segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Liga Árabe aguarda resposta síria por plano de fim de conflito

Por Regan Doherty

DOHA (Reuters) - A Liga Árabe aguardava uma resposta da Síria na segunda-feira para a sua proposta para pôr fim ao levante cada vez mais violento contra o governo do presidente Bashar al-Assad e dar início a conversações entre as autoridades sírias e seus opositores.

O primeiro-ministro do Catar, o xeique Hamad bin Jassim al-Thani, cujo país preside o comitê, também disse que Assad precisa promover sérias reformas para evitar que a Síria mergulhe em mais violência.

"Toda a região está exposta a uma grande tempestade. É importante que os líderes árabes saibam como responder e não respondam com enganos ou distorções", disse o xeique Hamad a jornalistas na noite de domingo.

"É preciso tomar medidas para reformas que evitem o que aconteceu em alguns países árabes, porque a mudança foi difícil e a destruição e as perdas foram maiores", afirmou ele, aparentemente referindo-se à ação militar da Otan na Líbia, que ajudou na derrubada de Muammar Gaddafi.

Diplomatas árabes afirmaram que o plano, apresentado no Catar ao ministro das Relações Exteriores sírio, Walid Moualem, inclui a libertação imediata dos prisioneiros detidos desde fevereiro, a retirada das forças de segurança, o emprego de monitores da Liga Árabe e o início do diálogo.

Assad disse à televisão russa no domingo que cooperará com a oposição. "Nós vamos cooperar com todas as forças políticas, tanto as que existiam antes da crise e as que sugiram durante ela. Acreditamos que a interação com essas forças é extremamente importante", disse ele.

Em uma outra entrevista para um jornal britânico, entretanto, ele classificou o levante na Síria de insurgência islâmica que seria derrotada.

A Organização das Nações Unidas afirma que mais de 3 mil pessoas morreram na repressão do governo sírio contra os manifestantes que exigem reformas políticas e o fim do governo de Assad.

Assad atribui o levante a gangues armadas apoiadas por estrangeiros e disse na entrevista à televisão que houve "centenas de mortes entre os militares, os policiais e as forças de segurança".





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