custou a vida. Foram três meses na UTI. “Fiquei impossibilitado de continuar com os postos de combustíveis. Como eu já tinha alguns Fuscas, pensei em montar uma loja e comercializar”, revela Ferreira. Recuperado em 2019, comprou o prédio da Rua Duarte de Azevedo, em Santana, onde hoje é a Alten Wagen. Foram cinco anos de reforma, até a inauguração em 2024. Ainda tinha água dentro dos carros quando os clientes chegaram para retirá-los g1 | Vinicius Montoia “Nesses cinco anos, meu pai comprou 22 Fuscas. Compramos um elevador para colocar os carros no terceiro andar e depois vieram os que foram afetados pela água”, diz Natália. “Meu pai sabe a história de cada modelo que ele comprou e tudo que foi feito em cada carro. Ele vai pessoalmente até as lojas de autopeças, ele contratou um profissional de pintura que ajuda na restauração e abriu uma oficina. Só que ele faz tudo no tempo dele, sem pressa. Então, ele conhece cada detalhe de cada carro, ele sabe tudo”, conta a filha do proprietário. Apesar das vitrines, a loja é discreta. Não há uma placa indicando o que acontece no local. A água subiu muito rápido: em oito minutos os carros já estavam boiando. Proprietário aponta a marca deixada pelo alagamento g1 | Vinicius Montoia “Muita gente passa aqui e não percebe que tem uma loja. O negócio do meu pai é a paixão e não exatamente o lucro. No começo eu até pensava que ele não queria vender, era para fazer um museu de Fusquinhas”, confidencia Natália. Segundo a administradora, a loja é um espaço familiar em que os carros ficam expostos e não há pressa na hora de vender. Após as reformas e limpeza, a perspectiva é continuar com as portas abertas. E não só para negócios. “Não é só comércio, é para contemplar, é história”, finaliza.

VÍDEO mostra 1º teste de motor em protótipo de 'carro voador' da Embraer em SP


Após as fases de testes e certificação, a expectativa da Eve, empresa ligada à Embraer, é iniciar a operação com os eVTOLs, popularmente chamados de ‘carros voadores’, em 2027. VÍDEO mostra 1º teste de motor em protótipo de ‘carro voador’ da Embraer em SP A Eve Air Mobility, empresa de mobilidade aérea urbana ligada à Embraer - fabricante de aeronaves sediada em São José dos Campos (SP) -, divulgou nesta terça-feira (28) imagens do primeiro teste de motor do protótipo do 'carro voador' - assista acima. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp O vídeo mostra o primeiro teste de pusher, que é o motor que fica na cauda da aeronave e é responsável pela propulsão (impulso) do veículo durante o voo. O teste do eVTOLs - sigla em inglês para 'veículo elétrico de pouso de decolagem vertical' - foi realizado com o protótipo em solo, na planta industrial da Embraer em Gavião Peixoto (SP), em janeiro deste ano. Os engenheiros e técnicos da empresa avaliaram o desempenho do motor e a comunicação dele com a estação de controle remoto, algo considerado fundamental para validar o funcionamento adequado do motor e dos inversores, que são os componentes essenciais para um voo seguro. Para a empresa, o teste foi um marco importante e faz parte do cronograma de desenvolvimento do eVTOL. Neste momento, os testes realizados são feitos com a aeronave no chão. Em futuras etapas, serão feitos testes com o modelo em voo. Com quase três mil encomendas, os eVTOLs da Embraer passam por um processo de regulamentação na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), responsável por supervisionar as atividades da aviação civil no Brasil. Segundo a Eve, a expectativa é que em 2027 seja feita a certificação do modelo pela Anac, ocorram as primeiras entregas do carro voador e a aeronave entre em operação. Antes, a previsão da empresa era de que os primeiros modelos chegassem ao mercado em 2026. Protótipo de 'carro voador' em escala real foi divulgado pela Embraer Divulgação/Eve Air Mobility Financiamento do BNDES Em outubro de 2024, o Banco Nacional de Desenvolvimento do Brasil (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 500 milhões para a Eve Air Mobility, ligada à Embraer, instalar a fábrica do 'carro voador' em Taubaté, no interior de São Paulo. A estimativa da Eve é de que até 480 'carros voadores' sejam produzidos por ano na fábrica de Taubaté. A empresa planeja fazer a produção de forma escalonada, em quatro fases, para acompanhar o crescimento do mercado. A fábrica vai funcionar em uma unidade que já pertence à Embraer. A expectativa é que a entrega dos primeiros modelos de eVTOLs comece em 2027. Quando estiver operando com a capacidade máxima, a empresa deve contar com cerca de 1 mil funcionários. Na época, em entrevista para a TV Vanguarda, Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, disse que uma das condições para o financiamento para a Embraer foi a instalação da fábrica no Brasil. "O acordo é: a fábrica fica em Taubaté, os empregos serão aí, é emprego de qualidade, de tecnologia, engenharia, é muito importante adensar esse Parque Tecnológico do Vale do Paraíba", disse. Em 2022, já havia sido aprovada uma linha de crédito de R$ 490 milhões para apoiar o programa de desenvolvimento do eVTOL da Eve. O novo acordo de financiamento é focado na estruturação da fábrica e foi estabelecido por meio de subcréditos de fontes nacionais e internacionais, incluindo os fundos em moeda estrangeira do banco. O prazo de quitação do financiamento é de 16 anos. De acordo com a Embraer, ao todo, foram realizadas quase 3 mil encomendas de eVTOLs de pelo menos 30 clientes em 13 países, representando um potencial de US$ 14,5 bilhões em receita. As diferenças entre helicóptero, eVTOL e avião elétrico Daniel Ivanaskas/Arte g1 'Carro voador' da Embraer Os carros voadores se assemelham, na estrutura, aos helicópteros, mas são feitos para viagens de curta distância, dentro de uma mesma cidade ou para cidades próximas. Outra característica comum dos eVTOLs é o motor elétrico. Os helicópteros são abastecidos com querosene ou gasolina. Também há diferenças nas asas, que podem ser fixas no carro voador, e no tipo de hélice - veja mais abaixo. Por enquanto, não há um regulamento específico para os "eVTOLs", já que o modelo é novo na aviação. Portanto, de acordo com a Anac, os critérios de aeronavegabilidade usados para o "carro voador" da Embraer terão como base os requisitos contidos no Regulamentos Brasileiros da Aviação Civil (RBAC). Como o tema dos eVTOLs ainda é considerado como 'futurista' para muitas pessoas, o g1 preparou um material com as principais respostas da inovação até o momento. Confira abaixo: Com quase 3 mil encomendas, ‘carro voador’ da Embraer passa por regulamentação na Anac Divulgação/Anac Como serão as viagens? De acordo com a Eve, os 'carros voadores' terão alcance máximo de 100 quilômetros e vão reduzir as viagens intraurbanas de uma hora para 15 minutos (atendem 99% dos trajetos interurbanos). Esse é o principal objetivo da inovação, além de tornar os voos urbanos mais acessíveis à população. Em relação a um helicóptero, o carro voador terá menor custo operacional, de manutenção e menor emissão de ruído. Por se tratar de um veículo elétrico, terá também zero emissão de CO2. Confira a entrevista do presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto Onde serão operados? Segundo a empresa, os operadores (clientes que adquirirem o produto) vão oferecer voos em trajetos específicos, como transporte para aeroportos e para vertipotos (um tipo de heliponto). Além disso, há previsão de voos turísticos. Até o momento, a expectativa é que São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Francisco - nos Estados Unidos - sejam os primeiros locais e receber os 'carros voadores'. Além disso, há também clientes na Noruega, Austrália, Kenya, Dubai e Reino Unido. Quanto vai custar? A estimativa da empresa é que o preço de uma viagem fique mais próximo ao de uma viagem de carro por aplicativo do que um voo feito por helicóptero, que tem custo considerado alto. De acordo com a Eve, a proposta é justamente democratizar os voos urbanos, proporcionando acesso maior às pessoas. Um estudo de operação realizado pela empresa praticou um preço a partir de R$ 99 para uma viagem entre a Barra da Tijuca e o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Quem são os clientes? Ao g1, a Eve explicou que os clientes são diversificados e, no momento, tem cartas de intenções para até 3 mil eVTOLs para operadores de helicópteros, companhias aéreas, empresas de leasing e plataformas de voos compartilhados. Por enquanto, o objetivo é que o produto seja oferecido apenas para empresas voltados a serviços de transporte, e não para uso privado. Qual a capacidade de ocupação? Os "carros voadores" da empresa terão lugar para quatro passageiros e um piloto. Por que é chamado de carro voador? Os eVTOLs são popularmente chamados como "carros voadores" por conta da proposta de integrá-los a mobilidade urbana e, como o transporte terrestre, conectar as comunidades do ponto A ao ponto B. A empresa explica que o serviço poderá ser oferecido por meio de aplicativos de compartilhamento, como os de corrida de carro. As pessoas poderão, por exemplo, comprar um assento em um determinado trajeto que será oferecido por um operador. Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina

Inmetro deve regulamentar radares de velocidade média em 2025, mas aplicação ainda está distante; entenda


Atualmente, só há radares de velocidade média no Brasil em período experimental. Ou seja, sem aplicação de multas aos motoristas. Imagem mostra um radar de velocidade no Pará. Detran/PA Os radares de velocidade média ainda estão longe de entrar em operação nas rodovias do Brasil, apesar do que dizem vídeos com informações falsas que circulam nas redes sociais. 🔍 Atualmente, só há radares de velocidade média no Brasil em período experimental. Ou seja, sem aplicação de multas aos motoristas. Novo radar de velocidade é instalado entre Bonfim Paulista e Ribeirão Preto Para entrar em operação, os radares precisam de: certificação pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) regulamentação pelo Ministério dos Transportes Ao g1, o Inmetro informou que a previsão de regulamentação é 2025, mas que o processo ainda está em etapa inicial. “Considerando que o tema envolve a preservação de vidas, o Inmetro pretende dar a maior celeridade possível, dentro dos trâmites obrigatórios, para que a regulamentação saia ainda em 2025, salientando que nos encontramos nas tratativas iniciais sobre o tema”, declarou. Já a segunda etapa da regulamentação pode demorar mais. O g1 apurou que o governo ainda estuda se será necessário alterar o Código Nacional de Trânsito ou regular o seu uso por meio do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Para alterar o código nacional, seria preciso aprovar um projeto de lei no Congresso, que tende a ser resistente à mudança, na avaliação de interlocutores procurados pela reportagem. O recente episódio do PIX — em que uma atualização burocrática da Receita Federal virou objeto de fake news e levou a um recuo do governo — também dificulta mudanças regulatórias. Como funcionam os radares? Hoje, os radares só capturam e multam quem passar acima da velocidade permitida em um ponto da rodovia, onde o equipamento foi instalado. No caso da velocidade média, dois radares são instalados no início e no final de um trecho da via. O radar vai marcar a entrada do veículo no trecho e sua velocidade. Quando o veículo passar pelo segundo radar, o sistema vai registrar quanto tempo levou para percorrer a distância e calcular a sua velocidade média no trecho. Se a velocidade média for maior que a permitida na pista, o veículo é multado. 📌Atualmente, só há radares de velocidade média no Brasil em período experimental. Ou seja, os radares não multam os motoristas. Em nota, a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) esclareceu que os radares de fiscalização de velocidade média ainda não são regulamentados no Brasil. "Portanto, é falsa qualquer informação sobre multas por excesso de velocidade média nas rodovias federais a partir destes equipamentos", declarou.

Estados aumentam ICMS sobre gasolina em R$ 0,10 por litro a partir de fevereiro; diesel terá alta de R$ 0,06


Estados dizem que reajuste reflete compromisso em promover um sistema fiscal 'equilibrado, estável e transparente, que responda adequadamente às variações de preços do mercado e promova justiça tributária'. Aimento do ICMS deve encarecer combustíveis João Pedro/Procon-AM O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) estadual será elevado em R$ 0,10 por litro de gasolina a partir do próximo sábado (1º), enquanto que o tributo sobre o diesel será elevado em R$ 0,06. Não está prevista mudança na tributação do etanol. A decisão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) foi tomada em outubro do ano passado, com validade a partir do começo de fevereiro. Ana Flor: Alimentos e Combustíveis pressionam inflação "Esses ajustes refletem o compromisso dos Estados em promover um sistema fiscal equilibrado, estável e transparente, que responda adequadamente às variações de preços do mercado e promova justiça tributária", informou o Comsefaz em 2024. De acordo com o Comsefaz, que reúne secretários de Fazenda dos estados: Impostos até janeiro de 2025: gasolina: R$ 1,37 por litro; diesel: R$ 1,06 por litro. A partir do sábado (1), as alíquotas serão de: gasolina: R$ 1,47 por litro; diesel: R$ 1,12 por litro. O preço dos combustíveis é livre no Brasil. A decisão de repassar ou não o aumento de tributos cabe aos postos de combustíveis. Geralmente, os reajustes são repassados aos consumidores. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), os preços médios da gasolina, do diesel e do etanol subiram nos postos de combustíveis do país em 2024. Preços defasados De acordo com dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), os preços dos combustíveis estão defasados no Brasil em relação aos valores internacionais. A entidade calculou, nesta segunda-feira (27), que a gasolina estaria R$ 0,23 abaixo do preço internacional e, o diesel, R$ 0,56. Essa defasagem é a diferença entre os preços que a Petrobras efetivamente pratica e os que ela poderia (ou deveria) praticar, com base no câmbio e no preço do petróleo. A Petrobras abandonou, no começo do governo Luiz Inácio Lula da Silva, a política de paridade de preços, por meio dos quais os combustíveis eram reajustados com base no preço do petróleo e da variação do dólar. O último aumento de preços anunciado pela empresa foi em julho do ano passado, quando o litro da gasolina teve uma alta de R$ 0,20, chegando a R$ 3,01, e o litro do gás de cozinha de 13kg subiu para R$ 34,70. Em 2024, os combustíveis pressionaram a inflação, que ficou acima do teto do sistema de metas. Segundo o IBGE, os combustíveis subiram 0,7%. Entre eles, o etanol subiu 1,92%), o óleo diesel, 0,97%, a gasolina, 0,54%, e o gás veicular, 0,49%. Por ser considerado um preço chave, aumentos de impostos sobre combustíveis tendem a se alastrar por toda economia.

IPVA 2025: veja o imposto mais caro em cada estado brasileiro; com o maior daria para comprar dois Porsches


O cálculo do imposto varia de estado para estado, com alíquota girando entre 1% e 4%, e por isso modelos iguais podem ter valores diferentes. Carros que vão pagar mais de R$ 1 milhão de IPVA O que você faria com R$ 1,2 milhão? Esse é o valor do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) mais caro do Brasil. O boleto vai para uma LaFerrari, edição especial da marca italiana, registrada no estado de Goiás e avaliada em R$ 34,8 milhões. O supercarro foi produzido pela Ferrari ente 2013 e 2018, como primeiro carro híbrido da montadora. O motor é um 6.2 V12, gerando 789 cv de potência, que quando combinado com o sistema híbrido, alcança absurdos 950 cv e 91,7 kgfm para o torque. Como comparação, este torque é superior ao de duas picapes Toyota Hilux 2025 somadas. Cada uma tem 42,8 kgfm de força na versão manual, alimentada por motor 2.8 turbo diesel. Também é maior que duas Ford Ranger com motor 2.0 turbo diesel, trazendo tração nas quatro rodas. Ferrari LaFerrari A LaFerrari alcança os 100 km/h em apenas 2,6 segundos e a velocidade máxima é de 350 km/h. Com a tração eletrificada, o modelo conseguiu manter a potência elevada e ainda assim reduzir o consumo de combustível em até 40%. O IPVA da LaFerrrai goiana em 2025 foi de exatos R$ 1.200.738. Com o valor, é possível comprar um Porsche 911 Carrera GTS Cabriolet, que custa R$ 1.174.000 no Brasil, ou então dois Porsche 718 Cayman novos, que têm preço sugerido de R$ 535 mil por veículo. Ainda sobrariam R$ 130 mil. Com o "troco", é possível comprar alguns carros novos, como: Nissan Kicks: entre R$ 115.890 e R$ 155.990; Fiat Fastback: entre R$ 119.990 e R$ 171.990; Jeep Renegade: entre R$ 118.290 e R$185.990; Honda City: entre R$ 117.500 e 142.400; Volkswagen T-Cross: entre R$ 119.990 e R$ 184.490. 🚗 O g1 preparou uma lista dos IPVAs mais caros em cada estado. Clique abaixo para conhecer o carro com imposto mais caro em cada UF. ⚠️ Lembre-se que o cálculo do imposto varia de estado para estado, com alíquota girando entre 1% e 4%, e por isso modelos iguais podem ter valores diferentes. Acre (AC) Alagoas (AL) Amapá (AP) Amazonas (AM) Bahia (BA) Ceará (CE) Distrito Federal (DF) Espírito Santo (ES) Goiás (GO) Maranhão (MA) Mato Grosso (MT) Mato Grosso do Sul (MS) Minas Gerais (MG) Pará (PA) Paraíba (PB) Paraná (PR) Pernambuco (PE) Piauí (PI) Rio de Janeiro (RJ) Rio Grande do Norte (RN) Rio Grande do Sul (RS) Rondônia (RO) Roraima (RR) Santa Catarina (SC) São Paulo (SP) Sergipe (SE) Tocantins (TO) Aston Martin, Ferrari e Porsche são os carros com IPVA mais caros do Brasil g1 LEIA MAIS IPVA 2025: veja calendário de pagamento nos estados e no DF IPVA 2025: o que acontece se eu não pagar o imposto? IPVA 2025: pagar à vista ou parcelado? Veja como se organizar Acre No Acre, dois dos três IPVAs mais caros são de Porsche 911 Carrera, mudando apenas o custo de cada um. O valor mais elevado é de R$ 29.670,70, emitido para um 911 Turbo avaliado em R$ 995.317. Não foram divulgados ano nem versão do modelo. São quatro variantes, com os seguintes detalhes: Potência: entre 394 e 541 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: entre 4,5 e 3 segundos Velocidade máxima: entre 294 e 312 km/h Volte ao índice. Alagoas O pódio de Alagoas tem um Porsche, uma Ferrari e uma Lamborghini. O modelo com maior tributo é uma Lamborghini Urus de 2021, avaliada em R$ 3.157.721. O IPVA é de R$ 102.625,93. Potência: 550 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 4,1 segundos Velocidade máxima: 286 km/h O segundo lugar é de uma Ferrari 488 Pista 2019. O IPVA custa R$ 90.850,79. O esportivo italiano tem: Potência: 720 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,85 segundos Velocidade máxima: 340 km/h O terceiro é um Porsche 911 GT2 RS 2018. O preço é de R$ 2.499.467, com IPVA de R$ 81.232,68. A ficha técnica dele tem: Potência: 700 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 4,9 segundos Velocidade máxima: 288 km/h Volte ao índice. Amapá No Amapá, o IPVA mais caro é de uma Lamborghini Aventador SVJ, superesportivo italiano avaliado em R$ 7.344.632. O IPVA 2025 saiu por R$ 220.338,96. O veículo tem: Potência: 759 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,8 segundos Velocidade máxima: 350 km/h O segundo lugar também é digno de nota: um Rolls Royce Ghost de R$ 6.033.880. O IPVA saiu por R$ 181.016,40. O ano-modelo também não foi divulgado. A ficha técnica dele conta com: Potência: 563 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 4,2 segundos Velocidade máxima: 250 km/h Volte ao índice. Amazonas No Amazonas, uma Ferrari lidera, seguida de duas Mercedes. A Ferrari 488 Spider de 2019 custa R$ 3.353.607, com IPVA de R$ 137.307,36. Sua ficha técnica tem: Potência: 670 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 3 segundos Velocidade máxima: 325 km/h Os demais são duas Mercedes Benz AMG GT63S 4M, uma de 2021 e outra de 2023. Enquanto o primeiro tem IPVA de R$ 70.688,72 e preço sugerido de R$ 2.234.142, o segundo tem R$ 67.077,44 e R$ 1.796.354. Ambos têm: Potência: 639 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 3,2 segundos Velocidade máxima: 315 km/h Volte ao índice. Bahia Na Bahia, os maiores IPVAs são duas Lamborghini e uma Ferrari. O topo do ranking fica uma Lamborghini Aventador SVJ R com valor de mercado avaliado em R$ 6.858.019. O IPVA custou R$ 171.450,47. A ficha técnica: Potência: 759 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,8 segundos Velocidade máxima: 350 km/h A segunda colocada é uma Ferrari Purosangue, avaliado em R$ 6.655.513. O IPVA ficou em R$ 166.387,83. A ficha técnica é a mesma para todas as versões: Potência: 715 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 3,3 segundos Velocidade máxima: 310 km/h Por fim, uma Lamborghini Huracán, de R$ 4.079.130. O IPVA emitido foi de R$ 101.978,25. A ficha técnica alcança: Potência: 640 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 3 segundos Velocidade máxima: 325 km/h Volte ao índice. Ceará Lamborghini Huracán Evo divulgação/Lamborghini No Ceará, os três lugares do pódio são Lamborghinis. A líder é uma Lamborghini Huracán Evo, com listada por R$ 4.590.000. O IPVA foi de R$ 142.810,12. Este é o único do trio sem definição do ano, mas o sufixo indica que sua ficha técnica pode ter: Potência: 602 ou 631 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: ente 2,9 e 3,5 segundos Velocidade máxima: 324 ou 325 km/h Os demais são duas Urus. O mais caro é um ano-modelo 2021, que custa R$ 3.150.000. O IPVA saiu por R$ 110.500. O outro é de 2020 e preço de R$ 2.299.900. O IPVA custou R$ 105.038,08. A ficha técnica das variantes do superesportivo italiano pode alcançar até: Potência: 800 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 3,4 segundos Velocidade máxima: 312 km/h Volte ao índice. Distrito Federal O Distrito Federal tembém tem um exemplar da LaFerrari, avaliada em R$ 34.804.668. O IPVA 2025 custou R$ 1.044.140,04. Lembrando a ficha técnica: Potência: 950 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,6 segundos Velocidade máxima: 350 km/h O segundo lugar está com a Lamborghini Huracán Tecnica, que custa R$ 4.109.050. O IPVA custou R$ 123.271,05. Esta versão foi fabricada entre 2022 e 2024, com: Potência: 631 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 3,2 segundos Velocidade máxima: 325 km/h Volte ao índice. Espírito Santo No topo do ranking do Espírito Santo há uma Lamborghini Aventador SVJ, de R$ 7.632.971. O IPVA é de R$ 152.659,42. Sua ficha técnica é: Potência: 759 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,8 segundos Velocidade máxima: 350 km/h Os outros dois lugares são ocupados por modelos diferentes da Ferrari. A primeira é uma 812 GTS, de R$ 6.193.655. O IPVA foi de R$ 123.873,10. Sua ficha técnica oferece: Potência: 789 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,9 segundos Velocidade máxima: 340 km/h Por fim, uma Ferrari SF90 Stradale, de R$ 4.843.606. O superesportivo italiano é híbrido plug-in e o IPVA dele foi emitido com R$ 96.872,12. Sua ficha técnica entrega: Potência: 986 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,5 segundos Velocidade máxima: 250 km/h Volte ao índice. Goiás Goiás tem a LaFerrari avaliada em R$ 34.804.000, campeã de IPVA no Brasil, com imposto emitido de R$ 1.200.738. Não foi informado o ano do superesportivo italiano, que foi produzido em Maranello entre 2013 e 2018, mas sua ficha técnica é a seguinte: Potência: 950 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,6 segundos Velocidade máxima: 350 km/h Em segundo lugar aparece outra Ferrari, uma Daytona SP3. O IPVA deste modelo custa R$ 612.690. O veículo foi avaliado por R$ 18.020.000 e sua ficha técnica tem: Potência: 829 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,85 segundos Velocidade máxima: 340 km/h O terceiro lugar é tão impressionante quanto: um Porsche 918 Spyder de 2015. O veículo tem IPVA de R$ 463.438 e preço de mercado de R$ 13.433.000, junto da seguinte ficha técnica: Potência: 875 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,6 segundos Velocidade máxima: 345 km/h Volte ao índice. Maranhão No Maranhão, o primeiro lugar está uma Lamborghini Huracán, de R$ 4.862.228. O IPVA do veículo é de R$ 120.674,49. Abaixo, a ficha técnica: Potência: 640 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 3 segundos Velocidade máxima: 325 km/h Na segunda colocação aparece uma Ferrari 458 Spider. Ela é responsável pelo boleto de R$ 53.165,13 para o IPVA, com valor de mercado listado de R$ 2.873.019 pelo estado. Ela tem a seguinte ficha técnica: Potência: 562 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 3,4 segundos Velocidade máxima: 320 km/h Volte ao índice. Mato Grosso Ferrari SF90 Spider divulgação/Ferrari O estado do Mato Grosso tem um trio de Ferraris na lista dos carros com IPVA mais caros. A primeira é uma SF90 Spider, versão conversível da Stradalle, avaliada em R$ 6.682.354. Isso gerou IPVA de R$ 200.470,62. O supercarro italiano conta com: Potência: 986 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,5 segundos Velocidade máxima: 250 km/h Em segundo lugar temos a Ferrari 812 GTS, com preço de mercado listado de R$ 5.794.002 e por isso seu IPVA foi emitido com valor de R$ 173.820,15. Essa é a ficha técnica deste superesportivo: Potência: 789 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,9 segundos Velocidade máxima: 340 km/h Na terceira colocação está uma Ferrari F8 Spider. O estado emitiu um IPVA de R$ 134.443,65, gerado a partir de R$ 4.481.455 como valor de mercado. A Secretaria da Fazenda do Mato Grosso não diz de qual ano é o automóvel, fabricado na Itália entre 2019 e 2023, mas a ficha técnica não é alterada e tem: Potência: 710 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,9 segundos Velocidade máxima: 340 km/h Volte ao índice. Mato Grosso do Sul No Mato Grosso do Sul, o primeiro lugar na lista é um Bentley Continental GT, com preço de mercado avaliado pelo estado em R$ 3.043.314. O IPVA emitido foi de R$ 91.299,42. A ficha técnica dele conta com: Potência: 771 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 3,2 segundos Velocidade máxima: 335 km/h O segundo colocado neste ranking é uma McLaren 720S Coupé, avaliada com o preço de R$ 2.915.685, junto de um IPVA emitido com custo de R$ 87.470,55. A ficha técnica é a seguinte: Potência: 710 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,9 segundos Velocidade máxima: 341 km/h Volte ao índice. Minas Gerais O IPVA mais caro para os mineiros é de uma Ferrati 812 GTS de 2023, de R$ 6.577.130. O IPVA emitido foi de R$ 263.085,18. Assim como o tributo, a ficha técnica do superesportivo italiano é impressionante: Potência: 789 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,9 segundos Velocidade máxima: 340 km/h Em segundo lugar aparece outra Ferrari, com uma SF90 Stradale do mesmo ano de 2023. O valor de mercado deste supercarro é de R$ 5.809.820 e o IPVA dela foi emitido com montante de R$ 232.392,78. O superesportivo italiano é híbrido plug-in e sua ficha técnica entrega: Potência: 986 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,5 segundos Velocidade máxima: 250 km/h Volte ao índice. Pará Lamborghini Revuelto é o carro com IPVA mais caro do Pará Lamborghini/Divulgação No Pará, o IPVA mais caro é de uma Lamborghini Revuelto de 2024, avaliada em R$ 7.186.600 pelo estado. Com isso, o imposto gerado para o veículo é de R$ 179.665. Esse é um dos carros mais potentes do Brasil, com a seguinte ficha técnica: Potência: 1.015 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,5 segundos Velocidade máxima: 350 km/h Os duas posições seguintes são ocupadas pelo mesmo carro, mudando apenas o ano. São duas Ferrari Purosangue, uma de 2024, avaliada em R$ 7.041.360 e que gera IPVA de R$ 176.034. A outra é de 2023 e R$ 6.682.240 de valor de mercado. O tributo emitido é de R$ 167.056. A ficha técnica de ambas contempla: Potência: 715 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 3,3 segundos Velocidade máxima: 310 km/h Volte ao índice. Paraíba Na Paraíba, o carro com IPVA mais caro do estado é uma Ferrari Daytona SP3. O supercarro foi avaliado pela Secretaria da Fazenda por R$ 10.574.470,21 e com este preço o IPVA gerado é de R$ 447.243,10. A ficha técnica entrega números impressionantes: Potência: 829 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,85 segundos Velocidade máxima: 340 km/h Em segundo lugar está um Ford GT Heritage, com preço de mercado de R$ 5.897.917,26, gerando R$ 249.532,40 para o tributo anual. A Secretaria da Fazenda da Paraíba não diz de qual ano é o automóvel, fabricado nos Estados Unidos entre os anos de 2004 e 2022, mas a ficha técnica pode chegar em: Potência: 700 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 3 segundos Velocidade máxima: 348 km/h Volte ao índice. Paraná O valor do IPVA mais caro do Paraná é de R$ 267.005,48, gerado para uma Ferrari SF90 Spider de 2023, avaliada pelo estado por R$ 7.628.728. O supercarro italiano conta com: Potência: 986 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,5 segundos Velocidade máxima: 250 km/h O segundo modelo com IPVA mais caro do estado é outra Ferrari, com a 812 GTS de 2022. Ela gerou um tributo de R$ 232.673,63 a partir do valor de mercado de R$ 6.647.818. Essa é a ficha técnica deste superesportivo: Potência: 789 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,9 segundos Velocidade máxima: 340 km/h Volte ao índice. Pernambuco Para Pernambuco, o trio de carros com IPVA mais caro é de Ferraris. O primeiro veículo do ranking é uma 296 GTB, avaliada em R$ 3,5 milhões e que gera imposto de R$ 79.920. A ficha técnica é impressionante: Potência: 819 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,9 segundos Velocidade máxima: 330 km/h O segundo lugar é da Ferrari Portofino, avaliada em R$ 2,5 milhões, com R$ 65.566,22 de IPVA. A Secretaria da Fazenda de Pernambuco não diz de qual ano é o automóvel, fabricado na Itália entre os anos de 2017 e 2023, mas a ficha técnica pode chegar em: Potência: 612 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 3,5 segundos Velocidade máxima: 320 km/h Já em terceiro, temos a Ferrari 458 Spider. Ela foi avaliada pelo estado de Pernambuco por R$ 2,5 milhões, gerando IPVA de R$ 51.444,84. Como também não se sabe qual é o ano do veículo, fabricado na Itália entre 2009 e 2015, a ficha técnica mais impressionante deste modelo mostra o seguinte: Potência: 597 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 3,4 segundos Velocidade máxima: 325 km/h Volte ao índice. Piauí No Piauí, o carro com maior IPVA é uma Lamborghini Huracán. Ela foi avaliada pelo estado por R$ 5,2 milhões e gerou um tributo de R$ 150 mil. Com uma década de produção na Itália, este veículo já passou por algumas revisões e versões, mas sua ficha técnica alcança: Potência: 640 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 3 segundos Velocidade máxima: 325 km/h O segundo lugar do ranking está com a Lamborghini Urus. Ela é avaliada pelo estado por R$ 3.010.990 e gerou um IPVA de R$ 114 mil. A Secretaria da Fazenda do Piauí não diz quais versões da Lamborghini Urus estão nesta lista. A ficha técnica das variantes do superesportivo italiano pode alcançar até: Potência: 800 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 3,4 segundos Velocidade máxima: 312 km/h Volte ao índice. Rio de Janeiro Para o Rio de Janeiro, os carros com IPVA mais caro são italianos. O maior valor está em uma Lamborghini Revuelto, avaliada pelo estado por R$ 7.220.901 e que gera R$ 288.836,04 de tributo anual. Este é um dos carros mais potentes do Brasil, com a seguinte ficha técnica: Potência: 1.015 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,5 segundos Velocidade máxima: 350 km/h Em segundo e terceiro lugares estão o mesmo veículo, gerando o mesmo valor de IPVA e avaliados com o mesmo preço. Ambos são Ferrari Purosangue, com tributo de R$ 282.999,48 e o custo do veículo no mercado foi avaliado pelo estado por R$ 7.074.987. Mesmo sem saber o ano do modelo, fabricado desde 2023, a ficha técnica é a mesma: Potência: 715 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 3,3 segundos Velocidade máxima: 310 km/h Volte ao índice. Rio Grande do Norte Porsche 911 Turbo S divulgação/Porsche No Rio Grande do Norte, o IPVA mais caro é de R$ 51.568,77 de um Porsche 911 Turbo S, avaliado por R$ 1.719.125,67. Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Norte não informa o ano do veículo, lançado internacionalmente em 2010, mas a ficha técnica dele alcança: Potência: 516 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 3,3 segundos Velocidade máxima: 312 km/h Em seguida, está uma Mercedes-Benz AMG G63 4M. O veículo foi avaliado pelo estado por R$ 1.584.130,67 e gera R$ 47.523,92 de IPVA. Sem saber o ano do modelo, fabricado desde 2002, utilizando a base de 1979 da Classe G da fabricante alemã, chegamos na ficha técnica para a versão de 2025 com: Potência: 585 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 4,4 segundos Velocidade máxima: 220 km/h Volte ao índice. Rio Grande do Sul Para o Rio Grande do Sul, o maior IPVA é de R$ 393.486,90, emitido neste estado para uma Porsche 918 Spyder de 2014 com preço de R$ 13 milhões. Sua ficha técnica contempla: Potência: 875 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,6 segundos Velocidade máxima: 345 km/h O segundo colocado no estado é uma Lamborghini Revuelto. O superesportivo italiano foi avaliado pelo estado por R$ 7.369.000. Com isso, o imposto gerado para o veículo é de R$ 224.155,80. Este é um dos carros mais potentes do Brasil, com a seguinte ficha técnica: Potência: 1.015 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,5 segundos Velocidade máxima: 350 km/h Volte ao índice. Rondônia O estado de Rondônia não divulgou a lista dos carros com maior IPVA, repassando a seguinte nota: A Gerência de Arrecadação da Coordenadoria da Receita Estadual (SEFIN/RO) agradece pelo interesse em nossos dados e pela busca de informações relacionadas à arrecadação do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Contudo, informamos que a solicitação apresentada não poderá ser atendida, pelos motivos que passamos a expor. A divulgação de informações relativas à base de cálculo e ao maior valor de IPVA vinculado a veículos específicos pode configurar violação ao dever de sigilo fiscal, nos termos do art. 198 do Código Tributário Nacional (CTN), norma de observância obrigatória pela Administração Tributária. Esse dispositivo legal assegura a confidencialidade dos dados obtidos em razão da atividade fiscal, ressalvadas hipóteses expressamente previstas em lei, inexistentes no caso concreto. Ressalte-se que, no Estado de Rondônia, a frota de veículos de alto valor é reduzida, o que aumenta a possibilidade de identificação dos contribuintes proprietários desses bens, ainda que de forma indireta. Essa circunstância reforça a necessidade de resguardar a privacidade dos dados, em atenção aos princípios constitucionais da inviolabilidade da intimidade (art. 5º, X, da Constituição Federal) e da legalidade (art. 37, caput, da Constituição Federal). Adicionalmente, observa-se que a informação requerida não ostenta evidente interesse público, na medida em que não contribui para a transparência da Administração ou para o debate sobre políticas públicas. Cabe salientar que a SEFIN/RO publica regularmente, em conformidade com as normas de transparência fiscal, relatórios agregados sobre a arrecadação tributária, os quais estão disponíveis no Site da Sefin e Portal da Transparência. Dessa forma, considerando os fundamentos acima expostos, a SEFIN/RO não pode fornecer os dados solicitados. Permanecemos à disposição para quaisquer outros esclarecimentos que possam contribuir para a elucidação de temas de interesse público. Volte ao índice. Roraima Em Roraima, o líder é um Porsche 911 Carrera avaliado em R$ 968.085, gerando imposto de R$ 29.042,55. A Secretaria da Fazenda de Roraima não divulgou o ano e versão deste superesportivo, e existem quatro variantes. Estes são os detalhes possíveis: Potência: entre 394 e 541 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: entre 3 e 4,5 segundos Velocidade máxima: entre 294 e 312 km/h Em segundo e terceiro lugares aparecem dois Mustangs. O mais caro deles é um Ford Mustang Mach 1, de R$ 491.293. Ele gera um IPVA de R$ 14.738,79. O esportivo americano mais recente tem a seguinte ficha técnica: Potência: 483 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 4,3 segundos Velocidade máxima: 250 km/h Já o seguinte é chamado apenas de GT. Só com esse dado não é possível apontar o ano-modelo do esportivo, fabricado desde 1964. O que se sabe é o valor de mercado anotado pelo estado de R$ 491.063 e o IPVA dele, por R$ 14.731,89. A ficha técnica mais recente aponta: Potência: 488 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 4,3 segundos Velocidade máxima: 250 km/h Volte ao índice. Santa Catarina Assim como Goiás, Santa Catarina é um dos estados brasileiros com os carros mais caros e assim geram os maiores valores de IPVA. O campeão por lá é uma LaFerrari de 2016, avaliada em R$ 38.093.218, gerando R$ 761.864,36 de tributo em 2025. O segundo lugar também é uma LaFerrari, mas de 2015 e com valor de mercado apontado pelo estado de R$ 36.067.052, com IPVA de R$ 721.341,04. A ficha técnica chega em: Potência: 950 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,6 segundos Velocidade máxima: 350 km/h Volte ao índice. São Paulo Aston Martin Valour divulgação/Aston Martin São Paulo tem um carro curioso como maior tributo do estado, um Aston Martin Valour, avaliado por R$ 15.412.514 e com imposto emitido de R$ 616.500,56. A ficha técnica é tão impressionante quanto o valor do veículo: Potência: 712 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 3,4 segundos Velocidade máxima: 333 km/h O segundo colocado é outro supercarro que chama atenção: Porsche 918 Spyder, avaliado em R$ 13.556.900 e com IPVA emitido de R$ 542.276. Sua ficha técnica tem: Potência: 875 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,6 segundos Velocidade máxima: até 345 km/h O terceiro colocado deste pódio é uma McLaren 765LT Spider, um supercarro de R$ 7.693.120 e com IPVA de R$ 307.724,80. A ficha técnica dele oferece: Potência: 755 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,8 segundos Velocidade máxima: 330 km/h Volte ao índice. Sergipe Outro estado brasileiro com muitas Ferraris é Sergipe e elas ocupam as três primeiras colocações no ranking dos maiores valores de IPVA. Nos dois primeiros está uma dupla de LaFerrari, sendo a primeira de 2016 e avaliada em R$ 36.492.246, enquanto a segunda é de 2015 e foi considerada por R$ 34.551.235. O IPVA destes dois supercarros é de R$ 1.094.767,38 e R$ 1.036.537,05, respectivamente. As fichas técnicas são as mesmas, com: Potência: 950 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,6 segundos Velocidade máxima: 350 km/h Já o terceiro lugar tem uma Ferrari Daytona SP3, avaliada pelo estado por R$ 19.178.199 e com IPVA gerado de R$ 575.165,97. Mesmo custando quase a metade do primeiro colocado, a ficha técnica também impresiona com: Potência: 829 cv Aceleração de 0 a 100 km/h: 2,85 segundos Velocidade máxima: 340 km/h Volte ao índice. Tocantins A Secretaria da Fazenda do Tocantins não respondeu às nossas tentativas de contato. Este texto será atualizado assim que os valores forem enviados. Volte ao índice. Saiba quantas estrelas de segurança têm os carros mais vendidos do Brasil

Exame toxicológico: Brasil tem mais de 1,5 milhão de motoristas com teste vencido; veja penalidades


Exame tem data de validade e é obrigatório para motoristas profissionais das classes C, D e E. Mais de 1,5 milhão de motoristas profissionais estão com o exame toxicológico vencido no país Exatos 1.507.569 motoristas profissionais terminaram o ano de 2024 com o exame toxicológico vencido no Brasil, segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). Esse exame é essencial para comprovar que os motoristas de ônibus, carretas e caminhões não estão trafegando sob o efeito de drogas, e importante para evitar acidentes. De acordo com Givaldo Vieira, presidente da Associação Nacional dos Detrans (AND), manter o exame toxicológico em dia é fundamental, e pode ser considerado um item de segurança para o motorista e outros atores na via. Adicionalmente, o exame possibilita a prevenção e o diagnóstico precoce de problemas de saúde, especialmente os relacionados ao abuso de substâncias tóxicas. “O exame garante que o motorista profissional esteja preparado para conduzir pessoas e cargas, e assegura que eles estejam livres de algo que possa comprometer sua capacidade de conduzir veículos de forma segura”, afirma o presidente da Associação Nacional dos Detrans (AND), Givaldo Vieira. A lei determina que motoristas com menos de 70 anos e habilitados nas categorias C, D e E precisam fazer o teste a cada 2,5 anos. Quem não fizer o teste, pode ser multado em até R$ 1.467,35 e o valor pode dobrar em caso de reincidência. A penalidade registra sete pontos na CNH. Saiba mais abaixo sobre o exame toxicológico e as obrigações legais. LEIA MAIS Como as primeiras ações de Trump podem mudar a indústria automotiva Batalha das custom: Shineray lança três modelos para incomodar a líder Royal Enfield Brasil produziu mais de 1,7 milhão de motos em 2024, melhor resultado em 13 anos Quem deve fazer? Motoristas já habilitados nas categorias C, D ou E, ou que estejam realizando a mudança de categoria ou renovação para CNH C, D ou E. Os motoristas com idade até 70 anos devem fazer o exame a cada 2,5 anos (30 meses). Já os motoristas acima de 70 anos, o exame deve ser renovado a cada renovação da CNH, que ocorre a cada três anos. No momento de renovar a CNH, o exame com resultado negativo também deve ser apresentado. Motoristas de caminhões e ônibus são obrigados a fazer o exame toxicológico a cada 2,5 anos Rauston Naves/TV Vanguarda Como é realizado? O exame toxicológico de larga janela de detecção utiliza amostras de cabelo, pelos do corpo ou unhas do motorista. O material é colhido em clínicas e laboratórios credenciados, e os resultados são enviados diretamente para o Detran dos estados. A análise busca verificar o consumo, ativo ou não, de substâncias psicoativas que, comprovadamente, comprometam a capacidade de direção. É possível detectar substâncias tóxicas com janela mínima de 90 dias. Onde realizar? Os condutores podem consultar a data de validade do seu exame toxicológico no aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT) ou verificar se a data de realização do último exame toxicológico é superior a dois anos e seis meses. Os que precisarem realizar o exame toxicológico devem se dirigir a um dos postos de coleta dos laboratórios credenciados pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) para regularizar a situação. Quanto custa? O valor não é tabelado e pode variar de acordo com cada região e laboratório escolhido. Porém, de acordo com a Associação Brasileira de Toxicologia, o preço médio é de R$ 135. Quais são as possíveis penalizações para quem não fizer? Conforme artigo 165-B do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), dirigir veículo sem realizar o exame toxicológico periódico é uma infração gravíssima com penalidade de multa com fator multiplicador em cinco vezes, no valor de R$ 1.467,35, e sete pontos na carteira. Em caso de reincidência no período de até 12 meses, a infração terá fator multiplicador da multa gravíssima em 10 vezes, totalizando R$ 2.934,70, além da suspensão do direito de dirigir. Já o artigo 165-C do CTB prevê as mesmas penalidades para quem dirigir veículo tendo obtido resultado positivo no exame toxicológico. O CTB prevê ainda, no artigo 165-D, multa no valor de R$ 1.467,35 e sete pontos na carteira para o condutor da categoria C, D ou E que deixar de realizar o exame toxicológico previsto após 30 dias do vencimento do prazo estabelecido. O motorista dessas categorias que não realizar o exame ficará impedido de obter ou de renovar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) até que seja realizado o exame com resultado negativo, além de cometer infração de trânsito gravíssima, conforme o CTB.

Alagamento, inundação e queda de árvore: saiba se o seu seguro auto cobre danos causados pela chuva


Segurados precisam estar atentos ao que diz a apólice para evitar perda de cobertura ou surpresas em caso de sinistro. Carros são arrastados pela chuva em SP Reprodução As fortes chuvas vistas São Paulo nesta sexta-feira (24) deixaram um rastro de destruição. Carros e outros veículos foram arrastados com a enchente e sobraram prejuízos. Para o mercado segurador, o período de chuvas é marcado por um aumento no volume de sinistros (casos em que ocorre um prejuízo ao bem segurado que esteja especificado na apólice) e de indenizações — principalmente no que diz respeito aos seguros de automóveis. Mas alguns acidentes ou ocorrências podem não estar cobertos pelo seguro. Tudo depende do que o cliente contratou e de como o dano aconteceu. Nesta reportagem, você vai entender: Quais os danos normalmente cobertos pela apólice? Quanto custa um seguro automóvel? Como acionar o seguro em caso de acidentes ou ocorrências? Quais os tipos de cobertura existentes em um seguro automóvel? Como saber se um carro passou por enchente? Quais os tipos de cobertura existentes em um seguro automóvel? O seguro automóvel é um tipo de proteção patrimonial, que pode ser contratada diretamente com uma seguradora, com uma corretora de seguros ou com um corretor registrado na Superintendência de Seguros Privados (Susep). Esse produto serve para proteger o carro segurado de eventuais prejuízos que possam acontecer no dia a dia, como uma colisão entre veículos ou casos de roubo, furto ou enchentes. Existem vários tipos de cobertura que podem ser contratadas em um seguro automóvel. O seguro total (também conhecido pelo setor como seguro compreensivo) é a opção mais completa — e mais cara — oferecida pelo mercado. Normalmente, essa opção costuma oferecer cobertura contra: Colisão (perda total ou parcial); Colisão com seguro contra terceiros; Roubo e furto; Desastres naturais; entre outros. E é a cobertura contra desastres naturais que costuma indenizar os segurados nos períodos de chuva. Ela pode incluir proteção contra danos causados por enchentes, chuvas de granizo, quedas de árvores ou muros e ventos fortes, por exemplo. É preciso, no entanto, que o cliente esteja atento na hora da contratação do seguro para ter certeza de quais riscos e danos estão previstos na apólice. “O mercado segurador cada vez mais tem os chamados produtos de entrada, que eventualmente têm algum tipo de restrição de cobertura, mas ajudam a resolver os problemas mais procurados pelos clientes”, disse o diretor de automóvel da Porto Seguro, Jaime Soares. “Mas o preço do seguro às vezes fica muito barato exatamente porque vem com restrição de cobertura. Então é fundamental que o consumidor entenda qual oferta está recebendo”, acrescentou. Os chamados seguros de entrada são produtos mais baratos, que possibilitam a personalização pelo cliente. Nesse caso, o segurado opta por quais coberturas gostaria de ter em seu veículo e paga o preço proporcional. Volte ao índice. Quais os danos normalmente cobertos pela apólice? Os danos que podem ser indenizados pela apólice dependem das coberturas compradas pelo cliente na hora da contratação do seguro. São chamados de sinistros todos os acidentes ou ocorrências que estejam especificados na apólice. É nesse documento que estão registrados os direitos e obrigações do segurado e da seguradora, bem como as informações do seguro contratado, as coberturas e franquias. Caso o seu carro fique preso em uma enchente devido às chuvas e sofra algum dano, por exemplo, é preciso que você tenha contratado a cobertura contra desastres naturais para que seu caso seja considerado um sinistro e você possa pedir indenização à seguradora. Mas, se o seu seguro só cobre casos de colisão entre veículos ou de roubo e furto, você pode ter que arcar com o prejuízo. O cliente pode avisar a seguradora que houve um sinistro em até um ano da ocorrência. Depois desse prazo, o segurado perde o direito de indenização. Além disso, há responsabilidade dos clientes em não gerar o chamado agravante de risco. Segundo a vice-presidente da comissão de seguro automóvel da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), Keila Farias, agravar o risco é aumentar a probabilidade de ocorrência de dano no bem segurado. “No caso de uma enchente, por exemplo, agravar o risco seria tentar passar com o carro em uma rua que está alagada e impedida para o trânsito”, exemplificou. Nesses casos, ao tentar passar em uma rua alagada, que esteja com água na metade da altura do pneu para cima, o veículo tende a perder a aderência no asfalto, aumentando o risco de dano. Caso isso aconteça, o segurado corre o risco de ter que arcar com o prejuízo mesmo tendo contratado a cobertura contra enchentes e inundações. “Se você tenta passar o carro por uma rua que esteja alagada, primeiro você está colocando em risco sua própria vida. E, se for comprovado [que o cliente tentou passar pela via alagada], a pessoa acaba perdendo a cobertura, já que forçou uma situação [de dano]”, afirmou Soares, da Porto. Volte ao índice. Veja técnica para 'ressuscitar' carro com sujeira incrustada Quanto custa um seguro automóvel? O preço desse produto varia conforme a quantidade de coberturas contratadas na apólice – assim, quanto mais coberturas, mais caro tende a ficar o seguro. Além disso, esse custo também pode variar a depender: da idade e do gênero do condutor; da região em que ele mora e trabalha; do tipo de carro; entre outros condicionantes. Na média de 2024, os preços do seguro de automóveis recuaram 3,6% em comparação ao ano anterior. Os números são do Índice de Preços do Seguro de Automóvel (IPSA), elaborado pela TEx, plataforma de inteligência de dados. Volte ao índice. Como acionar o seguro auto em caso de sinistro? A principal maneira de acionar o seguro do carro em caso de sinistro é contatando a seguradora por um de seus canais de comunicação. A forma mais comum é pelo telefone, disponibilizado no site oficial da seguradora ou na apólice. Algumas seguradoras já fazem toda a comunicação com o cliente, incluindo o acionamento do sinistro, por meio de aplicativos de mensagem. Nos casos em que o carro fica preso em uma enchente, os especialistas orientam a redobrar a atenção e tentar encontrar um lugar seguro para abrigo. “A principal orientação é evitar regiões de risco e picos de alagamento”, disse Farias, da Fenseg. “Mas se foi inevitável e a situação acabou acontecendo, a pessoa precisa tentar sair do carro em segurança, e esperar baixar a água em um lugar seguro. Ele pode até tentar avisar a seguradora na hora, mas dificilmente será possível tirar o carro antes de a água baixar”, completou. “Depois é só esperar o guincho chegar.” Volte ao índice.

É #FAKE que o governo federal tenha programa de descontos do IPVA para motoristas sem multas


Citado nas redes sociais, o programa Bom Condutor não inclui descontos sobre o IPVA como benefícios. Tributo sobre veículos é uma competência exclusivamente estadual. Publicação fornece dicas de descontos para IPVA através de cadastro positivo na CDT Imagem: g1 Circulam nas redes sociais diversos vídeos que ensinam motoristas a obterem descontos no Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) por meio de um programa do governo federal que beneficia bons condutores. É #FAKE. selo fake g1 O que dizem as publicações enganosas ▶️ Diversos perfis têm compartilhado que é possível obter desconto no IPVA usando o aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT), do governo federal. Esse falso anúncios chamam a atenção com o aviso: "Não pague o IPVA 2025 sem antes saber disso". ▶️ A locução de um desses conteúdos afirma: "Você pode ganhar 10% de desconto se não cometer infrações no ano anterior, 15% se não cometeu infrações nos últimos dois anos, e 20% se não cometeu infrações nos últimos três anos". ▶️ Na sequência, há uma demonstração de um passo a passo de como o condutor poderia conseguir os benefícios. O processo começa com o acesso ao app CDT, do governo federal. Lá, deve-se fazer o "cadastro positivo", para o motorista informar que não cometeu nenhuma infração nos 12 meses anteriores. ▶️ Um dos vídeos de maior engajamento explica o procedimento da seguinte maneira: "Você deve obrigatoriamente entrar na sua carteira digital, acessar a seção de 'Condutor', clicar em 'Condutor' e ativar o cadastro positivo. Depois, é só autorizar a participação. Pronto! A partir desse momento, você já autoriza e está apto a concorrer". É #FAKE que o governo federal tenha programa de descontos no IPVA Fato ou Fake: a checagem passo a passo ▶️ A desinformação envolvendo descontos sobre o IPVA fez a Secretaria de Comunicação (Secom) do governo divulgar, em 13 de janeiro de 2025, um comunicado com o seguinte título: "Governo federal não tem programa de descontos no IPVA". O texto diz: "o governo federal não pode determinar isenção, alíquota e nem desconto sobre esse tributo cobrado sobre diversos veículos automotores, uma vez que o IPVA é um imposto de competência estadual". ▶️ O Fato ou Fake verificou que, de fato, há unidades da federação que oferecem esse benefício, como mostram os sites de Secretarias da Fazenda estaduais. Mas, mesmo nesses locais, a solicitação não ocorre por meio do cadastro na CDT. É preciso seguir procedimentos e condições vinculados às próprias Secretarias da Fazenda ou ao respectivo Departamento Estadual de Trânsito (Detran). ▶️ Além disso, não há uniformidade nos descontos: No Rio Grande do Sul, há uma norma estadual (Lei nº 11.400/99) que prevê abatimento de até 15% no IPVA de motoristas que ficam até três anos sem infrações. No Amazonas, para o mesmo período, o condutor exemplar pode garantir dedução de até 20% (Lei nº 203/14). Já São Paulo, Minas Gerais, Piauí, Espírito Santo e Paraná, por exemplo, não oferecem desconto por boa conduta. ▶️ O Fato ou Fake também questionou o Ministério dos Transportes sobre possíveis descontos por meio do cadastro positivo na CDT. A resposta, enviada por e-mail, diz que essas "informações não são procedentes". ▶️ A Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) explica que o "Bom Condutor" possibilita, na verdade, vantagens na contratação de serviços oferecidos por parceiros comerciais, como escolas de inglês, seguradoras, despachantes e agências de viagem. ▶️ Em seu comunicado, a Secom também alertou para golpes que usam o nome do governo federal para cobrar tributos inexistentes ou ofertar algum tipo de privilégio. Um exemplo dado pelo órgão é um SMS com uma oferta de até 45% de desconto no IPVA. ▶️ A mensagem leva a um site falso, que pede a placa do veículo e o CPF da vítima, além do pagamento de uma taxa, por meio de PIX via QR Code. O Fato ou Fake pediu à Secom o acesso ao site citado no SMS, mas recebeu a informação de que o link foi derrubado. Imagem indica SMS atribuído ao Detran Imagem: Secom Publicação fornece dicas de descontos para IPVA através de cadastro positivo na CDT Imagem: g1 VÍDEOS: Fato ou Fake explica VEJA outras checagens feitas pela equipe do FATO ou FAKE Adicione nosso número de WhatsApp +55 (21) 97305-9827 (após adicionar o número, mande uma saudação para ser inscrito)

Chevrolet vai lançar 5 carros em 2025, e confirma o elétrico Spark EUV


Lançamentos incluem renovação de carros já existentes, além de modelos completamente novos. O elétrico é um projeto de origem chinesa. Spark EUV aqui, Baojun Yep Plus na China, será lançado no Brasil em 2025 divulgação/GM A GM anunciou nesta quinta-feira (23) seu plano de lançamentos para 2025. A companhia trará cinco novos carros, dividindo os anúncios entre segmentos em que já atua e outros que ainda não possui modelos, sendo esses projetos completamente novos, como o de carros híbridos. Os lançamentos fazem parte das comemorações de 100 anos da marca no Brasil e serão divididos em duas etapas. Na primeira etapa, haverá a renovação do portfólio existente. Embora a GM não tenha especificado quais modelos serão atualizados, espera-se que uma nova geração do Chevrolet Onix seja lançada, possivelmente como o primeiro veículo híbrido da GM no Brasil — a GM já confirmou esse motor. LEIA MAIS Conheça os 11 carros híbridos mais baratos do Brasil; veja lista Consumo de combustível nas alturas? Pode ser filtro de ar entupido; veja o que fazer Rolls-Royce, Lamborghini Urus e Range Rover: conheça os carros de luxo de Deolane Bezerra Detalhes sobre o motor híbrido leve da Fiat Chevrolet traz novo elétrico para o Brasil Além dos veículos já conhecidos, a GM planeja lançar outros modelos completamente novos no Brasil. O único confirmado até agora é o elétrico Spark EUV. O Spark EUV é um SUV de origem chinesa, conhecido na China como "Baojun Yep Plus", fruto de uma parceria entre a GM e as marcas chinesas Saic e Wuling. Ele tem um design mais quadrado, diferente dos outros carros vendidos pela GM no Brasil. O pequeno SUV elétrico é claramente inspirado nos veículos da Land Rover e possui uma grande central multimídia, característica comum em elétricos chineses, como os rivais BYD Dolphin e GWM Ora 03. Baojun Yep Plus Na China, o Baojun Yep Plus tem um motor elétrico que gera 102 cv de potência, praticamente metade dos 203 cv oferecidos pelo Bolt EUV. Com isso, o Spark EUV tem grandes chances de chegar ao Brasil com um preço mais acessível. O Bolt EUV foi lançado no Brasil em 2023 por R$ 279.990. Embora a potência do Spark EUV não impressione, sua autonomia é comparável à de seus concorrentes, como o BYD Dolphin e o GWM Ora 03, alcançando 400 quilômetros segundo a medida chinesa. GM investe em todas as fábricas do Brasil Fábrica da GM em São Caetano do Sul (SP) divulgação/GM Em julho do ano passado, a GM anunciou um pacote de R$ 7 bilhões, para investimentos em todas as cinco fábricas no Brasil. Meses antes, a empresa havia realizado um programa de demissão voluntária para mais de 1 mil funcionários no estado. Na época, a montadora destacou que o investimento tem foco em mobilidade sustentável, abrange a renovação completa do portfólio de veículos e o desenvolvimento de tecnologias para o mercado local, além da criação de novos negócios. Em setembro, a GM anunciou a fabricação de um híbrido flex em São Paulo, o primeiro projeto de produção de um veículo eletrificado em solo nacional. Esta é uma das respostas das montadoras que já atuam no país, que começaram a se mexer conforme cresceu a entrada feroz de competidoras chinesas no país, como BYD e GWM. "Temos competição com os chineses em todos os mercados e acreditamos que temos no Brasil a tecnologia para atrair os atuais e novos clientes. Nossa confiança que temos por aqui está na história, no portfólio com tantas opções e que atende ao público”, comentou Roy Harvey, vice-presidente executivo e presidente GM Mercados Globais Fábrica da GM em São Caetano do Sul (SP) A fábrica de São Caetano do Sul (SP) é a mais antiga do grupo no país: inaugurada em 1930, ela completa 95 anos em breve. Hoje, a planta abriga a produção da picape Montana, do SUV compacto Tracker e da minivan Spin. Em São José dos Campos (SP) ficam a produção da picape S10 e a SUV grande Trailblazer. Há também uma planta em Mogi das Cruzes, focada em componentes. Fora do estado, ficam a planta de Joinville (SC), onde será desenvolvido o motor híbrido flex como fruto de investimento de R$ 300 milhões (parte do aporte de R$ 7 bi anunciado em janeiro), e a de Gravataí (RS). Em julho, a GM já anunciou que destinará R$ 1,2 bilhão do pacote de investimentos para a fábrica gaúcha. De lá, saem o hatch Onix e sedã Onix Plus. Com o novo dinheiro, a montadora confirmou a produção de um carro inédito, com lançamento previsto para 2026. O modelo é mantido em segredo, mas o mercado acredita que se tratará de um novo SUV, para rivalizar com nomes de peso como Volkswagen Nivus e o Fiat Pulse.

Protecionismo e petróleo: como as primeiras ações de Trump podem mudar a indústria automotiva


Presidente dos EUA deve sobretaxar produtos estrangeiros e desfazer políticas de incentivo à eletrificação. Trump revoga 'mandato do veículo elétrico' e diz que vai 'perfurar' Trump revoga 'mandato do veículo elétrico' e diz que vai 'perfurar' De volta à Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, promete mudanças radicais nas políticas de incentivo à indústria automotiva em seu segundo mandato. Em seu discurso de posse nesta segunda-feira (20), Trump criticou o "New Deal verde" e prometeu acabar com o "mandato do veículo elétrico", um apelido que deu às políticas de descarbonização e eletrificação iniciadas pelo ex-presidente Joe Biden. "Com as minhas ações de hoje, acabaremos com o New Deal verde e revogaremos o mandato dos veículos elétricos, salvando a nossa indústria de automóveis e mantendo os meus compromissos sagrados aos nossos grandes trabalhadores do setor automotivo americano", disse Trump. A iniciativa faz parte do discurso mais protecionista, que pretende favorecer a atividade doméstica e limitar a concorrência estrangeira. Trump pretende reverter políticas de incentivo a modelos mais sustentáveis de produção em toda a indústria americana. O governo Biden havia previsto um subsídio de US$ 1,7 bilhão para adequar linhas de produção de veículos elétricos e híbridos, por exemplo. Também foram estabelecidas regras mais restritas para emissões de carros e caminhões, direcionando a produção para veículos menos poluentes. Foram tentativas de direcionar a indústria americana para uma matriz mais limpa e ajudar as empresas a perseguir a inovação. Hoje, os chineses estão bem à frente das tradicionais montadoras americanas quando o assunto é eletrificação. Trump, no entanto, planeja retomar o uso intenso de fontes de energia não renováveis, como gás natural e petróleo. Para ele, é importante manter baixos os custos de energia para a população — e se há abundância de petróleo nos EUA, esse potencial tem que ser usado. "Temos algo que nenhuma outra nação industrial jamais terá: a maior quantidade de petróleo e gás de qualquer país da Terra. E vamos usá-la", disse Trump na segunda. Além disso, produzir carros com tecnologia mais antiga, apenas a combustão, dispensa o investimento em pesquisa e desenvolvimento. O presidente falou em "acabar com políticas de extremismo climático" do antecessor, um ataque ao esforço de priorizar a sustentabilidades nos negócios. A mudança de posição dos EUA, a maior economia do mundo, não ficará restrita ao país. Especialistas consultados pelo g1 analisaram os desdobramentos do novo governo Trump para o mercado automotivo e suas consequências, inclusive para o Brasil. LEIA MAIS Batalha das custom: Shineray lança três modelos para incomodar a líder do segmento Royal Enfield Brasil produziu mais de 1,7 milhão de motos em 2024, melhor resultado em 13 anos LISTA: veja 20 lançamentos de motos que chegam às lojas em 2025 Trump discursa ao tomar posse nos EUA SAUL LOEB / POOL / AFP A fixação com o petróleo No primeiro dia de governo, a Casa Branca divulgou uma nota com as prioridades do novo mandato. Uma seção é dedicada a "fazer a América acessível e dominante em energia novamente". "O presidente irá destravar a energia americana, encerrando as políticas climáticas extremistas de Biden, agilizando a concessão de permissões e revisando para revogar todas as regulamentações que impõem ônus indevidos à produção e uso de energia, incluindo mineração e processamento de minerais não combustíveis", diz o documento. Segundo o economista Gesner Oliveira, há três motivos para que Trump valorize tanto o petróleo como fonte de energia: Independência energética e posicionamento geopolítico; Fonte de empregos em sua base política; Perseguir o baixo custo de energia; "Trump argumenta que explorar os recursos de petróleo e gás dos EUA reduz a dependência de regiões instáveis, como o Oriente Médio. Essa independência seria, portanto, uma questão de segurança nacional e soberania econômica", afirma Gesner Oliveira. Para Trump, a indústria de petróleo e gás é uma importante fonte de emprego, e vital para a economia de estados-chave de sua base eleitoral, como Texas, Oklahoma e Dakota do Norte. Além disso, exportar petróleo e gás natural dá aos EUA relevância na geopolítica mundial. Essas ações de Trump visam alcançar a autossuficiência energética, evitando a dependência de outros países e reduzindo custos. "Ele é crítico de uma transição muito rápida para fontes renováveis de energia, apontando problemas relacionados aos custos e a alguns impactos ambientais que, segundo ele, nem sempre são considerados pelos defensores dessas energias", prossegue Oliveira. O presidente dos EUA é contra quaisquer restrições ambientais, e entende que elas prejudicam o avanço do país. De efetivo, Trump já assinou um decreto retirando os EUA do Acordo de Paris, um tratado global que visa manter o aquecimento global abaixo de 2°C até o final do século. Como a maior economia do mundo e a segunda maior emissora de gases de efeito estufa, as decisões dos EUA terão impacto direto na luta contra as mudanças climáticas. O que pode mudar para o brasileiro com Trump no poder? O 'mandato do carro elétrico' A preferência pelo petróleo e a aversão às políticas de sustentabilidade deram origem ao termo "mandato do carro elétrico". Embora sejam a casa da Tesla, uma das principais montadoras de elétricos do mundo, os EUA também abrigam GM e Ford, que não estão tão bem posicionadas em tecnologias de inovação quanto suas concorrentes, mas são enormes geradoras de emprego no país. "Os EUA ainda produzem e vendem muitos veículos tradicionais no mercado local. A estratégia é privilegiar os veículos com propulsão convencional, porque são mais abrangentes do que a dos veículos elétricos", afirma Ricardo Roa, sócio-líder do setor automotivo da KPMG no Brasil. Junto com o cancelamento dos incentivos, Trump quer fortalecer o setor automotivo americano contra a concorrência internacional, sobretudo chinesa e mexicana. No início de fevereiro, espera-se que a Casa Branca anuncie tarifas às importações de ambos os países, dificultando a entrada de produtos estrangeiros. "Ele prometeu trazer de volta os empregos industriais aos EUA, como parte de uma estratégia de reindustrialização. Isso pode realmente oferecer muitas oportunidades, mas não será possível abrir mão do comércio internacional", diz Gesner Oliveira. O economista acrescenta que pode não ser uma boa ideia os EUA deixarem de investir em carros elétricos, já que isso pode deixá-los atrasados na corrida por inovação no setor. Trata-se, inclusive, de um flanco em que a China vem se desenvolvendo com bastante velocidade. "Essa decisão pode custar caro à competitividade dos Estados Unidos no médio prazo. Embora Trump seja cético em relação ao aquecimento global, essa é uma questão concreta e poderá gerar um desalinhamento na política industrial americana", afirma Oliveira. "A tendência global em direção à sustentabilidade continuará. Outros países avançarão em direção aos veículos elétricos, especialmente a China, que tem condições de produzir veículos em larga escala, acesso à matéria-prima e já conquistou a Europa. Esse processo não será revertido", explica. Trump conta com a Tesla para fazer frente aos chineses, já que é a única montadora relevante produzindo elétricos no país. Em termos de exportação, porém, a marca pode não contribuir tanto, pois também possui fábricas na China. Davi Gonçalves, analista de macroeconomia da Tendências Consultoria, explica que os asiáticos levam vantagem estrutural nessa briga, pelos custos mais competitivos, ganhos de escala, e gerenciamento eficiente da cadeia de suprimentos e matérias-primas. "Além disso, os estímulos do governo chinês à compra de automóveis elétricos contribuíram para que a China se tornasse o maior mercado desse tipo de veículo, fortalecendo ainda mais sua indústria automotiva", diz o economista. Resta a dúvida se as medidas de Trump serão suficientes para que a indústria americana possa competir fora de suas fronteiras. As medidas protecionistas podem prejudicar, em primeiro momento, as exportações de veículos mexicanos e fechar as portas para os chineses, mas ainda restam mercados enormes na Europa, Ásia e América para explorar. Análise: a relação do Brasil com EUA após posse de Trump Como fica o Brasil nessa história? Se forem levadas à frente as medidas anunciadas por Trump, haverá um certo realinhamento no mercado automotivo brasileiro. De primeira, espera-se que os chineses e mexicanos olhem com mais atenção para a América do Sul, por exemplo. O México opera com um regime de cotas de exportação para o Brasil, com imposto reduzido. Sem o mercado americano para explorar, haverá pressão para desovar a produção em mercados conhecidos. Pelo lado dos chineses, a invasão já começou antes mesmo de Trump. No ano passado, houve alta de 33% dos emplacamentos de veículos importados no Brasil, para 466 mil unidades, segundo a Anfavea. Desses, 26% eram chineses, algo como 120 mil unidades emplacadas. Isso representa uma alta de 187% em relação ao ano anterior. O consolo para indústria nacional é que as marcas chinesas vão se estabelecer por aqui para produzir. "A instalação de fábricas de veículos chineses no Brasil é positiva, pois ajuda a impedir que as importações continuem avançando na participação geral das vendas, como aconteceu em 2024", diz Davi Gonçalves, da Tendências. A BYD, por exemplo, deve iniciar sua produção em Camaçari (BA) a partir de agosto, com capacidade de produzir até 300 mil veículos. O ponto servirá para fornecer os carros vendidos no Brasil e para exportações para a região. A GWM também começará a produção nacional durante o primeiro semestre de 2025, em Iracemápolis (SP). A marca promete contratar 700 funcionários e produzir cerca de 20 mil veículos por ano. Uma ampliação e modernização já estão prometidas para os próximos três anos, passando para 50 mil carros fabricados. GAC Motors, Omoda e Jaecoo, todas chinesas, também estão na lista das marcas com fabricação no Brasil prevista para 2025. “Aqui já temos uma indústria madura, com infraestrutura instalada e um conhecimento importante sobre o mercado da América do Sul”, afirma Ricardo Roa, da KPMG. Por fim, a indústria brasileira pode aproveitar o "tarifaço" imposto por Trump para se apresentar como substituto para produtos americanos. Sempre que tarifas são impostas, há o risco de uma retaliação do país taxado. "À medida que as ações dos EUA provocam uma rivalidade comercial com a China, produtos que os EUA vendem para a China poderão ser substituídos por produtos brasileiros. Isso já aconteceu no passado com soja, milho e carne", lembra Gesner Oliveira.

0 comentários:

Postar um comentário