terça-feira, 15 de novembro de 2011

Nuvens enfeitam o céu e alimentam a Terra




Nuvens enfeitam o céu e alimentam a Terra

Por: Jeferson da Silva Figueiredo
Jeferson da Silva Figueiredo
Estou a bordo de uma aeronave a exatos 37mil pés de altitude, que correspondem a 12 km. Hoje é dia 11/11/11, sexta feira, noite de lua cheia. São exatamente 11.11h.


O avião cruza o céu do Brasil, do Sul para o Planalto Central. Lá fora, a uma temperatura de menos 50 graus, mesmo à noite vejo as nuvens brancas, de neve.


É noite e o céu estrelado está forrado de nuvens cândidas.  Quem está emprestando o seu brilho para que possamos vê-la desta forma é a lua, de prata.


Os segundos passam e através da janela do avião contemplo as nuvens, só nuvens. Mas elas fazem uma espécie de evolução. É um mar que vejo, um enorme oceano com o reflexo lunar.


O movimento de inclinação lateral durante as curvas da aeronave nos revela outro fenômeno, qual seja, a lua como se fosse um holofote anunciando um espetáculo sobre as nuvens.


Ouço  no  fone de ouvido ligado ao meu notebook,  a música I`ll be there cantada pelos The Jackson Five. Ativei o botão para repeti-la inúmeras vezes. A voz inconfundível do gênio da música pop internacional Mickael Jackson me transporta. Ouçam esta linda canção.


Devo estar perto dele.


As nuvens brancas nos dão um sentimento de paz, de silêncio no universo. Há uma alternância na forma dessas nuvens cálidas.


Elas mostram-se lisas, emboladas, finas, compactas, em tiras, ondulares, e me fazem lembrar a minha infância, onde deitávamos na terra para contemplá-las e assim passávamos muito tempo apreciando as várias formas e desenhos que enxergávamos nelas. Víamos cavalos,  borboletas, coelhos, anjos, porém as imagens mutavam-se com muita rapidez, e quando eram bonitas, não queríamos que elas se fossem, mas elas desmanchavam-se e não mais  voltavam, por mais que esperássemos, jamais iríamos rever aquelas imagens bonitas outra vez.


Nuvens são perfeitas. Brancas, dissolvem-se em neve, transformam-se em chuva, alimentam os rios e o mar, fazem crescer a floresta, irrigam a terra e devolvem o verde ao pasto devastado pela seca.


Nuvens brancas são de algodão, trazem a esperança e são do bem.


Elas moram no céu e matam a sede da Terra.

Jeferson Figueiredo é Bacharel em Direito e estudou na Universidade de Samara na Rússia.



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