segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Parlamento do Irã retoma iniciativa para interrogar presidente

Por Mitra Amiri

TEERÃ (Reuters) - O Parlamento iraniano retomou sua ameaça de convocar o presidente Mahmoud Ahmadinejad a prestar depoimento, depois que parlamentares assinaram uma moção que poderá conduzir ao impeachment do presidente, informou a mídia local nesta segunda-feira.

Menos de uma semana depois de o legislativo ter suspendido uma moção apresentada havia quatro meses para convocar Ahmadinejad, um número suficiente de parlamentares assinou o documento para obrigá-lo a prestar depoimento.

"Plano para interrogar Ahmadinejad é retomado com mais assinaturas", era a manchete do Siasat-e Rouz, que, como muitos jornais, publicou a história mostrando que as profundas divergências na política interna do país estão longe de ser resolvidas.

O Parlamento, dominado pelos conservadores, inicialmente parecia estar decidido a enviar o pedido em junho, quando 100 de seus 290 membros assinaram a moção -- em meio a crescentes críticas às políticas de Ahmadinejad e ao que os deputados qualificam como atitude autoritária e desrespeito ao Poder Legislativo.

Mas, como o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, vem pedindo a unidade entre os vários ramos do poder, a comissão dirigente do Parlamento esperou para encaminhar o pedido quando um número suficiente de deputados tivesse retirado suas assinaturas, para assim invalidá-lo.

Para que seja efetivada desta vez, a moção ainda precisa ser remetida ao presidente por meio da comissão que preside o legislativo.

O proeminente parlamentar conservador Ali Motahari, antigo opositor de Ahmadinejad, apresentou sua renúncia em protesto à recusa do Parlamento em encaminhar o pedido.

Isso pareceu dar confiança aos seus colegas e agora há 74 assinaturas, disse o jornal Sharq, uma a mais do que as 73 necessárias para torná-lo válido, segundo o site do Parlamento.






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