terça-feira, 8 de novembro de 2011

O Prego

prego

Resolvi escrever algo sobre o prego, depois de lembrar que levei uma furada de prego no dedão do pé direito, que atravessou de um lado a outro e foi retirado por um tio, puxado por um alicate e só depois fui levado ao hospital para tomar a vacina anti-tetânica.

Sem contar que na minha infância já preguei muito susto nos meus irmãos, e ao longo da vida muitas marteladas em pregos eu dei.

Então, curtam.




O PREGO

Por: Jeferson da Silva Figueiredo

O prego é um instrumento de fixação pontiagudo na quase totalidade feito de metal, sendo geralmente de ferro ou aço.

É um artefato que possui cabeça, corpo cilíndrico e a sua parte inferior é afinada. Existem também os sem cabeça, mas todos pontiagudos.

Na antiguidade os pregos eram também de madeira, sendo utilizados principalmente em construções de casas e embarcações.

O prego fixa uma ou várias partes a um todo, dependendo do tamanho e da bitola. É uma ferramenta indispensável no kit do profissional da construção civil.

A sua forma de fixação se dá através de umas boas marteladas na sua cabeça ou na parte superior quando for descabeçado, o qual adentra no corpo ainda intacto, abrindo espaço e causando-lhe uma forte ruptura nos veios da madeira ou na alvenaria, o que lhe dificulta a remoção.

De acordo com a sua aplicabilidade podem ser classificados como pregos comuns, lisos da telhadura da cabeça do guarda-chuva da pata, do polonês, do tiro, da perfuração, de fixação, da bobina, de cobre, da tira, do aço inoxidável, etc.

Da sua derivação nasceu o seu primo parafuso, um ser mais evoluído, que em sua trajetória alçou vôos meteóricos, para não dizer lunáticos e universais.

O prego é a bem da verdade, simples, porém multifuncional na sua aplicabilidade.
Podemos imaginar um mundo sem pregos?

Evidentemente que não. Isto é impossível! Ele está presente em todos os lugares, desde o estrado da cama ao sofá, presença garantida também nos bancos escolares, nas universidades, igrejas, conventos, eventos, inventos, nos hotéis e motéis, no ônibus, nos assentos dos aviões, e até nos satélites.

Além da sua forma tradicional, ele se fez pequeno ao ponto de ser chamado de tachinha.

Seu uso foi adaptado para pendurar coisas, das mais diversas, desde varais, quadros na parede ou enfeites de natal.

Mas além de fixar, ele também é utilizado para perfurar, abrindo caminho e às vezes sendo o precursor de uma bela parafusada. Hoje falamos em furadeiras.

Ele entorta e oxida e mesmo assim pode ser usado, podendo em alguns casos quando enferrujado, causar a morte, por transmitir do tétano.

Sua utilidade também é apreciada por pessoas que fazem dele o seu objeto de trabalho, através de shows em praças públicas introduzen-no pelas narinas e retiram-no pela boca. Eu já vi um desses artistas no Largo da Carioca no Rio de Janeiro.

No comércio, seu uso pode ser para os casos de “comprar fiado – por no prego”. Não se esquecendo da busca do emprego, do verbo empregar.

Ah, tem também o “pregão” que é uma modalidade de licitação utilizada no Brasil e vale lembrar que ele já é eletrônico.

Presente também nas bolsas de valores do mundo inteiro.

Alguém que dá um susto em alguém, “prega” um susto, e até nas religiões ele está representado, nas “pregações” da palavra de Deus!

E até na cruz do calvário, ele cruelmente foi usado para perfurar as mãos de Jesus Cristo!

E para finalizar, quem nasceu primeiro, o prego ou o martelo?

A resposta parece óbvia, só sei que um não vive sem o outro e a humanidade certamente já não vive sem os dois.




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