segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Irã é criticado por países que tem bombas atômicas e não cumprem tratado para desativar suas ogivas nucleares







O documento da AIEA (agência nuclear das Nações Unidas) não afirma categoricamente que o Irã possui armamento nuclear, mas diz que o país trabalhou na elaboração de arsenal atômico.

Segundo Luis Alexandre Fuccille, professor da Facamp e pesquisador da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), o relatório da ONU “foi mal feito” e traz apenas mais instabilidade para a região.

- O documento coloca sob suspensão o programa iraniano, mas não afirma nada.

Para Héctor Luis Saint Pierre, especialista em segurança internacional e professor da Unesp (Universidade Estadual Paulista vai no mesmo sentido e diz que o relatório fala apenas em fortes indícios.

- Mas isso não são provas, são conjecturas. Não são conclusões.

Além do documento da ONU ser vago, Fuccille diz que as críticas ao Irã revelam o “cinismo” dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Rússia China, França e Reino Unido), que possuem armas atômicas, mas que ainda não se desfizeram delas.

- O cinismo é muito grande, ainda que os arsenais nucelares sejam menores hoje do que no passado.

O Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP), assinado em 1968, prevê o controle dos programas nucleares para garantir uso pacífico da energia atômica e o desarmamento dos países que já desenvolveram esse tipo de arsenal militar.

Quando o documento foi assinado, esses cinco países já tinham desenvolvido armas nucleares, mas até hoje ainda não cumpriram sua parte no TNP.

Isso mostra, segundo Saint Pierre, que o TNP funciona apenas de um lado.

- Os Estados Unidos, por exemplo, só desarmam as armas que estão obsoletas.

De acordo com Fuccille, o principal motivo que leva um país a desenvolver esse tipo de arsenal não é a vantagem militar, mas sim o poder político no sistema internacional.

- Ter um artefato desses muda seu status no sistema internacional e nas negociações.

Em artigo publicado na revista de relações internacionais Foreign Policy, Mark Hibbs, especialista em programas nucleares, também afirma que o relatório deixa vago sobre a proximidade que os iranianos estão da bomba nuclear. O especialista, no entanto, defende a agência.

- Responder a isso não é responsabilidade da agência, e a AIEA provavelmente não sabe a resposta.
Há apenas três países que ainda não assinaram o TNP: Israel, Índia e Paquistão. Os três já desenvolveram armamento nuclear – apesar de o estado judaico nunca ter reconhecido esse fato.

Veja abaixo quais países armamento nuclear.

Fonte:R7

2 comentários:

Almir Albuquerque disse...

Está tudo dito na matéria. O relatorio é altamente tendencioso, leviano, porque não tem provas concretas, e político, porque visa justificar sanções americanas.

E os países do Conselho são hipócritas, por aturem no lema do faça o que eu digo mas não faça o que eu faço.

Grande abraço.
Almir Ferreira
Rama na Vimana

Jeferson da silva figueiredo disse...

E isso ai companheiro Almir, concordo com voce. Muito obrigado por visitar o nosso Portal. Seu comentario e muito importante e so enriquece o nosso trabalho.
Abraços, Figueiredo

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